Não parta meu coração novamente, como você fez antes
Não parta meu coração novamente, eu não posso mais aguentar
Whitesnake — Don't Break My Heart Again
Eram praticamente indescritíveis as sensações que invadiram seu peito ao ouvir aquela tão simples frase que o doutor lhe dirigira. Inicialmente, pensou apenas em si. Pensou no quão doloroso seria passar o resto de sua vida sem averiguar a reciprocidade dos sentimentos de Jimin, e como conseguiria viver com aquela pergunta sem resposta.
Mas logo, refletiu sobre como seria para a mãe de Jimin ao perder um filho tão precocemente. Afinal, ela já perdera o marido e o filho mais novo em um catastrófico terremoto alguns anos antes de mudar-se para Busan. Perder mais alguém tão próximo e de maneira tão repentina seria, com toda certeza, um choque para a moça.
Sem falar que os professores gostavam de Jimin. As aulas de literatura nunca mais seriam as mesmas sem o ômega sempre respondendo corretamente.
Jungkook analisou cada detalhe do corpo sem vida a sua frente naquele pequeno quarto de hospital. Os olhos fechados e a falta de expressão indicavam um estado sereno e de profunda calma.
Ao olhar para aquele rosto pálido, o alfa perguntou-se o que Jimin havia pensado por último antes de cruzar a linha entre os dois mundos. Seria algo bom? Seria algo ruim? Teria lembrado-se de alguma memória preciosa? Jamais saberia.
Sentia-se estranho ao pegar-se importando-se com os últimos momentos de alguém.
Principalmente porque aquele que fitava não era o Jimin que conhecia.
— Hã... doutor, este não é o Jimin que eu estava procurando.
— Huh? — o médico parou de olhar as fichas na prancheta em suas mãos. Então, pareceu dar-se conta de algo — Ah, você está procurando o Park, não é mesmo? Eu sinto muito pelo meu engano, acabei confundindo os Jimins.
— Sim! — uma pequena fagulha de esperança atingiu seu corpo — Ele está bem? Conseguiu resistir? Por favor, me diga que não aconteceu nada de grave com ele!
No exato instante em que terminou a frase, surpreendeu-se de maneira considerável. Nunca fora muito de expressar seus temores de maneira oral. Estava sempre guardando tudo para si e mais ninguém. E agora... lá estava ele, quase gritando em desespero para saber sobre o estado de Jimin.
Talvez ter dito ao ômega tudo o que estava preso em sua garganta durante anos estivesse fazendo alguma real diferença em seu psicológico.
Não podia evitar aquilo, afinal, tudo estava acontecendo rápido demais para uma noite só. Em um momento, quebrava todas as suas barreiras e contava para Jimin tudo o que afligira-lhe durante anos, enquanto no outro, via um alfa cair de um penhasco bem diante de seus olhos.
O uivo arrepiante de Jeonghan ainda ecoava por seus ouvidos. Aquela havia sido uma das cenas mais horríveis de sua vida. Principalmente porque tudo aconteceu bem diante de seus olhos. Por muito pouco, não caiu junto ao alfa, e a possibilidade de isso realmente ter acontecido era bem grande.
Sem falar que fora, inexplicavelmente, dominado por uma estranha sensação de ódio ao vê-lo tocar Jimin daquela maneira tão... repugnante. Ao finalmente dar-se conta da situação, Jimin já estava no chão, agonizando em dor e sofrimento.
Estaria Jeon Jungkook tão apaixonado à ponto de partir para a violência por causa de amor?
Ok, talvez a resposta fosse sim, já que a única vez em que apaixonara-se verdadeiramente fora por Jimin. Os outros betas e ômegas (e em certa ocasião, por pura curiosidade, um alfa) que namorou ao longo de sua vida eram apenas formas que tentava buscar para parar de pensar em tudo o que fez com Jimin e enganar à si mesmo. Surpreendia-se com o quão longe conseguiu chegar com toda aquela mentira.
Afinal, por trás de toda aquela face de "bad boy", existia alguém realmente inseguro e com a consciência pesada pelos erros do passado. E de tão inseguro que este alguém era, acabou por se esconder através da máscara de outra pessoa.
— Sim, meu jovem. — a resposta do profissional retirou Jungkook de seus devaneios pseudo-filosóficos — Ele está descansando no quarto ao lado.
O alfa não pôde deixar de sorrir. Nunca pensou que ficaria tão feliz com uma tão simples frase. Ainda precisava saber dos sentimentos do ômega por si. Queria saber se Jimin o odiava menos agora que sabia o porquê de tanto ódio repentino em um curto período de tempo.
Sabia que merecia tudo aquilo, desde todas aquelas provocações até ver uma pessoa caindo para a morte bem em frente aos seus olhos. Seu coração pesava ao pensar que Jimin já o amou incondicionalmente, porém teve seus sentimentos jogados no lixo.
— Eu posso vê-lo? — perguntou, nervoso.
— Claro.
◊◊◊
Ao entrar na arejada sala de paredes brancas, Jungkook sentiu seu coração bater descompassado, como se estivesse prestes a pular para fora de seu peito. Estava sentindo o mesmo que sentira ao finalmente abrir-se para Jimin. E aquilo dava-lhe uma peculiar sensação, já que não era do tipo que passava por diversas crises de ansiedade em um curto período de tempo.
A última vez em que sentiu-se daquela forma foi no dia em que perdeu a virgindade com uma ômega. O medo de não conseguir satisfazê-la assim como não conseguir satisfazer a si era grande.
Mas naquele momento, a situação era completamente diferente. Seu temor eram os sentimentos de Jimin.
Em uma fração de segundo, descobriria se o ômega realmente era aquela pessoa de língua venenosa e repleta de impiedade que mostrou ser externamente ou se na verdade ainda era aquele Jimin que importava-se com os sentimentos de Jungkook. Afinal, o alfa pôde ver, por um momento, um pouco de compaixão nos olhos do alaranjado ao contar-lhe tudo o que estava sentindo.
Tinha uma pequena certeza de que, independente do Jimin "de verdade", ainda assim levaria um fora. Estava ciente de que havia magoado o ômega. Não por causa do balde d'água, mas por tudo. Por não ter confiante o suficiente nele, por ter sido tão covarde durante tanto tempo, até finalmente perceber o quão errado era o que estava fazendo. Além de tudo, ninguém se re-apaixona por alguém que transformou sua vida no inferno.
— Ah, você acordou. — o doutor mais uma vez despertou-o de seus pensamentos — Você tem sorte de namorar um rapaz forte como o Park. São poucos os casos em que um ômega, principalmente um assim tão jovem, consegue sobreviver a quebra de uma ligação.
Foi então que Jungkook por fim parou para fitar Jimin. Ele definitivamente não parecia estar em um de seus melhores dias. Sentado naquela cama, Jimin esboçava uma expressão de puro cansaço. Os olhos, que sempre estavam com aquilo brilho característico de quem vive com gosto cada dia de sua vida, estavam completamente apagados e opacos. As mechas emaranhadas apontavam para todas as direções, parecendo até mesmo uma juba.
Mas mesmo naquele estado de profundo cansaço, tanto físico quanto psicológico, Jimin não deixou de dar um eye smile ao ver Jungkook.
— Ah, nós não estamos namorando. — murmurou Jimin, parcialmente rouco.
— Não? — o doutor pareceu realmente surpreso — Ah, é uma pena. Vocês formariam um belo casal... bom, eu vou deixa-los à sós.
Os dois entreolharam-se assim que o médico deixou a sala, sem saber muito bem como começar.
— Eu acho que... você realmente quer saber o que foi que aconteceu naquela floresta, né? — sua voz falhava com constância, indicando toda a sua exaustão.
— Uhum.
Lentamente, Jimin ajeitou-se naquela cama, sentando-se de frente para Jungkook e ficando com as pernas penduradas devido a distância da cama para o chão. O alfa não queria admitir, mas achou aquilo extremamente fofo. Afinal, os dedos dos pés do alaranjado eram curtos e gordinhos, assim como os de suas mãos.
— Bem... quando eu fui pra Busan, aconteceu muita coisa. Tipo, muita coisa mesmo. Eu estava realmente deprimido e...isso acabou gerando alguns problemas psicológicos. Um deles, foi bulimia. Por sorte, a minha mãe conseguiu descobrir antes que começasse a ficar realmente sério. Então além de começar a me fazer frequentar um psicólogo, ela me colocou em um grupo de apoio, onde eu conheci o Jeonghan. Desde que começamos a interagir, as pessoas viviam me dizendo que ele não era flor que se cheire, que eu deveria me afastar e evita-lo... mas ele estava sendo tão cordial comigo que eu simplesmente não consegui ficar longe dele. E talvez esse tenha sido um dos maiores erros da minha vida.
Jimin olhou para baixo, como se estivesse decepcionado consigo mesmo. E talvez realmente estivesse.
— Bem... depois de um tempo, ele começou a se abrir pra mim. Mas isso era tudo apenas pra conseguir me fazer cair na lábia dele. Nesta noite, nossa ligação estava tão próxima que eu pude sentir claramente que tudo o que ele havia me dito eram apenas mentiras. Mentiras e mais mentiras. Tudo para conseguir brincar com os meus sentimentos. E... eu fui um grande idiota por acreditar em tudo o que ele disse. — Jungkook pôde ver os olhos de Jimin se encherem de lágrimas.
Naquele momento, não eram mais o "bad boy"revoltado e canalha e o ômega ousado. Eram apenas Jeon Jungkook e Jimin, com todas as barreiras criadas pelo orgulho completamente derrubadas.
O alfa não importava-se mais em esconder toda a sua aflição e angústia, queria ver Jimin sorrindo como sempre sorrira.
Sem aguentar mais olhar para o ômega contendo-se daquele jeito para não "deixar o copo transbordar" , Jungkook abraçou-o, ficando entre as pernas de Jimin. Se estivessem em um momento qualquer do cotidiano, aquela seria uma cena extremamente ambígua, mas na situação atual, era apenas mais um gesto inocente de carinho.
Acariciou os cabelos de Jimin, sentindo este encostar a cabeça na curva entre seu pescoço e ombro. Lentamente, pôde sentir as lágrimas quentes do ômega molharem aquela região.
— A culpa não foi sua... — sussurrou — Ele apenas... tinha uma boa lábia.
Ouviu-o soluçar pesado. Era como naquele dia na casa de Jin. Mas dessa vez, Jimin não estava deixando-o ver sua face mais delicada por impulso do álcool. Dessa vez, o ômega realmente estava dando-lhe confiança para revelar o antigo Jimin que ainda repousava dentro daquela casca de malícia e ousadia.
Ficaram daquele jeito por algum tempo, até que o menor conseguiu acalmar-se.
No exato momento em que Jimin separou-se de Jungkook, arrependeu-se. Mesmo que fizessem poucos segundos em que os corpos separaram-se, a pele gélida do ômega já começava a sentir falta da temperatura corporal alta de Jungkook.
— Bem... depois disso, nós começamos a namorar. No começo, era tudo uma grande maravilha, como se eu estivesse sonhando acordado. Até que, aos poucos, ele começou a mostrar a verdadeira face dele pra mim. Eu... achei que fosse só uma fase ou coisa do tipo, então continuei com aquilo. Várias vezes, ele deixou bem claro que eu não significava nada pra ele, mas eu... não dei ouvidos e permaneci. Então... ele decidiu me morder, apenas para me ver sofrer. Depois disso, ele meio que me deu um fora "oficial". Aí eu e minha mãe voltamos para Seul... e você já sabe o resto. Talvez eu só tenha conseguido sobreviver a mordida porque minha mãe também conseguiu quando meu pai morreu. — apertou as mãos, contendo-se para não voltar a chorar — Naquele dia na casa do Jin... foi como se tudo tivesse voltado à tona de uma vez só. Por um momento eu... pensei que realmente tivesse encontrado alguém para amar. Mas parece que... eu sou um grande desastre no amor.
Olhou para baixo mais uma vez, trêmulo. Jungkook definitivamente não suportava ver o ômega sofrendo daquele jeito.
— Não diga isso. — segurou nas mãos de Jimin — Você... é incrível. O grande problema é que os dois caras por quem você se apaixonou eram dois grandes idiotas que... não souberam reconhecer o quão especial você era.
Ele olhou para cima, com os olhos novamente imersos em lágrimas. Então, abraçou o alfa, soluçando pesadamente.
— Merda... a culpa é toda minha... — acariciou os cabelos laranjas de Jimin, ouvindo-o fungar constantemente — Se eu tivesse sido menos covarde, você não estaria passando por isso... eu simplesmente destruí a sua vida...
— Shh... —colocou o dedo indicar sobre os lábios de Jungkook — A culpa também é minha... eu poderia muito bem ter reparado desde o início que havia algo errado com você... ao invés de ter me afastado de vez.
Apertaram o abraço, quase fundindo os corpos em um só. Era como se não pudessem mais conter todo aquele sofrimento que guardaram durante anos.
Jungkook encostou a testa na de Jimin, fitando os lábios cheios e rosados que este possuía. Ele parecia tão delicado e frágil... como se pudesse quebrar-se a qualquer momento.
Com extremo cuidado, o alfa passou o polegar pelo lábio inferior do menor, sentindo a textura macia e tentadora. Jimin fechou os olhos e suspirou ao sentir aquele toque quente.
Os outros dedos de Jungkook foram para seu queixo igualmente macio, levantando-o suavemente e fazendo o ômega ficar no mesmo ângulo da visão do maior.
Entreabriu os olhos. Os dois poderiam ficar naquela intensa troca de olhares para sempre. Estavam tão próximos que podiam sentir a respiração quente um do outro.
Jimin sentia-se em uma espécie de torpor, como se o cheiro cada vez mais forte de Jungkook estivesse deixando-o em uma espécie de transe. O odor de flores que o corpo do alfa exalava era extremamente bom. Jimin sentia-se um tolo por não ter percebido antes.
— Se eu te beijar agora... você vai fugir de novo?
— ... não... — sussurrou, fechando os olhos e esperando pelo toque. Uma grande carga de adrenalina parecia percorrer seu corpo, fazendo-o, aos poucos, esquentar.
Primeiramente, sentiu os lábios de Jungkook em seu pescoço, no lado oposto à marca. Lá, foi depositado um breve selar, capaz de arrepiar cada fio de cabelo presente no corpo de Jimin.
Mais um suspiro. Jungkook acertara em cheio seu ponto fraco. Com os mais simples toques, sentia seu corpo derreter-se sobre os lábios do alfa de tão quente que estava.
Jungkook subiu mais um pouco, depositando um selar na bochecha já corada de Jimin, que começava a mover as pernas inquieto, esperando que o maior finalmente findasse aquele ósculo prometido.
Então, sentiu os lábios do alfa voltarem a ficar próximos aos seus. Descargas elétricas percorriam seu corpo, fazendo-o arrepiar-se com a mais simples aproximação.
— Ah, me desculpem, eu esqueci minhas fichas aqui... — o doutor entrou no quarto repentinamente. Aquela distração foi o bastante para Jimin dar-se conta do que estava quase fazendo. Devido ao susto, soltei um curto grito não muito másculo, seguido por um empurrão em Jungkook — Estou interrompendo algo?
— N-Não! — Jimin estava mais vermelho que antes, como se fosse um tomate com cabelo.
O doutor arqueou as sobrancelhas. Então, pegou as fichas e deixou o quarto.
Jungkook olhou para Jimin, tão confuso quanto este.
— Desculpe... eu não deveria ter feito aquilo... — e foi neste momento que Jimin lembrou-se das palavras do alfa antes de sair correndo. Arregalou os olhos, dando-se conta que havia acabado de confundir os sentimentos de Jungkook — Ah meu deus, você... me ama.
Falou aquilo como se estivesse descrente. Na hora, não tivera tempo para analisar a frase detalhadamente.
Quem diria que Jeon Jungkook realmente estava apaixonado.
— É... — pela primeira vez na vida, viu-o parecer sem graça. Jimin respirou fundo, sabendo que suas palavras iriam doer mais em si do que no alfa.
— Eu... você poderia me dar um tempo para pensar nisso? — surpreendentemente, Jungkook não parecia decepcionado, triste ou coisa do tipo. Era como se já estivesse esperando por aquelas palavras — É que... eu acabei de sair de um relacionamento abusivo e... sei lá, acho que eu preciso de um tempo pra mim. Pra organizar as ideias, sabe?
— Es... está tudo bem.
Se Jungkook já sabia que aquilo iria acontecer, então por que seu coração estava doendo tanto?
◊◊◊
Yoongi entrou em casa às pressas. Mesmo sabendo que não havia ninguém, já que seus pais saíram em uma viagem de negócios, não queria que nenhuma alma viva tivesse ciência de seu estado psicológico praticamente destruído. Suas roupas estavam ensopadas devido à chuva repentina chuva que decidira cair no exato momento em que saiu da festa.
Subiu as escadas correndo e trancou-se em seu quarto. O silêncio no ambiente foi o suficiente para alavancar um surto de raiva e dor no ômega.
Jogou tudo o que estava em cima de sua penteadeira no chão com apenas um passar de seu braço, xingando a tudo e todos.
Em certo momento, acabou cortando a palma de sua mão em um dos cacos de vidro gerados de seu colapso mental.
— MERDA! — gemeu ao sentir o corte arder, enquanto seu sangue escorria para o chão.
Caiu de joelhos, as lágrimas já voltando a escorrer por seus olhos.
Sentia como se tivesse estragado tudo entre si e Hoseok. Afinal, agora o alfa odiava-o. Conseguira corromper uma amizade de anos sem precisar de ajuda. Pisara nos sentimentos de seu melhor amigo sem nem ao menos pensar direito.
Eu sou um monstro.
Conforme o sangue escorria por sua mão, a visão turvava-se. Antes de perder a consciência por completo, acabou por dizer algo que já estava enterrado em sua garganta há séculos.
— ...eu amo você, Jung Hoseok...
◊◊◊
Daquela festa, além de Yoongi, podia-se ver outro ômega saindo. Mas ao contrário do Min, este saía completamente satisfeito.
Dak-Ho esperara a chuva passar para ir embora, afinal, já conseguira o que queria. Seus planos eram estragar o relacionamento de Jimin e Jungkook naquela festa, porém os dois saíram rápido demais para que pudesse fazer qualquer coisa.
Porém naquela correria, Jimin deixara algo muito importante ali: seu celular.
Dak-Ho já havia percebido que o ômega protegia aquele objeto como se fosse sua vida, o que significava que havia algo muito importante nos arquivos daquele objeto. No exato instante em que os dois distanciaram-se, Dak-Ho pegou o celular sem que ninguém percebesse.
Mal via a hora de chegar em casa e descobrir o que tanto Jimin escondia ali. Quem sabe fosse algo que poderia usar contra o ômega e finalmente ter Jungkook para si?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.