Pov. Lilyan
―aceita uma bebida? - o garçom que passava pela decima ver por mim disse.
Assenti negativamente com a cabeça e ele foi embora. Enquanto eu estava aqui embaixo “largada” ele estava no camarote master com um monte de vadias em volta. Uma vez ou outra ele olhava para mim e levantava o copo em sinal de brinde com um sorriso irônico e cafajeste na cara.
Outro garçom passou por mim e me ofereceu uma bebida, mas desta vez eu resolvi aceitar. Eu não vou mais ficar aqui jogada enquanto ele esta lá com aquele bando de prostitutas vadias.
Ai que ódio!
***
Já havia perdido as contas de quantos copos de whisky misturado com um negocio meio amargo, que eu não sei o nome, que eu já tinha ingerido.
Minha visão já estava meio embasada e eu me encontrava no meio da pista dançando como os outros. Senti uma mão envolver minha cintura e a apertar. Meu corpo logo reagiu. Ficou imóvel e se arrepiou quando colidiu com outro corpo. Uma voz roca.
— Por que a gatinha está sozinha na pista? – Uma voz masculina falou. Engoli seco.
Ele me virou para si. Sua aparência não me era estranha, sua pele era morena e seus olhos verdes. Ele era bonito. O mesmo abriu um sorriso revelando os dentes brancos.
— Acho que você pode resolver esse problema rapidinho. — fiz uma voz de puta para responde-lo.
Ele mordeu os lábios e apertou minha bunda. Gemi.
— tenho certeza que esse e muitos outros. — passou a mão pela minha nuca os dedos em meu cabelo unindo nossos lábios em um beijo feroz.
Ele explorava cada centímetro na boca de uma forma agressiva. Nossas línguas em uma luta deliciosamente travada. Suas mãos começaram a subir por debaixo da minha blusa. Aquilo era constrangedor, ele parecia não se importar de alguém viria ou não.
Por cima de deu ombro eu procurei o camarote onde Justin estava. Quando o encontrei o encarei fixamente esperando seu olhar cruzar com o meu, e quando isso aconteceu fiz questão de fazer uma cara de quem estava sentindo muito tesão.
Ele me lançou um olhar de ódio fatal. Adorei isso! Desviei meu olhar e voltei a atenção para o moreno na minha frente.
— vamos para um lugar mais reservado? — ele chamou minha atenção.
Somente assenti.
Saímos da pista de dança e fomos para outro ambiente mais calmo. Depois de passarmos por salas mais reservadas entramos em uma porta que dava acesso aos funcionários. Atravessamos um corredor muito mal iluminado, mas com um mínimo de luz eu consegui ver uma tatuagem no anti braço dele.
Minha boca secou e meu coração parou de bater por alguns segundos. A tatuagem que ele possuía em seu anti braço era de um cão e ao redor estava escrito “ El Perro.
Agora fodeu tudo. Essa é a hora que o Bieber vai me matar. Eu preciso sair daqui o mais rápido possível.
Quando chegamos ao fim do corredor ele abriu uma porta que parecia ser um amoche rifado. Não tive tempo de negar, ele me agarrou e tomou meus lábios em um beijo urgente, enquanto suas mãos percorriam meu corpo com desespero.
Suas mãos me suspenderam e fizeram com que minhas pernas se entrelaçassem em sua cintura, deixando assim nossos corpos bem colados. Em um ato bruto ele me prensou contra a parede produzindo um barulho imenso.
Que merda eu estou fazendo? Justin vai me matar se esse homem enfiar o pau em mim. Oh céus, o que eu fui fazer?
Agora eu pergunto. Onde estão os funcionários dessa porra? Eu agradeceria muito se um deles chegasse nesse exato momento.
Lilyan Green, definitivamente você não da uma dentro. Por que você foi escolher justo ele para fazer ciúmes no Bieber? Por que você está fazendo ciúmes no Bieber? Garota, se enxerga ele não quer nada, além de sexo, com você. Ele só gosta da sua vagina.
Fui brutalmente atingida por um choque de realidade quando senti uma das mãos dele adentrar minha calça e apertar minha intimidade. Tentei afastar sua mão, mas foi inútil. Ele começou a tentar beijos mais quentes, mas eu não queria.
Aquilo já tinha fugido totalmente do meu controle. Comecei a tentar afasta-lo do meu corpo, mas ele me agarrava mais. Soquei seu peito e ele socou minha cara, literalmente, ele deu um tapa tão forte que quase virou minha cara do avesso. Tentei recuperar meus sentidos, mas estava difícil.
―ME LARGA. - gritei tentando empurra-lo para longe.
―Não. Quem mandou me instigar? Agora vai ter que ser uma boa menina e satisfazer o papai aqui.
Suas palavras eram sujas e me causavam arrepio de medo e nojo. Sua língua passou pelo meus pescoço enquanto suas mãos apertavam meus seios. Uma lagrima escorreu pelos meus olhos. Eu não estava acostumada com aquilo, o único homem que me tocava era o canalha do Bieber, o toque dele era bom e me trazia sensações boas. Mas aquilo me dava medo e eu só queria o Bieber.
Eu estava pedindo internamente para o Bieber chegar e acabar com a raça desse desgraçado. Não me importo se ele me odiar depois, só não quero que esse homem faça isso comigo.
Ouvi o som do pano da regata que eu estava usando sendo rasgado. As lágrimas desceram mais intensas. O soquei, mas me deu outro tapa na cara. Gritei e chorei. Ele rasgou meu sutiã e apertou meus seios com tanta força que chegou a latejar.
Nesse momento eu escutei um estrondo e a porta foi aberta. Minhas preces foram ouvidas, ele chegou.
―SOLTA ELA AGORA! – A voz de Justin ecoou forte e violenta pelo ambiente.
Foi questão de segundos para ele chegar até nós e arrancar o homem de mim e meu corpo cair no chão. Não pensei duas vezes e corri até ele. O abracei forte, mas ele não retribuiu o gesto. Não liguei e o abracei mais forte ainda. Meu corpo tremia de madeira descontrolada, eu estava descontrolada.
Justin me jogou para um canto e avançou no homem, o fazendo cair em cima de uma das prateleiras que lá havia.
―Qual é a sua mano? – ele disse levantando.
―Eu não sou seu “mano”! – Justin falou entre os dentes.
―devolve minha putinha, porque eu não acabei de usa-la. – ele falou de forma suja. ― se você for um bom garoto te usa-la também, mas só depois de mim ― riu.
―não sou que nem você. Não fico com restos, e também não gosto de dividir. ―Justin falou com raiva.
Senti suas mãos agarrarem meu braço com força e me levantarem do chão. Saímos daquele local e fizemos o caminho inverso até chegarmos a pista de dança. Justin não dizia uma única palavra, somente andava.
Quando chegamos ao exterior da boate ele foi logo para seu carro. Entrei rapidamente, antes que ele desse partida e me deixasse para trás. Com a raiva que ele estava eu não duvido nada.
***
O caminho até chegarmos a casa dele foi estranhamente silencioso. Nem o som ele ligou. Quando chegou na propriedade estacionou o carro e saiu do mesmo batendo a porta com força e me deixando para trás.
Sai rapidamente antes que ele travasse o carro.
Subi as escadas e entrei na casa. Ele foi direto para o bar e pegou uma dose de whisky. Fui caminhando lentamente até o sofá. E sentei.
―Obrigado por me salvar. ― Falei baixo.
―Fique sabendo que só fiz isso pois é a minha obrigação te proteger. ― respondeu grosseiramente. ― Mas parece que você não da valor a isso. ― deu um gole na bebida. ―Francamente, ficar se atracando com um El Perro e ainda por cima capanga do seu irmão. ― bateu o copo sobre o balcão.
Que merda! Agora o Victor vai ficar na minha cola.
―Não sei se você é inocente demais ou é burra. ― balançou a cabeça. ― Bom, agora sobe para o seu quarto e toma um banho bem tomado. Mas bem tomado mesmo. Não quero sentiu o cheiro daquele energúmeno.
Assenti e levantei do sofá.
―Depois eu vou para o seu quarto? ― perguntei baixinho.
―Não. ― foi rude.
Encolhi-me. Eu já estava acostumando dormir ao lado dele.
Que droga! Você não pode se apegar a ele.
―Quem sabe amanhã eu te chame. ― deu de ombros.
Abaixei a cabeça e caminhei na direção das escadas. Antes que eu começasse a subir ele me chamou.
―Garota. ― olhei para trás. ― Depois do banho vai para o meu quarto. ― assenti e tentei reprimir um sorriso.
Subi as escadas correndo e entrei no “ meu” quarto.
Pov. Victor
Estava em minha sala observando o movimento da boate pelo vidro quando o telefone começou a berrar em cima da mesa.
― Alô?
―chefe, tenho noticias sobre a sua irmã! - Jason disse no telefone e eu sorri.
― o que você tem de interessante para mim?
―Eu a vi hoje , em uma boate um pouco afastada da cidade. – que petulância dele, esta exibindo meu pode de ouro por ai. ― ela estava com o Bieber! -ele completou. Isso já não era mais novidade para mim.
―muito bom Jason. se essa informação for verdadeira você ganhara uma gratificação por isso.
―obrigado, senhor. ―desliguei o telefone o jogando no sofá.
Se ele não quer devolve-la por bem? Irei ter que pega-la por mal.- ri com meus pensamentos.
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