Steve subiu as escadas o mais rápido que conseguiu, seus pés vacilaram algumas vezes, porém suas mãos foram velozes e seguraram no corrimão. Ele estava realmente destruído, quando seu corpo invadiu o quarto do casal, a única coisa que veio em sua mente foi - Sumir. O loiro pegou uma mala e apenas jogou a maior quantidade de roupas dentro.
Tony adentrou cômodo quase correndo, suas pupilas estavam dilatadas e ele passava constantemente, as mãos pelo cabelo e rosto.
- Steve, porfavor..não foi culpa minha.- o bilionário encontrava-se realmente desesperado.
- Típico de um playboy. Precisava ainda enviar uma mensagem?.. você tinha que me fazer passar por isso ? - o loiro sentiu gradativamente lágrima por lágrima escorrer por seu rosto.
- Eu não sei de que mensagem está falando..Eu não tenho culpa, ela me beijou.
- Seu canalha! - o arquiteto gritou.
Steve foi possuído por uma onda de raiva súbita, sua mão foi de encontro ao rosto bronzeado do gênio, desferindo-lhe um tapa. Tony pois a mão instantâneamente no lugar onde a agressão foi efetuada.
- Você estava atracado com sua ex-noiva e eu vi.. você saboreando aquela pouca vergonha, você sorriu.
Alguns minutos antes
Steve
Eu estava muito preocupado, essa última semana, com toda a certeza, afeiçoei-me bastante ao Ben, o via como um filho e ele já chamava-me de pai, o que era uma fofura sem tamanho.
Entrei em casa ( sim, eu já havia acostumado chamar aquele palácio de casa ) o mais rápido que consegui, acho que se alguém me visse na rua, iria achar que era um assalto ou algo do tipo, quando abri a porta, a sala encontrava-se meia escura e não consegui ver muito bem, todavia, quando adentrei ainda mais, pude avistar a pior cena de todas, o Tony ..o meu Tony, estava beijando a Pepper, sim.. a Pepper, a ex-mulher dele, e o pior.. quando eles separaram-se eu vi, com esses olhos que a terá há de comer, ele sorrindo.. o meu moreno, sorrindo, bom.. o sorriso morreu no momento que ele me viu.
- Steve! Não é nada disso que está pensando.
Ele afastou a senhorita Potts rapidamente, é.. ele estava desesperado e eu, destruído.
- Que Típico - revirei os olhos - Pena que isso aqui não é uma novela, e eu vi.
Estava tentando ao máximo manter-me calmo. Odeio quando tento ficar calmo, porque simplesmente a raiva toma conta de mim e isso não é bom, não gosto de sentir raiva, por isso logo desisti e pude começar a sentir as primeiras lágrimas escorrerem por meu rosto, enxuguei-as, em vão, rapidamente, e subi o mais depressa que consegui as escadas da residência, quase cai, porém o corrimão me deu o suporte necessário, talvez fosse melhor se tivesse caído, talvez tivesse a sorte de morrer e livrar-me logo desse sofrimento.
Invadi o nosso quarto e peguei uma mala, a maior que tinha, depois joguei uma quantidade considerável de roupas, as que vi pelo menos, porque minha visão estava embaçada devido ao lacrimejamento.
Tony
- Pepper! Porque você fez isso?? O nosso relacionamento acabou faz tempo.
Eu estava realmente aflito, depois que pedi o Steve em casamento, todos os acontecimentos que sucederam foram trágicos, o que deveria ser algo ambrosial, tornou-se de sofrimento sem tamanho e mais uma vez eu o desapontei, tudo culpa minha, e agora poderia perder o amor da minha vida.
- Achei que não fosse gay! - a Pepper praticamente cuspiu as palavras no meu rosto. - Você me disse que iria casar, mas não com um homem, você trocou essa mulher - apontou seu corpo - por aquilo?
- Achei que a minha felicidade fosse mais importante que o seu preconceito.
Nunca passou pela minha cabeça que aquela doce, nem tão doce, mulher que eu quase casei, pudesse estar algum dia, acometendo-me dessa forma estúpida e ultrajante.
- Porém se você quiser..podemos voltar, eu perdoou você por essa ação imbecil.. nós podemos casar e ser uma famí..
- EU O AMO! - cortei-a em um grito, talvez exagerado.
- riu debochada - Espero que ele te perdoe.
Ela pegou a sua bolsa, que mantinha-se em cima do sofá e caminhou deverasmente devagar até a porta, onde girou os calcanhares, cobertos por um salto
Louboutin e jogou um beijinho no ar, desferido a mim, também sussurrou sarcasticamente um - Boa sorte, e se foi.
E agora estava tudo perdido.. meu Steve nunca me perdoaria e eu nunca iria consegui provar minha inocência.. - Steve!, Subi as escadas correndo.
Agora
- Steve eu te amo, e nunca te trairia, você não acredita em mim ? - Tony perguntou esperançoso
- Não! Amanhã eu vou volta e pegar o Ben, ele irá comigo, não vou deixa-lo com um monstro como você. - Steve pegou sua mala visivelmente abalado.
- Não! Ele é meu filho e não vai a lugar algum. - o bilionário franziu o cenho em um olhar desafiador.
- Seu filho? SEU FILHO? Ele também é meu filho, bom.. era esse o intuito pelo menos, antes de VOCÊ ME TRAIR.
O arquiteto caminhou até a porta de madeira branca do cômodo, porém o filantropo impedia sua passagem.
- SAI DA MINHA FRENTE! - o loiro abespinhou-se
- Steve, por favor.. não vai embora, o que você quer que eu faça? Eu posso me ajoelhar se quiser.. estou te suplicando, apenas me diga o que quer.
- Quero que saia da minha frente e pare de ser infantil pelo menos uma vez..
- Pai.. papai, vocês estão brigando? - o garotinho de madeixas castanhas observou o casal atentamente.
- Não, meu amor..
Steve empurrou o futurista com certa força, tirando-o da sua frente, onde pôde ver perfeitamente a criança um pouco assustada.
- O papai só vai fazer uma viagem e volta logo.. tudo bem? - o loiro sorriu abaixado, na mesma altura do menino.
- Não quero que me abandone.. - o garotinho abraçou com toda força que consegui o pescoço do seu papai.
- Eu prometo que volto logo.. - o arquiteto depositou um beijo demorado na bochecha rosada do filho e levantou-se separando o abraço.
- Ben, você pode ir pro seu quarto.. e fazer um desenho bem bonito pro papai levar? - Tony perguntou com o braço esquerdo em baixo do outro, dando suporte enquanto enxugava algumas lágrimas e sorria docemente.
O pequeno assentiu e correu até o seu quarto, que situava-se na última porta do corredor.
- Steve.. você vai pra onde?
- Pra um lugar bem longe de você. Adeus Anthony.
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