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História Storybrooke - Capítulo 69 - Construindo a Nossa Família!


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Olha quem está de volta! Euzinha!! Para a alegria de vocês!

Bom, só vou dizer que tenho os melhores leitores do mundo! Amo vocês 😍😍

Obrigada imenso para todos que comentaram, a quem acompanha dentro e fora da moita (pessoal da moita apareça e me faça mais feliz ainda 😍) ao pessoal que favoritou, que colocou na lista de leitura e até ao pessoal que comenta a minha história em outras redes sociais (as quais eu não faço parte, sim, a pessoa aqui mal tem facebook) Muito feliz mesmo e imensamente agradecida por isso 😍😍 Obrigada a AlanaNy pela sugestão do nome para o capítulo anterior 😍😍

Quem achou o capítulo anterior cheio de emoções e fofuras, então se preparem que talvez esse supere o anterior. Me deem a mão e vamos embarcar em mais um capítulo!!

Boa leitura!!

Capítulo 69 - Capítulo 69 - Construindo a Nossa Família!


- Vocês voltaram! – disse Júlia em um murmuro não acreditando o que seus olhos estavam vendo. Piscou algumas vezes só para ter certeza de que não era coisa da sua imaginação Sim, voltamos minha pequena!

Emma abriu mais ainda seu sorriso – Sim, voltamos. Como havíamos prometido ontem. – disse e viu os olhos da menina brilharem por um momento Sempre voltaremos para vocês dois! Ela queria sair correndo e abraçar as duas mulheres, como seu irmão estava abraçando as pernas de Regina. A mesma olhava para o menino com carinho, enquanto mexia seus dedos nas curtas madeixas loiras – E sabe o que mais? – veio a pergunta tirando a menina de seu devaneio Aposto que por essa ela não espera!

- Não! – respondeu baixo juntamente com uma negação de sua cabeça.

- Acho melhor irmos conversar lá fora. – disse Úrsula antevendo a reação de Thomaz principalmente, e sem contar que Hilary estava com cara de poucos amigos.

- Sim. – disse Regina ao perceber e expressão fechada da moça que era responsável pelo local Desculpa pela bagunça! – Melhor mesmo conversarmos lá fora. – sem mais os cinco saíram da biblioteca e se postaram longe da porta, para não ter nenhum problema de barulho.

- O que mais? – perguntou Júlia olhando intensamente para Emma, na caminhada sem perceber a menina se aproximou bastante das duas mulheres, mas ainda não ao ponto de muito contato físico igual ao seu irmão.

- Quer tentar adivinhar? – sugeriu Emma com um imenso sorriso Ah qual é? Vamos brincar! A menina negou com a cabeça, fazendo a loira soltar um suspiro Não irei desistir assim tão fácil! – É mais divertido quando se tenta adivinhar... – se virou para o menino – Thomaz?

Ele finalmente soltou a mão da morena, a qual ele havia agarrado quando caminharam para fora da biblioteca – Quero! – seus olhos brilharam – Vocês trouxeram bolo de chocolate? Amo bolo de chocolate.

- Hum, infelizmente não meu querido, mas amanhã com certeza traremos... – disse então escutou um limpar de garganta e olhou para Úrsula – Claro se Úrsula deixar. – terminou Mente má, anota aí, depois preciso perguntar a Úrsula como faço para trazer bolo! Anotado Regina!

- Ah Úrsula, você deixa elas trazerem bolo? – pediu o menino com seus famosos olhos pidões para a mulher mais velha Como eu tinha certeza! Ele e Henry com esses olhos pidões serão imbatíveis!

- Depois eu converso com elas, vocês sabem muito bem a regra sobre isso. – ela respondeu com dor no coração, mas era a regra da instituição Regras estúpidas! Thomaz assentiu com a cabeça.

- Então eu não sei o que adivinhar. – ele respondeu desanimado já que não teria bolo de chocolate.

- Júlia, pelo menos uma tentativa? – quis saber a loira sorrindo tentando a encorajar para responder Vamos! Me dê apenas uma resposta!

A menina soltou uma longa respiração e revirou os olhos Juro que seu não soubesse que a mãe morreu eu falaria que você era filha da minha morena com essa revirada de olhos! – Eu realmente não tenho ideia do que possa ser... – respondeu por fim, mas recebeu outro olhar de Emma – Não sei, talvez balas?

- Ah achei que você iria acertar. – respondeu Emma brincalhona – Achei que fosse mais inteligente. – mostrou a língua em forma de brincadeira.

Aquilo fez a menina fingir como se tivesse sido insultada – Só para você saber, eu sou muito inteligente... Mas não sou adivinha, então não sei o que você quer que eu adivinhe. – respondeu e sorriu de lado ao ver a cara de espanto que Emma fez Resposta para tudo! Gostei! Aquilo tirou um riso maroto dos lábios de Úrsula.

- Tome um pouco do seu veneno de quando criança Emma. – brincou a mulher mais velha, então Emma abriu um sorriso E de adulta, porque ainda continuou bocuda!

- Ok eu mereci essa resposta. – riu levemente – Então em vez te falar, o que acha se eu te mostrar? – perguntou.

- Tenho opção de escolha? – perguntou. Aquilo fez Regina soltar uma gargalhada Regina, quem não a conhece acharia que é sua filha! É cada resposta igual a sua! Nem me fale mente! Mas essas respostas também lembram muito minha loira quando alguém se acha engraçadinho o suficiente para mexer com ela! Eu já fui vítima dessas respostas assim como Kathryn! Nisso eu concordo com você! Engraçado Júlia até parece sua filha com Emma! Se tudo sair como o planejado, isso irá virar realidade!

- Para minha felicidade não. – brincou Emma e piscou para a menina – Vamos?

Júlia assentiu com a cabeça, sem dizerem mais nada começaram a caminhar na direção da sala de recreação. Thomaz não se fez de rogado, se colocou entre as duas mulheres, com uma mão ele segurou uma mão de Regina e com a outra a mão de Emma. A menina freou a vontade de segurar a mão livre da loira enquanto caminhavam em volta ao silêncio.

- Pronta? – disse Emma assim que pararam a porta da sala, segurando a maçaneta.

Júlia inclinou a cabeça para lado e olhou para profundamente para Emma – Vai me dizer que você arrumou o nosso vídeo game? – perguntou quando seus olhos brilharam com a possibilidade Está esquentando! Mas não é isso, está quase certo!

O sorriso nos lábios de Emma se alargou – Melhor! – abriu a porta – Entre e descubra! – disse e deixou a menina entrar primeiro. Seu irmão soltou as duas mãos e entrou logo atrás dela. Então entrou Úrsula, Regina e Emma foram as últimas, mas em seus lábios sorrisos estavam estampados.

Os olhos dos três estavam abertos assim como suas bocas em tamanha surpresa – Eu não sabia que existia tv tão grande e tão fina. – Thomaz foi o primeiro a quebrar o silêncio.

- Essa nem é tão grande assim. – respondeu a mulher mais velha se recompondo da surpresa Ah essa Emma! Que loucura!

- Um vídeo game novo? – perguntou Júlia ao ver o aparelho eletrônico logo a baixo na mesa junto a tv.

- Sim! Um vídeo game novo para poderem jogar novamente. – foi tudo que Emma disse, então seu sorriso se tornou travesso Agora a melhor parte! – Aposto que eu ganho no jogo de corrida.

Os olhos da menina se estreitaram ao olhar para a loira – Isso eu duvido! – disse de forma ameaçadora para uma menina de oito anos Rá! Competitiva igual a minha morena!

- Quem chegar por último é a mulher do padre. – falou Emma saindo correndo na direção do sofá.

- Hey isso não vale! – respondeu Júlia saindo correndo também.

Thomaz foi o último a sair correndo – Me esperem! Não quero ser o último!

Regina e Úrsula ficaram para trás, mas em seus lábios havia sorrisos sinceros vendo os três disputarem que iria jogar primeiro, já acomodados no grande sofá velho Ah minha loira, muito mais criança que os dois irmãos e nosso filho juntos! Amo isso nela!

- Vou deixá-los a sós... – disse a mulher mais velha – Qualquer coisa estarei em minha sala, preenchendo papelada. – disse e Regina assentiu – Não esqueça, quero conversar com vocês antes de irem embora.

- Sem problema, não iremos esquecer, pois também queremos conversar com você. – olhando para a agente social. Úrsula assentiu com a cabeça e saiu da sala de recreação e Regina foi se sentar no sofá junto aos três Quero ver quando juntarmos Henry nessa bagunça toda! Se bem que ele não liga muito para vídeo game! Eles já haviam decidido quem jogaria primeiro.

- É um modelo novo de vídeo game, não sei com funciona. – disse a menina olhando para o controle. Assim que Regina se sentou, Thomaz já deitou sua cabeça no colo da mulher Ah você não é nem pouco espaçoso não? Mas você eu deixo ser espaçoso, assim como sua irmã e meu Henry!

- Não é difícil. – respondeu a loira e explicou para Júlia todos os botões do controle e funções no aparelho, assim como mexer na tv também - Alguma dúvida? – quis saber, a menina negou com a cabeça Muito bom! – Então se prepare para comer poeira. – disse assim que deu start no jogo.

- Mas não vou mesmo! – respondeu Júlia já movimentando seu carrinho. Regina sorria vendo a interação das duas, enquanto seus olhos estavam fixados no jogo Depois eu que sou a competitiva! Mas Emma está certa! Quieta mente má! Oras apenas comentei uma verdade! Nem vou falar nada sobre isso! Porque sabe que é verdade!

Ficaram ali jogando por algumas horas, elas revezaram com Regina que a princípio não queria jogar, pois não sabia como fazê-lo. Júlia a ensinou como fazia do mesmo jeito que Emma a ensinou. Thomaz também jogou. Eles estavam se divertindo bastante. Emma mostrou os outros dois jogos que também havia comprado, mas por fim acabaram jogando mesmo somente o de corrida.

- E mais uma vez a loira falante perde para a garota nerd. – disse Júlia se levantando do sofá com os braços para cima, então começou a fazer uma dancinha da vitória. Regina gargalhava da cara de incredulidade de sua noiva Que garota abusada! Por isso que eu falei ela é metade você e metade a Emma! Thomaz não se aguentou e foi dançar junto a irmã, então os dois fizeram um high five Quero só ver quando Henry estiver junto, com certeza será muita bagunça para aquela pequena casa! Pequena a casa não tem nada! Modo de dizer mente! Ah sim, a bagunça irá ser grande para aquela casa, e provavelmente minha morena ficará com os cabelos em pé porque com certeza eu estarei junto aprontando! Ah Emma isso eu nem duvido!

Loira falante? Já amo essa menina! Regina! Ah mente não tem como, eles são as fofuras em pessoa, sem falar que quando Henry se juntar será muita bagunça na certa! Ah com certeza será! – Acho que você encontrou uma oponente a altura senhorita Swan. – brincou Regina, tirou seu celular do bolso e clicou algumas fotos dos irmãos comemorando, de sua loira perplexa com tudo aquilo.

- Encontrei. – concordou Emma olhando carinhosamente para Júlia, por fim se juntou aos dois e Regina aproveitou para tirar mais fotos, e em algumas se incluiu – Eu não sei por que toda essa felicidade, eu ganhei duas partidas. – mostrou com os dedos o número de vitórias.

- Sim, uma contra o meu irmão e outra contra Regina. – respondeu a menina – Agora contra a mim você não ganhou nenhuma... – abriu um sorriso travesso – Quem comeu poeira? Quem? – perguntou e Regina não se aguentou e soltou uma sonora gargalhada Abusada e atrevida! Me apaixonei! A quero como minha filha juntamente com seu irmão! enquanto Emma apenas olhava a menina incrédula pela sua fala ­Ora que menina mais sapeca! Adorei! Posso levar os dois para casa hoje?

- Veja se posso com uma coisa dessas? – perguntou fingindo estar sem reação nenhuma com as ações de Júlia.

- Você que procurou, minha loira. – respondeu a morena sorrindo ainda A sua cara minha loira, foi a melhor!

- Vamos jogar mais uma partida? – perguntou Júlia já de posso do controle novamente.

Regina olhou para as horas em seu celular e viu que já havia passado e muito da hora de visitas, apenas olhou para sua noiva que entendeu – Eu adoraria Júlia, mas já está tarde... Não sei como Úrsula não veio nos colocar para fora ainda?

- Eu vim, mas a gritaria era tanta que vocês não me escutaram. – veio a resposta da porta Ops fomos pegos em flagrante! Os quatro olharam e viram a mulher encostada no batendo com os braços cruzados na altura do peito e um imenso sorriso nos lábios – Jú e Tom, hora do banho. Depois hora de jantar. – falou – E nem tentem enrolar, pois como a senhorita Mills disse, o horário de visitas acabou faz tempo. – eles assentiram, e deixaram os controles sobre a mesinha perto do aparelho.

Thomaz abraçou fortemente a loira, que retribuiu igualmente. Depois correu para abraçar a morena, que o recebeu de braços abertos e alguns beijos na cabeleira loira – Me diverti bastante. – disse e saiu correndo na direção do banheiro, pois sabia que tinha que tomar banho antes de jantarem.

- Não se preocupe, nós vamos voltar amanhã. – disse Regina vendo o olhar de Júlia que segundos atrás era alegre e agora estava melancólico. Instintivamente a morena levou sua mão para fazer um carinho nas madeixas castanhas e compridas da menina. Regina achou que ela não iria aceitar, mas acabou se surpreendendo quando a menina deixou ser acariciada no cabelo Que bom que ela está deixando nos aproximar dela! – Posso te dar um beijo? – perguntou a morena feliz com a aproximação, Júlia apenas assentiu brevemente com a cabeça. Regina se inclinou e depositou um beijo na cabeleira castanha da menina.

- Assim como hoje, nós iremos voltar amanhã. – disse Emma sorrindo para a cena de sua noiva com a menina – Confie em nós. – pediu e a menina deu outro aceno breve com a cabeça Não iremos abandonar você e seu irmão! Pode ter a minha palavra quanto a isso! Inesperadamente a menina abraçou fortemente a cintura da loira. Tomada pela surpresa, Emma demorou meio segundo para processar o que estava acontecendo, então instintivamente envolveu seus braços ao redor da menina, a abraçando forte Agora eu fui surpreendida, mas fico feliz por Júlia me dar a oportunidade de dar um abraço nela!

- Obrigada! – murmurou Júlia e do mesmo jeito que abraçou, soltou a loira e saiu correndo na direção do banheiro para seu banho.

Úrsula era a mais surpresa ali, pois nunca viu Júlia abraçar ninguém ou deixar alguém além de seu irmão, seu Ezequiel e ela mesma – Agora sim estou realmente muito surpresa com isso.

- Por que? – perguntou Regina curiosa Essa menina é tão doce, entendo mais ainda porque ela tenta ser tão fria por fora, é para proteger seu coração já tão machucado pelo curto tempo de vida! Regina fico imaginando o que Emma passou até ser adotada por George e Ingrid! Eu tento, mas confesso que acho que nem passo perto do que minha loira passou! O que importa agora é que estou ao lado dela para tudo! Ela pode contar comigo sempre!

- Júlia não é de deixar ninguém lhe tocar ou mesmo de abraçar alguém além de seu irmão, as vezes o Ezequiel ou a mim. – respondeu a mulher mais velha. Emma assentiu com a cabeça e desligou tudo ali na sala Entendo perfeitamente! Mas aposto que se dar uma chance a ela, Júlia se mostrará a garota mais amável no mundo! E eu quero dar essa chance a ela, e ao Thomaz também! Não quero que ele perca essa inocência natural dele!

- Vamos conversar? – pediu Emma quando arrumou toda a bagunça que havia na sala Hora das explicações e da conversa séria!

Úrsula concordou com a cabeça – Vamos para a minha sala, por favor. – sem falarem mais nada as três mulheres caminharam na direção da sala da agente social.

-SQ-

 - Tia Cora, não era ontem mesmo que Emma e Regina voltariam? – quis saber Kathryn. Eles estavam sentados a mesa jantando.

Cora tomou um gole de seu suco – Sim, mas ela me disse que como tiveram que fazer alguns exames, os resultados ficariam prontos somente hoje. Então elas teriam um retorno no médico hoje. – explicou.

- E nenhum sinal delas depois disso? – agora foi a vez de Ruby perguntar.

- Não! – tomou outro gole de suco – Mas não se preocupem, mais tarde eu ligo para elas e tento saber o que aconteceu.

- Ruby, você está com algum problema na fazenda? – perguntou George preocupado, pois quando Emma saía, geralmente era a veterinária que ficava no comando.

- Não tio. Na fazenda está tudo bem. – respondeu a morena com mechas vermelhas – Você sabe que se tivesse acontecido alguma coisa eu já teria corrido para pedir a sua ajuda. – sorriu travessa – Apenas estranhei por elas ainda não estarem aqui ainda. Só isso.

- Ah minha querida, não fique apreensiva. Elas estão bem. – disse Cora – Sei que serão vocês semana que vem que irão para a consulta, mas vocês verão que dará tudo certo. – incentivou a morena mais velha, e as duas mulheres concordaram com um aceno de cabeça. Voltaram a conversar tranquilamente enquanto jantavam. Henry estava quieto, pois estava saudoso de suas mães, mas estava feliz que elas logo iriam dar um irmão ou irmã para ele brincar.

-SQ-

 - Por favor, sentem-se. – falou Úrsula apontando para as cadeiras a frente de sua mesa, e foi tomar seu lugar. Soltou uma respiração longa – Vou ser sincera com vocês e vou direta ao ponto. – falou quebrando o silêncio que havia se instalado no ambiente no momento que entraram no recinto, as duas mulheres apenas concordaram com um aceno de cabeça – Qual o interesse de vocês duas nos dois irmãos? – perguntou, fez uma mínima pausa e continuou – Já adianto que se for apenas para passar o tempo, eu terei que pedir que vocês não apareçam mais. – foi dura Apesar de meu coração doer, preciso fazer isso por eles! - Você mais que ninguém, Emma, sabe o que é dar atenção, esperança e depois sumir. Isso despedaça qualquer coração ou mesmo confiança da criança no próximo. – fez outra pausa mais longa, tomou uma respiração nova – Desculpem por ser dura ou mesmo direta, mas não posso deixá-las dar falsas esperanças aqueles dois que já sofreram muito nessa curta vida. Então o que vocês tem a dizer?

Alguns segundos de silêncio voltou a reinar logo depois do desabafo da agente social. Emma ponderou como dizer as coisas – Já que você foi sincera, nós seremos também... – começou a loira e Úrsula assentiu com a cabeça – Você sabe, mais do que ninguém que eu nunca iria fazer algo assim a esses dois, ou mesmo a qualquer criança... Sei muito bem como é isso! – fez uma pausa para respirar fundo - Nós viemos para Boston, para aumentar a nossa família. Nós já temos um filho... – aquela informação fez os olhos de Úrsula arregalarem – Na realidade o filho é de Regina, mas eu o considero meu também, a partir do momento que começamos nosso relacionamentos amoroso. Aliás, antes disso, bom...

- Qual a idade dele? Como ele se chama? – perguntou a mulher interessada.

Regina abriu um sorriso O meu príncipe! – Ele completou seis anos sábado que passou, e se chama Henry. – respondeu – Foi uma homenagem ao meu pai que sempre esteve ao meu lado e por tudo que ele fez para mim. – terminou.

- Bonito nome. – disse Úrsula.

A loira soltou uma longa respiração – Henry é fruto de uma inseminação artificial... – continuou – E com isso em mente voltamos ao mesmo médico que Regina havia feito esse procedimento, para termos mais um filho...

- Quando vocês começaram o tratamento para a inseminação? – interrompeu a mulher mais velha.

- Ontem. – respondeu Emma – Como tínhamos que ficar aqui na cidade, pois alguns resultados de exames só saíam hoje...

- Vocês aproveitaram para dar uma passada aqui. – concluiu Úrsula.

Emma assentiu com a cabeça, mas logo tratou de esclarecer – Sim, na realidade toda vez que eu vinha para Boston eu queria voltar aqui, mas nunca tive coragem, até ontem a tarde... – falou – Minha intenção era apenas passar e saber como as coisas estavam... Se o orfanato ainda existia. – fez uma longa pausa – Não esperávamos encontrar os dois irmãos, principalmente não nessa situação que eles se encontram tão... Fragilizados.

- Vocês ainda não responderam minha pergunta. – falou Úrsula mais uma vez.

Emma sorriu fracamente – Não tínhamos intenção nenhuma... – começou a responder, mas a loira ergueu a mão silenciando Úrsula que já ia a interromper mais uma vez – Não tínhamos nenhuma intenção até conversarmos com os dois ontem.

- Então em nosso apartamento ontem a noite... – foi a vez de Regina falar levemente incorporando a advogada – Conversamos sobre o que sentimos quanto a isso e o que queremos. Ou seja, nossas intenções.

Emma havia acabado de tomar banho, estava usando um shorts e uma camiseta, a toalha em suas mãos enxugavam seus longos cabelos loiros. Ela saiu a procura de sua noiva e a encontrou sentada em uma cadeira perto da janela. A morena tinha o olhar longe, indicando que seus pensamentos não estavam ali também. A mulher mais alta deixou a toalha sobre a cadeira da mesa, e se aproximou. Envolveu seus braços ao redor da mulher mais baixa – O que tanto você pensa que está me deixando sozinha aqui nesse imenso apartamento? – murmurou depositando um beijo no ombro desnudo de Regina, que vestia apenas um blusão grande e sua calcinha.

Regina já havia tomado banho e estava ali sentada olhando para a paisagem de sua janela. Seus pensamentos estavam naqueles dois irmãos adoráveis que conheceram hoje. E talvez em um possível futuro juntos – Apenas pensando nos acontecimentos de hoje... – soltou colocando suas mãos sobre as de Emma.

- E o que você está pensando nos acontecimentos de hoje? – quis saber assim que depositou um beijo no pescoço moreno.

A morena soltou uma respiração longa – A consulta, e que tudo que estamos fazendo para aumentar a nossa família... – sorriu.

Emma sorriu também, e foi se ajoelhar a frente de sua noiva – Mas sinto que tem algo a mais nisso... – disse pegando a mão de sua morena e depositando um beijo no dorso – Quer compartilhar comigo seus pensamentos?

A advogada sorriu e sua mão livre colocou uma mexa de cabelos loiros atrás da orelha – Eu não consigo esquecer os dois irmãos, minha loira. Por mais que eu diga para minha mente não pensar, ela me contradiz e quando percebo estou pensando nos dois. – falou Mentira cabeluda isso Regina! Será mente? Ok nem tanto! Tente outra vez mente má! Ok, eu não me aguento e volto a pensar naqueles dois fofos! Obrigada!

- Eu também não consigo tirá-los dos meus pensamentos... Eu sei muito bem o que eles estão passando, e entendo toda a dor deles também. – disse a loira, segurando suas emoções, mas seus olhos se umedeceram ao se lembrar de seu próprio passado e o que passou naquele orfanato – Me diga o que você sentiu com eles ao seu lado? – a loira queria saber.

Regina limpou uma lágrima que desceu por sua bochecha ao perceber o quão sua noiva estava fragilizada com tudo aquilo. Sorriu abertamente, seus olhos brilhando, mas não pelas lágrimas e sim pelas emoções que deixou transbordar – Eu me senti tão bem... Senti que eles faziam parte da nossa família... – fez uma pausa para limpar outra lágrima que desceu sem sua permissão – Até imaginei eles brincando com Henry... Correndo pela fazenda. – então limpou uma lágrima que desceu pela bochecha de sua noiva – Quero cuidar de Júlia, mesmo marrenta no princípio... Eu via que ela queria ser mais aberta, mas por experiências dolorosas no passado, ela não se permitiu, mas quando ela brincou sem ressalva nenhuma eu adorei aquilo... Eu quero mais daquilo todos os dias. Ela é uma menina linda se você a deixar se mostrar.

A loira sorria com a confissão de sua morena – Thomaz?

O sorriso se alargou mais ainda – O que eu posso dizer daquela coisa fofa que é ele?  - respondeu Regina com outra pergunta – Ele se abriu sem ressalva nenhuma. Seu sorriso me encantou logo na primeira olhada, e aquele jeito arteiro amoroso, roubou meu coração sem eu perceber. – continuou – Ele me ganhou na sua expansividade, já deitando em meu colo como se me conhecesse a vida inteira.

- Aqueles dois são únicos. – falou Emma limpando uma lágrima que desceu por sua bochecha com o dorso de sua mão – Eu me vi muito em Júlia, com aquele jeito arredio e se isolando de todos... Eu era assim, mas principalmente quando me devolviam... – contou a loira – E eu também me vi em Thomaz, em seu jeito arteiro e sapeca. Eu quero tanto cuidar dos dois! Será que não estamos nos precipitando? Não sei, talvez sim, talvez não... – soltou Emma junto com uma longa respiração – Mas sinto que se não fizermos nada a respeito disso, algo me diz que não teremos outra chance com eles.

- Será pedir muito para termos mais um bebê e ainda adotarmos os dois? – quis saber Regina olhando para sua loira através das lágrimas que se acumulavam em seus olhos – Eu já não consigo não imaginar a nossa família sem eles dois. Quando tento parece que algo fica faltando para completar a imagem. Ajudar a Júlia a fazer sua lição de casa, colocar Thomaz para dormir depois de um longo dia cheio de brincadeiras, ver o sorriso de Henry ao ver que ele tem irmãos que tanto ele nos pede. – fez uma pausa – Talvez seja precipitado tudo isso como você mesma disse, não sei, talvez sim, talvez não... Mas se formos comparar nosso relacionamento pode ser considerado precipitado, e estamos aqui hoje, noivas e pensando em aumentar nossa família, seja por fertilização in vitro ou por adoção... – suspirou profundamente – Volto a repetir, seria pedir muito para termos as duas opções?

- Não minha morena, não é pedir muito... – respondeu a loira -  Porque eu também quero essas duas opções. Quero brincar com Henry e Thomaz, quero me encantar mais ainda pela inteligência de Júlia e vê-la cuidando protetoramente de seus dois irmãos mais novos. – Emma sorriu com a imagem dos três fazendo muitas estripulias pela fazenda. Desde brincando até brigando, afinal irmãos discutem e brigam, mas sempre estão juntos, e claro, deixando os pais loucos. Mas eu não iria querer de outro jeito.

- Quero muito os dois e nosso bebê! – concordou Regina sorrindo - Então você aceita adotá-los comigo? – quis saber.

O imenso sorriso nos lábios de Emma já respondia a pergunta, mas a loira quis verbalizar sua resposta – Morena, desde o momento em que te pedi em casamento acho que deixei bem claro que estou ao seu lado para vivermos todos os momentos que a vida nos apresentar, independente se sejam felizes ou tristes... – fez uma breve pausa – É claro que eu aceito adotar os irmãos, assim como também quero esse bebê que estamos planejando ter, e quero ter tudo isso ao seu lado e com ninguém mais.

Regina não se conteve e se inclinou colando seus lábios com os lábios de Emma, em um beijo cheio amor e carinho, selando silenciosamente o acordo que acabaram de fazer – Qual será nosso próximo passo? – perguntou assim que se separaram.

- Acho que a primeira coisa que precisamos fazer é falar abertamente com Úrsula e expor tudo. – respondeu Emma colocando uma mexa de cabelo castanho atrás da orelha – E temos que fazer isso amanhã, porque com certeza ela irá querer saber por que estamos tão interessados em Júlia e Thomaz.

Regina acenou com a cabeça – Nada mais justo do que conversamos francamente sobre isso com ela. Sem falar que com todo esse procedimento da fertilização irá durar um bom tempo, o qual já podemos aproveitar para começar a providenciar a papelada necessária e ir conhecendo mais e mais Júlia e Thomaz, e quem sabe até trazer Henry qualquer dia para conhecê-los.

- Podemos correr atrás de toda a papelada. – concordou Emma – Também acho excelente a ideia de juntar os dois com Henry, e para que isso aconteça, temos que conversar com Úrsula.

O sorriso que Regina tinha nos lábios se alargou imensamente – Eu não credito que estamos fazendo planos para adotar os dois, é muita felicidade.

- Felicidade será quando tivermos os dois junto a nós, lá na fazenda. – disse a loira sorrindo imensamente também.

- Sim. – murmurou a morena feliz.

- Bom, acho que agora podemos ir dormir, que amanhã será um dia cheio. – comentou Emma se levantando e estendendo sua mão para sua noiva, que a aceitou e se levantou – Afinal, temos o retorno ao médico para saber o restante dos resultados dos exames...

- Não se preocupe minha loira, tudo dará certo quanto a isso, você verá. – Regina acalmou sua noiva enquanto elas caminhavam de volta para o quarto. A advogada esticou o braço e pegou a toalha que Emma deixou na cadeira.

- Sim, eu sei, mas o nervosismo ainda é grande. – comentou assim que puxou a coberta da cama, ao passo que Regina foi ao banheiro pendurar a toalha molhada, e voltou no instante seguinte – Ainda teremos que passar em uma loja de aparelhos eletrônicos antes de voltarmos para o orfanato e ver aquelas duas fofuras... – disse ao se deitar. Regina deitou do seu lado, se virando para deitar sobre sua noiva, deixando sua cabeça pousar sobre o peito da loira, que puxou a coberta sobre elas – Que juntas com nossa outra criança fofa, será uma fofura só aquela fazenda.

- Eu não quero de outro jeito, aliás, quero sim. – ergueu o rosto para olhar Emma nos olhos – Quero encher aquela fazenda com muitas crianças fofas.

- Nisso eu tenho que concordar com você. – deu um leve selinho nos lábios de Regina – Quero comprar um vídeo game para o orfanato.

- Imaginei que você fosse fazer isso mesmo. – comentou a morena sorrindo e seus olhos se fechando pesadamente – Boa noite! – disse em um sussurro de voz.

- Boa noite, minha morena. Bons sonhos! – respondeu Emma de volta e fechando seus olhos também e em poucos segundos o sono tomou conta das duas mulheres.

- Nós queremos adotar os dois irmãos. – continuou Regina – Nossa intenção é somar os dois a nossa família.

Úrsula escutou atentamente – Mesmo com um possível bebê a caminho? – quis saber Só me falem que não irão desistir de Júlia e Thomaz que eu irei pessoalmente brigar para que vocês consigam adotá-los!

- Sim, mesmo fazendo todo o procedimento para termos um bebê. – confirmou Emma – Sabemos que tem chances de não acontecer a fertilização na primeira tentativa. – fez uma pausa – Mas independente disso, queremos adotar os dois irmãos. Queremos que eles façam parte da nossa família, os quero nossa família.

- Vocês sabem que tem que adotar os dois, não? – Úrsula quis confirmar Só para me certificar!

- Não iríamos querer de outra forma... Pode parecer precipitado, mas nós nos apegamos aos dois de tal forma que não sabemos explicar. – confirmou Regina Pode-se dizer que foi amor a primeira vista ou ao primeiro sorriso maroto! – Nós tínhamos a pretensão de adotar, confesso que não no momento atual, mas em um futuro próximo... Mas quando eu coloquei meus olhos nos dois irmãos, posso dizer que foi amor a primeira vista. – fez uma breve pausa – Nós queremos adotá-los. Essas são as nossas intenções para com os dois.

- O que temos que fazer para dar entrada nos papéis de adoção? – quis saber assim que viu o sorriso surgir nos lábios de Úrsula, fazendo o seu também aparecer Era o que eu queria saber, e vocês podem contar comigo para que essa adoção saia o mais rápido possível!

A mulher mais velha entregou um papel com toda a documentação necessária a Emma – Aqui está tudo que preciso para dar entrada ao processo de adoção.

A loira correu os olhos Droga! – Só temos um problema, não temos certidão de casamento ainda, pois estamos apenas noivas e não pensamos em data de casamento, nem nada.

- Simples... Uma de vocês duas pode dar entrada ao processo de adoção sozinha, caso queiram, e quando vocês casarem, ai quem não adotou, pode entrar com os papéis para adotar os dois também. – explicou Úrsula.

- Entendi. – comentou Emma ainda olhando para o papel em sua mão, então olhou para Úrsula – Se nesse meio tempo casarmos? – voltou sua atenção para sua noiva É bom saber todas as opções!

- Mais simples ainda, é só trocar a certidão de nascimento pela de casamento. – respondeu imediatamente – E acrescentar mais dois documentos da outra pessoa.

- Então morena, posso entrar com a minha documentação para darmos início ao processo de adoção dos nossos dois futuros filhos? – sorriu contente a loira Você me dá essa honra?

- Amanhã já traremos tudo que necessitamos. – concordou Regina também sorrindo.

Úrsula segurou a emoção – Presumo que as verei amanhã ainda.

- Com certeza vai. – confirmou Emma sorrindo abertamente Amanhã e todos os dias que estivermos aqui em Boston até finalmente podermos levar nossos dois filhotes para casa!

A mulher mais velha soltou uma longa respiração – Fico muito feliz que sejam vocês que queiram adotar os dois irmãos.

- Nós também! – comentou Emma – Mais uma coisa Úrsula, quanto tempo mais ou menos leva até termos os papéis em definitivo da adoção? E quando poderemos levá-los com a gente?

Úrsula pensou por uns instantes – A papelada fica pronta dentro de um mês no máximo, vocês poderão levá-los dentro de quinze dias assim que eu der entrada ao processo. Mais alguma dúvida? – quis saber.

- Sim. – Regina sorriu – Nós teremos a visita um agente social para inspecionar o local onde moramos, não? – quis saber e Úrsula consentiu com a cabeça – Isso independente de quem estiver entrando com a papelada?

- Sim, isso é independente, é o protocolo utilizado em todos os casos de adoção no país. – explicou Úrsula – Assim como vocês terão que responder algumas perguntas pelo agente que for a casa de vocês, e as crianças também o farão.

- Lembro vagamente de duas pessoas me fazendo perguntas logo após George e Ingrid me adotarem. – comentou Emma com o cenho franzido – Tudo bem, quanto a isso sem problema. – voltou a sorrir novamente Não importa, eles não terão dúvidas que ali é o melhor lar que Júlia e Thomaz.

- Como disse é o protocolo. – reafirmou – Mais alguma dúvida?

Regina sorriu – Sim... Duas na verdade. – respondeu e Úrsula apenas assentiu com a cabeça – Dentro desses quinzes dias, até podermos levá-los com a gente, será que eu poderia trazer Henry para conheça-los?

- Não há nada que impeça de você fazer isso. – respondeu a mulher mais velha – Mas aconselho a conversarem primeiramente com Thomaz e principalmente Júlia.

- Nós também queremos conversar com os dois sobre isso... – disse a loira – Explicar tudo, assim como estamos fazendo agora.

- Entendo. – concordou – Qual a outra dúvida?

- Qual o procedimento que tenho que seguir para trazer bolo de chocolate amanhã? – quis saber a morena Essa é uma dúvida urgente! Porque eu preciso satisfazer a vontade do meu mais novo caçula! – Não posso deixar Thomaz sem o bolo de chocolate que ele tanto falou.

Uma sonora gargalhada ecoou pela sala – Ah prevejo que esses garotos serão tão mimados. – disse a mulher se recompondo – Bom, quanto ao bolo de chocolate... – começou explicar – Também não há restrições se vocês trouxerem para todas as nossas cinquenta crianças.

- Mimados eu não sei, mas que iremos fazer tudo o possível para vê-los felizes, isso com certeza iremos. – disse sorrindo abertamente – Irei providenciar então bolos a todos. – concordou a morena Quero ver muitos sorrisos amanhã!

- Agora sou eu que tenho uma pergunta. – falou Úrsula. Emma e Regina apenas a olhavam esperando que continuasse – Quanto a doação do vídeo game?

Emma abriu mais uma vez seu sorriso Simples! – É como você disse, é uma doação, mesmo que Júlia não esteja mais aqui futuramente, tem mais crianças para brincar com o jogo. – então seu sorriso se tornou travesso – E pode ter certeza que ela terá dois avós e uma madrinha coruja que com certeza irão disputar quem dará o jogo para ela de novo.

Mais risadas ecoaram pela sala – Ah Emma, realmente ficou muito contente que no final das contas deu tudo certo a você, e que assim como seus pais, vocês estão querendo melhorar o futuro de duas crianças que não tem nenhuma expectativa na vida.

- Nós que temos que agradecer pela chance de tê-los em nossas vidas. – disse Regina já se levantando – Agora precisamos ir, senão eu não conseguirei o bolo de chocolate para as cinquenta crianças.

- Sim. – Úrsula se levantou também – As espero amanhã.

- Amanhã cedo estaremos de volta. – disse Emma já ao lado de Regina, instintivamente suas mãos se entrelaçaram. Despediram-se.

-SQ-

- Oi mãe! – falou Regina assim que a ligação fora atendida – Vi sua mensagem, mas chegamos em casa não tem muito tempo.

- Eu imaginei que vocês estivessem ocupadas, por isso mandei a mensagem.­ – disse Cora – Eu pensei que vocês viram hoje embora? Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Sim, aconteceu. – respondeu Regina Como aconteceu! – Mas não se preocupe, que não é nada grave... Mas é uma coisa muito boa.

- O que aconteceu? – quis saber a morena mais velha – Não me deixe nessa aflição!

Regina sorriu, mesmo sabendo que sua mãe não poderia ver – Aconteceu uma coisa maravilhosa. – fez uma pausa – Ontem quando saímos da consulta, Emma quis passar no orfanato em que viveu quando criança.

- Sério? – perguntou Cora surpresa.

- Sim... – confirmou Regina Foi a melhor a melhor coisa que fizemos ontem a tarde! – Ali conhecemos dois irmãos, depois te mando uma foto com eles, e decidimos que iremos adotá-los. Hoje fomos de novo ao orfanato vê-los, por isso que não voltamos hoje, mas amanhã a tarde, sem falta estaremos aí na fazenda.

- Ah Regina que gesto lindo, minha filha. – disse Cora – Eu vou querer saber tudo sobre isso.

- Eu irei te falar tudo. – concordou a morena mais nova – Amanhã nós iremos de novo ao orfanato conversar com Júlia e Thomaz.

Cora sorriu – Um casal? – perguntou surpresa – Qual idade?

- Sim, mãe. Um casal. – respondeu Regina – Júlia tem oito anos e Thomaz tem quatro. - fez uma breve pausa ao escutar a risada de sua mãe – Mas eu te contarei tudo e em detalhes amanhã quando chegarmos.

- Eu vou querer saber tudo. Tanto sobre a consulta quanto a esses meus novos netos, que nem vi e já os quero. – comentou a mulher mais velha do outro lado da linha – Ah e nem se preocupe, eu deixarei você e Emma fazerem surpresa, não irei abrir a boca até lá!

- Obrigada mamãe. – agradeceu Regina – Então amanhã nós conversaremos mais, beijos! E diz para o Henry que estou morrendo de saudades deles.

- Digo sim. Beijos e até amanhã! – Cora se despediu. Regina encerrou a ligação.

-SQ-

- Bom dia Úrsula. – cumprimentou Regina e Emma assim que viram a mulher parada a porta do orfanato.

- Bom dia. – respondeu de volta sorrindo.

- Aqui a documentação que você pediu, Úrsula. – disse Emma entregando uma pasta parda a mulher. A agente social segurou e apenas abriu um sorriso, enquanto Ezequiel apenas olhava desconfiado.

- Vocês dois nos ajudam a levar os bolos para dentro? – pediu Regina Pois tenho muito bolo aqui para essa criançada! Úrsula e Ezequiel assentiram com a cabeça e foram para pick-up pegar os bolos. O homem pegou duas grandes vasilhas com vários pedaços de bolo já cortados e foi para dentro do orfanato. Úrsula pegou outra e seguiu o homem para dentro. Regina pegou mais uma, enquanto Emma pegou as duas últimas. Assim que acionaram o alarme da pick-up as duas mulheres foram para dentro o orfanato, seguindo os dois funcionários que caminhavam na direção do refeitório.

Assim que entraram no refeitório colocaram as vasilhas em cima da mesa – Agora é só arrumar e chamar a criançada. – disse Regina sorrindo abertamente Quero ver muitos sorrisos hoje!

- Eu só vou dizer que vocês irão estragar o almoço dessas crianças hoje. – brincou Úrsula Mas hoje abrirei uma exceção! – Aliás, acho que vocês compraram bolo para um exército.

- Com certeza foi para um exército, e bolo de chocolate nunca é demais para a criançada. – respondeu Emma com um sorriso no rosto Mesmo eu não sendo mais criança, ainda amo bolo de chocolate! – Bom, vamos chamar todos?

- Só se for agora. – falou Úrsula quando as três mulheres foram para o pátio, onde se encontrava a maior parte da criançada.

- Regina! – veio um grito que não se sabe de onde, então a morena sentiu um baque em suas pernas na parte de trás, quando olhou para baixo e para trás, viu um imenso sorriso aberto – Oi! – disse ainda abraçado as pernas da morena.

- Oi minha coisa linda. – ela não se aguentou o chamando assim – Como você está? – perguntou o trazendo para frente, se abaixou e o abraçou fortemente Meu pequeno! Henry é meu príncipe e você, Thomaz, é meu pequeno!

- Eu sou lindo? – ele quis saber retribuindo o abraço.

- Sim, o meu loirinho mais lindo desse mundo. – afirmou a morena dando um beijo nos cabelos curtos e loiros do menino – Onde está sua irmã? – quis saber a mulher.

- Ela está ali. – apontou para a menina que vinha lentamente, mas sua vontade era correr e abraçar as duas mulheres como seu irmão sempre faz. Seus olhos brilhavam em felicidade.

- Eu não ganho abraço? Só a minha morena? – Emma brincou com o menino ao se abaixar para esperar o abraço do garoto.

- Ganha. – ele respondeu e se lançou nos braços da loira, a abraçando fortemente. Emma também envolveu seus braços ao redor do pequeno corpo E aí, meu garoto? Mas você já tem um garoto, que é o Henry! Verdade! Que tal pequeno? Hum, gostei! Mas vou pensar em outros nomes para ela já! Emma! Ah mente você sabe que sou assim!

- Oi Júlia. – Regina disse com um sorriso aberto assim que a menina se aproximou Gosto tanto de ver esse brilho feliz em seu olhar!

- Oi! – ela respondeu abrindo um sorriso tímido para a morena Quero ver esse seu lindo sorriso aberto! Instintivamente Regina levantou sua mão e acariciou os cabelos castanhos da menina, que apenas soltou um pequeno suspiro contente Fico tão feliz que você está deixando a gente se aproximar de você, minha doce menina!

- Oi Jú! – disse Emma assim que Thomaz voltou a abraçar as pernas de Regina. A loira se aproximou e sua mão passou pelas madeixas castanhas, acabou colocando uma mexa atrás da orelha e pousou sua mão nas costas da menina na altura que seu cabelo, ali começou um movimento circular carinhoso Fico tão feliz que ela está nos deixando vê-la como verdadeiramente é! Amável!

- Oi. – ela respondeu e inconsciente se aproximou mais da loira.

- Thomaz, adivinha? – disse Regina sorrindo para o menino enquanto fazia carinho nos cabelos do mesmo Minha vez de brincar de adivinhar! – Vou dar uma dica. – acrescentou – É uma coisa que você gosta e muito.

O menino pensou por alguns segundos no instante seguinte seus olhos se arregalaram e um brilho surgiu – Bolo de chocolate? – respondeu abrindo mais ainda seu sorriso.

- Sim. – confirmou a morena Quero muitos sorrisos assim de vocês dois, e de Henry!

- Cadê? – ele começou a procurar nas mãos de Regina.

A morena soltou uma risada – Não está aqui comigo, está lá no refeitório.

- Estamos esperando o que aqui? Vamos para lá agora! – disse segurando a mão de Regina a puxando na direção do refeitório o mais rápido que podia.

Emma sorriu vendo a cena Quero ver quando ele provar o bolo de chocolate da Bah! Ele vai simplesmente se apaixonar e não irá querer nenhum a não ser o dela! – Úrsula, chame todo mundo, por favor. – pediu a e agente social concordou com a cabeça e saiu para falar todos os funcionários para ajudarem a reunir todo mundo.

- Vocês realmente trouxeram bolo de chocolate? – perguntou incrédula – E para todo mundo?

- Sim. – respondeu a loira Júlia, nós queremos ver vocês dois sorrindo! - Vamos também? Se não é capaz de seu irmão comer tudo e não deixar nenhum pedaço para você.

- Não duvido, mas se vocês trouxeram bolo para todo mundo, então tem muito bolo para o meu irmão comer sozinho e acabar com tudo. – ela respondeu, timidamente ela segurou a mão da loira enquanto caminhavam para a sala de refeição.

Emma arregalou os olhos ao sentir sua mão ser preenchida pela mão de Júlia Mas o que? ... então em seus lábios surgiu um imenso sorriso enquanto iam caminhando sem falarem nada, pois o silêncio era agradável Muito bom segurar sua pequena mão na minha!

- Quanto bolo! – disse Thomaz ao ver a quantidade de bolo sobre a mesa assim que entrou no refeitório – Obrigado Regina. – ele a abraçou novamente, então saiu correndo para a mesa sem esperar por uma resposta da mulher, se sentou a espera de lhe servirem um grande pedaço, e estava na esperança que conseguisse comer dois pedaços.

 Ao chegarem ao local os olhos da menina se arregalaram – Quanto bolo! – exclamou surpresa – Quantos bolos vocês compraram?

- É para o exército de crianças que mora aqui. – disse a loira, seu sorriso praticamente não saia de seus lábios, e se alargou ao ver Thomaz se acabando de comer um pedaço de bolo que Regina havia acabado de lhe dar – Na realidade não sabemos, pois pedimos o bolo para todas as crianças aqui. O padeiro nos garantiu que tudo isso daria para comerem e ainda repetir pelo menos mais uma vez.

Elas se aproximaram e se sentaram. Emma serviu um pedaço para Júlia, então o agradável silêncio se quebrou assim que o resto da criançada começou a entrar no recinto. Emma e Regina ajudaram Úrsula e as duas cozinheiras a servirem a criançada. Ali a criançada comeu e repetiu, e por fim voltaram a suas atividades. Para a alegria de Thomaz, o menino conseguiu comer três pedaços de bolos, ainda queria mais um, mas Úrsula prometeu guardar um pedaço para ele comer depois do jantar.

Os quatro resolveram caminhar um pouco até finalmente se sentarem no lugar que se conheceram a dois dias atrás – Achei que vocês viriam hoje a tarde e não agora de manhã. – disse Júlia se sentando ao lado de Emma.

- Hoje a tarde não poderíamos vir, por isso que viemos agora de manhã. – respondeu Emma olhando Thomaz já todo deitado no colo de sua noiva. Seu sorriso ainda continha pequenos vestígios de bolo de chocolate.

- Por que? – perguntou o menino casualmente.

Regina soltou uma respiração – Nós precisamos viajar. – respondeu, achando melhor nesse momento não contar tudo de uma vez e sim aos poucos.

- Quando vocês voltam? – Júlia quis saber.

- Apenas semana que vem. – agora foi a vez de Emma respondeu, com um aperto no coração Droga! Bem que poderíamos voltar logo amanhã, mas infelizmente precisamos voltar para a fazenda! – Mas assim que chegarmos a Boston a primeira coisa que faremos é vir aqui para vê-los. – já emendou Pode contar com isso!

- Vocês prometem? – falou Thomaz.

- Claro! Isso é uma promessa. – concordou Emma – Promessa de cowboy! - a menina apenas olhou confusa para a loira que sorriu – É igual a promessa de escoteiro.

- Ah! – foi apenas o que ela disse, então abriu um sorriso. Conversaram por um longo tempo, silenciosamente Emma e Regina concordaram que deixariam a conversa que precisavam ter com os dois para a próxima visita. Quando finalmente chegou a hora delas irem embora, os dois irmãos estavam muito tristes, inclusive os olhos do menino já estavam úmidos devido as lágrimas.

- Eu vou sentir a falta de vocês. – ele disse abraçado a morena.

- Nós também vamos, prometemos ligar todos os dias e conversa com vocês até quando voltarmos. – disse Regina que também tinha os olhos úmidos. Abraçava amorosamente o menino que assentiu com a cabeça. Deu uma leve fungada e foi dar um abraço em Emma.

- Não fiquem assim, logo estaremos de volta. – disse a loira retribuindo o abraço no menino Ah como não gosto desta parte!

Regina apenas sorriu afetuosamente para Júlia, que tinha o olhar triste novamente – Posso te dar um abraço? – pediu a morena, e Júlia acenou brevemente com a cabeça. A morena envolveu a menina em seus braços e a apertou afetuosamente, instintivamente depositou um beijo nos cabelos da menina Ah minha doce menina! Segundos depois elas se separaram e Júlia apenas olhou para a loira.

Emma apenas a olhou e no instante seguinte se abaixou e abriu os braços esperando pela menina, que dessa vez não se fez de rogada e se jogou no abraço da loira Ah minha pequena menina! A mulher sorriu envolvendo seus braços em torno do corpo da menina Vou torcer para esses dias passarem o mais rápido possível para podermos nos ver novamente! Júlia fechou os olhos e se apertou a loira a abraçando fortemente – Promete que vocês voltam? – murmurou ao ouvido da mulher Ah minha criança!

- Prometo, minha pequena. – respondeu Emma Prometo! – Eu vou torcer para que esses dias longe de vocês passem o mais rápido possível e quando perceber estaremos de volta aqui. – depositou um beijo demorado na lateral da cabeça da menina – Vou sentir muitas saudades. – disse olhando nos escuros olhos de Júlia Realmente não gosto dessa parte!

- Eu também. – murmurou ao se soltar da loira, estendeu a mão para seu irmão, que no instante seguinte a segurou – Vem Tom, vamos para a biblioteca que eu vou ler uma história para você. – disse e lentamente os dois começaram a caminhar na direção do cômodo. Eles deram uma última olhada por cima dos ombros, fazendo um breve aceno com suas mãos e então saíram em disparada depois que Regina e Emma acenaram de volta Droga! Definitivamente não gosto dessa parte!

O silêncio que pairou no ar era denso e pesado. Apenas uma fungada quebrou a desagradável quietude. Instintivamente Emma envolveu sua morena em um abraço apertado, segurando suas lágrimas, deixando sua morena chorar em segredo escondida em seu peito Eu sei morena, também estou assim! Ficaram ali alguns minutos até a morena conseguir se recompor. Foram para a sala de Úrsula. Pegaram o telefone do orfanato, assim como o da agente, falando que ligariam todos os dias, assim como explicaram a agente social que acharam melhor na próxima visita elas iriam explicar tudo aos irmãos. Despediram-se de Úrsula, assim como de Ezequiel.

 Eles acenaram um último tchau e então acompanharam a pick-up vermelha fazer a curva para a direita e sumir de suas vistas.

- Então Úrsula... – jogou o homem querendo saber o que tanto estava o corroendo de ansiedade desde que as duas mulheres chegaram de manhã – Você tem algo para contar?

A mulher sorriu – Você deveria jogar na loteria, isso sim... – brincou entoa soltou uma longa respiração – Você tinha razão... – fez uma pausa e o homem apenas esperou ela continuar – Emma e Regina querem adotar os dois irmãos, inclusive já me deixaram toda a documentação. Emma entrará com o pedido de adoção dos irmãos, e quando elas se casarem Regina adota os meninos também.

- Ah que notícia excelente. – ele sorriu feliz – Mas escute o que vou lhe dizer... Se elas não tinham pretensão de casar tão cedo, agora elas tem um grande motivo para isso.

- Juro que se você acertar, você terá que me indicar os números da loteria. – brincou a mulher – Vou voltar para minha sala, tenho um monte de papelada ainda para preencher. – disse e entrou no prédio. Ezequiel apenas assentiu com a cabeça e voltou para seu posto.

- Realmente uma notícia excelente. – murmurou para si sorrindo abertamente.


Notas Finais


Sei que em um orfanato que tenha muitas crianças provavelmente não tenha vídeo game, então relevem essa parte huhuhu E provavelmente há regras, as quais eu não tenho nenhuma noção também, peço que relevem essa parte também, afinal é uma invenção da minha mente doida XD... Bom, mais um capítulo voltado a Emma e Regina e aqueles dois adoráveis seres 😍😍 Quero saber de vocês! Me digam o que acharam 😍

Até a próxima!!


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