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História Start Over - Don't Make Me Choose


Escrita por: gabrielebborges e sambborgs

Notas do Autor


Gente, há exatamente um ano atrás tivemos a ideia de escrever Start Over, apesar de começarmos a realmente posta-lá em dezembro de 2015.

Mesmo que esteja bem difícil de continuar – por vários motivos – vamos até o fim com essa fanfic. Ela significa muito para gente, então obrigada por todo incentivo e palavra lida.

Recomendo você a ler esse capítulo ouvindo a música "Don't Make Me Choose - Nick Jonas".

Link da nossa playlist no Spotify nas notas finais!

Espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 36 - Don't Make Me Choose


Fanfic / Fanfiction Start Over - Don't Make Me Choose

"Se você quiser conversar

Eu escutarei 

Estarei aqui, na linha

Até que você durma."

– Don't Make Me Choose – Nick Jonas.

 

Ally Price point of view:

Encaro o rosto sereno de Cameron enquanto dorme, como se tentasse ler todos os seus pensamentos e obter respostas. A respiração tranquila faz seu peito subir e descer e eu tento me convencer de que não há nada sem clareza entre nós.

Acordei cedo demais e me remexo na cama. Vejo meu bloco de notas em cima do criado-mudo ao meu lado e o pego afim de tentar por meus pensamentos em ordem. 

Ultimamente tenho sentido tantas coisas ao mesmo tempo, que talvez seja por isso que estou tão confusa. Acontece coisas incrivelmente maravilhosas deste lado do "paraíso", mas sei que há muitos mistérios e pequenas coisas que, mesmo que eu quisesse, não estão passando despercebidas.

"Você consegue ler o meu amor através de todas essas linhas? 

Você consegue ouvir o meu amor através de todas as palavras ditas?

Você consegue sentir o meu amor através de todos os toques?

Você consegue ver o meu amor através de todas estas fotos?

Você consegue escutar o meu amor através de todas aquelas músicas? 

Você consegue lembrar o meu amor através de todas as memórias juntos?

Então, foque em nós dois e esqueça todo o resto. Diga-me a verdade." 

O tempo têm passado muito rápido. É como se eu tivesse fechado os olhos e quando os abri, já era fim do mês.

Cameron me levou a cada canto da California e me fez experimentar todos tipos de comida mexicana que existem, mas ainda sinto que ainda não conheço tudo sobre ele. Como se faltasse alguma peça no quebra-cabeça. 

Dizem que quando há dúvidas, o amor perde o sentido e eu me recuso a acreditar nessa teoria.

Sinto-me em um sonho, apesar de saber que terei que acordar logo mais. Falta apenas dois dias para voltarmos para casa e nesse meio tempo, pensei muito antes de lhe falar a verdade sobre Ben, que ele é um grande mentiroso e tudo mais. Fiquei com medo da reação de Cam, porém eu o fiz mesmo assim. E como o previsto, meu namorado quis ir tirar satisfações imediatamente com o falso amigo, mas eu o impedi dizendo que não era necessário, pois nós nunca sabemos o que esperar de pessoas assim.

Naquela mesma noite ficamos sabendo que Shawn lançaria seu primeiro single no próximo mês. E todos estávamos muito orgulhosos dele. Contudo, eu só consigo pensar em Kat e sua estratégia de parecer constantemente feliz pelas redes sociais. Sei que ela está firme na sua escolha de deixar seu amor ir atrás dos seus sonhos, mas a primeira coisa que eu irei fazer quando vê-la novamente é colocá-la dentro do próximo avião para NY.

Acredito que certas coisas são mais simples do que parecem: não adie a felicidade. Não adiante a tristeza. Permita-se sentir cada emoção na hora certa. A sensação libertadora vem com a sinceridade de cada sentimento vivido. 

Desço as escadas com cautela, não deve passar das oito da manhã e eu não quero acordar ninguém. Mas assim que chego na cozinha, Sierra já está com sua roupa de caminhada e colocando comida para Jaxx, o cachorro da família. 

— Bom dia, Ally!

— bom dia. — sorrio.

Sentamos a mesa e começamos a nos servir. 

— E aí, dormiu bem? — ela pergunta dando uma mordida na panqueca e eu concordo com a cabeça. — Vi que você e o Cam chegaram bem tarde ontem... — completa de forma maliciosa e eu coro.

A noite passada foi incrível, mas reprimo meus pensamentos impuros em relação ao corpo do irmão da garota que está a minha frente.

— Si... — começo e ela ri da minha reação. — Ok, você conseguiu me deixar sem graça.

— Eu gosto de ver o meu irmão assim. — diz. — Ele está feliz e parece melhor do que nunca. Cam nos visita poucas vezes no ano, e sei que a maioria delas é porque a dona Gina o obriga. Essa foi a primeira vez que ele veio por vontade própria e ficou mais de duas semanas. 

Engulo a seco. 

Jamais imaginei que sua relação com a família era assim, eu conheci um Cameron totalmente diferente do que me foi mostrado aqui. E o que me mais me intriga é o porquê dele nunca ter me contado nada sobre isso.

— V-você — tomo coragem para perguntar. — sabe porque Cameron escolheu Durham? Sabe... sair da California para morar na Carolina do Norte ainda parece meio sem sentido para mim.

Ela dá um gole no café antes de responder e pensa um pouco. 

— Olha, sinceramente... — ela começa. — Eu não sei. — dá de ombros. — Cam cortou todas as relações antes de ir, arrisco dizer que ele passou por uma pequena depressão. Ele tentava ser o melhor para todo mundo, mas acho que em meio a todos os problemas, aquilo acabava afetando ele de uma forma negativa, entende? — ela me lança um olhar e eu concordo com a cabeça meio chocada. — Não sei se foi amizades, a relação com o pai ou a antiga namorada. Seja como for ou o que for, acho que ele está tentando superar o passado... E você está fazendo muito bem a ele.

Deixo o silencio se instalar sobre o ambiente, tentando absorver todas as informações.

Senti-me a margem de toda uma parte da vida de Cameron. Eu não quero parecer uma namorada xereta, mas eu quero sentir que ele confia em mim o suficiente para que não faça sentido esconder coisas que de longe não me parecem ser insignificantes. 

[...]

Quando Cameron acorda, eu estou na sala fingindo interesse em algo que passa na televisão.

— Porque não me acordou? — questiona se aproximando e beijando a minha bochecha. 

— Você parecia cansado e eu não quis incomodar. — encaro seus olhos castanhos.

— Nunca incomoda. — retruca e eu analiso essas palavras mais profundamente. 

Baixo o olhar e mordo o lábio inferior. Minha mente procura mil formas de tentar chegar a esse assunto, mas como sempre, escolho o jeito mais direto e sincero deles. 

— Cam. — fecho os olhos rapidamente. — Preciso que me diga um coisa. 

Ele segura meu queixo levantando o meu rosto e sua expressão é de pura dúvida.

— Algum problema? — pergunta. — Sabe que pode me contar tudo. 

— Esse é o problema. — afirmo. — Eu lhe conto tudo sobre mim, mas e quanto a você? — continuo e ele franze o cenho. — Ao longo de todos esses dias, percebi que você era uma pessoa completamente diferente aqui, que possuía problemas em cada esquina da cidade, mas eu não sei do que se trata...

— Porque essa pessoa já morreu, esse Cameron já morreu. — interrompe-me.

Será mesmo? — levanto as sobrancelhas. — Porque não foi o que pareceu quanto você fez questão de sair ontem quando o seu pai veio aqui e bebeu mais do que deveria. É claro que me diverti com você e bebi também, mas sei que você só me puxou para fora daquela boate e transou comigo no carro porque aquela garota, a sua ex-namorada talvez, apareceu e veio nos cumprimentar.

Ele arregala os olhos e passa as mãos pelo cabelo, quase os puxando.

Você não entende! — alega.

— Porque você não me deixa entrar? — insisto e vejo em seus olhos que ele quer me dizer algo, mas simplesmente não consegue.

— Porque você não me dá um tempo? — pergunta no mesmo tom e eu me encolho. — Eu sei que tenho problemas, tá legal? Só não quero envolver você em toda essa merda. — bufa. — Deu para perceber que a minha vida é uma bagunça? Ótimo, mas é só isso que você precisa saber. 

Pisco algumas vezes atordoada tentando acreditar. 

— Pensei que depois de todo esse tempo, você confiasse em mim. — digo com a voz embargada.

— Eu não quero voltar para esse inferno, Ally. — trava o maxilar. — Eu sou outra pessoa agora e amo você, nada mais importa. 

— Não se trata disso, Cam! — digo. — Só não quero fazer papel de idiota e não saber de nada, quando tudo está acontecendo. — ele desvia o olhar e fica calado. — Não me faça escolher entre o amor e a insegurança. Não espere tudo isso desmoronar por conta própria ou eu mesma colocar um ponto final. 

 

"Pois eu perco todas as vezes que você me afasta assim 

Então, vou encontrar uma maneira de te mostrar 

Que estes dois mundos podem co-existir."

– Don't Make Me Choose – Nick Jonas.


Notas Finais


Se você ama esse casal e quer protegê-lo, comente!

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Tem todas as músicas, de todos os capítulos. Fica muito mais fácil, além de que, ler escutando a música que nós indicamos, faz toda a diferença: https://open.spotify.com/user/gabrielebborges/playlist/4dMIaXs0A0Cigc78puLJvZ

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