Pov. Justin
Freei o carro rapidamente assim que o carro se chocou contra algo, ou alguém. Desci do carro e caminhei até a frente do mesmo, minha visão estava meio embasada e ficou difícil identificar. Abaixei e encarei o corpo caído, era uma mulher.
― DROGA! Só me faltava essa agora! ― passei as mãos pelos cabelos nervoso.
Peguei o pulso dela para verificar, e os batimentos estavam normais. Afastei os cabelos do seu rosto e o reconheci. Sorri, era ela.
De primeiro uma raiva me tomou. Eu odeio quando alguém me desobedece, e como ela teve a audácia de me desobedecer? Mas depois a peguei nos braços e levei até meu carro. A coloquei deitada no banco de trás, entrei no mesmo e sai cantando pneu.
Depois de alguns minutos cheguei em casa. Estacionei o carro bem em frente a escadaria principal e sai calmamente do carro, logo depois a tirei nos braços. Entrei na casa, a coloquei no sofá e analisei seu estado. Até que não estava mal, havia algumas esfoliações nos braços e perna, mas nada grave e um pequeno corte no supercilio.
―Derek! – chamei um dos seguranças.
Em poucos minutos ele estava do meu lado.
―sim, senhor Bieber!
―está a garota? - apontei para ela. Ele assentiu. ― ela fugiu daqui essa noite.
― isso é impossível, senhor.
― esta me chamando de mentiroso? ― o encarei.
― não, senhor. ― abaixou a cabeça.
― eu quero saber o que vocês estavam fazendo que não viram ela fugindo – ficou em silencio. ― ela foi atropelada, sabia? ― negou.
Omiti a parte de que eu quem a atropelei.
– agora faça uma coisa de útil e chame uma das empregadas.
―Elas não estão, senhor Bieber!
―Como assim? Elas deveriam estar aqui a minha disposição. ― bufei. Então chame um medico. ― assentiu e saiu.
A encarei mais uma vez e aproximei-me. Verifiquei seu pulso, estava normal, menos mal, seria um pecado perder uma garota tão gostosa.
―Senhor Bieber. ― virei para ele. – Infelizmente o doutor não está.
―Droga. Então traga o kit de primeiros socorros. – assentiu e foi buscar. ― Não se fazem pessoas competentes como antigamente.
A peguei nos braços e a levei para o quarto de hóspedes. A deitei na cama.
― aqui está. ― Derek entrou no quarto e me entregou a caixa.
― está bem, agora pode ir!
Sentei na beirada da cama e comecei a limpar os arranhões dos braços e pernas. Quando acabei limpei a ralado que tinha em sua bochecha e fiz um pequeno curativo perto do supercilio.
Suas roupas estavam um pouco sujas, por conta da batida, então decidi tira-las. Tirei primeiro o tênis, logo depois abri a calça e comecei a descê-la até tirar por completo. Ela estava com uma calcinha pequenininha, respirei fundo e tentei ignorar. Comecei a subir a blusa até tira-la por completo. Foi difícil me concentrar outra vez, ao ver aqueles seios fartos. Balancei a cabeça e joguei as roupas no chão. Quando ia puxar o lençol da cama a ouvi resmungar.
― você estava acordada, filha da puta? ― falei. Mas não obtive resposta. ― hein. ― a cutuquei.
― Ai. ― resmungou.
― você estava fingindo desmaio, sua filha da puta? ― a encarei.
― não. ―tentou se levantar. ― Ai, você que me acordou.
A encarei com os olhos cerrados.
― então foi você, seu louco. foi você que me atropelou.
― ninguém mandou você andar no meio da rua. ― dei de ombro. ― já que você esta acordada, pode se virar sozinha.
Assentiu e olhou para ela mesma.
― o que você pretendia fazer comigo? ― perguntou assustada tapando o seu corpo, como se eu já não tivesse visto antes. ―você.... tarado. ― descarregou um tapa na minha cara.
― você esta louca, garota? ― perguntei levando uma das mãos até o rosto. ― é isso que da fazer boa vontade para os outros. ― a encarei. ― vai tomar um banho gelado esfria essa cabeça.
― é isso mesmo que eu vou fazer. ―tentou se levantar da cama. ― e você não se aproxime de mim. ― ficou de pé . ― AI! ― exclamou e cai sentada no meu colo.
― hm, mudou de ideia?
― não seja idiota. Minha cabeça dói, e dói muito. AI. ― deitou na cama.
― já vou avisando, não tem medico. Eu liguei mais ele não estava.
― procura alguma coisa, algum remédio dentro dessa maleta.
Abri a caixa de primeiro socorros novamente e procurei por algum remédio. Achei um vidro cheio de capsulas.
― toma. ― despejei meio vidro na mão dela.
― isso tudo não, eu vou morrer desse jeito. ― reclamou.
― seria uma pena, você é muito gostosa.
Ela pegou uma das capsulas e ingeriu. Não fiquei para saber se fez efeito ou não, retirei-me e fui para o meu quarto.
Pov. Lilyan
Acordei com uma pontada na cabeça e a luz do sol, que entrava pela janela, não ajudou muito. Levantei meio tonta e fui até o banheiro, tomei um banho e fiz minha higiene matinal. Vesti uma roupa qualquer de sai do quarto.
Cheguei a cozinha e Lupy estava preparando o café da manha.
― bom dia, Lupy. ― a cumprimentei.
― bom dia, dona Lilyan.
― já falei que você pode me chamar de Lilyan. E eu não sou dona de nada, ultimamente nem da minha própria vida. ― encostei no balcão e coloquei a mão na cabeça, a mesma ainda estava doendo.
― o que há de errado?
― minha cabeça dói. ― resmunguei.
― sente-se a mesa e eu vou preparar um chá para você.
― ok. ―fui até a mesa e sentei.
― bom dia, Lupy. ― ouvi a voz do Bieber.
― Oh, não. ― afundei a cabeça entre minhas mãos.
― toma. ― Lupy entregou o chá.
― obrigada. ― agradeci.
― está melhor? ― perguntou com ironia.
― o que você acha, Bieber. ― falei entre os dentes.
Ele caminhou rindo e sentou-se na mesa perto de mim. Espojou-se na mesma.
― me deixa ver o estrago. ― segurou meu rosto e encarou os arranhões com um sorriso.
― me solta. ― tirei a mão do meu rosto.
― se arruma. ― falou serio.
― hã? ― perguntei confusa.
― de dou dez cinco minutos para você levantar e se arrumar. Se não você vai assim, como esta. ― olhou para o relógio e olhou para mim. ―contando a partir de agora.
Levantei e subi rapidamente para o quarto. Procurei uma roupa na mala e peguei uma leggie preta, um tênis e uma jaqueta. Os vesti e fui para o banheiro arrumar o cabelo e fazer uma maquiagem. Fiz uma que escondesse os arranhões, e deixei os cabelos soltos.
Desci e o encontrei na sala sentado no sofá.
― você demorou quinze segundos. ― falou olhando para o relógio.
― tive que esconder os machucados. ― apontei para meu rosto.
***
Chegamos a garagem e na mesma havia vários carros, um mais lindo que o outro. Ele escolheu um e entrou no mesmo, o imitei e entrei sentando no banco do carona.
― coloca o cinto. ― falou. ― criança tem que andar em segurança.
― você não fala isso quando esta transando comigo. ― o encarei seria. Ele riu. ― para onde e por que esta me levando.
― faço isso para me assegurar que você não vai fugir outra vez. ― bufei. ― e outra, temos que levar comida para a viagem, vai que eu sinto fome. ― olhou rápido para mim e sorriu de lado.
― idiota.
***
Chegamos a uma rua deserta aonde havia poucas casas e pessoas. Ele estacionou em frente uma casa e saiu. Fiz o mesmo. Quando eu ia a caminho da casa ele me prensou contra o capô.
― vou te dar um aviso. Tudo o que você ver e ouvi lá dentro, morre lá dentro, ok? ― assenti. ― ótimo.
Antes de me soltar olhou para a abertura da minha jaqueta, a mesma formava um decote.
― hm, veio preparada. ― falou descendo o zíper. ― gosto assim.
Eu estava só de sutiã por baixo, por que não achei blusa que combinasse. Ele terminou de abrir o zíper e passou a mão pela barriga até chegar ao sutiã.
― aqui não, Justin. ― segurei sua mão. ― estamos no meio da rua. ― olhei para os lados.
Sorriu e tirou a mão. Fechei a jaqueta a deixando como estava. Caminhamos até o interior da casa, Bieber foi na frente. Lá dentro havia vários garotos, todos eu já conhecia, só não sabia o nome de todos.
― Salve Drew! – um deles disse. – Vejo que trouxe companhia! ― me olhou.
―Tá de mulher nova, Bieber?
―Não viaja, Chris. Você sabe que eu não sou de uma só! Sou de varias! – riu
― Aham, sabemos! ― riram.
―Vamos ao que interessa. Qual será o dia?
―Temos um problema. Ele aumentou a guarda depois que você matou os cinco.
―então quer dizer que ele esta com medo? ―Bieber riu. – era isso que eu queria.
Eu sinceramente não estava nem um pouco a fim de ouvir a conversa deles. Sentei num sofá que tinha ali por perto e comecei a mexer no celular. Resolvi enviar uma mensagem para Camila.
“ como estão as coisas por ai?” ― eu
“ nada bem” ― Camila.
“ o que está acontecendo” ― eu
“ Victor esta desconfiando de mim. Ele acha que sou eu quem te ajudou a fugir.” ― Camila.
“ tenho que dar um jeito de tirar dai” ― Lilyan.
“ não rem como, seria muito arriscado. Como você sozinha fará isso? “ ― Camila
“ e se eu conseguisse ajuda?” ― eu
“ como? Virou amiga dos Bizzle agora? Rs” ― Camila
“ não, mas eu deles acho que toparia me ajudar.” ― Lilyan
“ quem seria? “ ― Camila
“ espera e veraz. Acredita e mim, eu vou te tirar daí. “― Lilyan
Ok! Eu fiz uma promessa que eu nem sei como cumprir. Bufei. Olhei para aonde os garotos estavam e comecei a fazer sinais para o Adam de ‘ eu quero falar com você’. Mas o mesmo estava concentrado no que o Ryan dizia, e fui um custo para ele olhar para mim. Quando olhou veio ao meu encontro.
― o que você manda, zangadinha? ― disse quando chegou perto de mim
― preciso de sua ajuda! ― encarou surpreso.
― minha ajuda? Você é mulher do Bieber e me pede ajuda…
―eu não sou mulher do Bieber! ― o interrompi. ― estou mais para escrava sexual! ― prendeu o riso. – é serio, não ria. ― dei um tapa em seu braço, ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Vai me ajudar ou não?
― Vou! O que você quer?
― preciso que você me ajude a salvar uma amiga! ― me encarou
― olha, não sou príncipe encantado para ficar salvando donzelas em perigo. ― riu.
― é serio! ― falei seria.
― ok! Quem seria essa sua amiga?
― ela trabalha na Laser Light..
― vish, já complicou. ―interrompeu-me. ― seu irmão já está bolado que o Bieber te roubou, se eu tirar outra garota será muito arriscado.
― Por favor, Adam! ― falei com voz meiga.
― Ok, vou ver o que eu posso fazer. – sorri batendo palminhas. ― agora só me diz o nome dela.
―Camila! Camila Sant ― assentiu, sorri distribuindo beijos em sua bochecha.
―esta bem. Agora vamos parar antes que o Bieber veja! Não quero quebrar meu acordo.
Assenti me afastando, voltamos para a sala juntos, todos estavam conversando, quando chegamos os olhares se voltaram para nós.
― foram fazer uma rapidinha? ― Chaz disse olhando para Adam e eu.
Sim já havia decorado o nome deles.
― não fale bobagens, Chaz! ― Adam disse se afastando de mim.
Bieber me olhou com a cara fechada.
― Bieber mal começou com a mulher e já é corno! ― Chris disse fazendo os outros rirem.
― Já disse que não tenho mulher nenhuma, Porra. Não faço o tipo de ter somente uma.
― Então, porque não a deixou voltar para a boate? Por que você ainda está com ela? – Ryan questionou
Essa é uma pergunta que até hoje eu estou esperando pela resposta.
― Por que eu simplesmente quero que seja assim. Qual o problema de repetir uma boa foda? ― deu de ombro.
Outra vez a mesma resposta.
―você repetindo uma foda com a mesma mulher varias vezes seguidas? – Chaz disse fingindo espanto. ― conta outra, Drew. Você nunca vez isso a não ser com a Anastásia.
Opa! Quem é essa Anastásia?
― estou vendo que a historia irá se repetir! ― Chris disse me encarando.
Hã? Que historia? Como assim se repetir? Ele já fez isso com alguém antes? E quem era Anastásia?
―Espero que não termine como da outra vez. ― Ryan disse em um tom preocupado.
―Já chega! Chega de tudo isso! Chega de falar dela. Ela não existe mais. Não desenterre o passado. ― Bieber levantou da cadeira nervoso batendo na mesa fazendo todos se assustarem.
Ele foi em direção a saída passando por mim me dando um esbarrão forte. Sabia que tinha feito merda, olhei para os meninos fazendo um gesto negativo com a cabeça e o segui ate o carro.
***
No retorno para casa nenhuma palavra foi trocada somente um silencio absurdo e incomodo tomou conta do ambiente. Ele estava com o semblante fechado. Chegamos a sua casa e entramos, ele nada falou somente subiu para o segundo andar enquanto eu fiquei sentada na sala.
Na minha mente eu tentava compreender o que de errado havia feito. Será que foi uma palavra mal dita, um ato, ou minha simples presença o fazia lembrar do passado? Passado esse que ele não quer lembrar. Essa duvida me consumiam e me deixavam confusa. E se eu for o próprio passado recontado de outra forma?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.