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História Sui Generis - Dependência


Escrita por: markie

Notas do Autor


Oi! Trago o capítulo que acabou de sair do forno -q
Me avisem se encontrarem algum erro, certo?
Boa leitura!

Capítulo 3 - Dependência


As férias haviam terminado, logo estavam os dois garotos rumavam o colégio numa região afastada de sua morada. Voltaram à rotina monótona de pegar o ônibus juntos e descerem no ponto final, ainda tendo quinze minutos de caminhada. Era algo cansativo de se fazer todos os dias, mas existia o estímulo de estarem no último semestre.

Quando adentraram os portões, dez minutos adiantados, se dirigiram até o bebedouro para suprir a sede, e então estacionaram escorados próximo do refeitório a espera do sinal para assim se acomodarem em suas cadeiras adjacentes, que naquelas novas circunstâncias demandaria mais cuidado por ambas as partes.

Mas como conter o brilho no olhar que ambos expressavam sem querer? Como segurar os sorrisos curtos de surgirem quando se olhavam? Como conter a mão de atingir a alheia e então lhe fazer um carinho suave, sussurrando que estava presente, transmitindo então um tipo de confiança?

Mark não queria pensar naquelas coisas quando estava tão bem com Jinyoung.

De longe seus olhos captaram uma movimentação na secretaria, talvez uma mãe revoltada e preocupada com seu filho ou filha estivesse impondo seus quereres aos rabugentos senhores responsáveis.

E assistindo a cena, a Sra. Park lhe veio à mente. Repentinamente estranhava as ações de sua mãe, percebendo que ela não estava sendo a mesma sorridente de sempre, e que constantemente demonstrava uma feição esquisita nos últimos dias. Até mesmo tentou questioná-la, mostrar-se preocupado, porém teve que se contentar com um “está tudo bem”. Só que ainda insistia, algo estava errado com ela, e Jinyoung compartilhava da mesma opinião.

— Jinyoung! Jinyoung! — uma voz despertou-lhe de seus pensamentos, não tardando para ver um garoto magro correr até seu irmão que estava ao seu lado mexendo no celular. — Por favor me diga que fez a tarefa que a professora de história passou na última semana de aula! — pelo que podia se lembrar, as pessoas o chamavam de Bambam.

— Hum… — o moreno ponderou, como se tentasse se lembrar se havia feito ou não. — Eu acho que até fiz, mas eu não estou com o caderno hoje. Você tem aí, Mark? — o olhou, vendo-o balançar a cabeça positivamente.

— Por favor hyung, me deixe ao menos tirar uma foto! É minha segunda aula, só tenho a primeira para fazer. Por favor! — o garoto juntou as duas mãos, parecendo suplicar, enquanto se mostrava afobado. Mark então concordou e retirou seu caderno da mochila, entregando ao menino que rapidamente fotografou as questões respondidas. — Meu deus, muito obrigado mesmo! Fico devendo essa, de verdade. Obrigado. Pode deixar que vou mudar as respostas. — agradeceu aos dois, mesmo que somente Mark ajudara, e então retornou ao seu grupinho de amigos que se agitaram sabendo que não ficariam sem nota.

— Ele deve ter se divertido bastante nas férias para não fazer cinco questões. — O de cabelos platinados comentou risonho enquanto fechava sua mochila com seu caderno dentro. — Não acha?

O Park mais novo apenas concordou com a cabeça, aparentando-se um pouco longe mentalmente. Era outro que, além de sua mãe, estava estranho e que mesmo se mostrasse importância pelo seu estado, recebia respostas que o faziam recuar. Mark tentava muito entendê-los para fazê-los melhor, mas nada que conseguia concluir fazia sentido. Até que desistiu de perguntar e deixou-lhes à vontade para desabafar quando quisessem.

O sinal estridente soou pelo enorme pátio, simbolizando a permissão dos alunos às suas determinadas classes. As escadas lotaram-se de meninos e meninas, ocasionando rapidamente um bulício. Todos estavam agitados pelo reencontro depois de semanas, por isso era impossível não existir tanto falatório em um só ambiente.

Chegaram à sala 14, e sem pressa sentaram em suas cadeiras na fileira da janela. Parecia que todos marcariam presença no primeiro dia de retorno, até mesmo aqueles que costumavam faltar bastante.

Talvez por carregar uma grande mania de organização, não tardou para que o primeiro professor chegasse e cumprimentasse a classe. A semana estava começando, e mais uma vez abririam o caderno para as anotações, e dariam início de vez a mais seis meses.

xxxx

Quando os meninos retornaram à casa, encontraram um bilhete acima da mesa dizendo que a Sra. Park havia ido pagar algumas contas, mas que havia deixado o almoço preparado acima da bancada. Afoitaram-se a ver, pois estavam quase implorando por alguma refeição decente, e vindo de sua mãe, até a mais simples se tornava algo magnífico. Encontraram tudo morno, então se apressaram a se servirem e degustarem.

Após encherem os estômagos, respiraram fundo e deixaram tudo limpo para que quando sua mãe voltasse não tivesse afazeres. Em seguida, foram deixar seus materiais no quarto e assim conversarem brevemente sobre a manhã. Jinyoung começaria ser deixado sozinho nas tardes de segunda e quarta por conta do curso do irmão, então em sua mente planejava alguns passatempos. Talvez leria seu livro largado há meses ou ainda mexesse no próprio computador.

Bom, o computador de fato lhe pareceu interessante, principalmente para uma pesquisa acerca do que encontrara no quarto. Estava inquieto sobre aquilo, tão agitado que por pouco transparecia seu pânico. Não queria estar certo sobre o que pensava, não queria sequer imaginar o que poderia acontecer se aquilo fosse real.

Por isso deixaria o Yi-En sair às ruas sem problemas, afinal, seria uma hora e quarenta de curso e logo ele estaria de volta. Nada demais poderia acontecer nesse tempo, certo?

— Jinyounggie, você viu minha apostila? — o mais velho indagou, acabando de fechar um dos armários que tinham no quarto lotado de revistas, livros, cadernos e até alguns mangás.

— Se você não deixou no armário eu não sei. Já olhou debaixo da cama? — virou-se para ele, encontrando-o se levantando do chão.

— Já.

— Então eu realmente não sei. — mordeu o lábio inferior, pensando mais possibilidades de onde a apostila do irmão estaria. — Talvez a mãe tenha pego pra dar uma olhada e deixado no quarto dela? — apoiou-se no rack.

— Ah não! — respondeu alto. — Me lembrei, está na minha outra mochila. — Mark caminhou até o guarda-roupas e de seu fundo trouxe uma mala que sim, estava o que procurava. — Mas obrigado mesmo assim. — sorriu, arrumando-se e olhando pela última vez no espelho. — Estou bem assim?

De certo, para Jinyoung, tudo que Mark trajasse ficaria perfeito. Até mesmo um simples allstar, uma calça jeans clara e uma camisa verde combinaria com seu tom de pele e causaria uma incrível harmonia. Em vários momentos perguntou-se da razão do mais velho não realizasse algum teste para modelo. Ele tinha estaturas agradáveis, médias, que talvez lhe moldariam para a carreira.

Porém o que ele queria seguir era algo mais complicado, algo como medicina ou um campo próximo. Quem sabe ainda não cogitasse ser um veterinário? Logo as provas dariam início e não apenas ele, como Jinyoung teriam que decidir o que cursar na faculdade.

— Você ainda pergunta? — soltou com humor, assistindo os lábios do descolorido repuxarem um sorriso curto antes do próprio se aproximar. — Está perfeito.

Jinyoung, daquela proximidade, pôde sentir a presença da colônia alheia, aquela que tanto agradava seu olfato. Os olhos do menor fixaram-se aos seus, transmitindo-lhe num passe de mágica as borboletas que dançavam em seu estômago, os batimentos acelerados e a coloração distinta em seu rosto. A destra do rapaz segurou seu rosto pelo queixo, e dessa forma não impediu seus lábios de se colarem e compartilharem um beijo suave.

Ainda que suas línguas se encontrassem, eles não sentiam a ânsia de subir a outro nível, aquele ritmo estava sendo o suficiente. Os dedos de Mark tocavam a nuca do moreno, acariciando os fios que terminavam ali, enquanto Jinyoung não tocou nada mais que suas costas. Na verdade, em um cantinho de seu âmago, fazer aquilo à mercê de quem aparecesse na porta lhe fez inseguro, e aliviou-se ao vê-lo descolar suas bocas.

Mark sorriu para ele, agradeceu, e pegou seus materiais antes de sair. Agora era sua chance de tentar saber mais sobre aquele ponto que encontrou em sua cômoda.

xxxx

— Você acha mesmo necessário, pai? — a sra. Park, ou apenas Soyoung, perguntou, notavelmente afetada pelas palavras do homem. Usou da cadeira mais próxima para repousar seu peso, esperando uma resposta pela linha do telefone.

Foi o único jeito que encontrei mais seguro… É que você não estava aqui para ver, Soyoung… Vamos apenas tentar, sim? Eu posso estar equivocado, mas também posso estar certo.

— Está bem. — soltou após um suspiro, derrotada. — Mas que, por favor, você esteja errado.

xxxx

Quando retornaram da escola numa quarta-feira, estranharam o almoço reforçado que enchia a mesa, igualmente ao silêncio da casa. Deixaram seus calçados na entrada e com a cabeça inclinada, procuravam por alguma alma que pudesse lhes responder algo. Porém, bastou chamarem por sua genitora, que lá estava ela, toda sorridente.

— Meninos, vocês finalmente chegaram! — ela os cumprimentou com um beijo em cada bochecha. — Meu irmão está aqui!

Os irmãos se entreolharam confusos pela visita repentina, já a distância entre onde moravam e de onde seu único tio era gigantesca. Largaram suas mochilas pela sala mesmo e adentrando mais na casa, puderam encontrar o homem de meia idade com um sorriso estampado no rosto.

Foram muitos anos sem terem notícias de Junghee, que hoje morava na Inglaterra com sua esposa, da qual souberam estar grávida. Jinyoung observava ele e sua mãe sentados à mesa com atenção enquanto desfrutavam da macarronada que a mesma decidira preparar, sem saber ao certo como se portar na frente deles com algo que lhe incomodava tanto.

Não conseguia simplesmente esquecer-se daquela escuta que vivenciou seu quarto por sabe-se lá quanto tempo, apenas tendo a certeza que foi colocado em suas férias. Afinal, quem e por que havia posto aquele tipo de coisa? A única pessoa possível seria sua mãe, mas não poderia acreditar que seria capaz de fazer algo do tipo, caso contrário já teria sido questionado há muito tempo.

Deixou sua mente vagar por suspeitos, mas ninguém parecia adepto de realizá-lo. Isso inquietava ainda mais seu interior, porque a dúvida e o medo do que o futuro lhe aguardava era presente demais para que pudesse ignorar. Talvez algo estava mesmo para dar errado como sentira semanas atrás.

Uma mão pousara na coxa direita de Jinyoung, e virando sua cabeça para o lado, viu o olhar indagativo de seu irmão. Apenas sorriu para ele, tentando passar a confiança que infelizmente estava tão abalada dentro de si. Naquele momento tudo que desejava era que Mark permanecesse consigo pelo dia inteiro e que tentasse acalmar seu coração que batia desesperado por alguma sensação ruim.

Mas não poderia simplesmente intervir nos assuntos do irmão mais velho, não o impedindo então de sair atrasado para seu curso de francês. De longe seus ouvidos ainda captavam diálogos que os dois adultos trocavam, mas não os identificava com nitidez, apenas sabia que os dois conversavam.

Bastou que Mark saísse para que a confusão começasse.

— Filho? — a mulher dona de cabelos escuros apareceu no quarto, o encontrando deitado na cama. Vê-la fechar a porta não lhe causou conforto. — Eu queria conversar com você.

O moreno sentou-se no colchão, dirigindo seu olhar ao dela, não obtendo sucesso em enxergar algo detrás de suas íris castanhas. A feição de sua mãe estava a mais indecifrável possível, sequer descobrindo seu humor. Optou por deixá-la à vontade para iniciar seja lá que conversa fosse.

— Primeiro de tudo, eu quero que seja sincero comigo. — os batimentos do mais jovem ritmaram a uma agitação, como se estivesse corrido por vários minutos e ficado sem fôlego. — Depois, vou pedir para que fique calmo, tudo bem? — ele assentiu com a cabeça, incapaz de soltar alguma palavra por sua garganta. — Ok. Agora eu vou ser objetiva. — respirou fundo, como se a própria se encorajasse. — Que tipo de amor você sente pelo seu irmão?

Assim que escutou, ponderou alguns segundos, sem saber o que responder. Seu peito subia e descia à medida que tentava encontrar uma resposta que fosse satisfatória.

— Sei lá mãe, eu só o amo normalmente. — devolveu confuso por tantas coisas estarem em sua cabeça. O que ela queria dizer com ‘que tipo de amor’ e o que ela esperava ouvir? — Por que isso de repente?

Os olhos de Soyoung se fecharam, deixando que sua boca escapasse a frase que atingiu Jinyoung em cheio.

— Porque eu vi e escutei, Park Jinyoung. — o encarou novamente. — Você e seu irmão… Desde quando fazem isso pelas minhas costas? Você sabe o quão errado isso é, não sabe?

Presenciar seu tom alterado era a pior coisa que poderia vivenciar sozinho. Sua mãe poderia ser muito gentil e calma, mas quando resolvia ser firme em sua palavra, destruía qualquer um. E exatamente por essa característica que o interior de Jinyoung ardeu fortemente, como se estivesse sido queimado por pecar.

E de certo, pecou.

— Sei, mãe… — murmurou, agora finalmente entendendo a razão da escuta em sua cômoda. Mas ver? Existiria alguma câmera escondida ou disfarçada dentro de seu quarto? E outra, de onde viera tanta certeza para investigá-lo daquela forma? Foi então que se lembrou de seu avô, nada mais que um ex detetive da polícia.

— Como você pôde fazer isso comigo, Jinyoung? Eu sentia tanto orgulho, tanta coisa por vocês e simplesmente me aparecem com essa… Cachorrada. — instintivamente enfureceu-se ao ouvir claramente a palavra escrota dos lábios de sua genitora.

— ‘Cachorrada’? — repetiu incrédulo, sentindo inúmeros sentimentos mesclando-se em seu coração. De repente até decepção atingiu-o. — Que ótima palavra pra descrever.

— O que quer que eu diga? Que era a coisa mais perfeita do mundo? — ergueu-se, gesticulando. — Vocês dois transaram! Exatamente debaixo desse teto! Vocês não tem nojo?!

— Não mãe, não temos nojo, mas sabemos que é errado! Afinal em todo bendito lugar está bem estampado que incesto é algo prejudicial… — concentrou-se em manter seu tom de voz firme, porém fracassou assim que seus olhos arderam. — Mas vimos que era inevitável… Nós… Não conseguimos controlar.

A dona Soyoung respirou fundo, andando inquietamente pelo piso gélido. Não era apenas a cabeça de Jinyoung que estava uma bagunça, mas a sua também. Sequer conseguia pensar direito com tantas informações, tantas cenas, tantas vozes em sua mente. Seus próprios filhos em uma relação tão íntima como aquela… Ela não poderia aguentar algo como aquilo dentro de sua casa. Além de irmãos, ambos eram gays.

— Me escute filho… — respirou fundo novamente, contendo as lágrimas dentro de seus olhos enquanto pegava o rosto do garoto com as duas mãos. — Você sabe eu sempre desejei o melhor pra você, não sabe? — engoliu saliva, vendo o mais jovem quieto. — Não sabe, Jinyoung?!

— S-sei mãe… — tremeu ao pronunciar, sentindo aquelas gotas salgadas deslizarem por suas bochechas, temendo o que ela poderia fazer.

— Lembra quando me dizia que queria dar a volta ao mundo? — ela sorriu, porém não demonstrava felicidade, e sim algum tipo de loucura ou desespero estampado em seu semblante. — Você pode começar fazer isso, filho… Eu já preparei tudo pra você. O titio vai levar você pra Inglaterra e você vai começar cursar música! Não era o que você queria?

Jinyoung não conseguia proferir uma palavra sequer, apenas chorava como se tivesse retornado ao seu nascimento. Não se importava em derramar lágrimas por algo que lhe receasse tanto. Estava ouvindo de sua própria mãe que seria mandado embora para outro país, onde não sabia nada além de ser a residência de seu tio. Estava sendo mandado embora por simplesmente amar. Estava sendo julgado por ter sido feliz ao lado do Yi-En.

— E-eu não quero mã-mãe, e-eu… — soluçava tanto que alguém que o visse de fora sentiria dó. — Eu não quero deixar você e o Mark aqui! — gritou, expondo sua fraqueza, não contendo nada que poderia.

— Vai ser o melhor pra você, Jinyoung… — a mulher também chorava, querendo abraçar seu filho, mas que este desvencilhou-se de seu toque. — Vamos, ele está esperando.

— Eu não quero! — gritou novamente, correndo das mãos alheias, mas viu que não tinha muitas possibilidades de fuga. Seu corpo atingiu o canto vago entre o guarda-roupas e a parede, onde sua mãe lhe pegou com força pelos braços e lhe arrastou aos prantos para fora do ambiente.

O homem de meia idade estava sentado no sofá, mas que ouvia cada palavra e grito trocado no quarto, e assim que avistou os dois chegando pelo corredor ajudou a mulher a levar o garoto que se debatia até o carro.

— Pare de chorar, Jinyoung! — em vez de tentar cessar seu choro, aumentou-o logo que sentiu os dedos finos atingirem seu rosto com força antes de ser jogado dentro do veículo. — Apenas escute a sua mãe, droga!

O mais jovem se via desesperado e tentou inutilmente abrir as portas do carro. O rapaz tomou o volante e rapidamente estava dirigindo, deixando Jinyoung ver pela última vez sua mãe aos prantos na porta de casa. Gritava, se debatia em busca de liberdade, mas aos poucos se sentia mais fraco, sentia dor de cabeça, sentia uma parte de si mesmo sendo arrancada e levada para longe. Fizera uma outra tentativa em atrapalhar seu tio, mas a forma que lhe repreendeu tirou-lhe a voz.

De repente nem o sol que sorria lá no céu era o suficiente para aquecer seu coração. Nunca imaginaria que acabaria daquela forma uma relação que julgava ser tão bela, queria ainda ter muitos momentos com Mark já que estavam se formando, mas via o impossível bem a sua frente e a dependência em sua próxima esquina, antecedendo então os ataques até que se contivesse na mais profunda e filósofa depressão.

xxxx

Assim que Mark pôs os pés em casa, foi informado que Jinyoung havia saído com seu tio para aproveitar o fim do dia no shopping e até mesmo ficou desapontado por querer acompanhá-los. Sentou-se então na cama e pegou seu celular, discando o número de cabeça, mas que segundos depois ouvira o toque de seu irmão no próprio quarto, estranhando o fato.

A princípio achou mesmo que fosse apenas uma saída comum entre um sobrinho e um tio, mas quando já passava das vinte e três horas se perturbou. Tentou arrancar respostas de sua mãe, mas que nesses momentos ela apenas parecia segurar o choro. Isso apenas agravou mais o estado do mais velho, descobrindo então que… Seu irmão havia ido embora. Ido embora para o bem de todos.

O de cabelos descoloridos não entendeu e cegou-se pela informação, ficando sem chão por longos instantes. Como assim simplesmente ido embora para o bem de todos? Estava errado, ninguém ficaria bem com aquela mudança! Queria Jinyoung de volta, queria compartilhar da sua felicidade momentânea de ir bem na prova oral de francês, queria lhe dizer que o filme que tanto aguardava havia saído e que ele tinha os ingressos, queria simplesmente dizer que o amava novamente.

Porém tudo pareceu enorme demais para que pudesse alcançar. Ele havia se transformado em um miúdo átomo no meio de tantas coisas. Havia ficado frágil, sem o sorriso e a risada de Jinyoung para lhe confortar. Havia restado apenas ele alheio a todo o mundo que lhe cercava.

Apenas ele e sua confusão, que gradativamente virou uma espécie de dependência que sequer áudios e fotografias poderiam suprir. Nada substituiria a presença única, incomum e peculiar de Park Jinyoung.


Notas Finais


Eu verdadeiramente não sei o que dizer sobre esse capítulo. Eu to assim... Mal.
E agora? Terminará assim? Fiquem ligados -q
Obrigada pelos favoritos e pelos comentários! ♥


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