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História Teach me - Primeiro dia de aula


Escrita por: FemmeFatalle

Notas do Autor


Helena é uma mulher, que não tem vergonha de ser mulher.

Capítulo 1 - Primeiro dia de aula


Fanfic / Fanfiction Teach me - Primeiro dia de aula

Era complicado lidar com toda aquela nova situação: ter que dar aula naquele colégio era quase uma  tortura. Aquilo definitivamente não era pra mim. Eu já sabia que assim que acabasse o curso de psicologia ia acabar tendo que pegar o primeiro emprego que aparecesse, mas professora? Aquilo era novidade. Nunca pensei que o meu primeiro curso (letras) fosse me servir pra algo. Quando eu o fiz eu era só uma adolescente apaixonada por literatura erótica – ri  comigo mesma – ah, que saudade de ler aqueles livros deliciosos…
Estava chegando a hora da minha primeira aula na vida, eu estava com um frio no estômago horrível, além do enjoo que não me deixava em paz toda vez que lembrava que eu ia ter que lidar com adolescentes de novo. Quando penso que tudo acabou… que saco! Em plenos 30 anos e ia estar em meio a uma cacofonia de hormônios caótica, nunca soube lidar bem com isso. Minha pontualidade estava me fazendo esperar por mais de vinte minutos em uma sala com um café frio na mão e o pânico pouco a pouco se instalando dentro de mim. Fui até o banheiro e me olhei pela milésima vez no espelho. Meu cabelo liso e fino tinha alguns frizz com os quais já tinha me acostumado, meu batom vermelho estava alguns milímetros borrados – o que eu corrigi – e eu estava muito insegura com relação à roupa adequada. Eu não tenho roupas entediantes. Uma saia lápis preta e uma blusa branca de mangas compridas e botões foi o máximo que consegui. Eu parecia séria, rica. Gostaria que fosse tão simples assim. Ser uma futura sexóloga faz com que as pessoas não te levem muito a sério. E sim, eu estava fudida se algum dos meus alunos descobrisse, seria a piada do século.
Entrei na sala e todos estavam conversando. Eu tinha só que respirar e pensar na sorte de aquilo tudo ser temporário. Era sorte minha que a antiga professora tivesse engravidado, bem a tempo. Escrevi meu nome no quadro e aos poucos ao notar minha presença a sala foi se tornando cada vez mais silenciosa. Eu me apresentei como tinha ensaiado algumas (mil) vezes na frente do espelho
- Bom dia classe, meu nome é Helena e eu vou ser sua professora de literatura até o final do ano letivo. Por favor abram na página 226 para que possamos dar continuidade ao seu material já que… - eu estava conseguindo dizer tudo da forma mais perfeita até me deparar com um impertinente qualquer que jogava uma bolinha de papel no “coleguinha” do lado - … por favor façam silêncio. Eu exijo ordem em uma turma de terceiro ano do ensino médio.
Todos fizeram silêncio e parecia que eu tinha concluído o meu plano de ser uma professora neutra, nem chata, nem legal, só o suficiente pra terminar o ano (ou não). As caras de espanto e desagrado não eram exatamente força pra me fazer continuar, mas eu tinha o silêncio que precisava. Criei uma nota mental pra me vingar de todos os professores que haviam me marcado no meu tempo de estudante e busquei encontrar o rosto daquele que me interrompeu – muito hipócrita da minha parte, mas é meio que uma parte de ser adulto (ou era o que eu achava ninguém realmente sabe) – olhei na direção do fundo da sala (e tem algo mais clichê?) e me deparei com ele.
Afinal quem era ele? Os cabelos dele eram castanhos, cor de areia e a luz que entrava pela janela fazia reluzir um dos pontinhos dourados dos olhos cor de mel. Seu rosto era anguloso com seu maxilar bem definido, o sorriso era de um menino levado e o uniforme deixava transparecer o seu tipo físico bem cuidado, não era do tipo bombado, era do tipo que fazia esportes, quase como… Não, eu não sabia a quanto tempo estava olhando pra aquele… AQUELA CRIANÇA DE NO MÁXIMO 18 ANOS.

 


Notas Finais


Criança? rs.


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