História Submissa - Chapter One

Era um dia chuvoso, Justin andava em passos rápidos e largos pelo grande salão, fazia-se um eco, pela sola de seu sapato social a bater no chão polido e límpido. Geoff fizera um sinal o chamando, e assim Bieber acelerou seus passos. A grande porta de madeira fora arrastada com pouco esforço, e logo estavam no local desejado.

— Tragam-nas, Carlo. – O homem assentiu e passou por uma porta que ficava no fundo do corredor.

Bieber encarava seus sapatos engraxados, quando um barulho fora ouvido, e então o tal homem Carlo, aparecer com uma fila de Mulheres. Aquilo era desumano, estavam em uma fila reta, em ordem de tamanho, da maior para a menor, suas vestes era um conjunto de roupas intimas curtíssimas, algumas estavam roxas e machucadas, eram ligadas por uma corda resistente, que enrolava o pulso de cada uma, e era puxado mais a diante onde Carlo segurava as mantendo quietas.

Bieber sorriu para Geoff, e observou as garotas, eram lindas, isso não poderia negar, mas uma em especial chamou sua atenção, era a mais baixa, seus cabelos tampavam seu rosto, e a deixavam com um ar selvagem. Bieber se aproximou da garota e levantou seu queixo, a forçando a levantar a cabeça, ela tinha um olhar assustado, daria pena em uma pessoa bondosa. Mas em Bieber, não lhe causou nada. Justin deu um sorriso um  tanto psicopata e se afastou, fazendo a menina se arrepiar dos pés a cabeça.

Justin se aproximou de Geoff colocando a mão sobre seu ombro, apontou com a cabeça para a garota que estava encolhida no canto.

— Mas delegado, há varias garotas melhores que ela! – O homem falou e a menina se encolheu ainda mais. – A garotinha é um pouco arisca. – O homem riu do próprio comentário levando os outros a rirem também menos Bieber que mantinha a mesma expressão.

— Não importa ,pagarei por ela, e quero nesse instante – Geoff parou de rir e assentiu.

Fez um sinal de cabeça para seus capangas, que pegaram uma faca cortando-a corda, e colocando a menina sobre o ombro, a garota assustada distribuiu uma serie de socos e pontapés, mas que não moveu um músculo do homem.

Bieber sorriu, estava se divertindo com a cena. Uma garota loira passou do seu lado e deu-lhe um bilhete em sua mão, mas o mesmo fora ignorado e colocado sobre o bolso traseiro do jeans.

Bieber não demorou muito para acertar o valor da “mercadoria” com Geoff, o preço ficara em vinte mil dólares. Justin se despediu de Geoff com um aceno de cabeça, e assim guardando o talão de cheques no bolso. Quando ele saiu da casa de programas se deparou com dois homens seus, seguranças, tentando imobilizar a garota que lutava com todas as suas forças para que não fosse tocada, Geoff tinha razão ela parecia um gato arisco.

Bieber fora em um carro, e a sua nova prostituta em outro.

Melannie olhava assustada para todos os cantos do automóvel, não tinha escapatória, então se jogou contra o estofado de couro, sua testa sangrava, pela pancada que um dos homens deu-lhe em sua cabeça, o que ocasionou em uma ferida que sangrava e escorria pelo lindo rosto angelical da garota. Debaixo de suas unhas tinham peles dos homens, pelos arranhões que ela lhes deu.

Seus cabelos estavam em todo seu rosto, e seu corpo havia algumas marcas roxas meio azuladas, Melannie não entendia como eles eram capazes de fazer tal grosseria, ainda mais com uma mulher.

O carro fora parado, e rapidamente os homens lhe arrastaram para fora dele, a garota olhou a frente ,vendo uma grande mansão, o seu queixo caiu. Melannie sentiu uma mão ser posta sobre suas costas, e em um movimento rápido a garota se afastou olhando assustada para o homem de olhos castanhos encantadores. Uma fria corrente de vento balançou seus cabelos, e Melannie abraçou o próprio corpo.

— Está com frio? – A menina assentiu. – Você não fala?

— Falo, senhor. – Bieber sorriu pelo jeito submisso dela.

— Entre, está frio aqui fora. – Colocou a mão sobre o ombro desnudo dela e a guiou até a porta da grande casa.

Justin empurrou a porta, e colocou sua prostituta para dentro da casa. Bieber murmurou um “escada”, e logo Melannie entendeu que era para subir a escadaria, Melannie seguiu na frente de Justin, um pouco tímida, um passo foi dado errado, e Melannie quase foi ao chão, o que a impediu foi Justin que a segurou pela cintura, antes que ela estivesse em contato com o chão.

— Cuidado – Falou a soltando.

Justin deixou-a de frente a uma porta e falou:

— Aqui é seu quarto, ai tem tudo, pode pegar a roupa que quiser no armário, pode se banhar, pode usar todos os produtos que tem no quarto, uma das empregadas irá deixar um lanche em seu quarto, só não quero que saia daí! – Justin ditou as regras e logo desapareceu virando no corredor.

Melannie abriu a porta e a fechou atrás de si, o quarto era bem espaçoso, as paredes tinham um tom branco, havia uma cama bem grande no centro do quarto, e tinha lençóis e fronhas florais, tinha um criado mudo de cada lado da cama ,uma penteadeira com um abajur em cima, no lado direito do quarto um guarda roupa, e tinha uma grande varanda mas que era coberta por cortinas brancas.

Melannie foi até o banheiro e se assustou com sua imagem, seus olhos marejaram, mas Melannie aguentou as lágrimas, e olhou pelo resto do banheiro , a garota tirou as peças intimas, e foi até o box, ligando na agua quente, assim ela enfiou debaixo da cascata de agua, Melannie gemeu de dor quando seus machucados foram lavados pela agua. Melannie pegou um shampoo, e colocou um pouco sobre a palma, levando logo depois até a cabeça, onde ela lavou os cabelos castanhos, saia uma agua suja deles, mas também ela nem sabia quanto tempo  não o lavava.

Algum tempo depois a garota saiu embrulhada em uma toalha, foi até o guarda roupa, mas aquilo não a agradou, havia apenas roupas, curtas, decotadas ou justas, no fundo do guarda roupa, Melannie achou um vestido rose, com as mangas transparentes, também pegou um par de sandália, e os colocou sobre a cama,  foi até a penteadeira pegando um creme e um perfume os  passando, o cheiro era embriagante, a menina em seus dezoito anos de vida, nunca tinha tido um perfume se quer.

Pegando a roupa em cima da cama a garota se trocou, voltando para o banheiro  pendurou as toalhas úmidas nos suportes. Uma escova foi pega, e então seus cabelos morenos foram escovados, os deixando até seus ombros, Melannie achou uma escova de dentes ainda nova e a usou, achando gases e remédios ali no armário do banheiro a garota fez alguns curativos, na sua testa, e alguns em suas pernas e braços.

Melannie voltou para o quarto no mesmo momento que sua porta foi aberta e uma empregada passou por ela carregando uma bandeja, a senhora notou a sua presença e lhe deu um sorriso acolhedor.

A bandeja foi posta em uma mesa ali no canto do quarto, e a mulher ficou frente a frente a Melannie.

— Oi querida, me chamo Gail, precisa de algo? – Melannie negou. – Tudo bem, então irei lhe deixar a só.

Assim que a porta do quarto foi fechada, Melannie correu para a mesa, começando a comer, estava morta de fome.

{...}

O seu dia passava lentamente não sabia quanto tempo estava dentro daquele quarto, mas deveria ter passado horas, ou poderia ser exagero dela. Melannie se levantou e foi em direção a porta a abrindo, Melannie fechou-a sem nenhum ruído, e começou a andar pelos longos corredores. Melannie viu uma porta no fim do corredor, e uma curiosidade absurda lhe dominou. A menina olhou se havia alguém ali a observando e assim que percebeu que havia só ela no recinto, ela andou em passos lentos até porta.

Melannie colocou a mão sobre a maçaneta e a rodou, a abrindo seus olhos se arregalaram quando ela se deparou com algo, ou alguém.

— O que você faz aqui?