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História Substitute (Vkook) - XV - Substitute.


Escrita por: vkookfool

Notas do Autor


E acabou! Eu só tenho que agradecer à todos vocês por dedicarem um tempo à minha história, terem dedicado um tempo para me apoiarem. Eu só tenho que agradecer à vocês por essa conquista que foi Substitute. Essa história não foi apenas uma fanfic para mim, foi muito mais, foi parte da minha vida, que abriu portas para mim em vários aspectos.
Eu quero dedicar esse capítulo à vocês, por sempre estarem ao meu lado, me apoiando; ao Jr, o ser humaninho que vai betar toda a história e aos meus pais, por me deixarem ficar mais cinco minutos para concluir.
É muito difícil dar adeus à uma história, mas novas histórias virão e eu espero encontrar vocês lá. Eu amo vocês do fundo do meu kokoro ❤

Capítulo 15 - XV - Substitute.


Fanfic / Fanfiction Substitute (Vkook) - XV - Substitute.

"Substitua-me por ele, substitua coca por gim, substitua você por minha mãe. Eu sou apenas o substituto de outro cara" — Substitute (The Ramones) 

 

 

De todas as vezes que Jungkook disse que iria desistir, essa era uma das quais ele realmente pensava sobre isso. 

 

Voltar para Seul no final da semana foi terrível, além da casa estar vazia, seu coração também estava, afinal, Taehyung havia deixado um pequeno buraco de decepção no mesmo. 

 

Viu a porta de vidro ser aberta e Mark entrando na sala, com a carranca que carregava desde que as fotos com Wang saíram em todas as revistas, muito diferente daquele mesmo Mark que o recebeu de braços abertos há uns três meses. 

 

— Não me dê bom dia, caso esteja pensando nisso. — Mark falou ao se sentar. 

 

Jungkook até ficou um tanto feliz, era a primeira vez que Mark o direcionava a palavra em duas semanas. 

 

Seu coração doía ao ver que nem tudo saiu como o planejado e agora, não tinha mais Yoongi ali para poder desabafar, estava cercado de falsidade. O que era apenas para ser uma vingança, se tornou uma paixão dolorida, da qual Jungkook se arrependia amargamente de ter mergulhado. 

 

As vezes, o amor era assim mesmo, dolorido, que te faz chorar e com vontade de matar a outra pessoa, se não fosse de amor, seria de raiva. Mas como Jungkook saberia?, afinal de contas, ele nunca amou ninguém.  

 

Nunca sabia o que fazer ou se realmente deveria segurar a sua mão, ou se poderia o abraçar em público, mas tudo bem, ele não sabia o que era amor. 

 

Jackson havia simplesmente sumido de seu mapa -coisa que ele agradeceu imensamente- após a viagem. E então, Jungkook chegou a conclusão de que Wang era só um cretino.

 

Mas afinal, ele também era. 

 

Não o surpreenderia se Taehyung resolvesse terminar o que tinham -seja lá o que fosse- se tivesse descoberto sobre essa noite. 

 

— Jungkook! — ouviu a voz de Hoseok. 

 

 

Engolindo em seco, se levantou e foi até a sala do mesmo, batendo na porta antes de entrar. 

 

— Primeiro de tudo, eu gostaria de o parabenizar pelo excelente desempenho em Paris e segundo; eu quero me desculpar com você. Sei que não fui justo, mas você já me conhece, e sabe do que eu estou falando. Eu sinto muito por tudo o que aconteceu naquela época, mas você sabe, eu não poderia perder o Taehyung. E eu fui tão estúpido, até pensei que vocês dois estivessem tendo um caso. — riu nervoso. — Mas de verdade, me desculpa mesmo. 

 

Jungkook sorriu. 

 

— Tá tudo bem, senhor Jung. Eu não guardo mais ressentimentos sobre aquela época, não precisa se desculpar. — mentiu. 

 

— X — 

 

Depois da conversa que tivera com Hoseok, o Jeon, em seu horário de almoço, foi até a cafeteria em frente ao grande prédio da Dunaway. 

 

Não havia conversado com o melhor amigo após voltar de viagem, nem sabia o lugar que o ruivo tinha passado os dias. 

 

Abriu a porta, fazendo o pequeno sininho soar. O cheiro de café e biscoitos ainda eram presentes. 

 

— Olá, senhor Park, o Jimin está? — perguntou. 

 

— Ele está passando uns dias em Busan, garoto. Disse que precisava de um tempo e que voltaria em breve. — sorriu. 

 

— Ah...— suspirou cansado e triste. — Pode me preparar o de sempre, por favor? 

 

— É claro. — sorriu antes de se afastar. 

 

Busan. 

 

Jungkook nunca imaginaria que Jimin ficou tão mal com essa história toda, que voltou para a cidade natal. Justo ele, que dizia que jamais voltaria para aquele "fim de mundo". 

 

O Jeon deixou uma lágrima escapar dos olhos grandes, que logo escorreu pelo rosto pálido e foi limpa. Não poderia pôr tudo à perder, não agora que tinha Hoseok em suas mãos outra vez. 

 

Já poderia ver sua linda face estampada em todas as revistas, sendo motivo de amor e ódio de muitas adolescentes em crise. Ser a razão de um escândalo, como um divórcio, para Jungkook, era mais do que gratificante. 

 

E amigos, talvez o vilão dessa história fosse Jungkook e não Hoseok. 

 

Riu antes de se dirigir ao caixa e pegar o seu pedido, pagando e indo embora. 

 

— Jungkook, graças à Deus você chegou. — Taehyung disse, o puxando para sua sala, sem deixar com que o outro falasse alguma coisa. 

 

Taehyung trancou a porta e se aproximou do mais novo, logo o puxando para um beijo calmo, com mãos passando ali e aqui, o tempo todo. 

 

— Essa agência está um correria hoje. Não tive nem tempo de te beijar um pouquinho. — Taehyung disse fazendo bico. 

 

— Não se preocupe, eu te recompenso essa noite, tudo bem? — perguntou e Taehyung concordou. 

 

— Eu tenho tanta sorte de te ter, Gukkie. — fez carinho nos cabelos do outro. — Eu estaria totalmente perdido se não fosse por você, sabia disso? 

— Por que está dizendo isso? — perguntou. 

— Porque eu senti a sua falta nesses últimos dias, e ainda mais porque você se aproximou muito do novo estilista e isso me deixa com ciúmes. — mordeu o lábio inferior. 

Jungkook riu. 

— Não fique com ciúmes, baby. Você sabe que eu sou inteiramente seu. — o beijou. 

Taehyung sorriu no meio do ósculo, logo, puxando o lábio inferior do maknae. As línguas logo sr tocavam, deixando o beijo ainda melhor. 

— Se você soubesse o quanto eu quero ter você para sempre na minha vida, Jungkook. — sussurrou contra os lábios do outro. — Se você ao menos soubesse que o meu sonho é ter você só para mim. 

— Então me tenha, Taehyung. Fuja comigo. — propôs, fazendo o outro rir. 

— Você realmente faz com que eu me sinta um adolescente. — selou seus lábios. — Vamos sair essa noite, apenas eu e você. Conheço uma rave no final da cidade, você vai adorar. — sorriu. 

E Jungkook sorriu também, pois aquilo o lembraria de bons momentos, mesmo sabendo que no final, tudo se tornaria apenas uma lembrança. 

O Jeon saiu da sala do chefe, caminhando até sua mesa, onde um embrulho o esperava. Juntou as sobrancelhas, desconfiado. Desfez o enorme laço vermelho, rindo ao pensar ser alguma besteira de Taehyung, mas sua surpresa foi ainda maior ao ver que não era nada que estava pensando, mas sim, revistas de fofocas e seu nome, na capa. 

Pegou uma das revistas, correndo para o banheiro e se trancando em uma das cabines, logo começando a folhear a revista. 

"Victory Kim tem um caso com o secretário?

Pois bem, senhores, a máscara caiu! Victory Kim (30), dono da revista Dunaway, foi flagrado em uma cena quente com o secretário, Jeon Jungkook (21) Os dois, que já pareciam íntimos desde sua primeira aparição pública em junho, em uma boate, em Milão, foram vistos durante a semana em alguns almoços e cafés em um cafeteria no centro. As imagens vazaram na internet pela parte da manhã e alguns fãs do editor estão completamente malucas. As imagens mostram os dois se beijando na sala do editor, gravado por uma câmera de segurança. Quaisquer novidades, entramos em contato no nosso site..." 

Jungkook não podia acreditar, não agora! Como aquilo tinha acontecido? Como aquelas imagens caíram na internet? Quem teria espalhado essas fotos? 

Jeon saiu da cabine, puxando consigo a revista e a jogando no lixo. Ao voltar para a secretaria, pegou a caixa, a levando para uma sala de coleções passadas. Ninguém poderia ver aquilo! 

Respirou fundo, pensando que ninguém realmente veria, que estava tudo bem. Mas ao sair do prédio, para um café, foi tomado por uma legião de paparazzis que queriam roubar, nem que fosse, só um pouco de sua atenção. Eles perguntavam sobre Taehyung e se aqueles boatos e fotos eram realmente verdadeiras. 

— Sem fotos, por favor. — colocou a mão em frente ao rosto. — Eu não falo nada sobre minha vida pessoal. 

Quanto mais Jungkook tentava andar, mais os homens se juntavam ao seu redor. Sentiu uma mão agarrar seu pulso. 

— Não deve sair sem um segurança, Jungkook. — era Taehyung. 

— Victory Kim, você tem mesmo um relacionamento com o seu secretário? 

— Minha vida particular não é da conta de vocês, me desculpe. — respondeu antes de puxar Jungkook para dentro do prédio. — O que está acontecendo, Jungkook? 

O Jeon engoliu em seco, entrando no elevador e esperando o chefe entrar também. 

Assim que a porta abriu, Jungkook saiu as pressas, não queria que Taehyung desconfiasse de que algo estivesse errado, mesmo sabendo que de certo, não havia nada. 

—X— 

Jungkook voltou para o apartamento no final do dia, se sentindo solitário outra vez. Sentia muita falta de Jimin, queria que ele estivesse lá o ajudando para quando as notícias chegarem aos ouvidos de quem não deveria. 

E falando nisso, Jungkook estava desesperado. Sabia que o fim estaria próximo, que logo as coisas se tornariam uma completa ruína. E também sabia que Taehyung jamais deixaria a família. Espantou esses pensamentos assim que ligou o chuveiro. O Kim passaria lá em alguns minutos para pega-lo e irem para a rave. Aquilo o levaria para os bons tempos, pobre Jungkook, mal saberia o que estava por vir. 

—X— 

Quando chegaram ao local, os olhos do maknae brilhavam mais do que as luzes de néon. A fumaça colorida já se misturava no céu, o deixando ainda mais bonito. Jungkook sentiu seus dedos serem entrelaçados aos de Taehyung, logo olhando para os mesmos e sorrindo. 

— Eu poderia passar a minha vida toda, assim, só com você.— Taehyung falou no pé do ouvido alheio. 

E Jungkook não admitiria em voz alta, mas ele também poderia ficar assim para sempre, de mãos dadas com aquele que realmente amava. 

E, céus, passaram por tantas coisas, por tantos motivos que quase os fizeram desistir de continuar, de pessoas que atrapalharam tudo isso...

Claro que, ainda havia Hoseok, mas isso não era o mais importante naquele momento, apesar de que, Taehyung sabia que o mais velho já estava mais atento nas coisas ao redor. 

Alguns rostos eram virados para os homens, que -ainda- estavam parados e não no meio da multidão, como deveriam. 

— Eu também. — sorriu antes de selar os lábios alheios. 

Um remix alto foi ouvido e logo gritos animados por conta da música que tocava. Apesar de não ser a música favorita dos amantes, eles teriam que concordar que, bom, aquela música dizia muito sobre eles. 

 

Can't be sleeping

(Não consigo dormir)

Keep on waking

(Continuo acordado)

Without the woman next to me

(Sem minha mulher ao meu lado)

Guilt is burning

(A culpa está em chamas)

Inside I'm hurting

(Por dentro, isso machuca)

This ain't a feeling I can keep

(Isso é um sentimento que eu não posso manter)

 

Taehyung puxou o maknae para mais perto, encostando suas testas e sentindo o calor que emaneava do corpo alheio, junto ao seu perfume.

Jungkook fechou os olhos, deixando se levar pelo ritmo da música, levantando os braços e jogando a cabeça enquanto fechava os olhos. As mãos de Taehyung ainda estavam em seu quadril.

 

 

So blame it on the night

(Então culpe a noite)

Don't blame it on me

(Não coloque a culpa em mim)

 

O castanho mexia o quadril enquanto a batida o fazia se afundar cada vez mais naquele sentimento e diferente do compositor, ninguém alí se sentia culpado por absolutamente nada. 

Taehyung puxou o amante, beijando os lábios rosados, atraindo alguns poucos olhares. Estavam fodidos de qualquer maneira, por que não aproveitar o tempo que teriam? "E que tempo?" Bom, antes das máscaras finalmente caírem! 

 

Oh, I'm so sorry, so sorry, babe

(Ah, eu sinto muito, baby)

(I'll be better this time)

[Será melhor dessa vez]

I will be better this time

(Eu serei melhor dessa vez)

I got to say

(Eu tenho que dizer)

I'm so sorry

(Que eu sinto muito)

E Jungkook poderia contar tudo o que estava acontecendo; poderia confirmar à todos os curiosos de plantão que sim, ele tinha um caso com Victory Kim. 

E poderia contar para Taehyung o que estava acontecendo, afinal, ele também merecia saber. Apesar de que, já saberia o que o outro iria dizer: "mantenha a calma, boatos são apenas boatos". 

Céus, como Taehyung poderia ser tão ingênuo? Como nunca tinha percebido a maldade nos olhos alheios, principalmente nos de Jungkook ou nos de Hoseok? Como nunca havia percebido que tudo não se passava de um joguinho de faz de conta. E claramente, o loiro era o bobo da vez. 

E sempre seria.

 

Don't blame it on me.

(Não coloque a culpa em mim)

Don't blame it on me.

(Não coloque a culpa em mim)

 

E quem achou que Taehyung ou Jackson eram os vilões da história, se surpreenderia no final.

Aliás, quem ao menos disse que, "uau, coitadinho do Hoseok, não merecia isso." Ah, meu amigo, você está extremamente errado. 

 

Jungkook levou o loiro até o bar perto de uma piscina improvisada que fizeram ali. Pediu duas doses de tequila.

— Arriba, abajo, al centro, para dentro.— falaram juntos antes de virarem as doses. 

Taehyung descansou o copo no balcão, olhando para as pessoas que dançavam ali por perto. Já Jungkook, preferia apenas fechar os olhos e prestar atenção na música alta que tocava. 

— Ed Sheeran é tão dramático. — Taehyung comentou. — "Eu nunca o encarei como uma ameaça, até vocês saírem para transar." Esse cara é lerdo ou o quê? 

Jungkook riu. 

— As vezes as pessoas não percebem o que estão bem no seus narizes, sabia? — arqueou as sobrancelhas. 

Quem riu dessa vez foi Taehyung. 

— Isso foi uma indireta, Jungkook? — provocou. 

— Tão direto quanto um tapa na cara, TaeTae. — pegou a bebida a base de frutas que estava no balcão, colocando o canudinho florescente na boca. 

Taehyung se aproximou, puxando o rosto do mais novo, logo tocando seus lábios e fazendo seus corpos se arrepiarem como se fosse o primeiro. Suas mãos foram para os cabelos do castanho, puxando-os levemente. 

Kim estava tão perdidamente apaixonada, tão tolamente de joelhos por Jungkook, tão cego. Havia algo que Jeon tinha que o deixava assim; totalmente fora de si, tão tolamente apaixonado, tão estúpido. 

Taehyung se sentia uma colegial que faria o possível para conquistar seu Senpai. Se sentia uma adolescente que estava descobrindo o que era o amor. 

E talvez estivesse mesmo.

Talvez, só talvez, Jungkook tinha feito uma reviravolta boa em sua vida, tão boa ao ponto de ficar caso o outro o magoasse; ao ponto de segurar suas lágrimas de dor caso Jungkook o fizesse chorar. 

Mas era isso que o amor fazia; ele te fazia chorar, mas essas lágrimas não escapavam de seus olhos; ele te fazia sangrar, mas o corte não abria; ele te fazia sofrer, mas a dor era tão boa, afinal; ele te fazia sorrir, e isso era tudo o que sobraria quando tudo acabasse. 

—X— 

Jungkook estacionou o carro de Taehyung em frente ao prédio da revista, atravessando a rua com o amante apoiado em si, dizendo coisas sem nexo algum. 

Por sorte, o horário já não permitia mais paparazzis na rua, e assim, eles não estariam dentro de mais um escândalo da mídia. 

Os dois, um pouco alterados, entraram no prédio, pegando o primeiro elevador para o andar da revista. 

— Você tinha que ver a cara dele quando eu disse que era gay, "mas como assim o meu homenzinho é um viado? Filho meu não vai chupar o pau de ninguém, não." — Taehyung engrossou mais a voz para imitar seu pai, logo começando a gargalhar como se fosse algo muito engraçado. 

Jungkook o acompanhava enquanto pegava as chave no bolso do chefe, e logo, entraram na recepção. 

As únicas luzes acesas eram as das pequenas luminárias e a da copa. 

— Ah! — Jungkook reclamou. — Eu vou fazer um café, quer um? 

— Desde quando você virou copeiro, Jeon Jungkook? Você já viu o meu secretário?— disse rindo. 

Jungkook o sentou no balcão enquanto puxava a cafeteira e fazia as medidas de um café forte. 

— Me diga mais sobre ele...

Taehyung riu. 

— Ah, tudo bem... Ele é um puta de um gostoso, sabia? Toda hora que eu o vejo eu quero... meter naquele rabo enorme... — riu. —Mas espera, você é o meu secretário, seu cretino.

Jungkook sorriu enquanto negava com a cabeça por conta da infantilidade do chefe, que agora estava puxando uma revista que estava no balcão. 

— 'Destruidor de lares'. Olha, Jungkook, é sobre você. — colocou a revista bem no rosto do amante. — 'Victory Kim...' que sou eu... 'teria um caso com o secretário, Jeon Jungkook?' Huh, eles sabem, Johnny. 

Jungkook tratou de tirar aquela revista de Taehyung e o entregar um café. Aos poucos, o estado crítico ia embora, dando vez à pequena indisposição e dor de cabeça. 

— Obrigado, Gukkie. — sorriu, assim que chegou em sua sala, sentando em sua cadeira.

— Tudo bem, tem certeza que vai passar a noite aqui? — perguntou preocupado.

O outro assentiu. 

— Disse ao Hoseok que passaria a noite aqui para resolver as coisas da sua coleção. Iria ser estranho se eu aparecesse à duas da manhã em casa, ainda mais se eu estivesse um tanto bêbado. — sorriu doce. 

Jungkook sorriu de volta antes de o beijar.

Taehyung puxou o secretário para o seu colo, fazendo o beijo se aprofundar e aos poucos, as línguas ja se tocavam, as mãos passeavam pelo corpo um do outro. A camisa social quase transparente de Jungkook já estava no chão mais uma vez e logo seus cabelos estavam revirados. 

O problema foi que, o elevador não tinha feito um barulho alto o suficiente para pararem imediatamente com aquele ósculo, o que fez com que eles não ouvissem que tinha alguém chegando. 

— Eu sabia! 

Os corpos se empurraram, olhando para a figura agora parada na porta, com os braços cruzados e um sorriso convencido e decepcionado.

Jungkook engoliu em seco. 

A hora da verdade tinha chegado cedo demais, em um momento crítico e complicado demais. Sabia que a partir do momento em que saísse do colo de Taehyung, as coisas para ele estavam acabadas; desde sua carreira, até sua vida pessoal. Tudo se tornaria um escândalo. 

— Hoseok...

— Eu não quero ouvir, não quero saber...— jogou a bolsa no chão com força. — Eu só quero saber há quanto tempo vocês dois andam fodendo pelas minhas costas!— berrou. 

— Hoseok, eu posso explicar...— Taehyung tentou dizer. 

— Há quanto tempo, Kim Taehyung? — segurou em seus ombros, o chacoalhando. 

Taehyung olhou para o amante, procurando por uma resposta. — Não olhe para ele, olhe para mim, porra! 

Taehyung engoliu em seco, nunca havia visto Hoseok dessa maneira. 

— Há quatro meses! — gritou de volta. 

Hoseok mexeu a cabeça, concordando. 

— Eu deveria saber; eu deveria saber desde o instante em que você entrou aqui, Jeon Jungkook! — olhou para o castanho, que colocava sua camisa de volta. 

Taehyung se sentia tão culpado agora, sentia que seu sonho tinha acabado e que amanhã, as notícias seriam sobre a separação. Pensou em Taewon, que agora, os papéis tinham se invertido. 

Hoseok agarrou o colarinho da camisa de Jungkook, o jogando contra a parede.

— Eu não acredito que você fez isso comigo! — berrou. 

O mais velho desferiu um soco no canto do lábio do loiro, abrindo um corte no mesmo. 

— Não encoste nele! — Taehyung gritou. — Ele não tem culpa do que aconteceu, Hoseok. — o segurou por trás, tentando o tirar de perto do secretário. 

— Você está defendendo ele agora, é isso mesmo? — largou Jungkook, que quase caiu.

Taehyung andava para trás, estava desesperado, com medo, confuso...

— Não jogue toda a culpa em cima de nós, Hoseok! Você também não é tão inocente assim.— Jungkook falou ao ver o medo nos olhos de Taehyung, e então, o loiro ficou confuso. 

— Ah, cale a sua boca! — apontou o dedo. 

— Não, espere... Como assim "não é tão inocente"? O que vocês sabem que eu não sei?

Jungkook desafiou Hoseok com o olhar. 

O mais velho estava com receio de contar; sabia que a traição não vinha apenas de um lado, e sim, de todos os lados possíveis.

— Eu e Hoseok tínhamos um caso.— Jungkook disse simplista. 

Taehyung riu de maneira nervosa antes de comentar:

— Vocês estão brincando comigo, não estão? 

Jungkook engoliu em seco. 

— Eu não acredito nisso, Jungkook... Como você pôde? — Hoseok disse, por sua vez. 

Taehyung ainda estava atônito.

— E quando...q-quando isso aca-abou?— o Kim perguntou. 

Hoseok sentiu o peso do mundo em seu corpo. Jungkook sentiu como se estivesse pisando no coração do loiro. 

— Assim que chegamos da Itália.— Jungkook disse, deixando as lágrimas acabarem. — Taehyung, por favor...

— Eu não quero saber, e-eu não quero ouvir... — tampou as orelhas, como uma criança. — Eu sei que eu errei, e eu sinto muito por isso, eu me sinto a pior pessoa do mundo por ter feito o que eu fiz. Eu cresci sem a minha mãe por perto pois ela decidiu fugir com um empresário milionário, e agora a história se repete com o Taewon. Eu sinto muito pelo meu erro, Hoseok, sei que deveríamos ter colocado tudo no papel e decidido terminar logo com isso assim que eu me vi apaixonado por... — engoliu em seco. — Apaixonado por Jungkook. Eu sei que nós deveríamos ter dito a verdade desde o princípio, e eu me culpo muito por isso. 

— Taehyung ...

— Deixe-me terminar. — olhou para Jungkook. — Ah, Jungkook, se você ao menos soubesse um pouquinho do tanto que eu sou apaixonado por você; se você soubesse o quanto eu me sinto o homem mais feliz do mundo por ter você ao meu lado; se você soubesse de tudo o que eu fiz e faria por você. — colocou o seu cabelo para trás da orelha. — Mas você mentiu pra mim o tempo todo, e por quê? O que você ganha com tudo isso? Eu acho que, agora o melhor é nos acalmarmos, amanhã pensaremos direito em tudo, me desculpem. 

Taehyung pegou sua blusa de frio, saíndo de sua sala, fazendo com que Hoseok e Jungkook se encarassem. 

— Hoseok...

— Não precisa voltar amanhã, Jungkook. — e logo saiu também, deixando um Jeon para trás, junto com vidros quebrados e pedaços de três corações que nunca seriam remendados novamente. 

— X— 

No dia seguinte, o clima estava tenso na editora. Taehyung passou pela porta de vidro, encarando a mesa vazia que antes era ocupada por Jungkook.

— Tuan, por favor, pegue a lista dos selecionados, eu vou precisar de um novo secretário. — disse simplista, deixando Mark boquiaberto.

Seguiu para sua sala em silêncio, onde as marcas da briga da noite passada, já não estavam mais lá. Sentou-se em sua cadeira antes de ver um envelope vermelho em cima da mesa.

Era de Jungkook.

"Taehyung,

Isso é uma carta de despedida. 

Sinto muito por tudo o que aconteceu, sei que jamais deveria ter me metido em sua vida pessoal, sei que as vezes, metemos os pés pelas mãos e cometemos erros. Erros das quais jamais iremos nos arrepender. Sei que provavelmente agora, esteja se escondendo atrás de seus óculos de cor roxa que eu passei dias ouvindo você falar sobre ele, mas saiba que o brilho dos seus olhos castanhos são maiores do que qualquer tempo que passamos juntos e que lembrarei deles para sempre. 

Deus, Taehyung, o seu para sempre era tudo o que eu queria, mesmo sabendo que isso jamais aconteceria. Mesmo sabendo que jamais iríamos terminar juntos. 

Eu te amei muito, e ainda te amo. Não ache que foi tudo uma mentira, pois você estará enganado. Eu me apaixonei, não por Victory Kim, não por notícias em revistas e sites de fofocas, não por dinheiro; mas sim por Kim Taehyung, por seu sorriso quadrado, por sua voz rouca ao acordar, por seus beijos no meu queixo ou a maneira de colocar o meu cabelo para trás. 

Eu me apaixonei pelo seu coração, e tudo o que ele me ensinou a cada batida. 

Estarei partindo para a minha cidade natal, nesse final de semana, não voltarei tão cedo para cá. Tentarei um emprego de meio período para terminar minha faculdade. 

Obrigado por tudo, Taehyung; por cada beijo, cada abraço, cada palavra bonita, por cada momento que ficará guardado em mim, para todo o sempre. 

Não espero que queira me ver depois de tudo o que aconteceu, nem eu quero que me procure por um tempo. As coisas ainda estão bagunçadas na cabeça de todos nós. 

Eu te esperarei nos meus sonhos, assim como as flores espera a primavera para desabrochar. Obrigado por tudo, mais uma vez.

De Jeon Jungkook. Xx" 

No final da carta, Taehyung já tinha algumas lágrimas rolando pelas bochechas. Se apressou em pegar o celular no bolso da calça, indo buscar o número de Jungkook na lista de contatos.

"— O número solicitado se encontra desligado ou fora da área de cobertura..." 

E então era assim que terminariam? 

Tudo isso para acabarem dessa maneira? 

Taehyung suspirou, jogando o celular na mesa e enfiando a cabeça nas mãos.

—X— 

Jungkook entrou no café já tão conhecido por si naquela quarta-feira. A cabeleira ruiva estava lá. 

— Oi. — Jungkook disse tímido.

Jimin se virou, encarando o castanho.

— Oi, Jungkook. 

— Será que nós podemos conversar? — perguntou e o out assentiu, caminhando com o castanho até uma das mesas. 

— E então...? 

— Eu quero me desculpar por tudo, sabe? Eu sei que nunca fui o melhor amigo pra você, sei que deixei tudo de lado por causa de um emprego idiota e...

— E bolsas, sapatos, viagens e um chefe gostosinho. — Jimin riu. 

— E eu fui demitido. — disse de uma vez e Jimin arregalou os olhos. — Hoseok nos pegou no flagra, e tudo foi uma confusão. 

— Você sabe que eu nunca gostei deles. — o ruivo disse e Jungkook riu. 

— Eu sei, mas agora, eu só quero que me perdoe, eu quero o meu melhor amigo de volta. — fez manha.

— Eu também pensei muito em várias coisas enquanto estive longe, e eu também quero me desculpar por te pressionar muito às coisas e por querer tomar conta da sua vida. — sorriu. — Mas você é um irmão para mim, e sabe disso. Eu sou seu hyung e quero te proteger de tudo. 

Jungkook concordou com a cabeça, logo se levantando e puxando o amigo para um abraço. Era ótimo ter o seu irmão alí, mais uma vez, como sempre foi e como sempre será. 

Era ótimo saber que a partir daquele dia, seria os dois, um com o outro, os dois contra o mundo. 

— Eu te amo, irmãozinho. — Jimin falou enquanto bagunçava seu cabelo. 

— Eu também te amo, hyung. — riu.

 

UM ANO DEPOIS...

 

— Jimin! Eu não vou dizer de novo para você tirar esse copo daqui. — Jungkook gritava pelo apartamento. 

O castanho tinha terminado a faculdade de jornalismo, e agora, procurava por um emprego. Não tinha voltado para Busan, como havia dito para Taehyung, mas procurou evitar qualquer tipo de contato com o mais velho.

E falando nisso, a notícia da separação foi um escândalo. O rosto de Jungkook estampou várias revistas até o pro escândalo ser lançado; "Hoseok foge com novo desenhista". 

Jungkook não voltou para perguntar sobre Taehyung, e também não pretendia. 

— Temos que ir para o café, vamos, anda! — Jimin puxou Jungkook. 

O trabalho de Jungkook, por enquanto, era no Park's Café, junto com o seu melhor amigo. Com o dinheiro, eles conseguiram se mudar para um duplex. 

Jungkook foi arrastado pelas ruas de Seul até chegarem ao café. Os funcionários já trabalhavam e logo os dois já colocaram seus aventais. Jimin entrou na cozinha enquanto Jungkook foi para o balcão junto ao jornal de emprego. Circulava os mais interessante é riscava os que não o favoreciam. 

— Papai, eu quero bolo de chocolate! — a voz de uma criança foi ouvida. 

Jungkook continuava atento no jornal.

— Calma, Taewon, nós vamos comprar o seu bolo, deixa só o papai...

Jungkook ergueu a cabeça ao ouvir a sua voz e daquela vez, olho no olho, eles viram algo muito além do brilho ou lágrimas que queriam cair, eles viram o futuro, um ao lado do outro, como sempre deveria ter sido. 

— Papai, eu também quero um milkshake e...


Notas Finais


Me desculpem por qualquer erro... Mas ei ei ei, você já sabe quem é o boy do Jimin? Hahah.
Twitter: lashtonfool
Snap: ellafool
Obrigada por lerem ❤
Trailer: https://youtu.be/Lc3M-zu5tfA


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