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História Tantalise - Como ela pôde fazer algo assim?


Escrita por: princessleticia

Capítulo 2 - Como ela pôde fazer algo assim?


Fanfic / Fanfiction Tantalise - Como ela pôde fazer algo assim?

Após tomar o café e ficar passeando um pouco, um enfermeiro avisou a Rebecca que Nash queria vê-la. A levou até sua sala, onde entrou e se sentou.

—Preciso que me diga do que se lembra de ontem á noite. –Nash disse indo direto ao ponto.

Rebecca fechou os olhos por um momento, respirou fundo e olhou para as paredes brancas.

—Das vozes. –respondeu.

—O que elas falavam? –Nash perguntou com calma.

Rebecca não olhava para mim, ficava olhando para as paredes.

—Ela quer me pegar, elas querem ter poder sobre mim, não posso correr Nash, não posso me esconder, elas me querem Nash. Julie não pode me pegar, não pode. –ela dizia balançando sua cabeça e se segurando para não gritar.

Nash sentiu um aperto no coração e deu a volta em sua mesa, se ajoelhou em sua frente e tentou conversar com ele.

—Não vai acontecer nada, Rebecca. –falou paciente.

—Vai sim Nash. –ela dizia choramingando.

Peguei o aparelho e medi sua pressão.

Pelo o que parece, toda vez que ela lembra ou está vivendo o pânico noturno, a pressão dela abaixa muito. Sento-me e pego minha prancheta.

—Você agora irá dormir ás dez horas e acordar ás seis da manhã. Nenhum minuto a menos, nenhum minuto a mais. –falou anotando em sua prancheta.

—Eu não sirvo pra dormir e acordar cedo. –Rebecca diz e respira fundo, tentando normalizar sua respiração.

—Aqui você vai dormir e acordar cedo se não quiser ter mais ataques noturnos. –digo a encarando.

—E o que os horários têm haver com isso? –ela pergunta se inclinando para frente e apoiando seus braços em minha mesa.

—Quanto maior a regularidade dos horários de dormir menor a frequência deste e outros distúrbios do sono. –respondeu a encarando. –Alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão devem ser evitados á noite.    

—O quê? –ela diz incrédula.

—Que foi agora? –perguntou suspirando e revirando os olhos.

—Eu adoro tomar café antes de dormir. –ela explicou.

—Uma pena, ele está cortado para você á noite. –Nash diz e ela bufa se escorando na cadeira.

—Mais alguma coisa, Vossa alteza? –Rebecca diz sarcástica. 

—Aqui tem regras, vou te falar todas elas nesse tempo que ficarmos juntos. –Nash diz sorrindo sarcástico.

—Eu faço minhas regras, portanto não se imponha, eu vou fazer o que eu quiser. –Rebecca o responde firme e séria.

—Não aqui, não comigo! –ele diz e vai até ela, se ajoelha e continua a falar. –Comigo você vai seguir as regras, querendo ou não.

Rebecca gargalhou.

—Nunca, Nash. –falou se inclinando e deixando seus rostos bem pertos um do outro.

—Nunca diga nunca, maluquinha. –ele diz sorrindo sem mostrar os dentes.

—Pra você é Rebecca. –Rebecca falou séria.

—Maluquinha. –ele diz com um sorriso divertido nos lábios.

—Babaquinha. –retrucou com o mesmo sorriso.

—Gostosa. –ele diz sorrindo. Empurro o mesmo, fazendo Nash conseguir se levantar, e então não conseguiu cair, uma pena.

O sinal indicando o almoço tocou e Rebecca se levantou.

—Me acompanha até a cantina? –Rebecca pergunta sorrindo sarcástica e indo até a porta.

—Só se for pra te jogar da escada. –Nash responde brincando e indo atrás dela.

—Isso é jeito de se falar com sua paciente? –Rebecca pergunta se virando e se escorando na porta.

 Ambos foram até a cantina e Rebecca se dirigiu à parte dos refrigerantes, já estava com água na boca; porém antes mesmo dela tocar na latinha, Nash apareceu ao seu lado e segurou seu braço. Ela a encarou e ele negava com a cabeça, como se ela estivesse infringindo uma lei, e logo em seguida deu um gole no refrigerante que ela tanto queria desde que estava na sala.

—Não enche. –ela falou e puxou seu braço de volta com o refrigerante junto.

Abriu a lata rapidamente, deu um grande gole e sorriu, porém com a boca cheia e fechada.

—Desse jeito você nunca vai ficar boa. –ele realmente parecia com raiva. –E vai ficar pra sempre aqui. –Logo em seguida ele se retirou do local, como se tivesse dado um aviso mortal.

Acontece que ela não liga de passar minha vida aqui. Seus pais se transformaram em babacas, não tenho irmãos e nem vida social. Não iria fazer diferença alguma.

Terminou a bebida e jogou a embalagem fora.

Seus pensamentos pareciam um poço sem fundo, precisava de um tempo, então após almoçar, se dirigiu ao quarto e deitou.

Um dos enfermeiros faltou então essa noite Nash tem que ficar de plantão. As madrugadas na clínica não são muito agitadas. O máximo de barulho que pode ser escutado é a Glenda no telefone, mas mesmo assim, com muito esforço.

 Bem, ali estava Nash, sentado em uma acinzentada cadeira giratória junto a uma mesa lotada de prontuários e exames que eu tinha que dar uma olhada. Mexendo nos papéis, encontrou o prontuário de Rebecca, resolveu dar uma olhada por curiosidade, nada demais.

"Segundo os pais, com o pânico noturno, a menina apresenta comportamento agressivo extremo. Também é a principal suspeita de ter cometido um assassina...”.

Rapidamente fechou a capa de plástico que envolvia os papéis principais e suspirou. Realmente estava quase sem ar. Ele já sabia o que havia depois, não era necessário terminar.

É impressionante. Como a REBECCA pôde fazer algo assim? Mesmo dormindo? Um grande silêncio predominou o local, mas logo foi quebrado quando a porta da minha sala se abriu, e por incrível que pareça, era ela.

—Rebecca? O que está fazendo aqui? –falou se levantando e indo a sua direção. Não obteve resposta então questionou de novo. –Olha se você está chateada com aquilo que eu disse sobre você ficar aqui pra sempre...

Antes que ele terminasse ela mostrou uma faca que escondia em sua trás. Nash olhou para o objeto metálico e depois para ela, que, mais rápida que eu, tentou o acertar. Nash desviou tentando segurar o braço dela, porém não conseguiu. Ela sabe se defender, tem bons movimentos. Tentou o encurralar na parede, o arrastando pra trás, porém ele a levou para o lado, consequentemente caindo na mesa, rolaram na mesma derrubando tudo e pararam no chão. Nash não tinha escapatória, Rebecca estava em cima dele, sob meu controle. Então era isso, suas forças estavam se acabando, seus braços se remexiam muito, impossível de segurar por muito tempo, então, Nash aceitou seu destino, e ainda a segurando, fechou os olhos, esperando o momento em que ela conseguiria o acertar.

 —Nash, eu... –A voz de seu parceiro, rapidamente Nash abriu os olhos e viu tentando puxar a garota.

Nash tenta pegar a faca que estava na mão de Rebecca, mas logo recebeu um corte em seus pulsos do braço esquerdo. Tentou suportar a dor e rapidamente conseguiu retirar o objeto da mão de Rebecca. Jack a segurava por trás e a garota se debatia. Procurou por um medicamento que a acalmasse em sua sala, revirou minhas gavetas, deixando pingos e mais pingos de sangue pelo trajeto que seus braços percorriam. Assim que achou o que procurava, rapidamente injetou em Rebecca, que logo adormece. Jack e ele suspiraram e colocaram a garota na maca.

—O que foi isso? –Jack pergunta ofegante ainda olhando Rebecca.

—Surto. –Nash respondeu a olhando.

—E você vai ficar ai pensando ou vai cuidar disso? –Jack pergunta apontando pro seu braço, que sangrava.

—Vou á enfermaria. –Nash falou e saiu rapidamente da sala.

—Nash, o que foi isso? –Glenda pergunta rapidamente quando o vê passando pelo corredor.

—Depois te explico. –Nash gritou e viu que o corredor estava com muitos pingos de sangue. Correu e entrou apressadamente na enfermaria.

—Doutor Grier, sente-se! –Dalila assim diz assim que o vê com o braço sangrando.

Sentou-se em sua frente e ela começa a fazer o curativo.

—O que e quem fez isso? –Dalila pergunta limpando seu braço.

—Uma faca, Rebecca Frocks. Ela sofre de pânico noturno, mas dessa vez foi diferente, ela tem algo a mais e ninguém descobriu ainda. –Nash respondeu e respirou fundo.

—Você deu muita sorte, o corte podia ser mais profundo e teríamos problemas. –Dalila diz se levantando.

—Obrigado. –Agradeceu se levantando.

—Passe aqui mais tarde, preciso limpa-lo novamente. –Ela diz e ele assente. Saiu da enfermaria e viu que já estão limpando o sangue. Seguiu para sua sala e mesma já está limpa.

—Jack, quando Rebecca acordar faça todos os exames possíveis. –Nash diz e começou a arrumar sua sala.

—Pra que quer os exames? –Jack pergunta e começa a ajudar a arrumar.

—Rebecca não tem apenas Pânico noturno, ela tem mais alguma coisa, Jack. Esse surto não faz parte do pânico. –Nash diz arrumando seu notebook na mesa.

—E o que acha que é? –Jack pergunta.

—Eu não sei, ainda. –Respondeu e se atirou em sua cadeira.

—Quando ela acordar, a mande para minha sala, irei preparar tudo. –Jack diz e Nash assente.

Ele sai da sala a e Nash suspira. Não demorou muito e Glenda entrou.

—Quero saber o porquê do sangramento e o porquê da Rebecca estar nessa maca desacordada. –Diz a loira se sentando em minha frente.

—Rebecca teve um surto, ainda não entendi o porquê, ela só tem pânico noturno pelo o que sabemos. Ela chegou aqui com uma faca, veio para cima de mim e tentou me matar, mas felizmente Gilinsky apareceu e retirou ela de cima de mim, e então em uma das minhas tentativas de tirar a faca de sua mão, ela conseguiu me cortar. –Explicou e ela respira fundo.

—Rebecca só irá nos trazer problemas aqui, estou pensando em transferi-la para Chicago. –Glenda diz.

—Não! –Respondeu rapidamente e Glenda arqueia a sobrancelha. –Ela começou aqui e irá terminar aqui! Não irei sossegar até vê-la melhor.

—Tudo bem Grier, como quiser. –Glenda diz e da uma risadinha. –O que irá fazer?

—Rebecca fará alguns exames, irei ler seu prontuário e entrar em contato com algumas pessoas próximas dela, preciso que me dê os contatos dos pais dela. –Falou e ela assente se levantando.

—Já trago aqui-Glenda diz antes de sair da sala. Nash abriu seu notebook e colocou o prontuário de Rebecca ao lado do mesmo. Não demora muito e Glenda volta com um papel.

—Aqui está. –Ela o entrega.

—Obrigado. –Agradeceu e passou seus belos olhos azuis pelo papel.

—Estarei na minha sala, caso precise de mim. –Glenda diz.

—Tudo bem, ah, mande alguém avisar Cameron para que ele passe aqui mais tarde. –Nash diz e Glenda assente saindo da sala.

No papel tem e-mails, números de celular e endereço dos seus pais, seus tios mais próximos e de alguns amigos. Mandou um e-mail para todos eles, dizendo que queria falar sobre Rebecca.

Ele ficou horas ali, de cinco em cinco minutos olhou para Rebecca.

—Nash? –Ouviu Rebecca dizer. Antes de olhá-la novamente, o doutor respirou fundo.

—Rebecca, sente-se aqui, por favor. –Deu a ordem e ela logo desceu da maca, se sentando em sua frente.

–Pode falar. –Disse e sentou-se.

Na verdade, ele não queria falar. Não queria que ela soubesse que quando dorme é uma máquina mortífera. Não queria que ela soubesse que tentou me matar. E nem sei como começar a contar.

—Nash? –Pronunciou tirando-o do devaneio.

—Bem... Rebecca... –Falou se ajeitando na cadeira, continuou. –Nessa madrugada você teve mais um pânico noturno. –Soltou seu ar, seus ombros caíram e sua feição não era mais a mesma, nem o olhava mais. Ela parecia realmente preocupada com si mesma. –Mas não foi como os outros... –Disse isso e seus olhos foram diretos para os de Nash; sua atenção parece ter se multiplicado. –Você entrou aqui em meu escritório... Com uma faca... E... Bem... Tentou me matar.

–Como? Desculpe, acho que entendi errado. –Inclinou-se para frente.

–Sim... E com isso, tive a conclusão de que você tem algo a mais. Algo além do seu sonambulismo. –Respondeu.

Rebecca bufou se escorando na cadeira e entranhou seus dedos no cabelo. Um silêncio tomou conta do local.

—Tá legal, mas e aí, como vai ser? –Falou grosseiramente, como se estivesse esperando Nash dizer algo.

 Ele queria mesmo é dar um fora nela pela forma que ela falou, mas não é o momento.

—Terei que fazer alguns exames e ver o que temos. Não garanto nada. Aliás, se os outros médicos não descobriram sua outra doença, porque eu descobriria? Mas farei meu melhor. –A fitou, esperando alguma coisa.


Notas Finais


E então,,,,, comentem, obrigada.
Beijos.


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