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História Surprises of love - Susto


Escrita por: santovittiuk e SantovittiPlay

Notas do Autor


Bom dia! Esse capitulo já ta pronto desde quinta, porém eu esqueci de postar kkkk desculpa
Boa leitura, bj no coração

Capítulo 13 - Susto


Fanfic / Fanfiction Surprises of love - Susto

Pov Isabella

A dor abaixo do abdômen estava forte, mas não era por isso que eu chorava compulsivamente enquanto Rafael tentava dirigir sem atropelar ninguém. Eu chorava porque até aquele momento só o que eu tinha feito era reclamar e me lamentar por ter engravidado e agora que eu sentia essa pequena vida indo embora... bem, eu não queria que ela fosse. Eu queria ver minha barriga crescendo, não importava o quão gorda eu fosse ficar. Eu queria sentir o bebê chutando, queria ouvir as pessoas perguntando quantos meses de gestação eu estava... eu queria tanto ver seu rostinho. Mas ao que tudo indicava nada disso seria possível, mesmo reconhecendo que eu queria essa pequena vida mais que minha própria.

As coisas aconteceram bem rápido a partir do momento em que chegamos no hospital. Em um piscar de olhos eu estava sendo colocada em uma maca enquanto ouvia a discussão de Rafael com o que parecia ser todo o hospital para que me atendessem depressa. Aos poucos minha visão foi ficando turva e os corredores ao meu redor giravam, até que tudo ficou escuro.

- Ela ta bem mesmo? Porque essa demora pra acordar? – Ouvi Rafael perguntando pra alguém que supus ser o médico ou um enfermeiro, sua voz era de preocupação e eu senti um aperto no peito me lembrando dos últimos acontecimentos.

- Pela décima vez meu jovem, sim ela está bem. Alguns cuidados terão que ser tomados daqui pra frente, mas eu prometo que ela está bem, ok? – Abri os olhos e a luz artificial da lâmpada me causou uma dor profunda na cabeça, então os fechei novamente.

- Se o senhor diz né?! Ela vai receber alta hoje?

- Sim, assim que acordar e eu der instruções ela será liberada. Eu estava olhando a ficha dela e ela é menor de idade, certo? – O médico perguntou e ouvi Rafael murmurar algo como “uhum” – Você avisou os pais dela sobre o que aconteceu?

- Ah sabe o que é doutor... eles estão viajando, não quis preocupa-los

- Certo, quando sua namorada acordar me chame, ok?

- Claro, obrigado! – Ok, eu precisava abrir os olhos a dor ia parar uma hora ou outra. Mais uma tentativa e a claridade me cegou outra vez, gemi em frustação.

- Ei, você ta acordando! – Disse empolgado e senti sua mão tocar a minha

- Tomatinho, desliga a luz por favor! – Pedi e ele riu, se afastando rapidamente para desligar aquela desgraça. Finalmente consegui ver onde estava, a minha volta algumas máquinas que faziam um “bip” estranho e um soro no meu braço. Ótimo, adorava agulhas.

- Como você ta se sentindo?

- A gente perdeu o bebê, não foi? – Perguntei sentindo as lágrimas inundarem meus olhos e Rafael abraçou meu corpo com cuidado

- Calma, não perdemos. Ele está ai dentro da sua barriga – Disse e beijou minha testa. Eu não tinha perdido? Provavelmente aquela era a melhor notícia da minha vida. Suspirei e passei as mãos pela barriga emocionada. Ele estava ali ainda, era um guerreiro ou uma guerreira. Sorri e Rafael me acompanhou – Eu ouvi o coraçãozinho, bate bem forte!

- Sério? – O sorriso no rosto de Rafael me respondia essa pergunta – Eu queria ter ouvido também

- Vão ter outras oportunidades, nós teremos que vir mais vezes, você sabe

- É... você não avisou meu pai né?

- Não, mas ele ficaria preocupado então eu disse pro Gui inventar qualquer coisa que daqui a pouco estávamos chegando

- Eu fiquei muito tempo apagada?

- Faz duas horas, eu não aguentava mais!

- Te deixei preocupado, é?! – Cutuquei seu estômago, mas ele não riu

- Você não imagina o quanto, foi o pior dia da minha vida Isabella – Disse tão sério que quando percebi já estava o abraçando de novo

- Ta tudo bem agora, nosso filho ta bem...

- Você acha que era só com ele que eu tava preocupado? Você é muito importante pra mim, sabia? Não sei o que faria se tivesse acontecido alguma coisa com você. De agora em diante eu não vou deixar nada te estressar e nem vou sair do teu lado, tá decidido.

- Como se isso fosse possível – Revirei os olhos e ele apertou um botão do lado da minha cama.

Um senhor de cabelos grisalhos, alto e com uma cara bem simpática adentrou o quarto.

- Vejo que a senhorita acordou! Porque essa luz apagada? – Fez menção em apertar o interruptor, mas Rafael foi mais rápido

- Não acende, ela ta com dor de cabeça! – Pediu e o médico assentiu se aproximando da maca

- Você nos deu um susto e tanto viu mocinha? Seu namorado quase me enlouqueceu! – Eu ri não dando tanta importância por ele insinuar que eu e Rafael fossemos namorados. Provavelmente ele teve que dizer isso pra poder entrar no quarto, então tudo bem.

- Ele é exagerado mesmo, mas eu já me sinto ótima, pronta pra ir pra casa! – Sorri forçado tentando convence-lo, mas acho que não adiantou muito já que ele gargalhou

- Não se preocupe, você vai pra casa ainda hoje, mas precisamos conversar antes. Pode se vestir e depois vão na sala que fica no final deste corredor a direita, ok?

- Tudo bem – Respondi e só então me dei conta de que estava com um daqueles aventais ridículos de hospital. O homem saiu do quarto me deixando a sós com Rafael novamente.

- Cadê minhas roupas? – Perguntei para Rafael que olhava para o teto

- Hã... sabe, você estava de biquíni – Disse coçando a nuca – Tem alguma roupa seca na sua bolsa?

- Meu Deus! O hospital todo me viu seminua?

- Não, eu coloquei a camiseta que eu tinha trazido em você porque estava tremendo... achei que estivesse com frio, não lembra? – Neguei e ele começou a vasculhar a bolsa tirando de lá as roupas que eu tinha trazido – Hm... então você gostou mesmo da calcinha que a vendedora te deu de presente, né? – Disse com um sorriso malicioso nos lábios e girou a calcinha nos dedos. Provavelmente eu corei, mas ri da cena.

- Para de ser idiota e me da logo essa roupa!

- Deixa que eu te ajudo, vem – Ofereceu o braço e eu levantei devagar

- Vira de costas!

- Como se eu nunca tivesse visto né?! - Riu e revirou os olhos, mas logo em seguida fez o que eu disse.

Ao entrar na sala do médico recebemos um olhar convidativo para que nos sentássemos e assim fizemos. Eu estava com medo do que ele ia dizer, mas se eu tinha recebido alta era porque estava tudo bem, né?! Eu esperava que sim.

- Vamos lá – Ele disse depois de um suspiro – Você sofreu um princípio de aborto, então eu peço que faça repouso absoluto! – Disse firme e eu senti suas palavras me atingirem. Foi quase. Quase perdi meu filho.

- Existe alguma causa doutor?

- Não exatamente, isso é bem mais comum do que vocês imaginam e do que eu gostaria... – Lamentou e eu concordei – mas a partir de agora você precisa de alguns cuidados para evitarmos que isso aconteça de novo, tudo bem?

- Claro, pode dizer aí! Eu mesmo vou tomar conta dela – Rafael disse e eu ri, até parece.

- Ótimo! Então saiba que até a próxima consulta nada de relações sexuais – Esse tipo de conversa ainda me deixava constrangida, mas tudo bem, era bem obvio que eu não era a nova virgem Maria e que já praticava relações sexuais. Mesmo que tenha sido só uma vez.

- Pode deixar a gente faz esse esforço – Rafael disse sorridente e eu quis estapeá-lo

- Alimentação saudável a cada 3 horas! – Gemi frustrada e Rafael riu – Beba muita água, nada de álcool – Álcool com certeza estava fora dos meus planos mesmo depois da gravidez então apenas assenti enquanto ele listava e anotava algumas coisas numa ficha – Evite se estressar e a qualquer sinal sangramento venha para o hospital, estamos entendidos?

- Sim, muito obrigada doutor – Eu disse e apertei sua mão

- É, valeu! Sério o senhor foi dez salvando a vida do nosso anjinho – Rafael disse e eu entrelacei nossas mãos quase que automaticamente

- Foi um prazer! – O médico respondeu sorridente e se levantou, nós fizemos o mesmo – Sua próxima consulta é daqui duas semanas, vamos iniciar o pré-natal, realizar alguns exames e lhe tirar todas as dúvidas. Até lá, muito repouso, não se esqueça!

- Pode deixar, mas.... – Lembrei da escola e de que desculpa eu diria para o meu pai – eu preciso ir para a escola!

- Olha, nas próximas 72 horas eu sugiro que você só se levante da cama para ir ao banheiro, nada de esforço físico. Mas depois disso você pode ir, com cuidado hein? Tem alguém que dirija carro e possa te levar e buscar?

- Tem eu, mas é seguro? Se ela tem que ficar de repouso então é melhor que fique! – Rafael interviu preocupado e o médico me entregou o papel com algumas orientações

- Não se preocupe, se ela tomar todos os cuidados que eu disse, vai dar tudo certo. Mas dirija com cuidado – Ele falou olhando para Rafael e depois virou o rosto para me encarar – e você, nada de esforço por enquanto, caminhe o mínimo possível.

- Certo, nós vamos indo então... mais uma vez, obrigada!

- Disponha e até a próxima consulta.

Fomos caminhando em passos de tartaruga até o carro e então Rafael dirigiu como uma lesma, mas eu entendia. Ele estava seguindo ordens médicas para que aquele susto não voltasse a acontecer e eu não ia reclamar disso.

- Ei, porque parou aqui? – Perguntei assim que vi seu carro estacionar em frente ao seu apartamento

- Vou só pegar uma coisa, já volto! – Nem me deixou falar e saiu do carro apressado. O que ele tinha que buscar se já ia voltar assim que me deixasse em casa?

Minutos depois ele apareceu com uma mochila nas costas e entrou no carro dando partida novamente.

- Vai dormir fora? – Perguntei olhando para a mochila que ele tinha jogado no banco de trás

- Vou – Por algum motivo aquilo me incomodou. Eu queria que ele ficasse comigo depois da experiência horrível que tivemos... mas nem tinha como, mesmo que ele quisesse, meu pai não deixaria.

Chegamos em frente à minha casa e Rafael se apressou em abrir a porta do passageiro, me estendendo a mão logo em seguida.

- O que vamos falar pro meu pai? – Perguntei sentindo a brisa suave da noite, já devia passar das 21 horas.

- Pode deixar que eu tenho tudo sob controle – Ele disse com aquela carinha que ele fazia sempre que aprontava algo e então abriu a porta.

- Olha quem resolveu aparecer! Que demora Isabella, esse parque aquático fica no fim do mundo por acaso? – Meu pai, gentil como sempre, perguntou

- A culpa foi minha – Rafael disse antes que eu abrisse minha boca para protestar. Evitar estresse, ok – Nós estávamos voltando quando o carro parou de funcionar, o mecânico demorou a vir, desculpe... – Nossa até que Rafael era inteligente! Agora eu teria que ser também para inventar uma desculpa e não ir para a escola amanhã e nos próximos dias.

- Tudo bem, mas agora a senhorita já pode ir jantar e depois já pro quarto que amanhã tem aula cedo! – Eu e Rafael nos encaramos e ele retornou a falar

- Sabe o que é seu René... a Isabella passou mal durante a volta, ela ta com uma infecção urinária

- O que? – Foi meu pai que disse mas poderia ser eu

- Isso mesmo, depois que o mecânico veio e consertou o carro eu a levei até um hospital... – Meu pai arregalou os olhos parecendo preocupado e se aproximou

- Você ta bem minha filha? Porque não me ligou? Eu teria ido buscar vocês!

- Eu não queria te preocupar, pai! Mas eu to bem sim, só preciso ficar uns dias de repouso e hã... cuidar da alimentação – Respondi rezando pra ele cair nessa, o que infecção urinária tinha a ver com repouso? Nada!

- Claro, claro! Você precisa se alimentar, vem vamos pra cozinha – Disse puxando minha mão e Rafael nos seguiu

- Ótimo! To morrendo de fome – Ele disse e meu pai revirou os olhos já acostumado com o abuso

- Senta aí, você pode jantar, já que cuidou bem da minha filha

- Ah que bom que o senhor pensa assim, porque preciso de mais um favor! – Rafael disse e eu franzi o cenho, não estava entendendo nada. Meu pai só suspirou e esperou para que ele continuasse a falar – É que meu apê ta sendo dedetizado e eu não posso ficar lá nos próximos dias, tudo bem se eu ficar aqui? – O QUE?? A criatividade de Rafael não tinha limites mesmo.

- Aqui? Mas você não tem nenhum outro amigo que possa te dar abrigo? – Meu pai o questionou

- Até tenho, mas eu pensei em ficar de olho na Bellinha enquanto o senhor ta no trabalho... o médico disse que ela precisava de cuidados e você sabe como ela é com a alimentação, só come porcaria!

- É.... você tem razão – Meu pai consentiu e eu bufei

- Ei, eu sou responsável! Sei me cuidar sozinha!

- Você vai dormir no quarto do Guilherme, entendeu?

- Claro, durmo até no sofá se precisar! – Continuaram conversando como se eu não estivesse ali.

- Não exagera garoto, eu não sou tão mal assim!

-  Obrigado! - Me encarou, suspirou e Sussurrou - Obrigado mesmo.


Notas Finais


Eaí? Assustei vcs com a imagem do capitulo?


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