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História Summertime - Capítulo 7 - Gerard


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


VOLTAYYYYY!!! como vão??? Espero que bem <3
Aqui estamos nós com o segundo POV do nosso querido Gerard! Felizes? Esse capítulo foi feito com muito carinho (como todos os outros) pra vocês!
Como sempre, obrigada pelos novos favoritos e comentários, amo ver que vocês estão gostando da história...
Falando em favoritos e essas coisas, será que conseguimos mais de 20 favoritos até o próximo capítulo?? O que vocês acham? Se quiserem ajudar a alcançar esse pequeno objetivo eu agradeço (não sei como ajudariam, mas okay hauahaua)
Vou calar meus dedos agora e deixar com que vocês leia.
Bjs e boa leitura <3

Capítulo 7 - Capítulo 7 - Gerard


    Suspirei, talvez pela milésima vez e isso não era bom, eu não era um cara de sair se lamentando por aí, mas minha insatisfação era notável a quilômetros de distância, então suspirar não mudaria nada. Só de pensar que em meia hora eu teria de estar naquele maldito colégio, estampar um sorriso mais do que falso em meu rosto e conviver com toda aquela gente, meu humor que já não era dos melhores pela manhã ia de mal a pior.


   Se eu odiava meu trabalho? Com toda a certeza, mas dar aulas para dezenas de adolescentes rendia um salário razoável no fim do mês e dinheiro era algo indispensável… Não que eu precisasse de muito, não queria ganhar montes e mais montes daqueles pedaços de papel esverdeado com grande valor material, mas ainda sim é necessário e só por isso eu tinha me levantado de minha cama essa manhã.


   Eu poderia passar horas pensando nesse maldito emprego, mas eu não iria, eu iria colocar a roupa um tanto formal que se encontrava jogada de qualquer jeito em cima de minha cama e iria para escola fazer meu papel de mais novo professor de artes. Não eram peças que chamavam muita atenção, era apenas uma blusa social preta e uma calça igualmente escura, nada chamativo, mas, mesmo assim, eu me sentia bonito com elas. Me vesti sem cerimônia alguma, apenas cobri meu corpo pálido com elas e, por fim, coloquei um all-star qualquer antes de ir até o espelho mais próximo e ajeitar meus fios negros de uma maneira mais despojada, como eu gostava.


   Donna já havia deixado meu café e meus remédios em meu quarto sem que eu ao menos a pedisse, mas fora de extrema importância, como eu tinha acordado atrasado eu não teria tempo para desfrutar da refeição na presença de minha mãe.


   Comi tudo que estava na bandeja o mais rápido que pude e assim que terminei saí correndo do quarto, mas antes que eu pudesse alcançar a porta a qual dava acesso à rua acabei por trombar com a pequena senhora que, se não fosse por minhas mãos que a seguraram com força, teria ido de encontro ao chão.


   – Oh, meu filho! Onde você pensa que vai com toda essa pressa? – ela falou enquanto se recompunha do quase tombo e arrumava o cabelo que tinha se bagunçado um pouco com o impacto.


   – Trabalhar, talvez? – respondi com meu sarcasmo habitual e impossível de ser evitado, talvez parecendo um daqueles adolescentes revoltados que eu tanto criticava, mas ela apenas riu graciosamente, levando sua mão até os lábios no intuito de esconder os dentes um pouco amarelados com a idade.


   – Eu sei meu querido… Bom trabalho, te espero de tarde com bastante café – não tinha como negar que Donna é minha mãe, ela sabia exatamente como me animar e isso, com certeza, incluía minha bebida favorita.


   – Ah, antes que eu me esqueça… A senhora poderia passar no mercado e comprar algumas coisas para eu cozinhar o almoço amanhã… Tipo… Macarrão! Isso macarrão!… Vegetarianos comem macarrão, né? – novamente ela riu de mim, eu entendi aquilo como um sim, então sorri, pois já não tinha mais dúvidas do que eu faria para eu e Frank comermos no dia seguinte – Te amo, mãe – me despedi dela com essas três pequenas palavras e um beijo no topo de sua cabeça.


   Nem ao menos esperei sua resposta, saí correndo como um louco pelas ruas da pacata cidade em que morava, atraindo olhares desconfiados para minha figura grande e totalmente vestida de preto se movendo com rapidez em uma corrida meio desajeitada e talvez um pouco perigosa, pois a qualquer momento eu poderia tropeçar em meus próprios pés e morrer lá mesmo, no meio da calçada irregular que fazia parte do meu trajeto diário.


   Dez minutos antes que a aula começasse eu adentrei a sala, ofegante e sentei-me naquela cadeira confortável de coloração escura que trazia a mim um certo prestígio dentro do colégio. Nunca pensei que algum dia me sentaria nesse lugar, até porque quando criança eu me imaginava, com vinte e sete anos, desenhando quadrinhos até que minhas mãos não aguentassem mais fazer movimento algum. Pequenos risos escaparam por entre os meus lábios, qualquer pessoa que passasse por aquela porta pensaria, imediatamente, que eu sou louco, mas eu realmente não me importava.


   Saquei meu celular e decidi que escreveria para Frank, eu ainda tinha alguns minutos para gastar com o pequeno. Era engraçado como em cerca de duas semanas ele já tinha, de algum jeito, virado parte de minha rotina, mesmo que não nos víssemos pessoalmente com frequência, mensagens eram trocadas sempre que possível.


   [Terça-feira 10:23a.m.] Gerard: Oi Fronks, como foi a noite? Dormiu bem? … Então, pequeno coelhinho, só escrevi pra te avisar que amanhã você vai almoçar comigo, em minha casa :) eu sei que tinha apenas falado de passar a tarde, mas mudança de planos acontecem :p


   Imaginei seu sorriso quando lesse a mensagem, não era nada demais, mas ele tinha a incrível capacidade de ficar feliz com absolutamente tudo… Oh, o sorriso dele! Era a coisa mais maravilhosa e contagiante que eu já vi em toda minha vida, o jeito que seus lábios se esticam e se tornam um tanto infantis é lindo… Ele é lindo.


   Meu celular vibrou entre minhas mãos, eu já sabia o porque então nem ao menos chequei antes quem era o remetente da mensagem, eu tinha certeza de que era Frank e eu não estava errado.


   [Terça-feira 10:26a.m.] Frank: Bom dia, Gerd! Dormi como uma pedra… pequena, mas ainda assim uma pedra! Já te avisei que os apelidos que você anda inventando tem ficado cada vez mais decadentes? Mas okay, eu posso me acostumar :p. Como assim “avisar”? O verbo certo não seria “perguntar”?


   [Terça-feira 10:28a.m.] Gerard: Ah, mas você tem de admitir que “pequeno coelhinho” é um ótimo apelido, combina com você, é fofo igual! Não, não seria não, eu convidei, a casa é minha e eu sou mais velho, então eu decido :)


   O estridente som que anunciava o começo de minha aula soou antes que eu pudesse receber a resposta de Frank, desliguei o aparelho rapidamente e dirigi meu olhar para os adolescentes que adentravam a sala, cheios de piadas sem graça e sorrisos cínicos… Isso me causava um certo desconforto… Um certo medo totalmente idiota ainda me afligia.


   – Bom dia! – falei alto para que todos os alunos, que já estavam em seus lugares, prestassem atenção em mim – Trouxeram os trabalhos que eu pedi durante a última aula? – esbocei um sorriso tentando parecer o mais simpático possível, a maioria fez um sinal positivo, então me levantei e comecei a andar entre as fileiras recolhendo os trabalhos e quando terminei voltei até minha mesa e passei algumas atividades para eles realizarem durante o tempo restante.


   Comecei a corrigir as folhas que eu tinha acabado de recolher, a maioria estava bem feita e com poucos erros, vez ou outra eu me deparava com trabalhos horríveis, os quais eu quase não conseguia compreender. Mas um trabalho em especial me chamou a atenção, não de uma boa forma, rolei meus olhos já irritado com aquela situação. Lindsey Ann Ballato… Essa garota é realmente insistente! Mas que porra, ela ainda não entendeu que eu não quero nada com ela?! No canto superior de seu trabalho havia um pequeno bilhete que dizia “me liga” com seu número escrito logo abaixo. Era claro que eu não ligaria… Além de ela ser minha aluna e isso ser totalmente anti-ético, eu queria outra pessoa. Eu queria Frank e não ela.

Pensar em Frank, mesmo que por tão pouco tempo, já me trouxe a amenidade. Ponderei sobre pegar meu celular novamente e ver se ele havia me respondido e era exatamente isso que eu fiz, como os alunos estavam ocupados demais eles não se dariam ao trabalho de ver o que seu professor entediante estava fazendo.


   [Terça-feira 10:32a.m.] Frank: Ei, eu não sou fofo!… No máximo sou amável u.u (okay, eu vou almoçar com você)


   [Terça-feira 10:58a.m.] Gerard: Será que você continuará “amável” quando eu estiver por cima do seu corpo, entre suas pernas e você gemendo meu nome?


   Talvez uma das coisas que eu mais gostava de fazer atualmente era, com certeza, falar esse tipo de coisa para Frank. Durante as primeiras vezes ele parecia ficar mais constrangido e mudava de assunto rapidamente, com o passar dos dias ele foi se soltando. Ainda assim ele mudava de assunto, mas não demonstrava mais todo aquele desconforto anterior e algumas vezes chegava até a insinuar uma coisa ou outra, nada que deixasse claro que ele também queria algo comigo como eu fazia de vez em quando.


   [Terça-feira 11:01a.m.] Frank: Não posso te contar isso, mas não se preocupe, você pode descobrir se quiser.


   Eu teria me assustado com sua resposta se eu não tivesse ficado extremamente feliz e até um pouco excitado, aquele pequeno ser era minha fraqueza, só a ideia de poder tocá-lo já me fazia tremer dos pés a cabeça. Minha mente neste momento não poderia começar a imaginar coisas demais, eu estava trabalhando, não seria nada bom eu ter de sair correndo da sala de aula para satisfazer minhas vontades com minha própria mão, coisa que eu andava fazendo com bastante frequência nos últimos dias.


   [Terça-feira 10:07a.m.] Gerard: Oh Frankie… Não me provoca, você sabe que eu estou em aula, não seria nada legal se meus alunos vissem o efeito que você me causa…


   [Terça-feira 10:10a.m.] Frank: … Que efeito que eu te causo, Gerd?


   Estaria eu ficando louco ou ele estava entrando em meu joguinho? O que tinha dado na cabeça desse anão hoje?! Ele raramente me respondia de modo mais atrevido, mas Frank nunca havia feito nada do tipo.


   [Terça-feira 10:12a.m.] Gerard: Como você mesmo disse “ você pode descobrir se quiser”.


   [Terça-feira 10:15a.m.] Frank: Quem disse que eu não quero?

   Decidi que seria melhor parar essa conversa por enquanto, amanhã teríamos bastante tempo para retornar a esse assunto, e nós iremos. Eu estava decidido a assim que alguma chance aparecesse eu iria aproveitá-la, ele não escaparia de mim tão fácil dessa vez, até a noite de quarta-feira eu vou ter experimentado dos lábios daquele pequeno rapaz.


   A cada minuto que eu passava pensando em amanhã minha ansiedade aumentava, minhas unhas já estavam sendo aparadas irregularmente por meus dentes. Roer unha não era dos hábitos mais saudáveis, de jeito nenhum, mas era minha única opção no momento, pois a grande desvantagem de estar preso por bastante tempo em um local fechado era não poder fumar. Um cigarro entre meus lábios e a fumaça entrando em meus pulmões, com certeza, aliviaria tudo, eu necessitava de um urgentemente… Uma xícara bem grande de café também me ajudaria, não seria tão satisfatório quanto a nicotina, mas ainda assim ajudaria.


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   O resto do dia passou de uma forma tão lenta que minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, todas aquelas vozes entravam por meus ouvidos causando muito desconforto, eu apenas queria voltar para casa, tacar-me em minha cama e adormecer. Agora, a grande dúvida para mim era se eu aguentaria muito mais tempo neste emprego, era impossível me imaginar daqui alguns anos fazendo a mesma coisa.


   Saí do colégio às pressas, assim que pisei no exterior daquele presídio educacional tirei meu maço de cigarros do bolso de minha calça e logo acendi um dos pequenos tubinhos brancos que ali estavam.


   O caminho de volta para casa foi a parte mais tranquila do meu dia, como sempre eu observava tudo ao meu redor com cuidado, mas nada merecia minha atenção por muito tempo, então meu percurso foi mais rápido do que o habitual.


   Quando entrei pela porta imediatamente encontrei minha mãe sentada no sofá, em frente a TV, com o café que ela havia me prometido mais cedo em cima da mesinha de centro. Ela trajava um vestido florido de clores claras que a deixava com a aparência totalmente calma, principalmente quando seu sorriso aparecia por causa de alguma aleatoriedade que passava na tela diante de si.


   Se eu olhasse para um espelho no momento eu tenho certeza de que meus olhos estavam cheios de ternura por conta da cena que eu acabara de ver, não era possível que eles não expressassem pelo menos um pouco de tudo que eu sentia por ela, pois era muita coisa para ficar guardado dentro de mim.


   Me aproximei lentamente dela, depositei um beijo em seus cabelos claros, peguei a bebida quente de cima da mesinha e depois me sentei ao lado de minha mãe. Nós não trocamos uma palavra sequer, eu apenas me aconcheguei com ela e lá ficamos até anoitecer, assistindo qualquer coisa que estivesse passando, vez ou outra fazendo comentários sobre alguma coisa estranha que aparecia.


Notas Finais


GOSTARAM??? Eu particularmente amo essa troca de mensagens deles hauahah Frank sendo igualmente safado, AMO!
Como sempre eu estou esperando comentários lindos de vocês <3
Ahh e antes que eu me esqueça, eu tenho uma notícia não muito boa... Semana que vem eu não vou postar, sábado eu vou viajar (viagem de formatura) e só volto quarta, ou seja, não vai dar tempo para escrever :(
Mas me desejem boa viagem, porque como sou meio estranha não sei se vou me divertir muito hauahayah
Bom é isso! Até o próximo, vou sentir saudades... Beijos, manas!
s2


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