História Talvez seja amor. - Quando um não quer, dois não fazem.

 {Luan}

- QUE PORRA DE CENA FOI AQUELA? VOCÊ ACHA ISSO BONITO? ENQUANTO SEU NAMORADO TA CANTANDO, VOCÊ FICA DANÇANDO COM OUTRO? AINDA MAIS COM O CAIO QUE É TODO AFINZÃO DE VOCÊ, E NEM  ADIANTA FALA QUE NÃO, PORQUE TA BEM CLARO. - aponto o meu dedo pra ela. - EU DEVERIA TER PENSADO NÉ, VOCÊ NÃO CONSEGUE RESISTIR A UM CHARME DE HOMEM, QUE JA SE JOGA. COMO EU FUI BURRO. - ela respirou fundo. 

- PRIMEIRAMENTE VOCÊ LIMPA ESSA BOCA PRA FALAR DE MIM. EU ESTAVA NO SHOW PRA ME DIVERTIR. EU NÃO POSSO FAZER NADA SE VOCE NÃO CONFIA EM MIM. VOCÊ ACHA O QUE? QUE EU SOU UMA VAGABUNDA, FALA, PODE FALAR. - Júlia estava em lágrimas. - VOCÊ É SUJO, FALA SEM PENSAR, E ISSO ACABA MACHUCANDO, MAS QUEM É QUE LIGA  NÉ? UM VAGABUNDA COMO EU, QUE NÃO RESISTE A UM CHARME DE HOMEM, NÃO TEM SENTIMENTOS, NÃO É MESMO? - E mais uma vez ela respirou fundo. - Você realmente acha que eu te trairia? - abaixo a cabeça. - O silêncio é a melhor resposta. - ela  ia em direção a porta, mas eu a seguro. 

- Eu ainda não acabei. Eu confio em você, mas não confio nos outros. 

- Não Luan, não vem com esse papo, já ouviu falar "quando um não quer, dois não fazem"? Tenha uma boa noite. - Ela bate a porta. 

É, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas eu não consigo me controlar. Não posso nem pensar em perde-lá. Mas que caralho, eu só faço merda, como eu pude falar aquilo pra Júlia? Ela nunca faria isso comigo.  

¤ dia seguinte ¤

Acordo e fico olhando pro teto, pensando em como me desculpar com a Júlia depois de tudo que eu falei pra ela. Me levanto e vou direto pro banho. Desço e vejo todos na mesa menos a Júlia. 

- Bom dia. - Me sento. 

- Bom dia só se for pra você né? Porque eu nem dormi direito. - Bruna me olha estressada. 

- Mó vacilão você hein. - Rober dá um tapa na minha testa. 

- Por que tu fez isso com ela mano? - Breno me olha com reprovação. 

- Vocês acham que eu to bem? Que eu não to me sentindo culpado? Eu to péssimo. 

Escuto alguém descendo a escada e obviamente era a Júlia, pois todos estavam na mesa. Todos ficaram olhando pra cara dela. 

- Que foi gente? O gato comeu a língua de vocês? 

- Bom dia morena, dormiu bem? - Rober pergunta. 

- Dormi sim. - mentiu. 

- Vai tomar café não? - Bruna pergunta.  

- Não, eu vou dar uma saída e vou direto pra casa ta? 

- Ei, você combinou de ver o jogo comigo lembra? - Breno a recorda. 

- Ah sim, então mais tarde eu volto. 

- Você vai aonde? - Pergunto. 

- Me jogar pra uns homens aí. - Ela sai e bate a porta. 

- Ela é foda. - Rober diz rindo. 

 ( ... )

- Bruna ela saiu de casa 10:00, já são 19:30, eu to preocupado. 

- Eu vou ligar pra ela. - Bruna pega o celular e liga. - tá dando desligado. 

- Puta que pariu, será que aconteceu alguma coisa? E se ela estiver correndo perigo? Será que ocorreu algum acidente? Bruna eu to com medo. 

- Relaxa, a Júlia sabe se cuidar. Espero. 

( ... )

- Chegueeiii. - Júlia abre a porta. 

- Ai graças a Deus, menina onde você estava? Já viu que horas são? - Bruna a abraça. 

- Tava na casa da Nah, o Júlio, o Igão tava lá, aí já viu né? - fico apenas observando. 

Assim que ela anunciou sua chegada um alívio tomou conta do meu corpo. 

- Ou o jogo já vai começar. - Breno a chama. 

- Calma, deixa eu tomar um banho. 

- Tá, vai logo. - Ela sobe. 

- Você vai conversar com ela né? - Bruna pergunta. 

- Vou, quando o jogo acabar e a gente for dormir. 

Depois de um tempo ela desceu e fomos ver o jogo. Ela sentou bem longe de mim, nem se quer olhou na minha cara. Doía não poder toca-lá e nem trocar uma palavra com ela. Nunca pensei que uma pessoa faria tanta falta assim. 

O jogo acabou e eu fui o último a subir. Bati no quarto de hóspede, mas não obtive resposta, entrei e a Júlia tava dormindo serenamente, fiquei com pena de acorda-la, mas eu não consigo ficar muito tempo sem ela, preciso pedir desculpas. 

- Amor? Acorda. - Dou umas balançadas de leve. 

- Luan? O que você quer? - Ela levanta.

- Precisamos conversar.