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História Stay - Ending Scene


Escrita por: Beautiful_ninja

Notas do Autor


oi, eu amo vocês ta

Capítulo 4 - Ending Scene


- Olha se você não dormir nessas 13 horas de viagem, eu acho que mato você antes da sua coletiva de imprensa.

- Eu vou dormir Hannah, eu prometo.

- Você está bem? Se quiser posso cancelar...

Eu sabia que ela estava me observando, desde que me disse que viajaríamos para Nova York para uma coletiva de imprensa, ela não tirou os olhos de mim, acho que esperava alguma reação, algum pulo de felicidade, ou que eu recusasse. Mas eu ainda não sabia como me sentia. Se estava feliz, se estava impaciente. Ou apenas cansado.

- Eu estou bem Hannah, de verdade. Não precisa cancelar.

- Você falou com ela?

- Sim, avisei que estávamos indo para Nova York. Disse que você queria vê-la. Ela sente sua falta também.

- Você disse que gostaria de vê-la?

- Sim.

- E ela?

- Disse o mesmo.

- Hmm... Ahh, o amor é tão complicado.

- Na verdade o amor é doloroso.

Saiu sem querer, eu não parei para pensar. Só saiu. E não quis dizer de um modo ruim. Quer dizer, eu acho que dor não tem lado bom... Mas acho que não foi isso que eu quis dizer. Ou talvez fosse... Como disse, estou confuso.

- Kim... Você já pensou em desistir?

- Várias vezes. Mas ainda estou aqui. Antes o motivo era porque eu havia prometido. Depois se tornou um hábito. Até eu entender que na verdade eu quero estar aqui. E que ninguém está me forçando, obrigando e me dizendo, “Ei, Kim, você não pode desistir”. Eu apenas penso todos os dias no rosto dela, e isso já é o suficiente para que eu fique.

- No que você mais pensa?

- No sorriso. Se ela sorrisse para mim em todas as minhas vidas, eu acho que me apaixonaria por ela em todas. Se bem que, os olhos dela também, eu não sei, eles são diferentes. Mesmo que não sejam azuis, verdes ou qualquer outra cor diferente. É o olhar dela. Eu posso facilmente ignorar um olhar, ou apenas agir normalmente. Mas quando é com ela, eu travo. O corpo dela também. Os abraços dela eram quentes, mesmo que as mãos fossem frias. Eu acho que penso em tudo.

Acabamos rindo da minha indecisão, Hannah realmente se preocupa comigo, ela teve medo que entrasse em depressão ou tivesse algumas crises, tentou ao máximo estar do meu lado e me aconselhar. Me disse uma vez que se arrependia de ter me feito prometer tal coisa, pois achava que isso poderia me fazer mal.

- Acho melhor eu dormir. Serão 13 horas quentinhas e desconfortáveis. Bons sonhos Hannah.

Estava sol em Nova York, nada demais, era um clima gostoso, mas como você disse, o ar podia sufocar em áreas mais longe da natureza. Uma revista marcou de ultima hora uma entrevista, Hannah me perguntou se estava tudo bem, eu não ligava muito, então disse que sim,  tudo bem, fomos até um café encontrar a moça que ligou para minha babá. Acho que aceitei mais porque queria ir em outros lugares ao invés de ficar preso no hotel. Você tinha razão, era uma cidade bonita, cheia de pessoas diferentes, e isso era legal de se observar.

“Espero que ocorra tudo bem na sua coletiva :)  “

Sorri ao ver a mensagem, a entrevistadora percebeu mas pedi que continuasse e não desse muita importância.

“Hannah me disse que o hotel de vocês é próximo do Central Park, que inveja :/”

“Por que você não sai um pouco do seu quarto e vai visitar os parques ao invés de sentir inveja da minha sorte?”

“Não sabia que o nome da Hannah agora era sorte.”

“Eu acho que ela é um amuleto da sorte.”

“Consigo ver isso. Ela é pequena mesmo.”

“Ela é normal. Você que é pequena, você é no mínimo um chaveirinho.”

- Sr Kim, devemos continuar a entrevista em outro horário?

- Huh? Ah, não. Desculpa. Repete a pergunta por favor.

“Alguma chance de eu ver o seu corte de cabelo pessoalmente?”

“Não sei, eu sou um chaveirinho, vai conseguir enxergar?”

“Dramática.”

Terminei a entrevista, e a babá já quis me prender no meu quarto.

- Hannah, vamos andar. Não temos a chance de vir até aqui sempre. Não quero passar o resto do dia dentro de um quarto.

Decidimos ir até o parque, ou na verdade eu insisti, apenas para tirar várias fotos e enviar para ela, o que era uma forma de implicância mas também de dizer que eu estava pensando nela mesmo assim. Hannah achava tudo isso... Fofo.

“Ahhh, cansei das suas fotos, vou sair e ir atrás de um parquinho qualquer, não aguento mais esse cheio de óleo dentro do meu quarto. Tchau, vê se não estrague sua coletiva de imprensa.”

Fiquei olhando acho que tempo demais para essa mensagem. E acabei sorrindo ao ter o pensamento mais bobo, porém o melhor pensamento que tive durante 13 horas de viagem, e mais 30 minutos de entrevista. E obvio, que eu arrastaria Hannah para me ajudar nisso.

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Eu precisava de ar, de um verde, abraçar uma árvore, qualquer coisa que tirasse o cheiro de óleo de mim. O taxista disse que o parque mais próximo era o Riverside, aceitei mesmo assim, qualquer coisa para ficar longe daquele lugar. Parte de mim já dava graças a deus que daqui dois dias eu poderia voltar para minha casa.

Estava um dia agradável, não ventava forte, não estava frio, e não estava muito calor. O parque era realmente bonito, e poder respirar um bom ar fez ate meus pulmões sorrirem.

Eu fiquei surpresa ao perceber que ele se parecia com o lugar que íamos a noite, para conversar, para rir, ou até mesmo fazer declarações no primeiro dia de neve. Eu sorri pela lembrança e resolvi caminhar enquanto lembrava de tudo.

“ Tem uma galinha no meio do caminho”

“Deve ter se perdido, veja, ela esta abanando o rabo.”

“Rabo? Galinhas tem rabo?”

“Hm... Pense assim, pavões tem rabo.”

“Eles são parentes?”

“Talvez sejam primos”

Acho que qualquer pessoa na rua me acharia louca por estar rindo sozinha no meio de um parque por causa de uma lembrança boba. Mas eu não conseguia evitar. As coisas continuavam vindo mais e mais, e eu dava gargalhadas sozinha. Já não me importava mais com as pessoas. Cada coisa idiota que dissemos. Quanta bobagem. Quanta saudade. Eu tive que me segurar em uma das grades pois minha barriga doía de tanto rir, mas por um momento comecei a chorar. E não um choro ruim, eram lágrimas de felicidade. Eu estava feliz por saber que você ainda mexia comigo. Eu tive medo de ter deixado aquele sentimento para trás. Eu tive medo de acabar te esquecendo. E eu estava feliz por perceber que eu ainda amava você. Eu descobri que não gosto de fechar negócios, mesmo que eu viaje e conheça outras pessoas, é chato, é cansativo, tem muitos números. Eu não gosto. Percebi que gosto do meu cabelo curto, e que ele longo me incomodava demais, e que eu me sinto mais bonita com ele assim. Fui capaz de notar o que eu quero fazer, e quem eu sou, e no quero me tornar. Eu me encontrei. Eu finalmente me descobri. Eu achei as respostas para todas as minhas perguntas. Eu consegui. Eu estou bem. E meu deus, eu ainda amo você. Tanto quanto no primeiro dia que eu disse isso.

- Moça, a senhora está bem?

Ahh... Sim, não se preocupe. Obrigado.

- Tem certeza?

- Sim, só estou feliz demais.

O segurança soltou um sorriso.

- Ora, então sorria. Não chore.

Ele se retirou depois de dizer isso. Peguei meu celular e te escrevi uma mensagem.

“Fui no Riverside Park, ele se parece com aquele lugar que costumávamos ir. Acabei lembrando de todas nossas conversas, e das suas piadas ruins. Lembrei do pavão e da galinha. E você tem razão, eu pesquisei, eles são primos. Eu ri tanto, que acabei chorando. Mas não se preocupe, foi por uma boa razão.

Eu descobri que não gosto de trabalhar com números. Prefiro meu cabelo curto. Não suporto ficar no meu quarto de hotel. E descobri que sinto sua falta. E sinto que me encontrei “

“Você deve ter andado bastante então para chegar a tal conclusão rs. É claro que são primos, está achando que menti? Fico feliz em saber das suas descobertas. Eu também sinto sua falta. E mesmo que odeie seu quarto, volte um pouco pra lá, você deve estar cansada. Depois da coletiva, Hannah e eu podemos passar ai :) . “

Eu encarei essa mensagem como um recomeço. E era exatamente isso, uma nova forma de começar as coisas. Eu sentia saudades da Hannah também e queria vê-la. Eu ainda não sabia o que iria fazer ao te encontrar, e talvez eu não devesse pensar. Só apenas deixar que as coisas fluíssem. Peguei o taxi de volta, no caminho mandei um email para meu chefe, expliquei que mesmo a experiência tendo sido boa, que não era o que queria. E eu vou procurar de novo o que eu tanto quero. E não apenas me jogar em qualquer coisa.

Acho que vou ligar para a Hannah depois da coletiva, perguntar se pode fazer uma hospedagem para mim no hotel que está, não aguento mais esse cheiro horrível de gasolina.

Talvez eu saia para comprar alguns incensos, e feche todas as janelas. Se bem que podem me multar achando que estou tentando provocar um incêndio. Só queria uma solução para este problema.

Abri a porta do meu quarto. Fiquei talvez mais de 10 minutos olhando para tudo aquilo, bem na minha frente. Eu não sabia se eu estava sorrindo, chorando ou os dois ao mesmo tempo. É claro que você ia fazer isso. Típico. Você não sabe como não ser gentil. Você não sabe como não mexer com meus sentimentos. E de verdade, parece que faz isso de propósito. E eu ainda não acredito que você fez isso. Meu quarto não cheirava a óleo, nem gasolina, ou nada do tipo. Pelo contrário. Ele cheirava a rosas, vermelhas, rosas, lilás, de todas as cores possíveis. Espalhadas por todo meu quarto. Em pequenos buquês ou em cestinhas, com pétalas jogadas por todos os lados, no chão, na mesa, na minha cama. O cheiro era tão reconfortante. Andei por todo meu quarto me perguntando se eu deveria te bater ou te abraçar. Encontrei apenas uma dama-da-noite em cima da minha cama, com um bilhete do lado.

“Espero que isso ajude no cheiro :) . Cada rosa tem um significado diferente de acordo com sua cor. Espero que goste de todas. A minha favorita é a lílas, ela simboliza Amor a primeira vista. E eu me apaixonei por você no primeiro olhar, primeira conversa, primeiro sorriso.

Eu te amo”

Eu te amo. Meu coração não vai mudar. Eu posso envelhecer, me afastar. Ele permanecerá assim. É imutável. As minhas pernas se movem com rapidez, elas me guiam e me levam para uma única direção, pro único lugar que eu preciso estar agora. E eu corro o mais rápido que posso. Grito por táxis, digo que pago o dobro se chegar o mais rápido possível no único lugar no mundo onde eu deveria estar. Do seu lado.

As coisas podem ser difíceis, eu sei, o mundo pode virar as costas pra mim. E tudo bem, eu não me importo. Nada disso importa mais. Tudo o que importa está aqui, dentro do meu peito e precisa sair de alguma forma. Eu preciso te dizer que quero acordar do seu lado todas as manhãs. E quero ser a última voz que você vai ouvir todas as noites. E eu quero estar lá toda vez que você quiser contar uma piada idiota que com certeza me fará pensar “por que eu me apaixonei por ele?”. Ao longo do meu caminho eu sei que terei mais duvidas, talvez eu me perca de novo. Mas eu ainda vou precisar de você do meu lado. Quando eu rir, quando eu chorar.

Faltava tão pouco para chegar e infelizmente um trânsito havia acabado de se formar. Paguei o taxista e pulei para fora do carro. E corri novamente. Eu não podia esperar. Eu segurava essa vontade já havia um tempo. A vontade de simplesmente pular nos seus braços. E não, eu não posso esperar mais 5 minutos, e muito menos esperar ate que anoiteça. Esse sentimento em mim não vai se aquietar até eu ver seu rosto e dizer o quão idiota você é, e como eu odeio como você me conhece, e como você sabe como mexer comigo. E eu não consigo ficar brava com você por muito tempo. Isso é errado.

Então vamos errar, vamos se perder, vamos rir. Juntos. Até ficarmos velhos.

Consegui ver seu rosto na entrada do hotel, Hannah estava do seu outro lado, tinha um carro estacionado na frente, e alguns fotógrafos na sua frente junto com seus repórteres. Você virou o rosto e me olhou, ficou surpreso mas não se moveu, eu só pude continuar correndo. E foi assim que eu voltei. Foi assim que eu resolvi que eu queria amar apenas você. É engraçado que isto não é uma coisa que alguém da minha profissão faria. Mas eu não estava pensando profissionalmente agora. Eu só conseguia pensar no quanto eu sentia falta dos seus lábios. E foi por isso que corri em sua direção e te puxei pra perto de mim, e deixei que nossas bocas se juntassem mais uma vez.

E você não me negou, não me escondeu, não me afastou. Você me abraçou com força, tanta força que eu pude sentir que você não ia me soltar nunca mais. E era só nisso que eu pensava, para que você não me deixasse mais, eu pensei nisso com tanta força, que acho que acabei sussurrando isso, pois você respondeu com “não vou” quando nossos lábios se separaram.

Você sorriu, encostou sua testa na minha, e não parava de me olhar.

Você não precisava falar, eu não precisava falar. Eu sabia tudo o que você queria dizer, e você sabia o que eu queria falar. E mais tarde talvez a gente converse sobre tudo isso, mas agora não.

- Você sabe que agora todo mundo vai saber né?

- Não tem problema.

- Vai ter fotos suas rodando na internet.

- Eu não ligo.

- Algumas pessoas podem te odiar.

- Tudo bem. Eu posso lidar com isso.

- Isso vai estar em todos os jornais e revistas de amanhã.

- Talvez esteja na TV ainda essa noite.

- Só vão pergunta sobre você na coletiva.

- E o que você vai fazer sobre isso?

- Talvez a gente consiga fugir de todos eles.

- É um bom plano.

- No 3.

- 1

-2

3. Eu me lembro de virar esquinas, subir e descer escadas. Entrar e descer de taxis e ônibus. E acabamos no hotel que eu estava hospedada.

- Você tem razão, aqui tem um cheiro horrível. Até o pessoal da floricultura reclamou do cheiro. Mas ainda bem que eu sou um gênio né?! O cheiro melhorou assim que colocamos as flores aqui dentro. A dona da floricultura, ela me elogiou, disse que era uma ideia maravilhosa.

Você estava deitado do meu lado, seu peito estava amostra e eu sinceramente não sabia onde estavam as suas roupas. Observei você contar sua história enquanto se gabava de como era um cara legal, e que eu era muito sortuda.

- Realmente, muito sortuda. Tenho um piadista do meu lado. Não terei problemas com mal humor.

- Você é muito chata.

Sorri. Aos poucos me aproximei, e lhe dei um beijo.

- Quer sabe, tudo bem, eu gosto de pessoas chatas. Eu amo pessoas chatas. Vem aqui.

Você me enlaçou de novo com seus braços, e eu me senti aquecida pela sua pele.

Tomara que todas as noites sejam assim, que eu possa estar do seu lado, sorrir com você, dormi com você, e me sentir bem. Nenhum problema será grande demais. Nenhuma dificuldade será grande demais. Nenhum obstáculo se tornará impossível. Eu nunca quero deixar você ir embora. Com todas as minhas falhas. Com todos os meus medos. Eu prometo que vou te amar todos os dias do ano. Por mais de 100 anos.

Eu vou ficar aqui, com você.


Notas Finais


eu ainda amo vocês ta?! sdjfiojsfid


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