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História Superheroes Academy - Paixões


Escrita por: Kirisunshine5 e Unicornityns

Notas do Autor


Pessoal, no ultimo cap eu estava viajando, ent a Dani escreveu tudo. Mas a partir de agora, eu que faço isso (mentira ~MR). Beijos e espero q gostem! ~Tia Uni

Capítulo 5 - Paixões


Soona’s P.O.V

10:00

As aulas já tinham acabado, pelo menos as do primeiro período. Depois do intervalo, teríamos o resto do dia de aula de artes, todas as três turmas juntas.

As pessoas paravam de comentar sobre mim aos poucos. Me sinto uma celebridade envolvida em escândalo, eu hein. Ajeitei a mochila sobre os ombros, bufando. O intervalo tem 40 minutos, mas 35 são só pra chegar no refeitório. Cacete.

Peguei minha carteira pra entrar na fila da cantina. Odiava o fato de ter que ficar lá, esperando infinitamente. Principalmente hoje, que só tinha uma funcionária, lenta como tartaruga. Bufei de novo, revirando os olhos. Que ódio, viu? Mas vale um pouquinho a pena, porque é essa desgraça que vai encher minha barriga a partir de agora. Mas tem uma cara boa.

- Tenha calma e faça as coisas direito. - Ouvi uma voz vinda do além.

- Ai, porra! Vai virar cardiologista? Infarta as pessoas e depois leva pro seu consultório? - Pus a mão no peito, me recuperando do susto.

- Desculpe se te assustei. Animada pra aula de artes? - Nós íamos conversando e andando na fila.

- Sinceramente? Eu gosto de desenhar. Eu e a Daniele. - Pareceria insensível contar só de mim. Era melhor ter amigos do que inimigos, né? - E você?

- Não desenho muito bem, mas me esforço. Para mim, todas as aulas são boas, pois os professores nos ensinam e nos deixam mais inteligentes. - Deu uma batidinha com o indicador na cabeça.

- Você é meio que um filosófico senhor inglês da época vitoriana, mas meio hippie de mil e novecentos também.

- E você é falsa.

- O quê?! - Fiquei indignada. Vou quebrar a cara dele.

- Anda sempre com a cara fechada, como se fosse fria. Mas é muito animada e alegre e não consegue gastar toda a sua energia.

- E-eu não sou ‘animada e alegre’. - Murmurei e torci os lábios. - Você só concluiu isso porque é comum de se ver.

- Como consegue mentir desse jeito logo pra mim? - Perguntou.

- Olha só, eu te conheci há algumas horas. Não tem nenhum direito de me dizer isso.

- Realmente não tenho. - Sempre calmo. Sempre gentil. Isso tá me dando nos nervos. Eu quero brigar, porra! - Só digo porque acho que é o melhor pra você. - Foi andando até uma mesa.

- E-Espera! - Corri atrás dele. O... O... boboca não me esperou, tive que ficar correndo que nem uma idiota. - Desculpa. Eu não quis ser grossa...

- Tudo bem. Isso é um bom começo, já que reconheceu seu erro.

- Posso sentar aqui?

- Pode. Ava e Luke vão demorar um pouco, já que ela foi buscá-lo no treino.

- E-então... estamos s-sozinhos?

Não, sua tonta. Olhe em volta. Mais de cem estudantes ao seu redor, duh! Para de gaguejar, xinga ele e sai correndo!

- Não acho que seja essa a palavra. Apenas isolados dos outros. E suas amigas? - Perguntou tranquilo como sempre. - As duas e o seu namorado. Não estão contigo por quê? - Sua voz pareceu amargar, mas foi quase imperceptível.

- Namorado?! Steve é gay e é meu amigo. - Sentei-me de frente pra ele. - Daniele quis ir buscar os dois na sala e eu resolvi vir primeiro. Não tenho muita paciência.

- Ah... então, - Mudou o assunto. - Não nos apresentamos direito. Pode me chamar de Danny Rand.

- Soona Yuki Bloom, pode me chamar de Yuki. Tem Candy, que é só pros amigos... - Desviei o olhar. - M-mas eu faço uma exceção pra você.

- Então tudo bem, Candy. - Sorriu.

 

Tony’s P.O.V.

14:30

O sinal tocou, dizendo que era hora do almoço. Que bom, porque estou faminto! Só espero não encontrar o Steve, porque depois do que eu fiz hoje de madrugada, não sei se ele vai querer olhar pra minha cara. Foi sem querer, eu juro! Eu não consegui me controlar, e agora ele deve estar bem puto comigo.

Caminho lentamente até o refeitório, junto ao Rhodey. Passo os olhos em todas as mesas, pra ver se encontro Steve e seus amigos, mas não os encontro. Devem estar na fila; aquela pra onde estamos indo indo agora. Espero que eles já estejam bem na frente.

Um minuto depois, a menina de cabelos pretos na nossa frente, vira pra mim e diz:

- Hey, Stevie, esse aqui que é o Tony? – Aponta pra mim.

Puta. Que. Pariu.

- É.

- Olá! Então, você já deve saber, mas eu sou a Daniele, amiguinha do Steby. – Ela olha pro meu amigo – Esse aí é seu amiguinho?

- Ah... é. – Digo, rindo. Ela fala engraçado! E eu tô nervoso também! – Esse é o Rhodey. – Ele dá um aceno e um sorriso.

- Então, é verdade que você beij... Mmph...! – Steve pôs a mão na boca dela. Acho que ela ia falar do beijo. Sério que ele contou pra ela?

- Dani... não. – Diz, tirando a mão.

- Ah, qual é? – Ela aperta as bochechas dele com os dedos indicadores. Essa garota não faz muito sentido.

- Então, onde está o resto do grupo de vocês? – Pergunto.

- A Sabrina foi no banheiro e a Soona veio antes, deve estar lá na frente. E vocês? Tem um grupo também?

- Sim, a gente costuma ficar com o Bruce, o Thor, o Pietro, a Wanda, a Nat e o Clint. Às vezes o irmão mal-educado do Thor vem junto. – Rhodey responde.

- Ei! Olha o respeito, que ontem ele me disse ‘obrigado’!

- Então você tem sorte.

Nós quatro chegamos na frente da fila e pegamos nossos almoços. Depois, eu e Rhodey seguimos para a mesa onde nossos amigos estavam.

- A conversa estava boa?

- Bom te ver também, Natasha. – Respondo, sarcástico.

- Estavam falando sobre o quê?

- Tem mesmo que se meter em tudo?

- Sim, eu tenho. Sou tipo uma espiã, sabe? Coletando informações...

- Natasha... – Clint a repreende, fazendo-a bufar.

Se eu já falei pra eles sobre o Steve? De jeito nenhum. Lembro de ser zoado por alguns deles quando comecei a gostar de uma menina, no ano passado. Imagina agora, que eu gosto de um cara mais bonito, mais alto e bem mais forte que eu? Fodeu, né?

Em um momento, percebi que Nat estava com o celular nas mãos, gravando alguma coisa. Era o Pietro, que parecia estar paquerando Clint. Demorou bastante tempo até eles perceberem que estavam sendo filmados.

- Merda, Natasha! – O platinado disse, usando sua supervelocidade para tirar o celular das mãos da ruiva, que não conseguia parar de rir.

- Ok, agora devolve.

- Espera, deixa eu apagar. – Falou, fazendo-a bufar.

- Você é um chato.

Tirando isso, o almoço correu normalmente. Depois eu fui para o dormitório, rezando para não encontrar o Steve. Mas parece que hoje não é meu dia de sorte...

- Oi! – O loiro disse, sorrindo.

- O-Oi... – Nunca tremi tanto na minha vida como eu tô tremendo agora.

- Está tudo bem?

- S-Sim.

- Não tem a ver com o que aconteceu de madrugada, tem? – Fiquei em silêncio. Merda, Steve! – Tony... eu não estou bravo com você, sério. Eu só queria saber... por quê?

- ... – Olhei para os meus pés. Ok, ele vai me zoar se eu disser que eu gosto dele, já que eu só o conheço há dois dias. Mas acho que eu não tenho escolha. – É que eu... sei lá, eu... acho que gosto de você.

- ...

- Não precisa concordar comigo, pode me zoar à vontade. É que... tem alguma coisa em você que me deixa maravilhado. Não sei se é a sua gentileza, ou o fato de você ser incrivelmente lindo, mas... – Ele se aproximou, segurou meu rosto e me beijou. Dessa vez, quem ficou surpreso fui eu. Mas é claro que eu aproveitei. - Uau, Steve! – Disse, afastando meu rosto.

- Heh... – Ele estava absurdamente corado. – Tony... eu sei que é estranho eu dizer isso depois de te beijar, mas... não nos conhecemos muito bem. Então, hã... quer sair comigo sexta à noite? Quer dizer, é claro que nós vamos nos falar até lá, e provavelmente nos conheceremos melhor, mas... – Pus o dedo indicador em sua boca.

- Shh! Eu quero.

- Ah... que bom! Sexta-feira, às sete?

- Pode ser.

Alguém pode me explicar o que acabou de acontecer!? De onde saiu toda essa coragem!? Bem, não importa, porque eu consegui um encontro!!

 

Pietro’s P.O.V.

16:00

- Que droga, cara! Aquela mulher não consegue ficar um dia sem me fazer passar vergonha? – Eu disse, irritado.

- Relaxa, Pie! – Wanda tentava me acalmar. – É só o ‘jeito Natasha’ que ela tem.

- Gravar um fracassado tentando flertar com o cara que ele gosta faz parte do ‘jeito Natasha’?

- Você não é um fracassado! Mas bem que você podia fazer isso em outro lugar.

- E em que outro lugar eu consigo ficar perto dele? Somos do segundo ano, ele é do terceiro. Eu costumo ir nas pistas de corrida, enquanto ele fica naquela sala para treinar com o arco. Tirando a hora das refeições, mal consigo olhar para a cara dele!

- Vai atrás dele, ué.

- Pra parecer uma garotinha de dezesseis anos daqueles filmes de colegial?

- Você já parece uma. – Ela riu

- ... eu não vou nem responder.

- Olha só, se você quiser ir, vai, se não quiser, não vai. Mas nunca vai se aproximar dele se você não correr atrás. E não ouse fazer uma piadinha com supervelocidade só porque eu disse correr.

- Você me conhece tão bem...

- Claro, eu sou sua irmã!

- Então eu vou! – Dei um abraço nela.

- Que bom que decidiu me ouvir. Agora vai e me deixa fazer o dever de casa.

Fiz uma careta pra ela e saí do quarto. Clint treina com arco e flecha todo santo dia, nesse mesmo horário, desde quando chegou aqui. Então, eu já sabia onde procurar. Entrei na sala onde ficam os robôs, e logo o avistei; ele estava totalmente concentrado e não errava um único tiro. Tão talentoso! Sentei no chão, encostado na parede, e fiquei observando-o. Depois de um tempo, ele percebeu que eu estava ali e veio me cumprimentar, mas tropeçou numa parte solta do piso e caiu em cima de sua perna direita.

- Clint! – Corri em sua direção. – Você está bem?

- Ai! Eu acho que torceu...

- Vem comigo, eu vou te levar para a enfermaria.

Pus o braço direito dele atrás do meu pescoço e o levei até lá. A moça disse que realmente era só uma torção, então enfaixou a perna dele e nos liberou. Levei Clint para o dormitório dele, e nós dois sentamos em sua cama.

- Obrigado, Pie. – Ele disse, sorrindo.

- De nada!

- Mas então, você queria falar comigo?

- Não, eu... só queria te ver mesmo.

- Hm... – Ele deitou a cabeça no meu ombro, e eu deitei a minha cabeça na dele.

Ficamos assim até a Natasha, que era a colega de quarto dele, chegar. Não dá pra rolar um romance com ela por perto, porque ela sempre empata meus esquemas, então fui embora mesmo. Mas olha pelo lado bom: eu sou tipo o ‘herói’ do Clint, e ele ainda encostou a cabeça no meu ombro. Já é um bom começo, né?

 

Danny’s P.O.V.

20:30

 Hoje eu recebi uma declaração de amor – por carta - e estava indo rejeitar a pessoa. Não que eu fosse insensível, até me preocupo muito com o bem-estar alheio, é só que acho errado dar esperanças a alguém que você sabe que não gosta. Ela se chamava Brianna, uma menina da turma B do segundo ano. Cheguei nos fundos da escola hesitantemente. Sim, eu queria dar pra trás e voltar correndo pro dormitório. Sempre fui muito coração mole em relação a qualquer pessoa.

- Danny, que bom que você veio! - A loira exclamou.

- É, sim. Mas, bem...

- Olha, antes de me dar o fora deixa eu falar! - Assenti. - Eu me apaixonei quando te conheci. Te achei muito gentil, tranquilo, legal, sabe? Como um príncipe. Eu sempre tive vontade de mexer no seu cabelo, também. - Deu uma risadinha e mexeu no próprio. Era loira. Um tom claro, quase branco. Quase como o cabelo dela, que era muito bonito. Me perguntava como conseguia mantê-lo sedoso. - Espera, espera! Bem, indo direto pro ponto...Eu te amo! Não só gosto, te amo muito. E... eu queria que pensasse mais um pouco.

- Não posso, desculpe. Não quero te dar esperanças. Mas muito obrigado por dar seus sentimentos.

 Ela ficou vermelha, mas não um vermelho de vergonha, como o que Yuki tinha mais cedo nas bochechas, era um que denunciava choro.

- E-eu entendo. - Soluçou.

- Eu queria poder consolá-la, mas não quero te confundir. Sinto muito.

 E saí dali. Senti tristeza, afinal eu poderia estar passando pela mesma situação e iria querer conforto. Suspirei e fui encontrar meus amigos, Ava, Luke e talvez Peter, que estava quase sempre ocupado com o ‘namorado’. No caminho, minha mente se voltava cada vez mais para a garota de hoje mais cedo. E logo, para uma garota de mais cedo ainda. Candy. Eu acreditava que ela poderia ser doce como o apelido, se quisesse. Soona não parecia querer chamar atenção. Quer dizer, não propositalmente. Seus cabelos, olhos, jeito diferente e a briga do primeiro dia traziam muitos comentários sobre ela, bons e ruins.

Falando na briga, ela não parece violenta ou agressiva. Claro que foi com a Encantor, a pessoa mais irritante da face da terra, capaz até de ME tirar do sério, mas não é pra tanto, né? Encantor era uma amiga de infância. Não amiga, mais uma colega. Eu não costumo julgar ou rotular pessoas pela aparência, mas é que desde o início ela tinha cara de alguém que faria de tudo pra provocar, e fazia exatamente isso.

Para que caso alguém se irritasse comigo também e resolvesse me bater, eu estava indo treinar. Na verdade não, era pra me manter em forma, mas em qualquer caso serve pra ambos. A sala de treino não se definia com nada mais que enorme e tumultuada. Às vezes, nos fins de semana, ficava vazia, já que muitos alunos saíam para visitar os parentes. No meio de tanta gente, foi difícil achar um boneco de treino que não estivesse sendo utilizado. Fiquei à sua frente, começando a socá-lo.

- PUTA QUE O PARIU, BONECO DOS INFERNOS! - Ouvi um barulho alto. - EU VOU QUEBRAR SUA CARA E O CHÃO TAMBÉM!

 Me virei e, não muito surpreso, encontrei Candy. Não era tão doce quanto o nome.

- Soona, como vai?

- Bem mal. ARGH!

- Ok, pode me contar.

- Promete que não vai rir?

- Prometo.

- Meu poder é quebrar, então eu sou meio destrutiva. Daí, pra não machucar ninguém, eu controlo demais a força, e acabo, tipo, com a força de uma criança.

Eu comecei a rir. Foi inevitável.

- Sinto muit... pff. - Pus a mão na boca. - Tá, tá, pode continuar.

- Enfim. - Disse, me olhando mortalmente. - Por causa dessas limitações a longo prazo, do tipo evitar usar até a força normal de uma adolescente, eu acabei me desacostumando a fazer isso. E tipo... não tô conseguindo mais.

- Ficou frustrada por causa disso?

- É.

- E por isso quis matar o boneco?

- É.

- Levante-se. - Falei, percebendo que estava sentada no chão. - Tudo bem. Vire pra mim. - Ela obedeceu. - Libere toda a sua raiva.

- M-mas eu... eu posso te machucar.

- Eu tenho meus truques. - Falei, entrando em posição de defesa. - Agora, desperte o dragão dentro de você.

Ela me socou algumas vezes, mas eu percebia que não fez o que mandei. Não pude sentir sua fera.

- Aaah, eu não consigo! - Bufou.

- Não consegue ou está com medinho de me bater e eu resolver me vingar? - Meu lado (que nunca mais aparecerá, espero) deu as caras para ‘encorajá-la’.

- Ei!

- Ou talvez você é fraca mesmo e está arrumando desculpas?

- ...

- Melhor começar antes que todos saibam do seu... - Ela me interrompeu, acertando seu punho fechado no meu rosto. Por favor, desconsiderem as três frases acima, não foi meu eu verdadeiro que disse. Por causa da minha resistência reforçada pelo Chi¹, não sofri muitos danos, mas fui literalmente lançado longe.

- EU NÃO SOU FRACA! - Gritou em puro ódio, cerrando os dentes. - Ai paizinho alado, carabito fosterquinho amarelo, desculpa! - Voltou à personalidade que eu conhecia: Envergonhada (provavelmente por me jogar assim) e insegura (de que eu a mandasse à diretoria, talvez). Logo, correu até onde eu estava, agarrando meu rosto com as duas mãos, como um boneco.

- Calma, tudo b...

- Desculpa, desculpa, desculpa! É que faz muito tempo, eu... ai, foi mal! - Pude vê-la roendo as unhas. - Por favor, eu juro, não vai acontecer de novo! Pelo love, me responde. Ai, cacete, o Danny morreu?!

- Não, eu não morri. - Ri fraco, antes de ver tudo escurecer aos poucos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! ~MR


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