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História Start again - What's the problem?


Escrita por: bgalvao

Capítulo 4 - What's the problem?


- O que você quer? Qual seu problema comigo?

- Garota, você não brinca comigo! – Ele continuou a apertar meu braço.

- Se você não me soltar eu grito! – ameacei e ele riu da minha cara.

- quero ver você tentar. Vai acordar seus novos pais? – ele ironizou e minha vontade foi de ir para cima dele.

Tudo que eu queria saber era porque ele repudiava tanto minha presença? O que incomodava tanto ele? Mas de uma coisa tinha certeza, se eu quisesse continuar morando aqui, teria que evitar sua presença.

- Você não vai tomar o lugar dela, não vai! – ele gritou e começou a se debulhar em lágrimas, mas eu não entendi nada.

- Dela quem? 

Não obtive resposta, pois Barbara e Marcos acordaram e tentaram conter Victor que gritava.

- O que houve aqui? – Marcos perguntou aflito.

- eu não sei, ele chegou bêbado e começou a me ameaçar!

- Me solta! – Ele gritava e esperneava, mas Marcos o forçou a subir.

Depois do acontecido Victor continuava me evitando, e seus pais faziam de tudo para afasta-lo de mim. Barbara me levou ao hospital para tirar os pontos e disse que assim que me sentisse disposta eu poderia começar a trabalhar no café. Um dia na sala Barbara se aproximou de mim e pediu para conversar.

- Julia, eu peço primeiramente desculpas pelo modo como Victor tem te tratado. Mas isso vem sido gerado por outros problemas anteriores que o deixaram assim e garanto que ele não voltara a incomodar.

- está tudo bem dona Barbara, eu só queria entender porque ele tem sido rude sem me conhecer?

- Ah, é uma longa história. O que eu queria eu queria falar com você é que vamos mandar Victor para uma clínica de reabilitação. Pois ele está viciado em álcool e talvez em drogas. – Barbara começou a chorar.

- Estou aqui para te apoiar no que precisar – a abraçei, comovida com seu estado.

Será bom a internação para Victor, seus acessos de loucura vem ultrapassado os limites.  O bem estar dele melhorará  e de seus pais que e já se mostravam debilitados com o cansaço emocional de lidar com ele.

Na semana seguinte comecei a trabalhar no café. Théo ficava na aos cuidados de Rosa, pois barbara e Marcos começaram as viajar para negócios. E eu me sentia sozinha em casa, porem aliviada sem a presença de Victor.

- Julia, você pode terminar de fechar o café para mim? Vou ter que sair mais cedo! – David, o gerente me pediu enquanto terminava de limpar as mesas.

- Claro que posso! 

- você tem sido muito útil para mim nesses últimos dias. Estávamos precisando de novos empregados.

- Eu que agradeço, estava precisando de emprego – David soltou uma risada.

- Bom, vou indo – ele pegou seu casaco e eu levantei a porta do café para que ele passasse.

Um mês se passou. As coisas corriam seu curso natural, os dentinhos de Théo já estavam a mostra e ele dava indícios de que queria andar. A paz reinava na casa e eu nem lembrava mais das tristes coisas que o filho de Barbara me fez passar. Um dia estava na casa de uma amiga que fiz, era a Pâmela. Ela frequentava o café e acabamos fazendo amizade.

- Você acredita que ele furou comigo para sair com os amigos? – Pâmela gesticulava indignada ao me contar que o namorado a abandonou.

- E porque você não foi tirar satisfações?

- Você acha que eu vou mendigar atenção do Jonata, Júlia? Não viaja!

- Certo, mas depois não reclame que ele não te dá atenção.  – ela tacou uma almofada em mim.

- Certo, vamos parar de falar de mim e vamos falar de você, porque ainda não arranjou um namorado?

- porque não ué – ela revirou os olhos e eu ri.

- ah Júlia, vamos ser sincera você não se interessou por ninguém? – fiquei fitando o nada e Victor veio à minha mente. O que era ridículo, pois eu nunca ficaria com ele.

- Não... – falei vagamente. Meu celular começou a tocar, era Barbara. – preciso atender.  – me levantei e fui para o banheiro.

- Alô?

- Júlia? – Barbara perguntou com uma voz alegre.

- Sou eu sim, o que foi? – perguntei desconfiada.

- Você pode voltar mais cedo para casa mais cedo?

-Claro, mas porque? Aconteceu algo com Théo?

-Não, imagina. É que eu tenho uma boa notícia para te dar!

- Serio? – me empolguei – qual?

- É que... Victor volta para casa hoje! – senti ela comemorar do outro lado da linha, porém eu fiquei muda, e por conta do choque o celular caiu.

 

Capitulo 5

Tudo a minha volta parecia girar e o ar me fugiu. Victor voltaria para casa. Meu Deus, a graça dos meus dias terminaria hoje. Pâmela abriu a porta do banheiro e tive que me sentar no vaso.

- Amiga,  o que houve? Parece que viu uma assombração!

- É pior do que isso! – enterrei  o rosto nas mãos.

- Nossa! Então o que houve para ser assim tão sério? – ela perguntou já desmanchando o sorriso.

- Não tem o filho da senhora que me abrigou? – Pâmela assentiu – ele volta hoje da clínica!

- Então é esse todo o choque? Porque o filho da sua futura sogra volta hoje?

- Não brinca Pâmela, você não ideia de como ele é!

- Amiga,  você tá exagerando, nem deve ser tão ruim – ela disse ajeitando os cabelos no espelho.

- Ah pode apostar que é, é como você morar com seu inimigo!

-  Um inimigo bem gato! – Revirei os olhos

- E o pior, Barbara quer que eu esteja lá mais cedo para recebe-lo. É o cumulo!

- Amiga olha... -  ela me fez levantar e apoiou as mãos nos meus ombros -  relaxa, vai e finge que nada aconteceu de ruim entre vocês . Vai que essa temporada na clínica fez bem para ele?! Ele pode ter mudado!

- Será? – questionei desgostosa. – Pâmela, eu já convivi o suficiente com homens como Victor e sei que eles não mudam tão facilmente.

- Vai por mim, Victor deve voltar com todos os parafusos no lugar – rimos juntas – Sério, da uma oportunidade para conhecê-lo de novo!

- Está bem – me rendi  - Mas se ele me atacar novamente você vai ser responsável pelo meu enterro – Pâmela soltou uma risadinha.

- pode deixar!

Passei no quarto dela pegando minhas coisas. Me despedi de Pam e peguei um ônibus para casa. Fiquei fitando a rua pela janela e me bateu uma saudade estranha de casa. Sabe, não é como se quisesse voltar, mas é que se de certa forma eu tivesse acostumada com o ambiente. Um mês é muito tempo para que coisas aconteçam. Como será que estão vivendo sem mim?

Desci num ponto perto de casa e peguei as chaves para abrir a porta. Nem buzinei, apenas entrei e me deparei com Rosa e Barbara enfeitando a sala. Na parede tinha escrito “bem vindo Victor”.

- Júlia, que bom que chegou! Nos ajuda a terminar de arrumar a sala? – Barbara estava em cima de uma escada terminando de ajeitar as letras.

- Tudo bem... – coloquei minha bolsa no sofá e peguei um banquinho para subir.

- Rosa pode ir, daqui eu termino. – ela assentiu e se retirou.

- Então, que horas Victor chega?

- em poucos minutos, pedi a Marcos para pega-lo!

- A senhora acha que ele... se recuperou? – tentei ser cautelosa com as palavras, não queria demonstrar o quando eu estava angustiada com essa volta.

- Bom, creio que sim. Eu mantive contato com os médicos dele todo o tempo que ele esteve lá e ao que indica ele está limpo.

- Fico feliz que ele esteja melhor – me senti um pouco mais aliviada.

- Também, querida! – O celular dela começou a tocar e Barbara correu para atender. Fiquei entretida com a decoração enquanto ele conversava.

- Júlia, eles já estão chegando! Vá se arrumar.

Peguei minha bolsa e fui para o quarto. Tomei um banho rápido, só para me enxaguar e botei uma roupa mais quente, já que estava anoitecendo. Não iria me arrumar de forma extravagante só porque o filhinho do papai vai chegar. Théo estava dormindo, e eu não iria acordá-lo, crianças precisam de rotina e nesse horário ele costuma dormir. Na sala só continha eu, a mãe dele e rosa, mas Barbara disse que mais tarde viriam alguns parentes e vizinhos para dar as boas vindas.

- Rosa apague as luzes, Marcos já está subindo as escadas! – Rosa correu e apagou as luzes deixando a sala um breu.  O trinco abriu a porta e todas nós gritamos:

- Surpresa!

Marcos acendeu as luzes e o que se revelou foi muito mais do que eu estava esperando.

Victor estava totalmente mudado, e quando falo é para melhor. Seus cabelos estavam cortados e alinhados num topete totalmente sexy. Suas roupas não eram as largadas de quando ele saiu daqui e seu corpo estava diria, definido. A blusa marcava seus músculos. Parecia que uma nova pessoa havia surgido. Seu olhar curioso percorreu a sala e um sorriso se abriu ao ver sua mãe.

- Meu filho, que bom que chegou, estávamos com muitas saudades! – Barbara correu para abraça-lo

- Também senti falta de vocês – Seu sorriso esbanjava alegria. Mas eu ainda estava desconfiada de sua recuperação.

- Meu menino, como você está? – foi a vez de Rosa recebe-lo.

- Melhor do que nunca – Victor colocou sua mala no chão e a levantou do chão num abraço. Me aproximei devagar e quando seu olhar cruzou com o meu, senti um arrepio pela espinha.

- Oi – Falei sem graça.

- Olá Júlia – Victor estendeu a mão. Fiquei olhando-a até que surgiu um clima de tensão. – eu não mordo! Sei que não nos demos bem no início, mas podemos ser amigos dessa vez não?

- Claro – apertei sua mão obtendo um sorriso dele.

Victor subiu para o quarto e foi desfazer as malas. As pessoas começaram a chegar e a casa ficou movimentada. Tinha primas, alguns tios e até crianças correndo. Barbara estava ajudando Rosa a servir a comida para eles. Estava sentada conversando com uma prima de Victor, até que ouvi ela me chamar.

- Júlia, você pode ir lá em cima chamar Victor. Ele está demorando!

- Tudo bem...

Subi as escadas de dois em dois. Andei o extenso corredor que levava ao quarto e bati na porta. Nada. Bati mais umas duas vezes e a porta abriu revelando Victor somente com uma toalha na cintura.

- Oi Júlia, o que foi? – ele encostou-se ao batente da porta e minhas bochechas erubesceram ao notar seu abdômen a mostra.

- É-É, que sua mãe está pedindo para você descer...

- Ah, só um minuto, eu estava no banho – É deu para notar – Se quiser pode entrar.

- Ah não, eu prefiro ficar aqui mesmo.

- Vamos, entre!  - ele me puxou pela mão me fazendo entrar no quarto. Me sentei na beirada da cama meio desconfortável.

- vou terminar de me trocar, fique a vontade. – Victor pegou umas roupas e voltou para o banheiro. Depois de uns 10 minutos ele saiu penteando os cabelos.

- Então, não tive tempo de perguntar, mas de onde você é?

- Sou do Rio – encolhi as mãos nas pernas.

- Tenho amigos de lá, você conhece Pedro? – engasguei ao ouvir a pergunta. Fiquei sem saber o que responder, mas não queria que as pessoas daqui soubessem do meu passado.

- Não, não conheço.

- Ele dá altas festas, um dia posso te levar a uma... – Victor terminou de arrumar os cabelos e calçou um par de chinelos.

- Antes de descermos queria te fazer uma pergunta – Me levantei da cama.

- Sim, faça – Ele sorriu.

- Você se sente melhor depois da internação?

- Nossa, super! Me sinto uma alma renovada...

- E o que te levou a se envolver tanto com álcool? – sei que estava invadindo uma zona com essas perguntas, mas minha curiosidade falava mais alto.

- O que as pessoas fazem quando querem esquecer algo esquecer algo ruim, Júlia! – Senti um incomodo da parte dele ao responder e ele foi para a sala me deixando com uma incógnita.

Victor era um mistério. Ao mesmo tempo em que se mostra tão sorridente, dentro do seu coração tem uma porta que não se abre nunca. O que me deixa encucada para saber mais sobre ele.

Durante todo o tempo na sala eu o observava. Sua alegria ao ver os parentes o recebe-lo com outros olhos, me deixava com um misto de alegria também. Depois que todos se foram eu estava ajudando rosa com os pratos.

-Júlia, se quiser pode ir, eu termino – Ela tomou o prato da minha mão.

- Me deixe Terminar de ajuda-la, tem muito o que se fazer ainda!

- Já estou acostumada, menina – Agradeci  e fui para o meu quarto.

Troquei Théo e dei um pouco de água depois que ele acordou. Fiquei acordada velando seu sono quando meu celular começou a tocar.

- Júlia – Era Pâmela.

- Oi Pam, porque tá me ligando uma hora dessa?

- Pra saber as novidades, como foi com meu cunhadinho? – Cai na risada.

- Tá devo admitir que não foi tão ruim.

-  Viu só, você tem que confiar mais no que eu falo mulher! E como ele está?

- Parecendo uma pessoa normal – Ouvi ela rir.

- Ah tá – ironizou

- Ele está diferente... está com o físico malhado e a aparência muito mais atraente do que antes.

- Menina não brinca! Se eu não tivesse namorado iria pedir o numero dele. – ri fraco.

- De fato a internação fez bem a ele, Mas tem algo que me deixou encucada!

- O que?

O motivo da internação, os pais dele nunca me falaram porque ele se envolveu com álcool de forma severa e quando fui perguntar ele me disse que era para esquecer algo de ruim.

- Que estranho amiga...

- Sim... Vou ter que desligar, Théo está dando indícios de que vai acordar.

- Dá um beijo no meu fofucho – Pam desligou e eu voltei minha atenção para Théo.

Era madrugada e eu estava sem sono, pensando na minha vida, até que gritos vindo do corredor começaram a ecoar. Abri a porta assustada e vi Marcos e Barbara tentando abrir a porta do quarto de Victor.

- Não manda ela ir embora, por favor – ele gritava. Cheguei perto, mas Barbara me impediu.

- Não Júlia, se afaste, eu temia que isso fosse acontecer!

- Isso o que? – pensei no pior ao ve-lo naquele estado.

- Pesadelos! o médico disse que ele teria depois da terapia. Não tenha medo, volte pro quarto que cuidaremos disso!

Fiz o que ela mandou e me encolhi nas cobertas escutando os gritos ensurdecedores de Victor.


Notas Finais


Bjsss


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