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História Surprises of love - Pesadelo


Escrita por: santovittiuk e SantovittiPlay

Notas do Autor


Boa noite morecos! Tudobomcomvcs? Aí vai mais um capitulo que eu e Hemilly escrevemos com muito amor, desculpem pela demora e boa leitura! Beijoo
Esse capitulo eu dedico pra @vittichapar

Capítulo 14 - Pesadelo


Pov Rafael

Por mais que eu tentasse, não conseguia dormir. Virei de um lado para o outro da cama espaçosa de Guilherme por longas horas, mas nada acontecia. Mesmo que eu me sentisse exausto do dia terrível que tive, não tinha como tirar as imagens de Isabella sendo atendida as pressas, as enfermeiras me pedindo pra manter a calma... só de pensar no que poderia ter acontecido meu coração ameaçava se destruir.

Meu celular começou a vibrar e eu estranhei... porque alguém me ligaria as 3 da manhã? A foto de Isabella revirando os olhos e me mostrando o dedo do meio apareceu no visor e meu coração acelerou. Será que tinha acontecido alguma coisa? Mesmo com medo da resposta atendi imediatamente e seu choro no outro lado da linha me fez estremecer.

- O que foi Isabella? Me fala, aconteceu alguma coisa? – Perguntei me levantando e vestindo uma bermuda rapidamente enquanto segurava o celular entre a orelha e o ombro

- Não... foi só um pesadelo – Respondeu tentando cessar o choro – eu to bem, mas eu preciso que converse comigo por favor

- Claro! Fica calma, eu to indo ai!

- Não! E se meu pai ver Rafael?!

- Ele não vai, são três da manhã... abre a porta que eu já to aqui – Ouvi seu suspiro pesado e ela desligou o celular e abriu a porta. Entrei e a abracei imediatamente – Eu to aqui agora, ta tudo bem, entendeu? – Perguntei enxugando suas lágrimas

- Você sabe que eu odeio parecer frágil, mas eu... – Tentou explicar, mas eu neguei sorrindo de leve

- Você não precisa ser assim comigo, eu não vou te julgar... sabe disso, não sabe?

- Eu sei, é só que eu não gosto de ser assim

- Bella, ninguém precisa ser forte o tempo todo! – Ela assentiu e eu tranquei a porta – Vem, vamos deitar – A puxei para a cama e ela se aconchegou a mim assim que deitamos

- Obrigada

- Não precisa agradecer... mas me conta vai, o que você sonhou?

- Eu não sei se quero falar sobre isso

- Se não falar não vai superar, divide comigo, por favor

- Foi bem confuso.. eu estava com minha mãe em um jardim lindo, mas ela estava preocupada comigo – Isabella começou a narrar o pesadelo e eu beijei o topo da sua cabeça – e do nada eu comecei a sangrar, fomos pro hospital e minha mãe já havia sumido... o médico disse que não tinha conseguido fazer nada e você... – Soluçou e eu a encarei preocupado – Você ficou muito chateado comigo porque eu não consegui segurar nosso filho Rafael

- Ei, não vamos perder nosso bebê... e mesmo que isso acontecesse a culpa não seria de ninguém, eu te apoiaria, você sabe! – Ela assentiu e se afastou um pouco – Tem mais coisa, não tem? – Perguntei

- Na escola todos me chamavam ofendiam... o Cadu, ele brigou comigo porque disse que o filho era dele, eu neguei no sonho mas ele não acreditou e gritava comigo dizendo que eu tinha tirado o filho dele... foi tão estranho e confuso, Rafa... – sua voz era fraca e chorosa e eu a apertei mais forte

- Bella, você... – Tive medo da resposta, mas precisava perguntar – Você ainda gosta do Cadu?

- Ele me magoou naquele dia, mas eu fui sincera quando disse que não ia morrer por isso

- Isso não responde minha pergunta... você ainda gosta dele, não é? As coisas poderiam ter sido diferentes naquela noite, esse filho poderia ser dele.... – Deixei que as especulações da minha mente fossem sendo ditas ali mesmo, naquela madrugada turbulenta

- Rafael, eu não gosto mais do Cadu – Ela afirmou com convicção e senti alivio. Eu era um pouco estranho, mas não queria os dois juntos depois de tudo isso, ele era um imbecil e não merecia Isabella – E se aquela noite tivesse sido diferente não existiria bebê nenhum, porque eu não ia transar com o Cadu!

- Você entendeu o que eu quis dizer...

- Sim, eu entendi. Você acha que eu ia preferir que ele fosse o pai dessa criança, mas você ta enganado. Eu sei que não foi planejado e que eu tava bêbada, mas acredita em mim... de alguma forma eu sabia que podia confiar em você, eu sabia que era você e não ele. Foi por isso que eu transei naquela noite – Disse firme e eu sorri a encarando nos olhos – Não existe ninguém melhor pra ser o pai dessa criança, entendeu?

- Bella... eu amo vocês, muito – Ela corou e eu fiz carinho na sua barriga – Agora chega de declarações, você precisa descansar e esquecer esse pesadelo, porque eu não vou deixar nada acontecer com vocês.

Acordei cedo e Isabella dormia serenamente nos meus braços, sorte minha que ela tinha o sono pesado então não foi difícil sair da cama sem que ela acordasse. Eu estava preocupado com tudo que tinha acontecido no dia anterior e na madrugada… Isabella sempre foi importante pra mim, mas esse sentimento só tinha aumentado nas últimas semanas. Eu não desgrudava dela a dias e tinha medo de estar a sufocando, mas ao mesmo tempo não queria ficar longe. Ela merecia ser cuidada e além de mim apenas o Gui sabia da verdade, ou melhor... quase toda a verdade, já que da ameaça de aborto nem tivemos tempo de conversar ainda. Ele estava na casa de Bruna por isso não passou a noite em casa, restando apenas a mim para cuidar da loirinha. Então, resolvi testar meus dotes culinários e fiz um café reforçado para ela, tinha torradas, bolo, frutas e café com leite do jeitinho que ela gostava. Arrumei tudo numa bandeja improvisada e levei para o quarto com calma, já que seu Renê não estava em casa.

- Bom dia! - Eu disse acompanhando o sorriso que uma Isabella sonolenta e estranhamente de bom humor me deu - Você tá bem?

- Tô ótima, você me trouxe comida na cama? - Seu sorriso se alargou e então aproximei a bandeja dela que rapidamente colocou a mão na boca e saiu o mais rápido possível para o banheiro

- Não corre por favor! - Pedi e ela diminuiu os passos. Deixei a comida em cima da cama e fui rapidamente para o banheiro encontrando Isabella ajoelhada e colocando toda janta para fora.

Sem saber muito o que fazer para ajudar, segurei os curtos fios de cabelo que caiam sobre seu rosto e massageei suas costas - Melhor? - Ela assentiu e eu ajudei a se levantar, segurando firme seu corpo fraco e trêmulo.

Depois de lavar seu rosto na pia e escovar os dentes, nossos olhares se encontraram através do espelho e vi sua expressão preocupada logo após ver meu reflexo pálido e de completo pânico.

- Rafael, respira - Ela pediu se virando para mim e passou a mão na minha bochecha - Eu tô bem, mas parece que você vai desmaiar a qualquer momento e eu não vou conseguir te carregar, que coisa não? Quem passa mal sou eu e quem desmaia é você - Sorriu de lado e eu suspirei

- Vou te levar para o hospital! – Afirmei e ela revirou os olhos

- Claro que não! - Disse com uma convicção que era só dela - Escuta… foi só um enjoo, por causa do cheiro do leite, essas coisas são normais na gravidez, principalmente no início. Você não pode surtar toda vez que isso acontecer, porque por mais que eu não goste tanto quanto você... isso vai acontecer mais vezes

- Tem certeza que é só isso? Isabella... depois de ontem eu não sei se é uma boa ideia a gente não fazer nada

- Tenho certeza, mas se te deixa melhor podemos ligar pro médico, tá? - Seu olhar tinha um brilho diferente e eu sorri a admirando. Nós dois estávamos mudando, amadurecendo talvez.

- Tudo bem, agora vamos porque você precisa deitar - Sem dar tempo para ela pensar em responder a peguei no colo e carreguei até a cama

- Obrigada, agora por favor tira o leite daqui – Pediu manhosa e eu ri antes de pegar a xicara

- Pode deixar e desculpa… eu não sabia 

- Ei - Ela disse quando eu já estava na porta - Eu também não sabia, não foi sua culpa.

Levei o leite lá pra baixo, colocando- o de volta na geladeira, quando dei de cara com o pai de Isabella na porta da cozinha

- O senhor... hm, tava em casa esse tempo todo?

- Não, acabei de chegar, por que?

- Nada não...

- Por que está com essa xicara na mão? Cadê Isabella?

- É... eu ia beber, mas desisti – Abri meu sorriso mais convincente e ele deu de ombros - Bellinha tá lá em cima

- RAFAEEEEEL- Isabella gritou do quarto, meu coração acelerou na hora. - QUANDO VIER TRÁS O MEU CELULAR EM CIMA DA MESA PRA EU LIGAR PRO MÉDICO.

- Médico? - Perguntou nervoso - Minha filha tá bem? Ela piorou?

- Calma, não é nada, sabe como Isabella é, adora me zoar, ela acha que foi exagero levar café na cama pra ela – Eu adorava isso em mim, a facilidade em inventar desculpas rapidamente

- Que susto! Vou lá em cima ver como ela tá.

Escutei seus passos indo em direção ao quarto de Isabella e fui correndo até lá.

- Poxa Rafael, que demora, demorou quase nove meses pra chegar... pai?

- Oi filha, eu ouvi você dizendo que queria ligar pro médico, você tá bem?

- Estou pai, era brincadeira, pra ver se esse zé preguiça, traria meu celular logo... ei, por que tá em casa?

- Ah! Esqueci meu celular e achei que ia precisar, já que você está doente e achei que esse moleque não daria conta, mas pelo visto, até café da manhã ele trouxe, então...

- Claro que eu daria conta, conheço Isabella como a palma da minha mão, não quero me gabar, mas, sou um ótimo cozinheiro

- Tá bem, tá bem, to indo ta filha? Come e descansa, quando chegar, vamos ao médico e...

- NÃO! - Isabella gritou, mas tentou parecer normal - bem, não precisa né, Rafa? A gente já foi lá, ele irá dizer a mesma coisa, que preciso descansar e comer bem, só isso

- Ah filha, você sabe como eu sou né? Gosto de ouvir da boca do médico, aliás não vai fazer mal algum eu saber o que tá acontecendo com meu bebê

- Eu não sou criança, que droga pai!

- Gente - Tentei tirar a tensão da conversa - Eu acho desnecessário a Isabela ir ao médico novamente, já que ela precisa descansar, mas assim... já que faz questão eu tenho um amigo que pode ajudar, ele pode vir aqui mais tarde.

- QUE? - Isabella me olhou desesperada - Não precisa Rafael, esqueceu?

- Seu pai tá certo, se preocupar nunca é demais!

- Obrigado Rafael, volto mais tarde e conversaremos mais sobre isso.

Ouvi seus passos ao descer as escadas e a porta ser trancada.

- Rafael, onde porra você colocou seu cérebro? Vai trazer um médico? – Gritou e eu suspirei - Eu estou gravida! – sussurrou com medo que seu pai ainda estivesse por ali

- Loirinha, dá pra se acalmar, não faz bem pro bebê, eu tive uma ideia...

[Continua]



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