Chapter Two
Virei-me lentamente e vi Justin a encarar-me, minha cabeça não raciocinava nenhuma frase complexa a ponto de ser uma boa reposta a sua pergunta, meu braço esquerdo foi puxado com brutalidade para trás, e sua outra mão fez o trabalho de fechar a porta em um estrondo, e pegar uma chave no seu bolso traseiro e tranca-la.
Seu olhar colidiu com o meu, enviando arrepios em todo o meu corpo, seu olhar me assustada e de uma certa forma me deixava curiosa, para saber o que se passava atrás daqueles lindos olhos.
— Irei perguntar apenas uma vez, o que você está fazendo aqui? —Naquele momento parecia que minha língua havia dado um nó. — Responde-me. — Exaltou-se.
— E-eu só estava entediada. — Gaguejei.
— Tinha lhe dito que era para ficar em seu quarto. — Apertou mais os dedos em torno do meu braço, machucando-o.
Senti ardência em meus olhos, e uma louca vontade de chorar apoderou-se de meu corpo, meu lábios começaram a tremular. Justin parecia um garoto e eu apenas uma boneca, que poderia ser machucada a qualquer momento que lhe apetecesse.
— Justin você está a me machucar. — Tentei retirar meu braço de seu firme aperto. — Po-por favor solte-me. — Lagrimas já desciam e fazia um caminho doido até o final de meu queixo.
— Não me chame pelo meu primeiro nome, não lhe dei direito para praticar tal ato, chame-me de Senhor, ou se preferir Mestre. — Seus dedos afrouxaram e assim pude retirar meu braço de seu aperto.
Massageei o local dolorido, e soltei um gemido de dor. Se estou a ficar louca eu não sei mas jurei escutar um gemido dos lábios de Justin.
— Queria poder lhe dar uma surra até você não poder andar, mas tenho compromisso muito importantes. — Estremeci com suas palavras porcas. — Vou lhe dar passe livre apenas no andar de baixo, poderá ir no jardim , mas não se aproxime de meus seguranças.
— Obrigado Mestre. — Vi um sorriso aparecer no canto de seus lábios, mas que logo desapareceu formando uma carranca.
— Boa garota. — Dirigiu-se a mim como a um cachorro a seguir as regras do dono. — Comporte-se. — Um beijo foi depositado no canto de meus lábios.
E assim se afastou deixando-me confusa e brevemente aturdida, meus lábios curvaram-se em um sorriso. Podem me chamar de maluca mas de certo modo ele mexe com meus hormônios. Mandei esses pensamentos para longe e desci as escadas, vi Justin conversando com um homem bem alto, do tipo “armário”. Agachei-me e escondi debaixo de uma mesa.
— Assim que a mercadoria chegar deixe-a em meu escritório, não deixe de maneira nenhuma, Gail, Lucy principalmente Melannie ver, minhas chaves extra estão dentro do vaso branco da sala de estar, assim que usa-la coloque-a no seu lugar de origem. — Vaso branco da sala de estar.
Justin saiu pela porta e o homem pelo qual conversava segundos atrás fez o mesmo trajeto, sai com cuidado de debaixo da mesa, e passei a mãos pelo tecido de meu vestido que tinha se sujado com a pouquíssima, quase nula poeira, que estava em baixo da mesa. Certifiquei-me de que ninguém havia visto meu ato de mal educação.
E fui até a sala de estar certificando-me onde que fica o tal vaso, olhei pela grande sala de estar ,e vi-o no canto da sala sobre uma mesa de base feita de vidro. Parei de observa-lo e comecei a andar pela grande casa, se comparada a minha casa de antigamente, se exageros eram três. Fui fazendo o meu trajeto até uma porta de vidro, que a olho nu dava para perceber o que se passa nos dois lados, vi duas raparigas a trabalharem na cozinha, com certeza devem ser Gail e Lucy as empregadas.
Empurrei a porta fazendo um estalo sair e os olhares delas pousarem em mim, o que me fez ficar um pouco sem graça e um rubor crescer em minhas bochechas, mexi os pés em um gesto de fazer a vergonha e o mal estar diminuir.
— Olá você deve ser Melannie! — A outra empregada pelo qual ainda não conhecia dirigiu-se a mim. — Sou Lucy, finalmente teria alguém para conversar sem ser a velha da Gail! — Cochichou a ultima parte, e eu gargalhei em consequência.
— Escutei o que você disse Lucy. — Gail deu-lhe um tapa na cabeça fazendo Lucy resmungar. — Largue a garota em paz, e vá fazer o seu trabalho.
— Como você é chata Gail. — Voltou a enxugar as louças.
— Lhe apetece comer ou beber algo Melannie? — Acabei por aceitar e lhe pedi algo para comer.
Sentei-me a mesa enquanto as observava, Gail pegou os pães no armário, e os frios no frigorifico e os pousou em cima do balcão pegou um parto da pilha dos que já estavam secos, e pousou uma fatia de pão fatias de presunto, queijo e colocou junto alface e algumas rodelas de tomate, já que os mesmos estavam lavados e bem selecionados.
— Aqui está querida. — Agradeci-lhe e pus-me a comer o sandes que estavam a minha frente, e que devo acrescentar que estava delicioso.
Um como de sumo fora posto em minha frente, e sorri em agradecimento, engoli o alimento, e logo depois dei uma golada sentindo o sabor de frutas cítricas em minha papila gustatória.
Algum tempo depois de finalizar minha refeição levei minhas louças sujas a pia e tentar limpa-las mas Gail não me deixou lava-las de maneira alguma.
Sai da cozinha e escutei um barulho de porta a bater, observei o tal homem fechar uma porta , assim que vi que o mesmo vinha em minha direção escondi-me atrás de uma parede, o observei colocar uma chave no vaso e checar se havia alguém a observa-lo.
Esperei-o sair do meu campo de visão e corri até o vaso colocando minha mão lá dentro e puxando e chave para fora. Fui até a porta que ficava em um estreito corredor perto da sala, e coloquei-a no trinco, vendo-a abrir sem problema algum, fechei a porta atrás de mim, e vi um grande pacote embrulhado em papel pardo. Aproximei-me da caixa e sentei-me em um sofá que havia no canto do escritório coloquei-a apoiada em meu colo, procurei uma fenda e a encontrei com ajuda de minha unha puxei a fita que estava a deixando fechada e a abri, puxei algo lá de dentro, mas infelizmente não obtive sucesso estavam mais uma vez enroladas mas dessa vez em jornais.
Escutei um barulho de porta a se fechar e pensei que fosse Justin chegando do trabalho joguei os embrulhos no sofá e me escondi embaixo da mesa encolhendo-me em um canto, olhei para o trinco e percebi que as chaves haviam ficado no trinco, também como a porta estava destrancada. Escutei passos e me encolhi em posição fetal.
Observei a porta ser aberta com voracidade e seus passos pesados preencherem o silencio.
— Merda, TAYLOR. — Gritou e logo vi mais passos se aproximarem.
— Chamou-me Senhor?
— Foi você que abriu meu pacote? — Meu corpo tremeu pela adrenalina passando em minhas veias.
— Não, Senhor fiz o que me foi mandado, coloquei seu pacote sobre a mesa guardei as Chaves e voltei a meu posto. — Pobre Taylor.
— Então quer dizer que alguém entrou aqui! — Oh Deus. — Saia!
Escutei a porta ser fechada e passos se aproximarem da mesa, tremi toda, Justin se sentou na cadeira, e eu me encolhi mais. Quase a chocar meus membros e eu virar uma bola.
— Sei que foi você Melannie pode sair de debaixo da mesa. — Engoli em seco — Saia ou serei obrigado a buscar-te ai , e você não ira gostar.
Sai lentamente de debaixo de sua mesa, e encarei meus pés calçados.
— Você faz isso de proposito, não é ?! — Não identifiquei ao certo se ele afirmou ou não. — Me irritar, você faz de proposito!
— Desculpe-me Mestre, se haver algo para que eu possa me redimir contigo eu o farei! — Vi um sorriso nascer em seus lábios secos.
Justin sentou-se no sofá em que eu estava a minutos atrás, puxou meu braço, fazendo-me cair de barriga para baixo, e consequentemente meu traseiro ficar para cima, minha barriga estava pousada no sofá, e uma de suas pernas estavam, sobre as minhas me mantendo quieta.
— Vou lhe ensinar a não mexer em minhas coisas! — Engoli em seco.
Meu vestido foi levantado até minhas nadegas estarem a mostra, e minha calcinha foi lentamente deslizada até o meio de minhas pernas, meus olhos estavam arregalados e meu cérebro estava em alerta. Sua grande mão fez um carinho em minha nadega esquerda, e logo um tapa fora depositado.
— Conte! — Ordenou, e mais um tapa foi depositado. — Comece agora, FAÇA O QUE LHE MANDEI, CONTE!
— Um — Mais um tapa foi dado e minha pele começou a formigar, e lagrimas se acumularem nos cantos de meus olhos.
Outro tapa, e mais outro, e mais outro, e mais outro e mais outro, incansáveis vezes. Contei ao todo onze bofetadas em meu traseiro.
Minha calcinha foi levantada e meu vestido abaixado.
— Dá próxima vez que ser enxerida, você ficara sem andar durante uma semana!
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