História Summer Love - I knew it would be today

(...)

– Summy, vai lá socorrer Louis. – Harry bateu em meu braço.

– Ele só está bêbado. – Levantei e abri a porta do quarto.

– Ele tá bem?

– Tá sim, só vomitou um pouco no meu chão.

– Bom, vamos comer, depois, eu vou pra casa.

– Vamos lá Louis. – O levei pro banheiro e o ajudei lavar o rosto.

– Como eu vim parar aqui? – Louis ficou me olhando.

– Depois de umas garrafas de vodca, provavelmente.

– Você percebeu que eu estou pelado?

– Sim, você queria transar comigo ontem.

– Nossa, me desculpa.

– Tudo bem, não foi a primeira vez.

– Niall baixou aqui? Porque eu estou com a chave do carro dele.

– Ainda não, mas não quero confusão, então se vesti e vai pra lá.

– Tá, tá. Posso pelo menos tomar café?

– Se vista primeiro. – Voltei pra sala.

– Posso acordar minha garotinha? – Harry fez bico.

– Pode sim. – Fui pra cozinha fazer café.

Arrumei a mesa e ouvi o choro de Geo, logo ela, Harry e Louis aparecerem na cozinha. Nos sentamos, nos servimos e começamos a comer. Harry é todo desajeitado quando vai dar mamadeira pra Gi, ele a suja toda. Parece que nunca cuidou de uma criança, pior que eu nos primeiros meses. Agora, ela já é mais esperta, mama sozinha e é tão bonitinho vê-la mamando, parece uma boneca. Ela é uma bonequinha, minha bonequinha de porcelana. Depois de dar a mamadeira a ela, Harry a deixou sentada em seu colo, brincando com duas rosquinhas, a fazendo se sujar mais ainda. Louis ficou me xingando, dizendo que eu não deveria dar doces para garota, como se eu tivesse feito isso, parece que Harry não se toca. É um abestado mesmo. Geo tem hiperatividade, ela fica "doida" quando come doce, por isso ela só come quando tem alguém aqui comigo. O mais engraçado quando isso acontece, é quando ela fica "conversando" com a gente. Ela fala muito rápido, várias palavras de uma vez, não dá pra entender nada e como a gente não entende, ela fica brava, o que a deixa super fofa. Louis e Harry terminaram de comer e se despediram de nós. Fui tomar banho e claro dar o dela, Geovanna ficou brincando e jogando água pra todos os lados.

Terminei, nos sequei e fui vesti-la primeira, a coloquei um macacão rosa com touca de gatinho e a deixei brincando com a casa da Barbie que Zayn mandou pra ela mês passado e fui me trocar. Coloquei uma lingerie, calça de moletom preta, blusa de manga comprida vermelha e meias coloridas. Ouvi a campainha tocando e fui atender. Deve ser a empregada. Geo me acompanhou segurando suas bonecas pelos cabelos, deixei Rosa entrar e já pedi desculpas pela bagunça do meu quarto. Lógico que ela ficou insinuando que eu havia trazido alguém pra segundas intenções na noite passada, dei risada e disse que foi Louis, mas Rosa continuou me encarando com aquela cara de "danadinha".

Beijei a bochecha dela e fui pra sala com a Geovanna assistir desenho. Ficamos sentadas no sofá enquanto minha pequena gritava o nome do canal que queria ver. Coloquei no que ela pediu e falei pra Geo ficar quietinha, mas ela continuou gritando e cantando a música que a joaninha cantava. Meu celular vibrou, peguei o mesmo e vi que era Louis dizendo que os gritos da loira davam para serem ouvidos da casa de Niall. O avisei que estava tentando fazê-la se calar, mas que não estava dando certo. Ele mandou uma risada e disse que Niall perguntou do barulho, pedi pra falar que o barulho era da vagabunda da namorada dele transando com o vizinho. Ele mandou outra risada e um beijo pra mim e pra minha pequena. Fiz o mesmo e voltei minha atenção a Geo. Ela ainda cantava alto e dançava um pouco. Era fofo, mas ela tinha que ficar quieta antes que Niall aparecesse, se bem que ainda está cedo, ele não tem o porquê de reclamar. Deve estar de ressaca e com a cabeça martelando, isso é um motivo pra reclamar. Uns 10 minutos passaram e Geovanna ainda gritava. Ela estava cantando na verdade, só que bem alto. Me juntei a ela, só que mais baixo.

Rosa apareceu na sala e perguntou se já poderia ir, pois já havia terminado. Assenti e a campainha tocou no momento em que a mesma estava indo em direção a porta. Levantei e fui ver quem é. Antes de abrir a porta, Geo ficou quieta, o que me assustou um pouco. Ela até abaixou um pouco o volume da TV. Está aprendendo a ser educada. Rosa abriu a porta e eu pude ver quem tinha tocado a campainha.

– Dona Summer? – Rosa me chamou, ao perceber que eu estava paralisada.

– Estou bem, pode ir Rosa, obrigada por vir hoje.

– Tudo bem. – Ela saiu de casa.

– O que faz aqui? – Fechei um pouco a porta.

– Não, o que você faz aqui?

– Eu moro aqui. – Sabia que ia ser hoje.

– Mora?

– Há dois anos.

– Então, a menininha que chora todo dia vem daqui? De você? Da sua casa? Incrível.

– Ela chora porque você deixa a droga do rádio ligado no último volume, desocupado.

– A culpa não é minha, não sei os horários que essa coisa tem.

– Ela acorda na mesma hora que você, vai pra escola uma hora depois que você sai pra trabalhar e dorme quando você chega.

– Ah, obrigado. – Ele sorriu. – Se não se importa, a faça chorar menos.

– Ela é uma criança, tenha paciência, e mande Harry se tocar e parar de acordá-la.

– Isso não é culpa minha.

– Ele é seu amigo, dá um jeito.

– Ele vive na sua casa, dá um jeito você!

– Ele não é o único, agora se você não se importa. – Tentei fechar a porta, mas ele a segurou.

– Como conseguiu se esconder de mim?

– Não estava escondida, sou sua vizinha, você só nunca reparou.

– Não, você se escondeu de mim. Por que fez isso? – Ele abriu a porta e se aproximou de mim.

– Sai da minha casa. – O empurrei pra fora. – Eu não fiz nada, só segui minha vida.

– Summy, você seguiu mesmo ou apenas mente pra si mesmo?

– Eu segui, nós seguimos. – Ouvi Geo me chamando. – Já vou, amor.

– Não mente.

– Não estou, eu tenho mais do que fazer do ficar pensando no passado.

– Não é passado, Summer.

– Pra mim, meu presente está sendo bem diferente de como era antes e meu futuro vai ser melhor ainda.

– Você... Tchau, Summer.

– Tchau. – Senti alguém abraçando minha perna. – Oi amor?

– Moço. – Ela apontou pra ele. – Namorado, mamãe?

– Deus me livre. – A peguei no colo. – Ele é só um idiota que veio reclamar do seu choro.

– Moço bonito.

– Aquele é mais. – Apontei pro Louis, que estava na porta da casa de Niall nos olhando.

– Não, ele é chato.

– Seu tio, menina.

– Ele também. – Geo esticou os braços na direção de Niall.

– Não, ele não é nada seu e nunca vai ser. Agora, vamos entrar. – Fechei a porta com o coração na mão.

– Olho igual.

– Só os olhos. Quer pra casa do seu avô?

– Não, quero conhecer o tio.

– Gi, ele machucou a mamãe, ele é mau, entende? Não quero que ele seja seu amigo.

– Por que?

– Ele é mau e você é um anjinho.

– Mas eu queria falar com ele. – Ela abaixou a cabeça.

– Outro dia, pode ser?

– Por que não hoje?

– A gente vai sair.

– Pra onde?

– Preciso falar com seu avô.

– Tá bom. Pega minha boneca?

– Pego. – Abaixei pra pegar o brinquedo.

– Vamos pro vovô. – Ela sorriu.

Coloquei um tênis e nós seguimos para o meu carro. Deixei Geo na cadeirinha e dei a partida pra casa do meu pai. Estava dirigindo às pressas, espero não ser parada e que Geovanna não se assuste, mas ela esta distraída com a boneca, duvido que vai reparar nisso. Dirigi mais um pouco e estacionei na frente da casa. Desci do carro, peguei minha pequena e entramos na casa do meu pai. A coloquei no chão e a mesma correu casa a dentro. Chamei meu pai, ninguém respondeu, então fui para o escritório, onde ele estava com Liam.

– Summer! – Eles sorriram.

– Niall me viu, ele viu ela. – Sentei do lado do Liam.

– Como você deixou isso acontecer? – Papai passou as mãos no rosto.

– Ele bateu na porta lá de casa pra reclamar da cantoria da Geovanna.

– E daí, ele viu? – Assenti. – E agora?

– Ela ficou todo animada, o chamou de “tio” e disse que eles têm os olhos iguais.

– O que pretende fazer?

– Nada, eu não sei o que ele comentou com Louis.

– Liga pra ele.

– Okay. – Peguei meu celular e mandei uma mensagem pedindo pra Louis vir na casa do meu pai, ele logo respondeu que já estava a caminho. – Ele está vindo pra cá.

Fiquei conversando com Liam e ele só sabia me julgar porque eu não contei para Niall sobre minha filha. Eu não queria discutir com Liam, mas acabou rolando uma discussãozinha. Falei que me mudaria já que Niall descobriu da menina e acabei recebendo um “idiota” e fiquei com vontade de bater na cara dele. Olhei para papai e perguntei se poderíamos matar Niall e a prostituta da namorada dele, papai negou rindo.

Levantei apressada e gritei pela Geovanna, esqueci completamente que ela está pela casa sozinha. Corri até a sala e a vi sentada no chão comendo balas de ursinho e assistindo TV. A abracei e perguntei se tudo estava bem, ela ficou balançando a cabeça repetidamente e voltou a atenção a TV. Peguei o saquinho de bala dela e fui atrás de um copo de água. Assim que entrei na cozinha, vi Margo e a empregada conversando, as cumprimentei e peguei um copo. Voltei pra sala e o dei a Geo, ela bebeu tudo tão rápido, que eu não sei como ela não engasgou. Alisei suas costas e pedi que ela ficasse calma, ainda bem que ela começou só algumas balas.

Ouvi um barulho na porta, depois Louis entrando. Pedi pra Gi continuar quietinha assistindo que eu já voltava. Fui até Louis e o levei até o escritório.

– O que Niall disse pra você hoje?

– Calma, devagar.

– Depois que ele me viu, ele comentou alguma coisa?

– Lógico.

– Me diz o que foi.

– Ele perguntou de quem era a menina.

– E você?

– Falei que era sua.

– Tá, tudo bem, mas ele obviamente perguntou quem é o pai e você disse o que?

– Nada.

– Você não respondeu?

– Não.

– Deveria ter respondido! Agora ele vai ficar me enchendo o saco.

– Você que tem que fazer isso.

– Não era pra dizer que é dele, mentia dizendo que eu me casei, sei lá.

– Não, ele saberia que eu tô mentindo.

– Como? Eu espalhava pra fofoqueira do prédio, ai ele ia acreditar.

– Ia nada, Niall não é tão burro assim.

– É sim, eu moro lá faz dois anos e ele não descobriu.

– Porque ele não te via.

– Uma anta.

– Você vive trancada em casa.

– Mentira, eu vivo lá no parquinho.

– Quando ele não tá em casa.

– Mas vivo.

– Mesmo assim, você se esconde dele.

– Mentira.

– Se esconde sim.

– Quem disse?

– Eu.

– Você é um nada.

– Tchau Summer.

– Essa casa é minha!

– Tá, tchau.

– Foi você que mandou ele ir lá em casa.

– Eu? Tá doida?

– Você é desgraçado.

– Para Summer, acha mesmo que eu faria isso?

– Não...

– Então pronto, agora tchau.

– Arruma outro apartamento pra mim.

– Vou ver se consigo.

– Obrigada.

– Tchau.

– Vai embora?

– Vou.

– Tá, manda um beijo pra minha mãe

– Okay. – Ele beijou minha bochecha.

– Tô carente, dá um de verdade.

– Summer.

– Só um rápido.

– Não.

– Liam. – Fiz bico.

– Não, Summer. – Liam falou.

– Você não namora.

– Não vou te beijar.

– Vocês fazem de propósito, só porque eu não vou mais nas baladas, vocês não ficam mais comigo.

– É.

– Interesseiros.

– Isso.

– Odeio vocês. – Comecei a chorar.

– Para de chorar.

– Não. – Levantei e sai do escritório.

Voltei pra sala, peguei Geo e sai de lá. A coloquei na cadeirinha do carro, entrei no mesmo e dei partida pra casa. Cheguei no apartamento e subi pro meu andar. Encontrei Niall parado na porta da minha casa e pedi licença pra que eu pudesse entrar. Assim ele fez e eu me tranquei lá com Gi. A deixei no chão e fiquei sentada no sofá. Ela veio cambaleando até mim e pediu colo. A segurei enquanto encarava a porta. Nos deitamos e nos cobri. Eu sentia Niall atrás da porta, a sombra do seus pés estava na porta. Parecia que ele queria me dizer algo, mas tinha alguma coisa o impedindo. *Queria que ele falasse comigo. Niall, volta pra mim. Vem ser feliz comigo e com Geo. Vamos lá Summy, levanta e abre a porta.

Olhei pra Geovanna, que dormia, deixei minha menina no berço e fui abrir a porta. A abri bem devagar e o olhei, dei espaço pra ele entrar e nos sentamos no sofá.

– Oi. – Ele sorriu fraco.

– Oi...

– Tudo bem?

– Tudo sim e você?

– Tô indo.

– Hum...

– E a menina? Ela tá bem?

– Tá sim, dormiu.

– Hm...

– O que estava querendo hoje de manhã?

– Pedir que ela chorasse menos.

– Ela estava cantando, tem uma doença chamada hiperatividade.

– Imaginei. – Niall suspirou.

– É de família...

– É, então como tá sendo a sua vida?

– Um pouco corrida, mas os meninos me ajudam bastante, principalmente Harry e Kian.

– Que legal. – Seu sorriso demonstrou que ele estava incomodado.

– E a sua?

– Aquela coisa.

– Como vai a Barbara?

– Acho que bem.

– Não fala com ela?

– Falo.

– Já estão 2 anos e meio juntos, certo? – Ele assentiu. – Não pensam em ter filhos?

– Não quero.

– Antes você queria.

– Não com ela.

– Não entendo porque estão juntos, não se gostam.

– É...

– Melhor você ir. – Olhei no relógio do codificador.

– Por que?

– Está tarde, não acha? – Mudei minha atenção pra ele.

– Não.

– Mesmo assim. – Fingi estar aflita.

– Não me quer aqui?

– Não é isso, por mim, você pode ficar.

– Então, eu fico.

– É sério, Niall, amanhã você volta.

– Por que?

– Só vai, sem perguntas.

– Tudo bem. – Ele levantou e acenou. – Tchau.

– Tchau Niall, até amanhã, se você vier aqui.

– Venho sim.

– Geo vai gostar, ela foi com a sua cara.

– Imaginei. – Niall sorriu.

– Tchau. – O levei até a porta.

– Tchau. – Ele me abraçou.

Sorri tímida e ele se foi. Fechei a porta e virei, olhando a sala e continuei sorrindo de um jeito bobo. Parecia uma criança. Fui para o quarto de Gi, a peguei e a levei para meu quarto. A deitei na cama e me sentei ao seu lado. Fiquei alisando seu lindo cabelo loirinho e lembrando de Niall. Deitei bem pertinho de minha pequena, permaneci um pouco acordada, logo dormi.