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História Tea. - Único.


Escrita por: SobOLuar

Notas do Autor


Plotei escutando Ben Howard. Espero que gostem!
Perdoem os erros e não desistam de mim.

Capítulo 1 - Único.


E tudo o que eu queria fazer neste sábado chuvoso era escutar Ben Howard debaixo de um amontoado de cobertas fofas, enquanto tomava um chá de camomila, porém, isso foi -  literalmente – por água a baixo quando um certo garoto esbarrou em mim perto ao mercado de onde vinha com algumas sacolas, e acabamos por dividir muito mais que apenas algumas xícaras de chá.

O aconchego do meu pequeno apartamento era perfeito para mim; um pequeno cômodo que chamo de quarto, a cozinha – até bem espaçosa – que também serve de dispensa, a sala onde meus gatos, Sebastian e Ciel, costumam ficar e uma varanda abandonada. Eu pensava que estava contente com isso; a constante solidão já era rotineira ir e vim sem ter alguém para me esperar, mas, as coisas tendem a mudar. Só não esperava que fosse de uma forma tão repentina.

Sai naquela chuva no intuito de comprar chá e torradas, não de ter meu coração roubado. Mas há coisas que acontecerem para melhorar sua vida e mesmo que seja difícil admitir, conhecer Nakamoto Yuta foi uma dessas.

Distraído com os pingos de chuva não percebi que alguém vinha em passos rápidos em minha direção, mesmo que não propositalmente acabamos por nos esbarrar e enquanto meus preciosos chás foram em direção ao chão molhado devido a forte chuva, senti braços envolverem meu corpo me impedindo de cair. Franzi o cenho realmente assustado e raivoso, afinal perdi meus companheiros e não dormiria bem sem poder sentir o doce gosto de erva doce.

 

— Perdoe-me. – disse o rapaz.

 

Encaro o dono da doce voz, assustando-me com a repentina aproximação fazendo assim me desvencilhar de seus braços.

 

— Tudo bem. – Respondo encarando tristemente meus saques de chá espalhados pela rua.

 

— Se me permitir posso pagar um chá pra você. – propõe o rapaz.

 

Encaro seu rosto percebendo que o jovem rapaz é até mesmo belo; seus cabelos castanhos escuros caídos suavemente sobre sua testa, os olhos ônix tão brilhosos, um nariz tão bem desenhado e uma boca carnudinha, bem fofo para ser sincero.

 

— E então? – questiona-me.

 

— Está bem – aceito ainda admirando seu belo rosto – Mas não posso demorar.

 

Ele assentiu com a cabeça lançando-me um sorriso gentil pediu para que o acompanhasse. Debaixo da garoa caminhamos em silencio até uma pequena casa de chá, repleta de opções me senti perdido diante tantas variedades.

— Ainda não sei seu nome. – diz o rapaz procurando por algo – Mas creio que possamos conversar sobre isso enquanto desfrutados dos chás, certo?

Ele segue para uma mesa afastada e o sigo meio sem jeito, pois ele mesmo nem me conhecendo trata-me de uma forma tão gentil... Sentei ao seu lado e uma moça veio nos servir, o primeiro chá é de camomila.

— Hum... Está realmente muito bom! – digo após bebericar um pouco – O senhor gosta dos mais doces? – questiono.

O rapaz solta uma leve risada e afirma com a cabeça.

— Aliás, não precisa me chamar de senhor, uma vez que creio ser mais novo que você... ? – ergueu as sobrancelhas em questionamento.

— Ji Hansol.

— Ji Hansol... – repetiu como se degustasse de meu nome – Me chamo Nakamoto Yuta e tenho 20 anos.

Surpreendo-me ao saber que sou seu Hyung e Yuta ri de mim.

— Seus olhos são bonitos. – comenta tomando outro gole do chá.

Evito corar diante tal elogio e o respondo:

— Tenho 21.

Ele sorri aberto e seus olhos se fecham por alguns segundos.

— Sabia que é meu Hyung – exclamou contente – Vamos pedir mais chá?

 

A tarde passou rápida demais e quando me dei conta o crepúsculo começava a tomar conta do céu. Senti-me confuso ao perceber que pela primeira vez em meses consegui manter uma boa conversa com alguém e fiquei bem feliz com isso. Yuta é um bom rapaz, estudante de música e bem tímido – embora não pareça – e depois de passar pelos mais diversos tipos de assuntos percebi que gostaria que esse dia nunca acabasse e que Yuta nunca fosse embora. E nunca é tempo demais até mesmo pra mim.

Mas o tempo foi passando, o contanto não foi perdido e amizade se fortificou. Yuta conheceu meus gatos, viu minha coleção de filmes e cd’s, me escutou cantar e eu o vi dançar. São memórias mágicas, momentos simples que fazem meu coração bater apenas de lembrar e hoje estamos aqui. O amor floresceu sem pressa em meio as nossas conversas banais, o sentimento se impregnou de tal forma que não nos víamos longe um do outro e quase sem perceber pouco a pouco eu e Yuta dividíamos muito mais do que xícaras de chá; dividíamos um apartamento, uma vida.

 

 


Notas Finais


E então?


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