História Stranger Things Again - A teoria de Victor Hanks

Aquele dia de aula foi normal, como qualquer outro... Quer dizer, qualquer outro desde que voltei, a coisa mais diferente é que a tia da cantina resolveu libertar os pudins aquela prisão de geladeira. Dustin ficou bem feliz, afinal comeu o dele e teve que receber uma colherada do nosso pudim. Passei boa parte do dia olhando pra fora da janela, apenas olhei uma única vez para aquela pasta, a pasta que Sr. Scott havia me entregado, e lá, na primeira folha, o título já me deixava mais ansiosos.

Um mundo paralelo ao nosso.

Teoria do cientista Victor Hanks

 Quando tocou o último sinal do dia, eu, Mike, Lucas e Dustin já nos entreolhamos, se levantamos daquela aula chata de historia, pegamos nossas mochilas que estavam aos pés das cadeiras, e fomos para o estacionamento pegar nossas bicicletas, para irmos para a casa de Mike, onde com certeza sua mãe estava acabando de fazer o almoço.  Deixamos as bicicletas na garagem e entramos, fomos até a cozinha, seguindo o cheiro delicioso daquela comida no fogo.

 -Voltei! Disse Mike.

 -Oi querido como foi a aula?

 -Normal. Ah! O Dustin, o Lucas e o Will vieram também. O Sr. Scott entregou uma pesquisa que ele tinha sobre o cientista que fala sobre a teoria de um mundo paralelo ao nosso e ai vamos ler juntos.

 -Oi

 Oi

 -Oi

 -Assim... Legal! Mas antes vamos comer meninos.

 -Esta bem!

 Os meninos foram ao banheiro lavar as mão enquanto a mãe de Mike estava preparando a mesa. Os meninos se sentaram e começaram a comer.

 -Mas e ai Will, como você está?

 Estou bem!

 -E sua mãe e irmão?

 Estão bem também, já voltaram ao trabalho.

 -Que bom! Mande um beijo para sua mãe.

 Pode deixar.

 Quando os meninos acabaram de comer foram até o porão para ler aquela pesquisa.

 -Ok, pessoal vamos ler a pesquisa. Disse Mike.

 Ok, eu vou ler.

 Os meninos sentaram no chão perto da "cama" de El, que ainda não havia sido desmontada, e Will começou a ler.

 Em 1933, o cientista conhecido como Victor Hanks, desenvolveu uma teoria sobre um mundo paralelo ao nosso. Ele dizia que existia um mundo totalmente diferente do nosso. Ele dizia:

 O mundo paralelo é como um espelho, quando nos olhamos vemos esse mundo, esse mundo é totalmente ao contrario desse.

 Em um certo dia Victor deixou de ser visto, voltou a aparecer depois de uma semana, uma semana de muitas buscas da policia. Quando apareceu, alegou que tinha conseguido fugir do monstro, quando perguntado que monstro era esse que citava tanto ele dizia que era uma criatura de duas cabeças, ela era o rei do mundo paralelo.

 Muitos começaram a dizer que Victor era um louco, mas cientistas não acreditavam. Em um certo dia um cientista chamado Denis entrou na casa de Victor, enquanto ele estava em um hospício, foi deixado lá pela família, diziam que já estava velho e que tudo tinha sido apenas a sua imaginação.

 Denis foi até o porão de Victor, estava todo bagunçado, apenas uma parede contia um pano imenso, que a cobria por inteiro, e que não parava de balançar, parecia que a corrente de vento só passava por aquela parede.

 Denis andou com muito cuidado em direção a aquela parede, e segurou aquele pano que tremulava e o puxou com muita força fazendo-o se soltar dos pregos que o prendiam. Olhou para aquela parede que era totalmente diferente das outras, as paredes eram de apenas madeiras, velhas madeiras, e essa parecia que era feita de raiz de arvore, uma raiz bem escura, apenas com um buraco naquela parede, um  buraco bem grande onde alguém podia passar.

 Pensou que devia ser o mundo paralelo, uma corrente muito forte saiu daquele buraco, e as luzes do porão começaram a piscar. Denis pegou uma lanterna que estava em uma mesa perto daquela parede, ligou e tentou entrar naquele buraco. Quando acabara de atravessar, notou que ainda estava no porão, porem num mundo paralelo, o porão estava escuro as luzes não funcionava e agora as paredes e o chão estavam cobertos pelo mesmo tecido da parede. Sua lanterna se apagou, mas isso não fez Denis ter medo, conhecia o lugar. Ele subiu as escada para a casa e a situação continuava, as paredes e o chão estava cobertos com aquele tecido estranho. Resolveu subir pro segundo andar, e foi para o quarto de Victor para ver se achava algo diferente para que pudesse comparar ao mundo real.

 E encontrou, Victor estava em sua cama, sem vida. Denis se assustou com a cena e deu um grito, e logo em seguida desceu as escadas correndo, após parar no último degrau quando escultou um gripo agudo e forte, olhou em direção a janela que ficava ao lado da porta de entrada e viu um nevoa alta e escura, se colocou mais para perto do vidro e após forçar um pouco a vista, viu a sombra de alguém, que vinha andando lentamente sem mover um músculo, Denis olhou para as outras casas, mas a rua estava escura por completa e a nevoa não parava de subir, enquanto andava aquele figura misteriosa pela rua, ao passar perto de um poste ele piscava, quando chegava mais perto da casa as luzes piscavam e a cada passo piscava mais forte. Denis resolveu sair correndo, voltando para aquela parede estranha e quando já estava preste a entrar escultou a porta de entrada batendo e o grito novamente, entrou correndo pelo portal deixando a lanterna caída no chão daquele mundo paralelo.

 Chegou bem ao mundo novamente, ficou aliviado ao ver aquelas velhas madeiras novamente na parede, e foi em bora, trancou aquele porão e levou a chave junto, e depois daquele dia ele nunca mais voltou para aquela casa.

 Naquela mesma semana Denis fez uma visita a Victor, não durou muito para que fosse embora. E depois daquela semana Victor e Denis nunca mais se encontraram, nem trocaram mensagem. Aquela amizade tinha se desfeito com o tempo e logo eles nem lembrariam os nomes um do outro.

 Como disse os cientistas não acreditaram ao ouvir dizer que Victor era um louco, as notícias de Denis saíram no jornal, diziam que estava louco por causa que havia trabalhado para Victor, que essa loucura era de trabalho, não acreditei e pesquisei mais sobre o assunto. Mas até hoje não entendi como chegar a esse mundo paralelo, nem descobri o que pode ser esse monstro de duas cabeças. 

 Scott Clarke