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História Tantalise - Está flertando comigo?


Escrita por: princessleticia

Notas do Autor


me desculpem pela enorme demora
beijos e n desistem da fic

Capítulo 4 - Está flertando comigo?


—E você namora? –Perguntou Ellen.

—Não. –Respondeu dando de ombros e respondendo o e-mail.

Diga-me quando você estiver disponível. –Enviou.

—Que bom. –Ellen responde num tom malicioso.

—Doutor Nash. –Uma enfermeira diz entrando na sala.

—O que houve com a Rebecca? –Indagou já sabendo que era ela.

—Vamos até o quarto dela. –Diz e ele assente.

—Ellen volte aqui amanhã. –Falou e a garota assente se levantando.

Ela sai e Nash sai logo atrás, ele foi o mais rápido possível até o quarto de Rebecca.

Entro e vejo um enfermeiro o observar em pé, ao lado da cama. Chego mais perto da mesma e vejo Rebecca com seus enormes olhos verdes abertos.

—Ela não sai disso há quase meia hora. –O enfermeiro diz.

—Pode ser paralisia. –Nash falou e checou sua respiração, que está fraca. –Rebecca?

Ele não obtém respostas, a menina continua da mesma forma. Com a respiração fraca, sem piscar e com o olhar fixado no teto acinzentado.

Na mente de Rebecca, ela está em um sonho distante, seus olhos fechados e sua respiração normalizada. Mas não, não está assim.

Por mais que a garota queira acordar, piscar, levantar, ela não consegue.

—Paralisia do sono. –Nash afirmou.

—Quando ela despertar vai estar assustada. –A enfermeira diz.

—Pior que isso, ela vai está aterrorizada. –Nash diz e suspira.

—O que podemos fazer? –O enfermeiro pergunta.

—Sair, eu assumo daqui. –Eles assentem e saem do quarto.

—Desperta Rebecca, vamos. –Nash diz pegando em sua mão, que estava gelada. Sentou-se ao seu lado, seus olhos ficam ainda mais arregalados e sua boca parece querer abrir e gritar algo. O coração de Nash está cada vez mais acelerado e parece que ele irá saltar para fora.

Em questão de segundos ela se senta na cama e grita. Nash tapou os ouvidos até a mesma parar. Rebecca começa a chorar desesperadamente, em um movimento Nash lhe da um abraço, ela tenta se soltar, mas logo depois o aperta.

—E-eu... –Balbuciou.

—Se acalma eu estou aqui. –Ele diz sem solta-la e ela suspira.

Segundos passaram e enfim eles se encararam. Rebecca permanecia assustada e Nash não conseguia nem se quer abrir a boca.

—Preciso ir. –Nash diz com dificuldade.

—Vou dar uma volta. –Rebecca diz e ambos se levantam.

Nash sai na frente e Rebecca fecha a porta, novamente ela bate de frente com Cameron.

Vai fazer alguma coisa agora? –Ele nega. –Então é sua obrigação me distrair.

—Isso Cameron, faça esse favor. –Nash pede e sai pelos corredores.

—Vem cá. –Cameron a puxou e começamos a caminhar para o outro lado do corredor.

—Pra onde vai me levar? –Rebecca pergunta curiosa.

—Um lugar que eu amo. –O moreno responde e eles entram no elevador.

Caminhamos mais um pouco e chegamos a um lugar onde havia algumas cadeiras, como se fosse um jardim. Sentamo-nos debaixo de uma árvore e me encostei-me a seu tronco.

—Já conheceu a menina nova? –Rebecca perguntou.

—A magrela loira oxigenada? –Rebecca ri com sua frase e assente. –Irritante.

—Como a conheceu? –Perguntou curiosa.

—Esbarrei sem querer nela, ai ela quase e fez um show, dramática. –Cameron diz e revira os olhos.

—Nova paciente do Nash. –Rebecca diz e foi sua vez de revirar os belos olhos verdes.

—Eu sei. –Deu de ombros. –Está com ciúmes?

—Não tenho ciúmes do que não é meu. –Rebecca deu de ombros. –Mas a única garota que pode e vai infernizar Nash sou eu.

—Isso aí. –Cameron ri.

—Quem é? –Rebecca pergunta apontando para um menino loiro de camisa azul, sentado em uma mesa um pouco distante deles.

—Apontar é feio. –Cameron bate em sua mão, a fazendo rir. –É o Luke.

—Bonito... –Rebecca diz e Cameron balança a cabeça.

—Ele é antipático. –Cameron avisa.

—Vamos ver. –Rebecca diz se levantando e Cameron arqueia a sobrancelha.

—Você não vai lá. Ou vai? –Indagou e eu Rebecca sorriu.

—Já volto. –Ela diz o fazendo rir e balançar a cabeça.

Ela caminhou até o menino e se sentou em sua frente.

—Ouvi dizer que o senhor é muito simpático. –Ela diz e ele a encara.

—É mesmo?!  –Luke fingiu estar surpreso e logo fechou a cara, fazendo Rebecca riu pelo nariz.

—Sou Rebecca.

—Eu não quero saber. –Ele diz apoiando seus braços na mesa.

—E você é o Luke. –Sorriu e ele revirou os olhos. –Vai ser grosso? Vamos lá! E consigo te superar.

—Rebecca? –A mesma assentiu –Então você é a louca que tentou matar o Nash?

—Eu não fiz isso em sã consciência. –Ele riu. –Ah, o loirinho sabe rir. –Revirou os olhos.

—Vai tentar me matar também? –Brincou o garoto.

—Talvez. –Ela responde e ele riu mais uma vez. –Gostei do piercing. –Encarou seu piercing nos lábios.

—Quer sentir? –Ele diz e ela entendeu o que queria dizer.

—Está flertando comigo? –Rebecca riu.

—Talvez. –Luke responde e sorri.

—Rebecca. –Cameron gritou ambos o encararam. –Tenho que fazer alguns exames, nos vemos depois. –Rebecca assentiu e mandou um beijo no ar.

—Seu amigo? –Indagou Luke.

—É. –Rebecca deu de ombros. –Quando eu cheguei não queria fazer amizades, mas Cameron é um insuportável legal.

—Também sou. –Luke comenta.

—Não estou convicta disso. –Sorriu irônica. –Achei que seria mais difícil conversar com você.

—Eu queria mesmo conhecer à louca que tentou matar um Doutor. –Riu e Rebecca revirou os olhos.

—Se me chamar de louca mais uma vez, eu te mato e vai ser em sã consciência. –Falou e ele levantou seus braços em forma de rendimento.

—Psicopata pode? –Indagou e ela lhe mandou um belo dedo do meio.

—Rebecca. –Ela falou firme.

—Louca?

—Rebecca.

—Maluquinha?

—Rebecca.

—Psicopata?

—Quer morrer? –Sorriu irônica.

—Só se você me matar. –Sorriu.

—Com prazer. –Ela riu.

—Vamos dar uma volta. –Ele diz se levantando, Rebecca permanece sentada, até ele a puxar.

—Ei. –Falou quase caindo em seus próprios pés.

—De onde você veio? –Perguntou ignorando totalmente o que fez.

—Daqui da cidade mesmo. –Respondeu Rebecca. –E você?

—Austrália. –Falou e a encarou.

—Tão longe. –Rebecca diz e riu pelo nariz.

—É. –Riu também pelo nariz.

—Por que está aqui? –Rebecca indagou curiosa.

—Há 12 anos eu tomo medicamento antidepressivo. Eu tinha transtorno bipolar, muita tristeza, dá ansiedade... Tinha síndrome do pânico... Medo, uma tristeza muito grande. Comecei a ouvir algumas vozes em minha cabeça. –Suspirou. –De cinco anos pra cá, me falaram que era esquizofrenia, uma doença do pensamento. Aí eu comecei a procurar informações sobre isso e, de certa forma aprender a lidar com a doença. –Rebecca ouvia com muita atenção, e então eles se sentaram em um banco que havia no pátio vazio–Sentia que estavam me perseguindo pela internet, pela televisão. Eu estava me sentindo mal, triste. Eu pendurei sem pensar um fio de extensão grossa e dei um laço no pescoço. Dá uma coisa ruim aqui por dentro, vem um pensamento: '’Se mata, se mata que eu te livro disso'’. E então meus pais apareceram e tiraram o fio de mim. Eu fiquei uma semana sem tomar os medicamentos, aí me internaram aqui. Daí eu comecei a ver pessoas mortas, eles conversam comigo todos os dias. –Rebecca arregalou os olhos.

—Nossa. –Foi a única coisa que Rebecca conseguiu dizer. Luke riu fraco e balançou a cabeça.

—Agora me diz você, por que está aqui? –Indagou fitando Rebecca com seus olhos azuis, mas não azuis e lindos como os de Nash.

—Eu tenho pânico noturno, sonambulismo, esquizofrenia e com isso eu faço o que faço, você já deve saber. –Ele assentiu rindo fraco. –Dos meus quinze anos pra cá, eu ouvia vozes também, mas eram poucas vezes, me xingavam e diziam que iriam me matar, se eu não me matasse já, eu iria matar muitas pessoas. Já pensei na minha morte várias vezes, por causa de problemas na família, coisas mal perdoadas, sabe? –Assentiu. –Minha mãe machuca com as coisas que ele me fala e fica na minha cabeça, por isso eu não consigo levar nada pra frente. Ela tem o coração muito bom, só que ela exagera nas palavras dela. E... –Deu uma pausa para tomar coragem e contar. –Nunca disse isso para ninguém... Eu matei minha melhor amiga. –Arqueou a sobrancelha surpreso –Não estava em sã consciência, as vozes fizeram isso, o pânico e o sonambulismo agiram juntos, eu tenho alguns flashbacks da madrugada que aconteceu, as vozes fazem questões de me lembrar de que eu fui eu que a matei, todos os dias. E não satisfeitas com isso, me xingam e me chamam de coisas sujas.

—E com isso você se sente suja. –Luke diz e ela assente. –Eu sei como é. Também passo por isso todas as manhãs.

—É agoniante. –Rebecca respondeu.

—Eu vejo isso como algo catastrófico. Então eu tento me acostumar. –Deu de ombros.

—Eu também, mas não irei me acostumar nunca. –Suspirou a menina.

—Nunca pensei que iria me abrir com alguém desse jeito e tão rápido. –Luke sorri.

—Digo o mesmo. –Ri. –Sabe Luke, acho que me disseram errado... Você não é antipático. E nem ouse abrir a boca para alguém, ou eu lhe mato em sã consciência.

—Na verdade, eu sou. Mas gosto de conhecer pessoas mais loucas que eu. E relaxa, não irei abrir minha boca–Gargalhamos.

—Sou eu que vejo e converso com pessoas mortas, não é mesmo? –Rebecca soa sarcástica.

—Pelo menos eu não matei ninguém. –Apertou o nariz de Rebecca, fazendo-a gargalhar.

—Continuo achando que você é mais louco. –Ela diz e deu de ombros.

—Realmente, você não é louca, é uma assassina –A provocou. Rebecca o olha feio, com um olhar mortal, como se estivesse prestes a estrangula-lo. –Me desculpe. –Mordeu os lábios e Rebecca balançou a cabeça.

—Você tem amigos aqui? –Ela mudou o assunto.

—Dois. Michael e você. –Sorriu.

—Eu não quero ser sua amiga. –Rebecca diz e faz uma careta, que só a deixava mais fofa.

—Então não devia ter ido falar comigo. –Luke riu.

—Tudo bem, tudo bem. –Ela ri junto. –Quem é Michael?

—Um louco do cabelo vermelho. –Rebecca arqueou a sobrancelha. –Ele ali. Michael! –Gritou e ela se virou.

Realmente o garoto tinha os cabelos vermelhos. Ele se aproximou e percebi que ele tinha um piercing na sobrancelha, com duas bolinhas pretas, uma em cima e outra em baixo. Os olhos na cor verde claro, o que só o deixa mais bonito e estranho. Um estranho bonito. (?)

—Michael, essa é a Rebecca. –Luke sorri a apresentando.

—A louca que tentou matar o Doutor Nash Grier? –Michael perguntou rindo e eles riram juntos –Prazer, Michael. –A abraçou e se sentou ao lado de Luke.

—Todos aqui me chamam de ‘’A louca que tentou matar o Nash’’? –Rebecca pergunta.

—Sim. –Michael e Luke responderam juntos, rindo.

—Rebecca. –Nash chamou a mesma, de longe.

—Vou lá, vejo vocês depois. –Ela se levantou.

—Na hora do jantar senta com a gente. –Michael diz se levantando.

—Se quiser dormir no meu quarto também... Sem problemas. –Luke diz arrancando risadas dos dois.

—Tchau. –Ela diz dando um beijo em sua bochecha, em seguida na de Michael.

E então ela corre até Nash.

—Que cara de quem comeu e não gostou é essa? –Perguntou Rebecca.

—Vamos pra minha sala. –Diz sério e ela revirou os olhos. Assim que entraram na sala, Rebecca fez o favor de se atirar na cadeira em frente á mesa de Nash.

—O que foi? –Ela perguntou enquanto ele se sentava.

—Nada. –Ele responde dando de ombros.

—Me chamou atoa? –Perguntou incrédula.

—Você não vai ficar se engraçando com qualquer par de olhos azuis não. –Diz e ela gargalhou.

—Na... –A voz da magrela loira oxigenada foi ouvida, assim como a porta se abrindo. Rebecca a encarou de cara feia.

—Algum problema? –Rebecca diz rude.

—Vim fazer companhia pro Nash... –Ellen começa a dizer.

—Mas ele está ocupado, não está vendo? –Rebecca retruca.

—Rebecca, menos. –Nash sussurra.

—Tudo bem. Vou voltar para Jack. –Sorriu e saiu da sala.

—Que foi? –Nash pergunta com a sobrancelha arqueada. Rebecca balança a cabeça. –Daqui a pouco eu vou precisar sair. –Ela deu de ombros. –Rebecca, continua ouvindo vozes?

—Não... Faz um tempo que elas não falam comigo, devem estar planejando algo ruim. –Respondeu encarando seus olhos azuis.

—Como assim? –Indagou colocando seus braços apoiados na mesa.

—É sempre assim. Elas somem e do nada voltam, pior do que antes, falando cada vez mais coisas sujas. –Respondeu e engoliu seco. –Luke também sofre de esquizofrenia.

—Eu sei, já tentei tratar ele, mas outra doutora preferiu ficar. –Deu de ombros.

—Ele é um cara legal. –Ela comentou.

—Arrogante. –Revirou os olhos.

—Comigo ele não foi. –Ela diz e deu de ombros.

—Deve estar querendo ficar com você. –Fechou a cara.

—Já posso ir? –Indagou Rebecca.

—Só se não for conversar com Luke. –Sorriu sarcástico.

—Uma pena, eu vou do mesmo jeito. –Ela sai da sala.

Ela desce e procura por Luke, o achando no mesmo lugar onde nos conhecemos.

—Oi gatinho, vem sempre aqui? –Brincou se sentando e Luke ri.

—Engraçada você. –Disse o loiro. –O que Nash queria?

—‘’ Você não vai ficar se engraçando com qualquer par de olhos azuis não. ’’ –O imitou e Luke gargalhou.

—Vocês estão juntos? –Perguntou curioso.

—Não. –Deu de ombros.

—Vamos comer alguma coisa. –Se levantou e logo a puxou.

—Cadê Michael? –Perguntou enquanto caminhavam.

—Se agarrando com alguma louca. –Riram da resposta de Luke.

—Já viu algum caso sinistro aqui? –Rebecca perguntou.

—Já. Tem um cara aqui, ouvi dizer que ele matou todos da família e tentou se matar aqui dentro milhares de vezes. –Ele diz e Rebecca arregala os olhos.

Uma grande tontura atinge Rebecca e ela se apoia em Luke, fechando os olhos com força.

—O que foi? –Perguntou preocupado.

Faça igual, Rebecca. Mate todos, se mate.

Vou acabar com a sua vida.

Tapei meus ouvidos e balancei minha cabeça com força, desejando que elas parassem.

Nós não vamos parar, nunca.

Você não conseguirá se livrar de nós.

Inútil.

Ninguém liga pra você.

—Rebecca! –Ouviu Luke, que parecia tão distante.

—Luke. –Balbuciou a garota.

—Eu sei, eu sei. Calma. –A abraçou forte.

—Eu estou cansada disso, Luke. –Sussurrou no ouvido do loiro.

—É difícil, eu sei. –A apertou.

—O que aconteceu? –Ouviram Michael dizer.

—Esquizofrenia. –Luke sussurrou.

Rebecca abriu seus olhos e a primeira coisa que viu, foi Luke com um olhar preocupado.

—Michael, pegue água pra ela. –Luke manda sem tirar seus olhos da garota. Michael assente e eles adentraram na cantina, logo se sentando.

—Elas tinham sumido. –Balbuciou a menina.

—E quando voltam, voltam piores que antes. –Luke diz e Rebecca balança a cabeça. –Também passo por isso, gatinha.

—Aqui está. –Michael e entrega a garrafinha. Luke abre e Rebecca bebe todo o liquido.

—Sempre quando elas falam comigo, no mesmo dia eu tento matar alguém, só me vem flashs na cabeça. –Rebecca diz.

—Então está dizendo que pode atacar essa madrugada? –Michael pergunta.

—Sim. Se eu fizesse em sã consciência, atacaria a magrela loira oxigenada. –Ela resmunga e os meninos riram. 


Notas Finais


comentem e obrigadaa


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