História Spring Day - Imagine Jimin Hiatus - Seu olhar

“Amor à primeira vista é quando, de repente, os corações batem nos olhos”  

O inferno finalmente foi embora e eu pude sair de casa, a cada dia que eu continuasse naquele lugar ficaria cada vez mais… louca. Não aguentava mais ver meu irmão chegar com uma garota diferente a cada dia. Injustiça. Se colocasse meus pés para fora da porta ele me recriminava falava que só poderia sair quando o inverno fosse embora completamente. O que por que disso? Não entendo. Tinha dias que ficava horas olhando para o lado de fora da janela, imaginando qual a textura daquela neve, se tudo o que me contavam era verdade, o inverno é mesmo aquele que mata quem fosse exposto a ele? Eu realmente não sei, apenas acho que seja uma lenda que minha mãe contava para mim quando era pequena, pois, meu irmão nunca morreu e muito menos minha irmã.

Nós mudamos para esse país faz pouco tempo, e ainda no final do outono, tínhamos as férias de inverno para aproveitar bom.. Ou quase isso. No verão e outono passei muitas das horas estudando, medicina para ser mais exata, sempre fora meu sonho tornar-me uma médica, e para realizá-lo preciso trabalhar duro.

Hoje! O primeiro dia do outono eu saio de casa, visto o meu vestido favorito pois o sol reina no céu, em um tom brilhante e revigorante.

— Onde vai S/n? - Perguntou mamãe, olhei pelo reflexo do espelho podendo ver mamãe na porta do meu quarto.

— Sair, não aguento mais essa casa! - Exclamo passando a mão pelo meu quadril, alinhando o vestido ao meu corpo.

— S/n e o inverno? - Perguntou olhando-me preocupada.

Sorrio, olho para minha escrivaninha abarrotada de livros e papéis, desenhos pregados na parede, desenhos os quais sempre são os mesmos…

Quando eu tinha por volta dos seis anos, sonhei com um rapaz — aparetava ter seus vinte e um anos, seus olhos puxados, seu cabelo curto e loiro envelhecido, e seu sorrio… O mais belo sorriso que havia visto em toda a minha vida, ele, quando o vi estava caminhando por um local cheio de flores cor-de-rosa, seus braços cruzados — parecia estar com frio — sua franja caida em um de seus olhinhos, ele a arastou para tras da cabeça dirando-a dos olhos, voltando a posição inicial. Caminhava rapidamente olhando para os lados até seu olhar encontrar com o meu, ele sorrio da forma mais doce possivel ou impussivel, eu sorri de novo (foi automatico não conseguia desfaser esse sorriso rapidiante que tinha nos labios. Sintia porbulhos no estomago… O que está acontecendo?), enquanto ele corria pela rua para me alcançar.

O rapaz parou na minha frente ofegante, sem tirar a concção dos nossos olhos abraçou-me e eu, acordei, sentindo braços me rodearem e um frio percorrer pelo meu ventre. Era apenas minha irmã...

Esse sonho permaneceu marcado por muito tempo na minha memória mas um dia ele seria esquecido totalmente, certamente iria ser apagado e para não me esquecer do homem dos olhos puxados, cabelo loiro envelhecido comecei a desenha-lo nunca fui boa desenhista mas com o tempo aprendi alguns trruques.

Peguei o calendario em cima da escrivaninha e levei até a mulher de meia idade, apontando com a ponta do dedo o dia, que seria hoje. Oficialmente o fim do inverno. Sorrio vitoriosa ao olhar para a mulher ao meu lado, ela bufou enquanto revira os olhos e também saia do meu quarto.

— Seu irmão vai junto com você. - Gritou de algum lugar da casa.

— Não tenho cinco anos mãe!!

— Não me importa sua idade seu irmão vai junto!!

— Chata. - Cochichei comigo mesmo voltando para frente do espelho.

Fiz onde nas minhas mechas deixando-as cair pelo meus ombros.

Meu cabelo estava muito comprido graças a meu adorável pai e mãe, eles se negavam em deixar eu cortar meu cabelo na altura dos ombros onde fora mais confortável para mim, mas em vez disso queriam que eu ficasse com o comprido que está, o qual entra na calça sempre quando vou a colar. Triste.

— ‘Vamo? - Disse meu irmão entrando no meu quarto. Seu cabelo com preto com um topete incrivelmente realçava seus castanhos. Vestia uma jaqueta jeans de couro preto enquanto usava botas também pretas.

— Vamos! Não vamo, fale direito! - Digo irritada.

— T.A.N.T.O.F.A.Z - Silabou.

— Troglodita.

Bufei passando ao seu lado do mesmo embora antes que pudesse chegar na porta do cômodo que estava fechada - Eu a fechei? - ele agarrou minha cintura puxando meu corpo para perto do seu, meu quadril bateu na sua perna, fazendo-me arquejar baixo.

— Ah, maninha não fale assim. Hum? - Abraçou meu corpo. - Parece que minha menininha cresceu.

Conseguia ver o sorriso que sempre tinha no rosto quando uma das mulheres que ele trazia saia aos tropeços.

— Hoseok me solte. - Digo baixo.

Sinto a mão do maior caminhar pelo meu ventre.

— Hoseok é sério! Me solta.

Ele gargalhou dando um beijo no meu pescoço, seguindo uma trilha até o canto do meu lábio. Meus pelo eriçaram ao sentir sua barba por fazer, ele sorrio novamente.

— Arrepiada maninha. - Debochou. Levei minhas mãos aos do maior tentando tirá-las do meu corpo.

— O que deu em você? Me solta. - O repreendo na tentativa de afastá-lo, nosso nível de força é realmente um problema.

— Tinha que vestir esse vestido? - Me afastou aos poucos fitando meu corpo. - Aparece tudo!

— Quem diria Hoseok com ciúme de mim? Vivi para ver isso. - Rio saindo do quarto.

Ele deve ter bebido, só pode…

*-*_

Caminhando na frente do meu “guarda costas” na calçada do que parecia uma avenida, enquanto ao lado na calçada, repleto de árvores seu tronco escuro com flores cor-de-rosa, olhava para as mesmas e o belo céu, uma obra de arte.

Volto meu olhar para o caminho e nele, vejo um homem, sua estatura média, seus olhos puxados e cabelo negro, tinha sacolas nas mãos enquanto andava na minha direção.

Que homem lindo.

Uma sensação estranha formiga dos meus pés até meu peito, enquanto trilhava seu caminha fez com que meu estomago revirava, e meu sangue correr mais rápido, meu coração bombeava o sangue rapidamente, e meus olhos não saiam de seu belo rosto. O que deu em mim?

Seu olhar se desencontrou com o meu e para disfarçar que eu estava encarando-o sem ao menos disfarçar comecei a olhar para os lados, fingindo que nada estava acontecendo. Giro para os lados fazendo meu vestido correr comigo, sua rodada tornava-o mais e mais bonito.

Girei mais uma vez e meus olhos encontraram com os daquele belo homem, observei cada canto de seu rosto, que parecia tão familiar. Devo olhá-lo enquanto tenho tempo já que não o verei novamente, certo?

Ele caminhou calmamente e nossos olhos não se desgrudaram até seu trajeto fazer com que ele se afaste. Meu coração se apertou.

Quem é ele?

Como pode ser tão belo?