POV. Anastásia
“- não minta para mim Anastásia. Eu sei muito bem que você só esteve em Seattle nos últimos seis meses. “
Eu não podia está acreditando, aquele cretino do Adam andou fuçando na minha vida. Isso não é nada bom, se ele descobriu que eu só estive em Seattle nos últimos seis meses ele deve ter descoberto mais coisa. DROGA, DROGA , DROGA. Justo agora que eu já tinha conquistado a confiança da maioria, ou melhor, espantado a desconfiança da maioria. Isso não seria nada bom para meus planos.
- Droga Adam, eu te odeio. – estapeei a cama. Eu tenho que tira-lo do meu caminho, se ele estiver por aqui àquela ratinha estará protegida. - Tenho que dá um jeito nele o mais rápido possível.
Ouvi o celular tocar, fui tateando a mão pela cama até pega-lo. Olhei no visor rapidamente e vi que o numero era restrito, joguei o celular de novo na cama. A pessoa era insistente, então resolvi atender, não estava a fim de ficar mais irritada.
- Alô?
- pensei que não iria me atender… - uma voz roca disse do outro lado da linha.
- Eu acabei de acordar. – menti. Já estava acordada a um bom tempo.
- eu vou ser direto… a garota já esta com você ? – ele disse firme
- a-a-ainda não… - estremeci.
- eu não estou de brincadeira. – ele disse meio rude. – você esta sendo paga para isso, você voltou para isso.
- eu tenho tudo sobre controle.
- você esta dizendo isso a duas semanas, e até agora não estou vendo resultados. Você já teve chances demais.
- eu tenho tudo sobre controle. Eu te garanto. – disse tentado contornar a situação para ganhar mais tempo. - eu te peso só mais duas semanas, e ela estará em suas mãos.
- eu já estou perdendo a paciência com você. Esse é seu ultimo prazo. - concordei. – não vou sair perdendo nessa historia, tenho outros cães atrás dessa coelhinha, ela não me escapa. Que ganhe o melhor. – ele desligou antes que eu pusesse perguntar quem eram as outras pessoas que estavam atrás dela.
Joguei o celular com força no chão, ele provavelmente deve ter se quebrado em vários pedacinhos. O que aquela garota tinha de tão especial? O que ela tinha para homens poderosos matarem e morrerem por ela? Uma garota que a meu ver não tinha nenhum atrativo, mas aos olhos deles tinha tudo.
A campainha tocou, pensei em ignorar, mas a pessoa era insistente e a tocava incansavelmente.
- JÁ VAI! – gritei irritada já levantando da cama e indo em direção à porta. Abri sem vontade nenhuma, mas estremeci quando vi a pessoa que estava de pé do lado de fora. - v-você ? – disse com a voz meio falha por conta do medo.
- sentiu minha falta? – ele disse com um sorriso de lado me olhando de cima embaixo.
POV. Lilyan
Estava jogada na cama do Justin enquanto enrolava e desenrolava o cordão em meus dedos. Ele estava andando de um lado para o outro do quarto falando no celular com uma pessoa que eu não sei dizer quem era. Ele parou em frente à parede de vidro que havia de frente para cama, depois de alguns minutos ele desligou jogando o celular na cama e entrando no banheiro. Depois de algum tempo ele saiu com uma toalha enrolada na cintura e tirando o excesso de agua dos cabelos.
- quando eu estava em Nova York fui a um chá de senhoras. – disse quebrando o silencio que estava entediante. Ele apenas resmungou indo para o closet. - e conheci uma mulher que sonha em ser sua sogra… - ri fraco. Ele apareceu na porta do closet com o cenho cerrado ajeitando a boxer.
- eu pensei que você fosse órfã… - ele sorriu. O encarei incrédula, era isso mesmo que eu havia ouvido? Ele quis dizer que se minha mãe fosse viva ela seria sua sogra?
- não… quer dizer sou. Mas eu não estou falando da minha mãe. – apoiei os braços na cama o encarando.
- não?! - ele perguntou com uma expressão de “interrogação” e um sorriso semicerrado enquanto colocava uma calça. Neguei. – então de quem você está falando. - ele caminhou até a cama colocando os braços um de cada lado do meu corpo enquanto me encarava.
- É sobre uma tal de Caroline. - ele me olhou confuso. Eu não ia sossegar enquanto não soubesse quem era essa Caroline, e por que sua mãe era tão esperançosa em vê-lo junto com ela.
- não sei de quem você está falando. – ele disse com um sorriso de lado. O encarei. – foi tanta Caroline, que até perdi a conta – ele disse pegando a blusa que estava em cima da cama. – você precisa ser mais especificas. – ele vestiu a blusa.
- tá bom, vou ser mais especificas. Ela provavelmente deve ser uma daquelas princesinhas mimadas que tem tudo e todos a hora que quer, deve ser a rainha do colégio, mas provavelmente vai ser igual a mãe dela, uma dondoca mal amada pelo marido e para satisfazer seus desejos vai estourar todos os cartões de créditos dele e vai ter um caso com o motorista. – disse o encarrando. Ele me olhou e cai na risada, uma risada descontrolada. – por que está rindo? – perguntei confusa.
- eu já sabia quem era ela. – ele riu ajeitando os cabelos em frente ao espelho. – você só esqueceu-se de dizer que ela é muito gostosa. - ele me olhou rindo. Peguei a jaqueta que estava em cima da cama e taquei nele com o máximo de força que consegui, mas ele conseguiu desviar e veio até a mim. – ela foi só mais uma, assim como as outras. – ele deu de ombro.
- eu também só fui mais uma? – o encarei, ele fez o mesmo.
- se você fosse “só mais uma” eu estaria transando só com você? - ele olhava em seus olhos fixamente, ele umedeceu seus lábios e em seguida os uniu ao meu em um beijo rápido seguido de um mais longo e intenso. Aquilo não era a declaração mais romântica do mundo, mas era uma declaração- pelo menos a meu ver.
O celular dele começou a tocar fazendo com que nós nos separássemos. Ele o pegou e atendeu.
- Salve Bieber! – ouvi uma voz masculina do outro lado da linha.
- chora pra mim. – coloquei o celular no viva-voz para escutar a conversa também – não sou nem um pouco folgada.
- eai, a festinha para saldar a nova membra do the Bizzle ainda esta de pé? – olhei confusa para ele.
- obrigado por estragar tudo Chris! – ele me olhou.
- ela está do seu lado? – Justin somente resmungou. – foi mal mano. – ele se desculpou. – pelo menos ela não sabe que vai ganhar uma… - justin resmungou para ele ficar quieto.
- eu ainda estou ouvindo Chris. – me intrometi.
- ah, oi Ly… foi mau ai. - ele desligou.
- por que eu não poderia saber? – me levantei ficando de joelhos na cama e o encarei com as sobrancelhas arqueadas.
- Adam pediu para que fosse assim. – ele deu de ombro. – vai entender. – ele se aproximou pegando o seu cordão que estava em meu pescoço e em seguida o colocando. – você não vai se arrumar? – ele me encarou. Assenti e rumei para o banheiro. Tomei uma ducha em tempo razoável. – não foi demorada nem rápida, e sai enrolada na toalha. – estou te esperando lá em baixo. – assenti e rumei para meu quarto - o que ficava minhas coisas.
Abri o guarda roupas e peguei um short de couro na qual tinha um detalhe de fecho do lado e uma blusa xadrez tartã. Vesti uma lingerie preta e em seguida vesti a roupa, fui até o banheiro aonde seguei meu cabelo e o penteei, fiz uma maquiagem rápida escurecendo um pouco os olhos e dando um destaque especial para a boca. Encarei meu reflexo no espelho e estava perfeito. Voltei para o quarto e calcei um sapato de salto alto preto gladiador com pequenos detalhes dourados na frente, o que combinava com minhas correntinhas- que eu sempre usava. Olhei mais uma vez no espelho, passando a mão pelo coro em seguida pelos cabelos e desci.
Na sala não havia ninguém, estranho, pois Justin havia dito que me esperaria aqui. Corri o olho pelo ambiente e só vi a porta do escritório entreaberta.
- Justin?! – o chamei
- venha até aqui. – a voz veio de dentro do escritório. Caminhei até a porta do mesmo. – entre. – entrei meio receosa, ele estava encostado na mesa de braços cruzados, me aproximei dele meio que desconfiada.
- por que me chamou aqui? - perguntei receosa, depois que eu roubei o dinheiro nunca mais entrei aqui- pois tinha jurado pra mim mesma que não entraria e olha que ironia, estou aqui. Ele pegou uma caixa aveludada azul escuro na mesa.
- chega mais perto. – obedeci e cheguei ficando entre suas pernas. Ele abriu a caixa revelando uma pulseira maravilhosamente linda, ela era de ouro e brilhantes, nos espaços entre os brilhantes havia a sigla TB dentro de um curinga, era realmente perfeita . Ele a pegou nas mãos. – me de seu braço. – estendi o mesmo para ele. Ele abriu a pulseira e a colocou no meu braço. – agora você é uma de nós. – ele me encarou e sorriu fraco.
- Serio? – ele assentiu.
- poucos são dignos de ser um dos Bizzle, para isso você tem que passar por uma prova de fogo. E ela ser aceita. - ele explicou.
- e qual foi a minha? - perguntei. agora eu estava curiosa.
- muitas, sem ao menos perceber. A maior delas foi ter conseguido me roubar. – ele riu pelo nariz. - Mesmo eu ainda estando puto com isso, eu tenho que admitir que foi uma proeza e tanto. – ele me olhou sorrindo fraco, fiz o mesmo. – você quebrou a confiança que eu tinha em você… - abaixei a cabeça. Eu havia errado, e isso eu admito, mas só de ouvi isso dele me entristecia de imediato. - … mas a renovou quando mostrou que está disposta a dar sua vida por seus amigos, por quem você ama. - ele levantou meu rosto fazendo com que eu olhasse naquela imensidão cor de mel. – mostrou isso quando me roubou para salvar uma amiga. Não abandonou um amigo quando ele precisava de ajuda, se dispondo a morrer com ele e lutando até o fim. E, maiormente quando se despois a dar sua vida pela minha, quando eu estava totalmente desarmado… indefesso. – ele acabou de ajeitar a pulseira em meu pulso. – está satisfeita com os motivos? – assenti e balbuciei um “ obrigada” seguido de um “ eu te amo”. Ele sorriu me puxando para mais perto enlaçando os braços em minha cintura e selando nossos lábios em um beijo intenso, cheio de paixão e desejo. . Eu não sabia que palavras tão bonitas poderiam sair da boca do Bieber, e também não sabia- ou não conseguia acreditar- que eu era igual a eles. Eu que a dois anos atrás levava uma vida normal, certinha, clichê, que sonhava em virar uma bailarina de sucesso, hoje , a partir de hoje viraria uma criminosa.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.