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História Stranger Things - Stay Together - O sinal de uma epidemia?


Escrita por: JWByers

Capítulo 26 - O sinal de uma epidemia?


Hopper chegou tão rápido a estação de água quanto a água do rio canalizado para lá.  Dennie, um moreno alto e forte já o aguardava na entrada da estação de esgoto. 

- Isso é que eu chamo de blindagem manual. - Dennie zombou da lataria do carro.

- Sem piadas. Me mostre logo o que você encontrou. 

     Dennie e Hopper começaram a andar pelo jardim indo em direção aos grandes tanques centrifugadores, diante dos tanques havia o bueiro principal para o esgoto.

- Primeiro, recebi algumas ligações de alguns moradores de Hawkins, eles diziam que a água estava verde e que tinha um gosto estranho. Depois, mais ligações, dizendo a mesma coisa, a água está verde e tem um gosto estranho. Isso em apenas dois dias. Ontem, duas pessoas deram entrada no hospital com suspeita de intoxicação pela água.

    Dennie abriu a tampa do bueiro e ligou sua lanterna.

- Como sabe?

- Melanie me contou, ela estava lavando os pratos quando a água começou a sair verde.

    Ele começou a descer as escada e Jim o acompanhou, descendo barra por barra até lá embaixo que tinha um cheiro desagradável. O ar estava estranhamente frio, diferente do calor lá fora. Dennie apontou a lanterna para as paredes e confirmou as suspeitas de Hopper.

- Essas... raízes, estão crescendo sem parar, é quase como se fosse uma árvore mutante escondida em algum lugar.

- Qual é a extensão?

- Bem. Elas estão por toda a tubulação da estação, sabe o que isso quer dizer? Que 100% da água de Hawkins está contaminada. O crescimento dessa coisa é ascendente, não veio daqui, mas veio para aqui.

- Entendo. - Diz Hopper apontando a lanterna para as paredes.

- E o que vamos fazer?

- Queime, essas coisas podem ser sensíveis ao fogo, arranje um lança-chamas ou sei lá o que, mas queime.

- Tá bom.

    Jim Hopper então voltou para o seu jipe e foi embora.  Ele não poderia crer que o mundo invertido estava crescendo abaixo de Hawkins. O mundo invertido iria engolir Hawkins? Queimar seria o suficiente? Hopper não tinha muitas respostas, Mas algo de ruim estava ocorrendo em Hawkins. Uma espécie de calmaria com um intervalo de inquietação. Ninguém do governo veio atrás dele, ninguém veio recapturar Onze. Ninguém interditou o laboratório de Hawkins novamente.

    

   Pessoas contaminadas, que coisa mais estranha, parecia até coisa do professor Clark.

   Professor Clark! Se havia alguém em Hawkins que poderia falar algo sobre água contaminada esse alguém era o professor Scott Clark. Por isso, Hopper desviou seu caminho com sua charanga blindada.

    Enquanto isso, Mike e Will corriam para o que Dustin denominou como "A caverna", a cabana de Hopper era agora "A caverna", onde os destemidos jogadores de D&D se encontravam para planejar batalhas contra monstros da vida real.

- O Billy Hargrove estava na sua casa?  - Dustin diz surpreso.

- É. Ele ameaçou a gente. - Disse Will.

- E porque não contaram para a senhorita Wheeler? - Perguntou Dustin.

- Ela não acreditaria. O Billy é um ótimo ator, poderia até fingir que é um homem caridoso. - Disse Mike.

- Que linhas são essas nos dedos da Onze? - Pergunta Will segurando a mão de Onze.

    Mike se aproxima e apanha a mão de Onze vendo pequenas linhas negras sobre os dedos do meio e o indicador.

- Eu não sei, vai ver ela se feriu em algum lugar.

   Mike para e olha para Onze que parece dormir profundamente. Ele alisa sua mão como uma maneira de reconfortar a si mesmo. Mike deseja do fundo de seu coração que Onze acorde logo e que resolva as coisas,  mas nada do que Mike fizer irá adiantar.

- Ela vai acordar. - Disse Will. - Daí poderemos sair todos juntos novamente.

- Tomara.

    Scott Clark era o tipo de professor quebra galho, se você pedisse a ele que lhe dissesse como construir um Bunker durante um feriado de Natal, ele te daria as instruções corretas, mesmo que fosse por telefone. Isso lhe conferia o selo de BOM-PROFESSOR. Ele era o tipo de pessoa comum que escondia algumas bizarrices para ele. Mas enfim, ele não se importaria de passar uma tarde inteira analisando a água que Jim Hopper trouxe até ele em uma garrafa qualquer. Ele analisou cuidadosamente em seu microscópio e identificou algumas estruturas estranhas na água.

- Bem. Xerife Hopper, O que eu tenho a lhe dizer é que essa água que o senhor me trouxe está cheia de formas larvais eu diria "alienígenas". - Clark faz o sinal de aspas no ar.

- Alienígena?

- É. Eu diria não identificada, pois essas larvas podem dar origem a algo como um inseto, um anfíbio ou até mesmo um réptil de outro mundo. Acontece que se isso está no nosso esgoto e está infectando nossa água, não podemos mais tomar água de nossas torneiras, Pois essas criaturinhas podem fazer extremamente mal, hipoteticamente falando.

- Então...

- Então,O senhor como xerife deve lançar um comunicado geral para toda a cidade dizendo que entraremos em um período de racionamento severo.

- Entendo.

- Se não se importa, Eu vou fazer outros testes importantes, te passo os resultados posteriormente.

- Tudo bem, obrigado. - Hopper acende um cigarro assim que sai da casa de Scott Clark.

    Larvas. Que problemão? Pequenas larvas em um microscópio advindas da água contaminada. Que baita problemão. Imagine só se essas coisas tiverem o poder de infectar as pessoas e lhe causar alguma doença desconhecida, seria um caos infindável em Hawkins.

    Mal sabia Jim Hopper que os dois pacientes que deram entrada no hospital porque passaram mal logo após ingerir a água da torneira, estavam indo para outro estado de contaminação. Um deles era Finn Maximiliam, um eletricista de 32 anos de idade, casado, sem filhos. Às 23:30 ele se levantou para tomar um pouco de água, como não encontrou uma garrafa cheia no congelador, ele foi até a torneira. Finn nem se importou com o fato de água estar verde, afinal o sono o deixava meio grogue.

  

    Ele bebeu o copo inteiro, reclamou do gosto estranho e foi se deitar. Cinco minutos depois ele sentiu dores fortes no estômago e na musculatura de todo o corpo.

    O segundo, que já estava deitado na maca na sala do médico, era Peter Himland, 31 anos, casado, sem filhos. Ele fez praticamente o mesmo que Finn, só que com a diferença que ele tentou filtrar a água. Os mesmos sintomas sentiu, dor em toda as musculatura, dor severa no estômago.

    Os médicos desconfiavam que seria uma parasitose. Coincidência. Os dois entraram no hospital a 00hrs:20mins, foram atendidos pelo mesmo médico. E agora aguardavam o resultado de todos os exames que realizaram. Mas os dois não se conhecem. Nunca se viram nem em uma esquina ou no bar do Sander's.

Peter estava deitado na maca quando começou a sentir dores novamente, mas dessa vez eram muito mais violentas que o fizeram se contorcer na maca e gemer de dor. O médico não estava presente para atender a ele. Ao mesmo tempo, Finn sentiu as mesmas dores fortes e caiu no chão enquanto se contorcia como um possuído do filme "exorcista".

A dor era semelhante a várias agulhas perfurando seus músculos sem parar. Eles gemiam e gritavam de dor e se contorciam sem parar.

Até que em dado momento, eles pararam, uma enfermeira veio correndo ver o que estava acontecendo.

- Senhor. O senhor está bem? - A enfermeira tenta tocar o rapaz.

Finn agarra seu braço e com um olhar estranho - os olhos virados e marcas de veias negras pela pele - lança um grito estridente como se fosse algum tipo de animal feroz. Isso assusta a enfermeira que corre para chamar mais enfermeiros. Nesse ponto, Peter arromba a porta do consultório e assusta as pessoas que estão ali sentadas.

Ambos os dois tem feições raivosas e estão de olhos virados, há veias negras em sua pele. Eles olham ao redor e gritam como criaturas raivosas, Mas não percebem o momento em que dois enfermeiros chegam com anestésicos e aplicam em seus pescoços fazendo-os dormir instantaneamente.

    Seria esse o sinal de uma epidemia?



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