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História Teach me - Gabriel, o nome de um anjo.


Escrita por: FemmeFatalle

Capítulo 2 - Gabriel, o nome de um anjo.


Dei a aula no automático e fiquei o tempo inteiro evitando sequer olhar da direção dele. O único momento que foi inevitável foi da chamada.

- Fernanda Morais?

- Aqui – levantou a mão uma menina ruiva cheia de sardas e um óculos quadrado que sentava bem em frente ao birô e parecia estar muito interessada na aula. Devia ser uma das melhores, não tirou os olhos da aula um minuto.

- Gabriel Campelo?

- Presente – respondeu ele. Olhei na sua direção e tive que me esforçar pra voltar os olhos novamente pra caderneta, ele estava mexendo no cabelo enquanto olhava o reflexo leve da janela, tinha respondido meio distraído e quando olhou pra mim, desviei o olhar. O nome dela era Gabriel… Ora, mas que diferença fazia pra mim? Era só um menino… Um lindo, charmoso e sexy menininho…

Ao sinal do toque eu peguei minhas coisas e fui rapidamente em direção ao estacionamento sem nem olhar pra trás com a cabeça cheia de pensamentos maldosos à respeito daquele adolescente. Quando estava na portaria pensei ter ouvido meu nome, mas continuei andando.

- Professora! Professora Helena! – não. Não podia ser aquela voz impertinente. Eu pensei.

- A Sra esqueceu sua pasta...– era.

Fiquei um tempo perdida naqueles olhos cor de mel e naquele rostinho angelical. Quando percebi já deviam fazer alguns segundos e ele começava a me olhar com um sorriso constrangido com a pasta na mão.

- Ah, sim. Obrigada Gabriel – respondi tentando soar o menos constrangida possível

- Já decorou meu nome? Logo no primeiro dia de aula? – perguntou ele com um sorrisinho simpático muito meigo

- É… eu sou hum boa com nomes – disse e me arrependi da resposta mais imbecil do ano, peguei a pasta e fui até o carro.

Quando cheguei em casa estava com a cabeça cheia de pensamentos, mas passei o restante da tarde pré-escrevendo a tese do que seria meu mestrado até que chegasse a hora de dormir, no outro dia tinha que ir novamente à escola assinar o contrato com o diretor. Dormi como uma pedra e sonhei com aquele rostinho.

 

Acordei com o alarme infernal invadindo os meus ouvidos quase como uma marcha fúnebre. Levantei e consegui me deslocar de casa só depois de uma enorme xícara de café bem forte e quente. Quando cheguei na diretoria ele estava lá, sentado na cadeira de espera, com uma cara de cachorro que caiu da mudança. Ri comigo, provavelmente deve ter feito algo que não devia. Ele me viu e sorriu simpático

- Pensei que a sua próxima aula só fosse amanhã, hoje é terça-feira

- Sim, você está certo. Segundas e quartas. Vim resolver umas coisas. E você? O que faz aqui?

- Eu tava conversando – ele deu um sorriso culpado e eu sorri de volta

- Eu também não era das mais silenciosas na minha época – tentei ser solidária e ele abriu ainda mais o sorriso

- Não deve fazer tanto tempo assim, quantos anos a sra tem?

- Quanta indelicadeza – eu me surpreendi com a pergunta e ri constrangida por saber exatamente quantos anos tinha e o quanto pensar nele da forma que pensava era inadequado

- Desculpa, mas é que a sra parece ser jovem – todos aqueles “sra” estavam me enlouquecendo

- Pode me chamar de Helena – eu disse e no exato momento me arrependi

- Ta bom então, Helena... – era um tom de atrevimento o que eu sentia naquela voz? Não podia ser.

- Então, tenho 30 anos

- Mentira.

- É verdade – eu sorri, era quase como um elogio.

- Quero ficar assim quando chegar a essa idade – ele falava como se eu tivesse uns 80

- Eu também achava que ia demorar muito, quando você piscar vai estar lá

- Não, é que eu quero ser um coroa bonitão que nem você, Helena – eu fiquei boquiaberta e quando estava prestes a tentar respondê-lo o diretor chamou

- Entre, Helena – eu entrei em paranoia. Será que ele tinha notado algo? Ah, mas que bobagem. É claro que não (esperava eu). Entrei, fechei a porta sentei.

- Professora Helena Vasconcelos?

- Sim, sou eu – ele me fez ouvir quase a uma hora de ladainha à respeito da politica da escola religiosa e por fim finalmente assinei aquele maldito contrato que tinha me feito acordar cedo e fui embora daquela sala infernal.

Quando estava saindo ouvi o toque de largada do terceiro ano, será que eu o veria de novo? Não. Eu tinha que tirar ele da cabeça. Quando estava indo em direção ao estacionamento o vi saindo com os amigos, ele me viu, olhou bem fundo nos meus olhos, sorriu e mordeu os lábios. Aquela boquinha… ainda podia me perder… se eu quisesse ficar desempregada e ir presa. Deus! Precisava ir pra casa.

 

 

Cheguei exausta. Nem tinha sido uma manhã tão longa assim. Eu tinha acordado tarde, me arrumado, ido na escola e voltado pra casa. Admitia que não tinha sido tão ruim assim a conversa com ele, ele era interessante, não que tornasse aquilo menos absurdo, inclusive, já estava na hora de parar com aquilo, mas não era essa a origem do meu estresse. Era mais exausta da vida, insatisfeita com a minha nova rotina. Com toda aquela incerteza, parecia que a época boa tinha sido realmente a faculdade, onde eu bebia e transava de verdade. Uma futura sexóloga que há um bom tempo não fazia sexo de qualidade. Quanta ironia… Decidi colocar uma taça de vinho pra mim. Peguei o meu celular e coloquei uma boa música (Earned It), prendi os meus cabelos em um coque e abri os dois primeiros botões da blusa. Sentei no balcão da minha cozinha americana de madeira e apreciei gosto amargo e doce do vinho descendo pela minha garganta, mas não era o bastante. Peguei minha bolsa e tirei dela uma carteira de cigarros mentolados, um a cada ano pra relaxar minha mente era o suficiente pra mim, por isso não me considerava fumante. Acendi-o e traguei sentindo também a fumaça gelada e uma leve tontura até que acabasse. Levantei e percebi que nem havia tirado os saltos, joguei-os em qualquer lugar do chão e saí andando pelo apartamento sentindo a sensação boa do chão frio nos pés. Resolvi tomar um banho.

Fui até o banheiro e tirei a calça, depois a blusa e o sutiã. Olhei no espelho e os meu mamilos estavam arrepiados, meu rosto estava um pouco abatido e meus olhos verdes estavam um tanto sem brilho, soltei meu cabelo loiro que caiu pelos meus ombros. Tinha um fio de cabelo solto no meu ombro. O estresse estava fazendo meu cabelo cair, passei a mão pra tirá-lo e acabei roçando em um dos meus mamilos. A quanto tempo eu não tocava neles? Nem eu sabia. A vida adulta tinha transparecido ser uma vida cada vez mais sem sal. Foi quando decidi tocá-los. Agarrei-os com as mãos e os apertei, eles enchiam as minhas mãos e sobrava, sentia o mamilo se enrijecer na palma da minha mão, me fez dar um leve sorriso. Comecei a passar as mãos pelo meu pescoço, cabelos, ombros… Lambi a ponta do polegar e passei o dedo molhado ao redor do meu mamilo que me deu um leve prazer. Entrei no banho e deixei a água quente cair no meu corpo, comecei a passar as mãos pela minha barriga imaginando aqueles lábios rosados do Gabriel descendo por ela. Quando me dei conta já tinha encostado na parede e estava ofegante com a mão entre as minhas pernas. Eu passava o meu indicador úmido entre os lábios com movimentos de baixo pra cima sentindo encostar no meu clitóris e deixando minha vulva cada vez mais molhada e escorregadia, lambi o dedo pra facilitar o contato e comecei a acelerar o movimento. Conseguia quase sentir a presença dele ajoelhado naquele chão, sentia meu orgasmo vindo e joguei a cabeça pra trás mordendo meus lábios com força e prendendo gemidos. Gozei e senti os espasmos no meu corpo me deixarem aliviada, mas com cada vez mais desejo de fazer aquela fantasia realidade. Tomei meu banho normalmente e quando saí fui preparar meu jantar.

Com a comida na mesa, abri meu computador e fui ver algumas besteiras enquanto comia. Abri meu Facebook e chequei mensagens e notificações, nada de interessante como sempre. Mas quando abri as solicitações de amizade o nome dele estava lá. Abri o perfil. Era ele. Como não reconhecer aquele sorriso? Eu queria muito aceitar, muito falar com ele. Mas não podia. Não devia. Fiquei olhando muito tempo pra aquele convite. Aceitava? Aceitei. Por que eu aceitei? Resolvi excluir, não podia fazer isso. Mas quando eu estava prestes a desfazer a amizade...

 

Gabriel Campelo: Oi

 

Meu coração estava a mil por hora e tudo que eu conseguia pensar era…

 

Helena Vasconcelos: Como conseguiu meu Facebook?

Gabriel Campelo: É que eu ouvi seu nome…

 

Me senti uma imbecil por não pensar em uma coisa tão óbvia

 

Helena Vasconcelos: Sei…

Gabriel Campelo: Posso te perguntar uma coisa?


Notas Finais


Espero que estejam gostando da história de Helena


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