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História Stuck - Stay with me


Escrita por: J-HOOOOPE

Notas do Autor


Olá Humanos!

Cá estou novamente com um capitulo meio sad kkkk mas foi o que eu conseguir fazer.
Eu tentei fazer um capitulo assim... com mais ação e lutas e pá (porque tem uma certa pessoinha me cobrando isso), MAAAAAS é muito dificil escrever isso quando não se sabe nada de lutas. Eu fiquei um dia e meio lendo e vendo videos, mas na hora de por em pratica ficou um cocô então eu apaguei e vou adiar mais um pouco :v

Então é isso, espero que gostem e relevem algum erro.

Boa Leitura :3

Capítulo 7 - Stay with me


Fanfic / Fanfiction Stuck - Stay with me

Changkyun Pov’s

            ─ O que você acha que está fazendo?

            ─ Desculpa Chang, eu agi por impulso.

─ Foi pra isso que você me chamou pra sair?

            ─ Não Chang, eu não sou esse tipo de pessoa. Você entendeu mal.

            ─ Eu entendi o suficiente.

 

Estava me arrumando quando me peguei pensando naquela noite pela quinta vez desde que acordei hoje. O que estava acontecendo comigo? Quem ele pensa que eu sou pra me beijar daquele jeito? O que mais me irrita é que já se passou um dia desde o ocorrido e ele não me mandou nenhuma mensagem se desculpando.

 

─ Para! Para de pensar nisso seu idiota. – batia a mão em minha própria testa.

─ Falando sozinho? – Disse Hyungwon abrindo a porta do quarto.

─ Pensando alto seria o correto. – me virei para o espelho e ele riu.

─ Vai pra onde assim todo arrumado? – sentou-se na cama.

─ Olha quem fala! Você esta mais arrumado que eu. – apontei pra sua roupa – Vou sair com minha mãe e você?

─ Vou sair com uma pessoa. – disse abaixando a cabeça envergonhado.

─ Wonho? – ele apenas assentiu ainda com a cabeça baixa e com um sorriso tímido.

─ Finalmente você me ouviu e resolveu o chamar pra sair. – disse levantando as mão pra cima.

─ Na verdade, foi ele quem me chamou – se jogou na cama – Eu me declarei. – colocou as mão nos rosto.

─ Você o que?! – dei um pulo ficando de joelhos em cima da cama. – O que ele disse?

─ Ele disse que me ama. – olhou para mim – Você tinha que ter visto Chang, nós ficamos olhando o céu abraçados e na grama. Foi tão romântico.

─ Santa melação. – fiz cara de nojo – Não venha me fazer de diário não viu? Não tenho paciência pra isso.

─ Você precisa começar a gostar de alguém pra ver se esse seu coração de gelo derrete. – levantou-se da cama.

─ Eu preciso que você pare de falar besteira e suma do meu quarto. – falei num tom de brincadeira e apontei para a saída.

─ Eu só volto domingo a noite ou segunda. – disse já na porta.

─ Por quê?

─ Minha mãe não está boa de saúde, então vou visitá-la depois que ver Wonho. Não apronte nada.

─ Ok. Se cuida. – saiu.

 

Gostar de alguém? Não, eu estou melhor sozinho.

Fui para o parque encontrar com minha mãe. Uma vez por mês nós íamos ao parque fazer um piquenique, ela diz que assim nós ficamos mais próximos um do outro.

 

─ Mãe! – a abracei.

─ Querido! Como vai? Parece que você emagreceu. Você anda comendo direito? – disse olhando em cada parte de meu corpo como se fosse um médico.

─ Calma aí dona Yang não tem nem uma semana que eu me mudei. – ri.

─ Para mim parece que já tem um mês. – cruzou os braços.

─ O que deu na senhora pra cortar o cabelo tão curto? – disse passando as mãos nos mesmos. Ela sempre usou cabelos longos e dizia que não combinava de cabelos curtos.

─ Você não gostou?

─ Claro que gostei, mas está cobrindo muito o seu rosto, ainda mais quando você usa essa mascara. – tentei tirar alguns fios que cobriam seu olho, mas fui impedido quando a mesma virou o rosto.

─ Corte assim está na moda. E a máscara é por que eu peguei uma leve gripe.

─ Entendi – andamos até o lugar onde costumávamos fazer o piquenique. Era um lugar afastado do parque, pois gostávamos de ficar mais a sós. – Você fez aqueles bolinhos né?

─ Claro.

 

Percebi certa diferença em minha mãe, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Eu acho que já sabia o motivo. Era ele de novo. Até quando ela vai aguentar isso? Até quando ela ia continuar acreditando nas coisas que ele fala?

Não quis falar ou fazer nada agora para não estragar nosso dia, mas eu precisava tomar uma atitude.

Estendemos um pano quadriculado em branco e vermelho, típico daqueles piqueniques dos filmes e novelas, e começamos a organizar as comidas em cima do mesmo.

 

─ três lugares? – indaguei-a meio confuso.

─ Sim. É que uma pessoa insistiu para vir nos fazer companhia.

─ Não é mais uma de suas amigas não né? – disse fazendo uma voz de choro.

─ Não, dessa vez não é. – Ela riu.

 

Comecei a comer, mas ela em momento algum se manifestou em tirar sua máscara para me acompanhar na refeição. Eu não falei nada para não pressioná-la.

Uns trinta minutos se passaram desde que chegamos, até que ouço uma voz um tanto familiar.

 

─ Já começaram a comer sem mim? – tombei a cabeça para o lado esquerdo. Era meu pai.

─ O que você está fazendo aqui? – me levantei ficando de frente para ele.

─ Vim passar uma tarde de sábado com minha família como nos velhos tempos. – abriu os braços como alguém que pede um abraço.

─ Sua família? – antes que pudesse falar algo a mais, minha mãe me puxa pelo braço fazendo com que eu me sente. – Mãe?

─ Querido, por favor. Por mim. – eu apenas segurei a raiva e assenti com a cabeça.

─ Lembra quando eu te ensinava a andar de bicicleta aqui filho? – sentou-se de frente pra mim e eu o ignorei.

 

Não conseguia me sentir bem com ele ali. Eu já tentei perdoa-lo, já dei várias chances para ele, mas ele sempre as jogou fora. Por mais que ele diga que mudou, eu nunca irei acreditar em uma sequer palavras do que ele disser.

Ver ele ali, ver aquele sorriso sínico e amarelado, ouvi ele dizer “minha família”, vê-lo tentando apagar tudo o que fez, tudo o que estava cicatrizado dentro de mim realmente me enojava. Às vezes tudo o que eu queria era fugir, era desistir de tudo e sumir, mas eu não conseguiria seguir em frente sabendo que minha mãe ficaria aqui sozinha com esse monstro.

Depois de algum tempo que nós três estávamos tomados pelo silêncio, eu me prontifiquei em quebrá-lo.

 

─ Por que você veio? – o indaguei com a cabeça baixa

─ Eu já disse. Eu vim passar um tempo com minha família. – abraçou minha mãe.

─ Nós não somos mais sua família! – alterei o tom da minha voz.

─ Vocês ainda moram na minha casa e dependem de mim.

─ Se o motivo for esse nós vamos embora. – me levantei.

─ Embora pra onde? – riu. – Vocês não têm onde cair mortos.

─ Qualquer lugar é melhor do que perto de você. Você acha que eu não sei o que você fez? – cheguei mais perto dos dois.

─ D-do que você esta falando? – deu um passo pra trás.

─ Disso! –retirei os cabelos que estavam cobrindo o rosto de minha mãe e puxei a máscara que a mesma usava. Seu rosto estava todo marcado. Mesmo passando muita maquiagem, ainda dava para ver os roxos em seu rosto. Ele havia batido nela de novo e desta vez eu não estava lá para tentar defendê-la. – Como você quer que eu te perdoe quando você não faz por merecer?

─ Eu tentei. – riu sínico. – Mas você nunca me viu como um pai. – coçou a sobrancelha.

─ Talvez seja porque você nunca tenha me tratado como um filho. – virei à cabeça para o lado.

─ Já chega! Eu não vou perder o meu sábado ouvindo isso. Vamos Yang. – puxou-a pelo braço, mas no mesmo instante eu o impedi segurando no outro.

─ Ela não vai. – tranquei os dentes.

─ O que você disse. – virou-se para mim.

─ Eu disse que ela não vai. – ele a soltou e veio até mim.

─ Quem vai me impedir de leva-la? Você? – ficamos com as testas encostadas.

─ Por favor, parem! – suplicava minha mãe atrás daquele homem. – Chang, volte pra casa. Eu vou com ele.

─ Não mãe! Eu não sou mais aquela criancinha que se escondia naquele guarda-roupa com medo. Eu cresci. Agora é minha vez de defendê-la.

─ A criancinha cresceu? – me ergueu pela gola da camisa. – Você sempre vai ser uma criança indefesa, você sempre vai precisar de alguém para te defender. Mas vai chegar um momento em que você não terá ninguém, então você sempre terá medo, você sempre irá perder porque é isso o que acontece com pessoas fracas.

─ Me solta. – o chutei. – ME SOLTA!

─ Você quer defender sua mãe? – me soltou e eu cai no chão. – Venha. Vamos ver o quanto a criança se tornou forte.

 

Corri até ele com toda raiva que havia acumulada em mim para dar lhe um soco, mas o mesmo agiu mais rápido que eu e me empurrou. Novamente corri para cima dele e desta vez fui atingido com um soco no nariz, a pancada fez com que sangue escorresse pelo mesmo. Estava caído no chão e minha mãe tentou impedi-lo. Sem sucesso. O mesmo a empurrou para longe.

 

─ Como você acha que pode defender alguém quando não consegue defender a si mesmo? – me levantou pelos cabelos em seguida socando minha barriga e meu rosto novamente.

 

Depois de muito implorar, minha mãe conseguiu fazer com que ele parasse então ele me largou no chão.

 

─ Desde que sua vó morreu eu tentei. – fez uma pausa. – Eu tentei mudar por ela. Eu fiz o que pude, mas você? Você nunca conseguiu ver o meu esforço. Você dizia que me perdoava e que me daria mais uma chance, mas nunca permitia que eu me aproximasse de você. Você não sabe quantas vezes eu chorei por ter falhado em realizar o último pedido de minha mãe. Eu estava disposto a mudar, disposto a fazer com que voltássemos a ser como éramos antes. Por culpa sua isso não será mais possível, essa foi minha última tentativa. Você não é mais meu filho. Adeus Changkyun.

 

Ele levantou minha mãe e a levou contra a vontade dela. Desta vez não teria ninguém para enxugar minhas lágrimas. Eu estava só. Todos aqueles olhares de pena voltados para mim me fazia parecer mais fraco do que eu já era. Tudo o que eu queria era voltar para aquele guarda-roupa e me esconder de todos. Talvez ele tenha razão. Eu sempre vou ser uma criança medrosa que não consegue se defender das coisas.

Deitado naquela grama com gosto de sangue em minha boca eu via a morte levar a única razão para o meu viver. Eu não podia deixar isso acontecer. Ela que sempre me defendeu dele, que sempre estava ao meu lado quando eu mais precisei, ela que sempre iluminou meu quarto quando eu não podia ver nada. Eu não podia deixar uns meros socos me impedir de fazer algo.

Com dificuldade me levantei sentindo muita dor e fui atrás do carro. Caí algumas vezes me machucando ainda mais e comecei a correr quando o carro começou a se deslocar. Caí novamente. Desta vez não tinha forças para me levantar e apenas pude ver minha mãe chorando e me olhando pelo vidro traseiro do carro.

Comecei a chorar deitado naquele asfalto sujo sem me importar em ser atropelado. As pessoas me olhavam com pena sem mover um membro para me ajudar. A morte estava a um passo de conseguir o que queria. E eu estava a um passo de dar o que ela sempre quis.

 

Jooheon Pov’s

            Estava no parque treinando como faço diariamente todas as tardes, mas aquela noite não saia da minha mente. Eu não conseguia me concentrar e estava errando todos os movimentos que tentava fazer.

            Eu queria muito falar com aquele garoto cabeça dura, mas acho que ele não queria me ver nem pintado de ouro, por isso não mandei nenhuma mensagem e não fiz nenhuma ligação. Queria deixa-lo em paz, se fosse o destino, nós nos encontraríamos novamente.

            Depois de quase quebrar o braço eu resolvo ir pra casa descansar. Estava quase chegando ao carro quando algo me chamou a atenção. Ainda estava longe, mas pude perceber um garoto deitado no meio do asfalto com a roupa toda suja. Fui chegando mais perto para tentar ajuda-lo já que as pessoas apenas o olhavam e quando o virei para mim pude ver seu rosto. Era Chang! Seu rosto estava com alguns machucados e cheio de sangue, ele estava com os olhos fechados e não se movia. Apoiei sua cabeça em minhas pernas e tentei acordá-lo dando umas leves batidinhas em seu rosto.

 

            ─ Chang! Chang! – Seus olhos começaram a se abrir.

            ─ Mãe? – Fez esforço para se levantar.

            ─ Não! Não se mecha eu vou leva-lo pra casa. – seus olhos apenas se fecharam.

 

            O pus no banco de traz do carro ainda desmaiado e fui em direção ao apartamento de Hyungwon. Fiquei me perguntando: O que havia acontecido para ele ter apanhado daquele jeito? Quem teria coragem de bater em alguém como ele?

            Chegamos ao prédio e fui à portaria perguntar o número do apartamento em que eles moravam. Depois de receber a informação subi as escadas com Chang em meu colo o colocando no chão assim que chegamos a porta para poder procurar as chaves. Hyungwon não estava em casa.

            O levei para o quarto que aparentava ser dele e me dirigi até o banheiro do mesmo para poder pegar uma toalha molhada para limpar seu rosto que estava sujo de lagrimas, sangue e grama. Comecei a limpar seu rosto fazendo movimentos leves para não acordá-lo. Como pode ser tão lindo mesmo com o rosto todo sujo?

            Depois de alguns minutos ele começa a abrir os olhos novamente olhando assustado para as coisas ao seu redor.

 

            ─ Ei, calma. – o deitei na cama quando ele fez menção de se levantar. – você precisa ficar deitado.

            ─ Minha mãe! – puxou a gola de minha camisa. – Ele levou minha mãe!

            ─ Ele quem? – perguntei quando ele começou a se desesperar.

            ─ Eu deixei! –colocava as mãos na cabeça puxando os cabelos. – Eu não consegui. Eu falhei. Eu preciso encontra-la.

            ─ Chang se acalma. – ele se levantou, mas caiu no chão antes de conseguir dar um passo se quer. – Olha o seu estado. Você está todo sujo, mal consegue ficar em pé. – o levantei.

            ─ Ele vai fazer de novo. Ele vai bater nela de novo! – batia em meus peitos.

            ─ Fique calmo ok? – segurei em seus ombros. – Quando você melhorar nós iremos procura-la.

            ─ Nós? – me fitou. – O que você está tentando fazer?

            ─ Chang eu só quero te ajudar.

            ─ Me ajudar pra que? Pra depois me abandonar? – sentou se na cama chorando.

            ─ Se você me deixar ajuda-lo eu nunca irei te abandonar. – me ajoelhei ficando de frente para ele. – veja isso como a ajuda de um amigo.

            ─ Por quê? Por que você está fazendo isso? – virou a cabeça para o lado.

            ─ Eu também não sei. – abaixei a cabeça. – Eu vou preparar um banho quente pra você não saia daí. – disse e fui em direção ao banheiro.

 

            Na verdade eu sabia. Eu sabia sim por que estava fazendo isso, mas Chang não me queria da forma que eu o queria. Estaria eu no lugar de Kihyun agora?

            Depois de encher a banheira. O levei até o banheiro e o ajudei a tirar a roupa.

 

            ─ Pelo menos tomar banho eu acho que consigo fazer sozinho. – disse entrando na banheira meio envergonhado por eu estar o vendo nu.

            ─ Ah, m-me desculpe. – pendurei suas roupas e saí do banheiro.

            ─ Quando terminar eu te chamo.

 

            Saí afobado do banheiro e com um pouco de falta de ar. Aquela cena foi realmente muito constrangedora.

            Não demorou muito para que ele terminasse e me chama-se. O conduzi até a cama.

 

            ─ Você vai me contar o que aconteceu? – perguntei.

            ─ Eu não acho que seja uma boa hora. – fitou as mãos.

            ─ Tudo bem. Eu só achei que saber de algo seria melhor para te ajudar. – ficamos em silêncio por alguns minutos. – Hyungwon vai demorar pra chegar?

            ─ Ele não vem pra casa hoje. – se ajeitou na cama.

            ─ Você vai ficar bem sozinho? – me levantei.

            ─ Vou sim. – deu um leve sorriso.

            ─ Tem certeza? – ele apenas assentiu. – Então eu... Eu vou indo.

 

            Eu não queria deixa-lo só no estado em que ele estava, mas achei que se eu pedisse pra ficar iria estragar tudo novamente, e tudo o que eu não queria era estragar tudo. Então apenas me dirigir até a porta a abrindo.

 

            ─ Jooheon espera. – fechei os olhos quando escutei sua voz me chamando e sem dizer nada segurei firme a maçaneta da porta. – Fica aqui hoje. Fica comigo. E-eu estou com medo.


Notas Finais


Então, gostaram?

Eu não sou muito boa na hora de descrever os detalhes, mas eu gostei do resultado desse capitulo :3

Enfim, obrigada a todos que favoritaram, leram e comentaram <33


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