História Sucker for Pain - My girl ,my woman.

- Isabella ,eu te trouxe um presente - gritei assim em que entrei em casa.

Olhei ao redor e não havia ninguém por ali. Minha mãe está trabalhando e Isabella eu teria que procurar.

- Me chamou ,grande e poderoso Bieber? - disse descendo as escadas. Ri com a forma que eu havia exigido que ela me chamasse.

- Não precisa mais me chamar assim - sorri - Venha aqui - a chamei e Isabella se aproximou com receio e eu lhe entreguei o pacote de minha mão e a garota o pegou.

- E o que é isso? - levou seu olhar para a sacola.

- Comprei para você - a ajudei a tirar a fita - Abra - incentivei e assim ela o fez.

- Um livro de receitas? - perguntou sem entender.

- Para se preparar para quando fomos nos casar daqui uns anos - falei com seriedade demonstrando que não era brincadeira - Gostou boneca? - Isabella assentiu e eu sabia que ela havia odiado. Sorri e dei um beijo em sua bochecha a deixando ali parada com uma expressão nada boa e me sentei no sofá - Bem que você poderia começar agora ,não é? Já é a hora do almoço e eu estou com fome - insisti.

- Mas Justin eu nunca cozinhei nada - se desesperou

- Por isso que lhe dei esse livro. Por favor Isabella ,não me deixe irritado - disse e ela foi para a cozinha sem dizer mais nada e eu liguei a televisão começando a assistir um jogo de futebol qualquer.

Eu disse para mim mesmo que iria parar de tratar Isabella como se fosse minha empregada mas não disse quando. Isso com certeza dependerá  de seu comportamento.

Me levantei assim que o primeiro tempo do jogo acabou. Eu havia o pegado do começo então já fazia quase uma hora em que Isabella tentava fazer algo para comermos.

Entrei na cozinha e a pia estava cheia de louça e o chão estava com algo que parecia ser farinha. Isabella parecia desesperada ao tirar algo do forno. E ao pegar a forma que saia muita fumaça a praticamente jogou no balcão da cozinha e apesar de usar uma luva aquilo pareceu fazer sua mão arder.

- Eu acho que queimou - disse passando a mão na testa. Eu queria rir com aquela situação mas mantive a expressão seria.

- Porra Isabella ,você não presta para nada mesmo - me fingi bravo e notei que o que havia naquela forma era uma especie de torta e pelo cheiro eu diria que é de frango. Me aproximei e vi que aquilo estava um total fiasco. Cru por cima e queimado embaixo.

- Vou almoçar em algum lugar que tenha uma comida decente - disse e olhei com nojo para aquilo - Quando chegar quero ver tudo isso limpo. Minhas roupas bem lavadas e o trabalho de amanhã feito - a observei pela última vez vendo seu rosto com a mesma expressão cansada. Peguei minha carteira me retirando da casa.

Isabella Sparks Narrando.

Bufei pela sétima vez na última hora e comecei a tirar suas roupas do cesto as tirando do avesso e logo as jogando na máquina de lavar roupas.

Eu nunca pensei que um dia eu iria odiar minha vida tanto quanto eu odeio agora. E o pior de tudo é que ando me sentido um lixo e já nem sei o que é ter auto-estima. Tudo isso graças a Justin que sempre que tem tempo me usa como sua escrava e a de seus amiguinhos. 

Faz uma semana que ele me colocou para fazer os trabalhos de escola deles e posso dizer que nunca fiz tanta coisa na vida. É realmente horrível pois eu não era de fazer nem os meus trabalhos então imagine o dos outros? 

"E se estiver sequer uma palavra errada eu o rasgarei e você terá que fazer tudo de novo"

Me lembrei das palavras do loiro e junto com elas da vez que ele veio reclamar de um trabalho qualquer que eu havia feito.

Justin entrou no quarto de hóspedes irritado e bufando.

- Quando eu penso que você não pode ficar pior você me surpreende se mostrando ainda mais inútil - cuspiu as palavras e eu o olhei sem entender.

- O que eu fiz? - disse assustada.

- O professor de Física deu C para o trabalho do Bryan e sabe o que isso significa? - segurou meu rosto com uma mão me deixando com um bico de peixe - Que você é uma completa idiota que não presta para porra nenhuma - disse olhando profundamente em meus olhos. 

Eu sentia que ele não estava irritado por causa disso e sim por outro motivo. Ele estava descontando em mim sua raiva e eu me sentia idiota por isso.

- Me desculpe - pronunciei em voz baixa.

- Faça essa porra direito da próxima vez - grunhiu e saiu do quarto batendo a porta com força.

Horas mais tarde.

Havia se passado algumas horas e nada de Justin chegar. Eu já havia limpado a bagunça da cozinha á tempos e nesse momento folheava uma revista de fofoca mesmo sem o minimo de interesse. Antigamente eu adorava ler coisas desse tipo mas agora vejo como é algo fútil e vazio.

- Querida? - Pattie veio da cozinha para a sala - Justin não disse mesmo para onde iria? - tirei minha atenção do papel e olhei em sua direção.

- Não Pattie - disse desinteressada.

- Tudo bem então - disse e voltou para cozinha provavelmente voltando a preparar a janta.

Suspirei e larguei a revista e olhei para a televisão desligada. Eu não tinha a minima vontade de assistir nada e na verdade ,eu não sinto vontade de fazer nada. Eu gostaria de poder ficar trancada no quarto o dia inteiro. E mal me lembro da última em que sai de casa.

A porta de frente da casa se abriu e eu nem ao menos me preocupei em olhar para o individuo.

- Isabella venha comigo - se aproximou estendendo sua mão para que eu segurasse e depois de alguns segundos a olhando eu a peguei.

Fomos de mãos dadas até a escada e a subimos indo até seu quarto.

- Faça uma massagem em minhas costas - mandou e foi se deitar em sua cama.

Sem protestar fui até o meu quarto pegar algum hidratante qualquer e voltei para o mesmo o notando deitado na cama de barriga para baixo e sem camisa.

Me aproximei e vi uma tatuagem em suas costas.

- O que é isso? - praticamente gritei colocando a mão na boca demonstrando o quanto aquilo havia me chocado.

- Gostou amor? Eu fiz para você - sorriu ainda deitado - Ainda quero a massagem.

Sentei em suas costas e olhei bem para o meu nome escrito em suas costas. Qual o problema desse garoto?

- Não ,não ,não - sai de suas costas - Porque diabos você fez isso? - passei as mão pelo cabelo e o vi se sentar na cama.

- Por que eu gosto de você - disse obvio - Não entendo o por que de estar desse jeito.

- O simples por que ,Justin. É que você é um ridículo. Me maltrata e me trata como um lixo e depois me aparece com meu nome tatuado nas costas? Ta querendo brincar comigo? - cuspi as palavras.

- Porra garota ,você é uma mal agradecida - colocou sua camisa novamente - Eu fiz isso porque quero te provar que eu posso fazer coisas por você que outro cara jamais faria - disse como se o que saía de sua boca não fosse totalmente doentio.

- Realmente. Nenhum outro cara faria o que você está fazendo comigo! Me tratando como uma cadela sem valor - soltei sem saber da onde havia tirado coragem depois de todo esse tempo para desafia-lo. Mas isso realmente me deixou furiosa ,de repente me tornei alguém importante para ele?

- Eu quero mudar - abaixou a cabeça - Eu não aguento mais ter tanto ódio em meu coração ,ainda mas quando se trata de você - se levantou da cama e se aproximou tocando em meu braço - Eu preciso da sua ajuda - dei uma risada sarcástica.

- E como que eu te ajudaria? Minha situação está pior que a sua e tudo graças a você - o afastei de mim e o vi suspirar.

- Eu vou parar - disse e eu o olhei sem entender - Eu vou parar com essa vingança idiota, eu achei que isso me faria bem mas só me deixou pior.

- Vingança? - disse em voz baixa.

- Sim ,sua idiota - percebeu o que havia dito e respirou fundo - Sim ,Isabella. Você me tratava como um nada e isso me magoou por todos esses anos - suspirei achando aquilo tudo muito doentio para mim.

- E você vai me deixar em paz agora?

- Depende do que você acha que é paz - deu de ombros e foi se sentar na cama - Sente -se aqui - bateu a mão no espaço vazio da cama ao seu lado. Fui até lá e me sentei - Eu não quero mais que fique esse clima ruim entre a gente então você poderá ser livre.

- Livre? - quase sorri com aquilo.

- Depende do que você acha que é ser livre - riu e eu bufei - Lhe explicarei como vai ser - deu um pausa agoniante - Você irá namorar comigo!

- O que? É assim que eu vou ser livre? - me levantei.

- Ei ,não é para tanto. Você poderá viver sua vida normalmente mas terá que namorar comigo.

- Você disse que iria parar com isso - disse derrotada.

- Eu irei mudar a forma como te trato. Antes te tratava como uma "cadela sem valor" como você disse e agora irei lhe tratar como minha garota como a minha mulher.