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História Tears Are Falling - Capítulo 14


Escrita por: JungKook_Biased

Notas do Autor


Annyeong Haseyo!! ♥♥♥
Tudo bem com vocês??
@AwkwardLaurah16 eu cumpri o prazo, não precisamos mais do palhacinho assassino, não é?!
Esse capítulo ficou um pouco grande. Peço desculpa se estiver "cansativo" de ler

Boa leitura!!

Capítulo 14 - Capítulo 14


Fanfic / Fanfiction Tears Are Falling - Capítulo 14

   

~ Senhores passageiros o avião irá decolar daqui a 10 minutos. Houve alguns problemas, nada grave, aguardem, por gentileza. Por favor, já vão ajeitando suas bagagens, sentem em seus devidos lugares e apertem o cinto de segurança. ~

 

Apenas seiscentos segundos para JungKook deixar Coréia do Sul, onde as pessoas mais importantes estão. Apenas cento e oitenta segundos para sobrevoar as nuvens de Seul. Ele iria ser realmente feliz? Conseguiria esquecer Jimin?  

Suspirou e voltou seu olhar para a janela. "Porque eu quero que fique comigo. Eu não quero que você vá para longe. Eu vou sofrer muito se você for." a fala de Jimin lhe adormentava mais uma vez. 

Encarou seu reflexo e lembrou-se na conversa que tivera com Hoseok antes dele ir pro aeroporto. 

 

" –– Vou sentir saudade, JungKookie. –– Hobi indagou com os olhos lacrimejantes. 

–– Eu também vou, hyung. –– disse com algumas lágrimas escorrendo. Por mais que não parecesse Hoseok e JungKook tinham uma amizade forte.  

–– Juízo! Quero que nos ligue sempre que puder. 

–– Okay, Hope. –– disse.  

–– JungKookie? 

–– Sim? 

–– Você sabe que quando for morar por um tempo, será difícil pra voltar. 

–– Eu sei.  

–– Então pense se é isso que queres. 

–– Eu quero ir pra lá!  

–– Tem certeza? 

–– Sim. –– disse meio duvidoso. 

–– Não é o que parece. 

–– Hyung, eu sei o que quero. 

–– Se você está fazendo isso pra tentar esquecer Jimin não vai dar certo. Se você não esqueceu ele durante todo esse tempo, acho difícil esquecê-lo agora. 

–– Não é por causa disso. Eu vou conhecer novas pessoas, cultura. Eu quero ir pra lá. 

–– Não se contradiga, Kookie.  

–– Eu nã... –– foi interrompido por Hobi. 

–– Não precisa nem me responder, apenas pense e reflita pra si mesmo. É isso que você realmente quer?  

–– Hyu... –– novamente fora interrompido. 

–– Não quero que me responda. Apenas pergunte a si próprio. Você vai ser feliz? Não minta pra si mesmo, JungKookie. Você ainda pode desistir. –– abraçou-o. –– Boa viagem. Quando estiver sozinho pense nisso. 

–– Okay, Hobi. Obrigado por tudo. Obrigado por ser minha esperança.

 

Por que a dúvida ainda lhe consumia? O moreno não sabia que ia ser tão doloroso deixar o país natal. 

Você é meu amigo JungKookie, melhores amigos não se abandonam. Eu e o Tae iremos proteger você. Não iremos nos separar, mas se nos separarmos, nunca abandonaremos um ao outro, porque somos como uma família. ". 

Outra vez lembranças o atormentava. Lembrasse perfeitamente desse dia. O pai do mais novo queria levá-lo de volta pra Busan e claro que o moreno havia ficado bem abatido, porém foi confortado por seus amigos. A fala de Jin foi tão reconfortante naquele dia. Assim como está sendo hoje. Fechou os olhos sentindo o abraço coletivo, depois da sentença do mais velho. 

A frase virou um símbolo, "a citação" do trio. A cada momento em que brigavam ou quando tinham problemas no dia a dia, a frase era dita. Logo depois um abraço. Como iria deixá-los? 

"Eu realmente quero isso? Eu vou ser feliz com essa escolha?" pensou. 

E mais uma vez suspirava no dia.  

 

~ Senhores passageiros o avião irá decolar daqui a dois minutos. Apertem o cinto de segurança. Desliguem seus aparelhos eletrônicos ou os deixem em modo avião. Boa viagem. 

 

–– ESPERA! –– gritou JungKook atraindo olhares para si.  

O garoto olhou a janela e soltou o ar que nem sabia percebera que estava segurando. JungKook andou hesitante em direção a aeromoça. Ainda meio receoso com o que faria, disse:   

–– Olá, senhora... –– olhou a pequena plaquinha que obtinha o nome e sobrenome da funcionária. –– ... Lee.  

–– Sim?  

–– Eu gostaria de sair do avião. 

–– Quer desistir da viagem? 

–– Isso! 

–– Ok! Aguarde um momento, por favor. –– disse e foi em direção a cabine do piloto. Depois de poucos segundos a mulher voltou –– Pegue seus pertences, senhor, e siga-me. Terá uma mulher de cabelos levemente brancos ali fora.  

Pegou sua mochila e a mini mala. A porta do avião abriu e uma escada já estava quase posta pro moreno descer, após já poder, desceu e seguiu a mulher indicada.  

–– Senhora, como eu gostaria de recuperar minhas bagagens. –– disse após já estar dentro do aeroporto. 

–– Ah claro.  

A mulher, de cabelo levemente grisalho, pediu para o garoto lhe seguir – novamente –, e logo mandou ele esperar, enquanto ela conversava com seu superior. Em seguida chamaram o moreno, que descreveu como era sua bagagem e escreveu seus dados e contato.  

A funcionária disse a JungKook, que talvez não conseguisse pegar sua mala, e só quando o avião voltasse poderia recupera-la, pediu para o mais novo esperar novamente. O mesmo sentou-se numa das cadeiras macias. Pegou seu celular e fez uma ligação aos pais. Já estava pronto pra bronca que levaria. Por mais que ele mesmo tivesse pago a passagem, sabia que os pais brigariam por ter jogado dinheiro fora. Demorou para alguém atender. Esperou alguns minutos, e escutou sue pai.  

"Alô. Quem é?"  

–– Appa?!  

"Filho? Já chegou?"  

–– Então, pai... Eu queria conversar com você sobre isso.  

"Onde você está?"  

–– No aeroporto de Seul.  

"Como assim? O voo se atrasou?"  

–– Euresolvidesistirdaviagem. –– disse rápido, de uma só fez, confundindo seu pai.  

"Fale devagar JungKook."  

–– Eu resolvi desistir da viagem. –– disse mais calma, porém ainda receoso com o que estava por vim.  

"O QUE?" Jeon teve que tirar o celular de perto da orelha. "Por que fez isso? Você tem algum problema? Você joga o dinheiro assim? Pro alto? Se você não vir eu te busco."   

–– Olha pai, já tenho dezenove anos. O que eu faria ai no Japão debaixo da aba de vocês. Eu sei que no momento em que eu morar de novo com vocês, eu não vou morar sozinho tão cedo... Não que eu não goste de vocês. Eu amo. Mas eu também quero minha independência. Eu não vou aprontar nada. Eu gosto de Seul. Aqui eu tenho meus amigos!  

"Filho." escutou a voz de sua mãe, provavelmente estava prestes a chorar. "Eu não quero você longe de mim."  

–– Mãe! Pelo amor de Deus! Já deu, não. Podemos conversar pelo Skype, KakaoTalk.    

"Desculpa filho... Meu bebê cresceu." sua mãe disse chorosa, arrancando um riso da parte de JungKook. A mulher havia falado a mesma coisa quando foi morar em outro apartamento, porém sempre continuava o chamando de bebê.  

–– Eu te amo, omma. Diz pro appa que eu também amo ele.  

" Também te amo, filho. E seu pai disse que também te ama, mas ta chateado ainda."  

–– Eu preciso desligar. Tchau, mãe.  

Tchau, meu filho, se cuida. Não se meta com drogas. Nós te amamos. Eu te amo!!"

–– Também! 

Encerrou a ligação, e se levantou ao ver que Jung chegava de mãos vazias.  

–– O avião onde suas bagagens estavam já decolou. Amanhã ou depois de amanhã o avião voltará, ligamos para você vir buscar seus pertences. –– disse, Jeon sorriu e agradeceu. Foi ao banheiro em meio aos pensamentos de como ficaria a cara de Tae e Jin ao verem ele.   

Fechou a porta do banheiro. E, por coincidência, Jimin saiu bem no momento em que Jeon entrou no toalet. Ambos ficaram se encarando.    

Olhando profundamente um pro outro, perguntando-se mentalmente o que raios o outro fazia ali. Os dois levemente corados porém nenhum desviava o olhar.     

E, repetidamente, o coração de JungKook disparou.    

–– Jimin? O que faz aqui? –– pronunciou visivelmente curioso. Todavia outra coisa o intrigava: além dos olhos inchados, a marca roxa ao redor do olho.   

–– E-eu?! –– abaixou o olhar e completou –– Eu queria te impedir de entrar no avião. E se não conseguisse queria te ver novamente. De sentir seus lábios de novo. Eu gosto de você, JungKook.   

–– Que bom, mas eu não! –– mentiu tentando ignorar o coração palpitando rapidamente e seu rosto vermelho e inchado –– Não acha que está bom de ficar falando essas palavras em vão? Vai atrás da Sook? Fica lá com ela.   

–– Mas eu quero ficar com você. –– Jimin disse manhoso.    

JungKook bufou revirando seus olhos, pegou sua mochila e sua pequena mala e se direcionou a saída do sanitário. Contudo foi – como na maioria das vezes – impedido pelo outro, que o abraçou por trás. Ainda estava meio molhado, porém não se importava, apenas queria abraçar o mais novo. Porém não conseguiu fazer o ato completamente devido a mochila nas costas do moreno.   

JungKook apenas desprendeu as mãos macias do menor de si e andou em frente, mas o outro também andava junto com ele. Jimin tentava soltar o fio que prendeu em algo da mochila do maior, que não havia percebido.   

Quanto mais Jimin tentava soltar o tecido, mais piorava a situação. Jeon empurrou – não muito forte – Jimin, que, pelo piso estar escorregadio, juntamente com seu chinelo, caiu no chão, batendo as costas na porta de uma das cabines. O ruivo tentou reprimir um grito de dor mordendo o lábio inferior. O local em que bateu foi o local em que mais fora agredido.    

 JungKook olhava horrorizado. Jimin tentou entender o que o garoto olhava até que viu que seu suéter rasgado, deixando a mostra uma marca arroxeada.    

–– J-Jimin? Desculpa... Que marca é essa?   

–– N-nada, n-não é nada. –– JungKook apenas ignorou o hyung, aproximando do mesmo, suspendeu o suéter do ruivo, surpreendeu ao ver que seu corpo e, principalmente, seu abdômen – bem definido e bonito – estavam com marcas roxas e vermelhas e alguns cortes.   

–– Como conseguiu essas marcas? –– perguntou aflito.   

–– H-hã... E-eu cai da escada. –– inventou. 

–– Pare de mentir, hyung! Nem venha me dizer que caiu. Você foi agredido? Quem fez isso com você? Por que não denunciou? –– Jimin suspirou, dessa vez não teria como escapar, o moreno havia o encurralado.    

O problema era: e se Choi descobrisse que havia contado para alguém, e esse alguém ainda você Jeon JungKook?! Não se importava em apanhar novamente, mas o que o preocupava era o que o homem poderia fazer com JungKook e seu irmão. E ainda tinha sua mãe, que por mais que Ji Hyun estivesse em outro país, o perigo era o mesmo.    

–– Seu irmão está em casa sozinho?   

–– Não, tá na casa do Yoongi... Por que?   

–– Vamos pra minha casa! Nem um mas. –– disse cortando o mais velho antes que ele contestasse. –– Aqui. –– deu um casaco e uma blusa, que estavam em sua mochila, para que o ruivo vestisse.   

–– Obrigado.     
 

***

12:30, Apartamento de Jeon/Kim

   

–– KOOKIE? –– gritou Tae ao ver o melhor amigo entrando no apartamento. –– O que faz aqui? E sua viagem? Oi Jimin! Por que está aqui? Aliás, por quê o "senhor Jeon" está aqui? Se seus pais souberem que vo...   

–– Shiiiu! –– o mais novo interrompeu.     

–– É assim que você cumprimenta o seu melhor amigo que ficou se corroendo de saudade? Tá tão doce quanto o Yoongi.    

–– Também senti saudade TaeTae! –– disse rindo enquanto abraça de leve o garoto, afastou e pegou um kit de primeiros socorros, sabia que não ajudaria passar agora algum remédio, mas pelo menos, talvez, iria amenizar. Assim que pegou a pequena maleta branca, levou Jimin ao seu quarto. Deu uma toalha ao menor e pediu para que o mesmo fosse tomar banho.    

JungKook ruborizou violentamente ao ver um Jimin só de toalha, com o cabelo e tronco molhados. Por mais que já tivesse visto o abdômen bem definido do ruivo, ainda ficava sem jeito.   

–– J-J-Jimin? Por que não pôs uma roupa?   

–– Porque você não me deu nenhuma roupa.    

–– A-ata. D-desculpa. –– deu as veste ao menor, que entrou no banheiro para se vestir. –– Jimin, quem fez isso com você? –– perguntou após o outro voltar. 

–– N-niguém, JungKook. –– disse o ruivo. JungKook sentou-se na cama ao lado de Park, suspirando. –– Eu caí.  

–– Diz logo!   

–– O meu ex-padrasto.   

–– Hã?! O Min Ho? –– perguntou vendo o menor assentir em resposta. –– Mas por que? Me explica isso melhor.   

––  Uns meses antes de eu ir pro Canada, eu conversei com a minha mãe sobre estar apaixonado por você... –– o moreno arregalou os olhos, não sabia que Jimin também gostava dele naquela época, JungKook pegou seu celular e mexeu no mesmo, e depois deixou-o – com a tela virada pra baixo – no criado-mudo ao lado da cama –– Sim, o sentimento era e ainda é reciproco. –– disse tirando o casaco e a camiseta para que o maior, que ficou com a face levemente ruborizada, passasse um remédio/pomada nos locares roxos/machucados –– Continuando... Ele me pegou tendo essa conversa com minha mãe, então ele me bateu, assim como bateu na minha mãe... –– parou de falar ao sentir o contato da pomada gelada em suas costas. A ardência era presente –– Ele queria que saíssemos do país o mais rápido possível, mas como ele, e minha mãe, tinham uma empresa pra cuidar, ele acabou demorando três meses pra achar alguém de confiança pra cuidar dela. Quando você disse que gostava de mim, eu me senti um lixo, porque eu tive que te dizer palavras horríveis. Você não sabe o quanto eu queria te dizer que eu também gostava de você, me matou te ver correndo em direção ao carro e gritando meu nome. Então nesse mesmo dia ele me levou pro Canadá e depois de quase um ano lá, descobrimos que Min Ho traia minha mãe, ou seja, quando ele viajava, não era por trabalho, e além de ter traído ela, ainda tinha um filho com a outra mulher, Marie. E depois que a canadense quis se separar do Choi, ele a matou, sem se importar com o Kwang. Depois de anos, eu voltei pra Seul, te reencontrei, mesmo eu querendo dizer a você que eu ainda te amava, eu não podia, o medo de ele fazer alguma coisa com  você, era enorme. Depois daquele dia que ele me viu falando estar apaixonado por um garoto, ele me agredi frequentemente. Quando me perguntou quem eu escolhia entre você e a Sook, ele estava lá. –– a culpa batia em JungKook, ele havia ficado com tanta raiva do ruivo... –– Naquele dia que eu te deixei sozinho no parque, uns comparsas de Choi havia nos seguido, depois disso, eu recebi uma ligação do meu irmão falando que estava sendo agredido.   

–– Você escondeu isso durante esse tempo todo? Você é maluco?     

–– Os únicos que sabem disso é, além de você, Yoongi, Nam e o Hobi.   

–– E eles não denunciaram? –– perguntou incrédulo.   

–– Eles tentaram denunciar, mas eu pedia para eles não fazerem isso. E depois de um tempo ele desistiram de insistir.   

–– Você não pode continuar nas mãos desse cara.   

–– Eu sei. Mas não tem outro jeito!    

–– Tem sim! Denunciando! –– disse vendo o menor bufar. –– Como está sua mãe? Ela não mora com você, não é?!   

–– Eu não sei... Ela não está mais na Coreia.   

–– E porque ela não denuncia?   

–– Você acha que é fácil? –– Jimin pergunta irritado –– Até quando conseguirem prender Choi e seus comparsas, eles já terão feito muita coisa comigo e minha família! E se minha mãe fazer a denuncia, ele vai saber onde ela está. –– pegou novamente o celular, desbloqueando-o e mexendo no mesmo.   

–– O Yoongi que está com Kwang né?! Manda uma mensagem para deixar ele aqui. Hoje vocês vão dormir aqui.   

–– Não precisa! –– JungKook apenas deu a camisa pro ruivo vestir, ignorando o mesmo.    

–– Manda uma mensagem pro Yoongie.   

–– Não precisa. JungKook! Agradeço muito. Espero que não conte nada que eu te falei.    

–– Para! Eu estou tentando te ajudar, cacete. Provavelmente tem um bando de homens que trabalham pro Min Ho em frente a sua casa. –– falou um pouco mais alto.     

 –– Okay, me convenceu. Mas iremos ficar aqui só hoje.   

–– Não, no mínimo vocês irão ficar durante uma semana... Melhor até o Min Ho ser preso.   

–– Pra que isso tudo? –– Jeon apenas deu de ombros.   

–– JIMIN E JUNGKOOKIE! –– gritou Tae indo direcionando-se na direção do quarto do mais novo –– O Kwang chegou. –– assim que o ruivo escutou que seu irmão havia chegado foi abraçar o mesmo.    

–– Kookie? Promete que não irá fazer nada? Promete que não irá denunciar? –– falou Jimin receoso. JungKook engoliu em seco. Como iria prometer uma coisa que não cumpriria?   


   

Jimin explicou que iriam dormir na casa de JungKook e de TaeHyung. E Kwang, que já estava de férias, ficou feliz.  

JungKook que ainda estava no quarto pegou o celular e passou a gravação para o notebook. Sim o moreno havia gravado o que o mais velho tinha falado. De fato, não deveria se envolver, mas, bem, ele já estava a muito tempo no meio dessa confusão, tanto que foi o motivo, ou um dos motivos. Fechou rapidamente quando viu ao escutar sua porta sendo aberta. Sorriu ao ver o Kwang, abraçando-o logo em seguida.   

–– Oi Kwang. Como tá?    

–– Oi hyung. To bem.    

–– Finalmente o JungKookie vai poder ser chamado de hyung frequentemente. Como se sente ao perder o cargo de bebê do grupo? –– provocou Tae.   

–– Não enche. –– riu dando um soco de leve no amigo.   

–– Mas conta. Por que desistiu da viagem? –– no momento que Tae disse, um Yoongi com os olhos bem abertos e um tanto desacreditado por ver Jeon na sala.   

–– Kook? Não ia viajar? –– disse surpreso abraçando o moreno.   

–– Aproveita e conta o motivo de está aqui e não lá no Japão.    

–– Sei lá. Eu não queria ficar longe de vocês, e além do mais eu não sei falar a língua japonesa, pelo menos, não o suficiente. E eu provavelmente voltaria a viver junto com meus pais, não que seja ruim.    

–– Mentira que você sabe sim! Jimin conseguiu te convencer?   

–– Não, quer dizer, quando eu encontrei ele, eu já havia desistido.    

–– Hmm...   

–– Você já falou com os meninos?   

–– Não, ainda não.    

–– Vamos chamar os meninos pra cá. –– sugeriu Tae.   

–– Bora. Mas nada de bebida, temos uma criança aqui. –– indagou JungKook, finalmente poderia chamar alguém de criança.   

–– OMO! Eu não sou uma criança. –– disse Kwang, JungKook apenas bagunça o cabelo do  garoto em provocação.   

–– Deixa o garoto, Kookie! –– riu Tae   
 

~~~~
   

–– JungKookie?! Terra chamando! JUNGKOOK!!!   

–– Hm?! Ah... Oi.   

–– To a meia hora te chamando,    

––  Ah, desculpa.   

–– Atende a porta pra mim.    

Assentiu e andou na direção da mesma, abrindo-a.   

–– JUNGKOOK? –– gritou Jin pulando em cima de Jeon para abraça-lo, fazendo com que quase caíssem. –– O que tá fazendo aqui?   

–– Quando os outros chegarem eu conto logo tudo de uma vez.   

   

E assim vez, quando Hoseok e NamJoon chegaram JungKook contou que desistiu de viajar. Claro que seus hyungs ficaram feliz, mas o moreno poderia ter tido ótimas oportunidades. Após almoçar e comer a sobremesa foram pra sala, ligaram a televisão e botaram em algum canal que nem prestavam atenção.   

Discutiam sobre a faculdade e seus planos pra depois de terminá-la. Perguntavam sobre as paixões e confusões de Kwang que ficava com as bochechas levemente vermelhas tirando risos dos mais velhos.    

–– Hyungs? –– Jeon chamou Tae e Jin como quem não quer nada.  

–– Oi? –– responderam em uníssono 

–– O que você faria se soubesse que uma pessoa próxima de você é espancada? 

–– Eu iria denunciar, lógico! –– disse Jin 

–– Ata. 

–– Por que a pergunta? Quem é que está sendo espancado? –– perguntou TaeHyung. 

–– Só por saber. 

–– Desembucha. –– insistiu Jin 

–– Não é nada, hyung!  

–– O que está escondendo? Se eu não souber agora irei saber mais tarde! 

–– O Jimin. Ele está sendo espancado pelo seu ex padrasto, que é o pai de Kwang. –– falou após suspirar. 

–– Peraí, ele? Meu Deus! Você vai denunciar não vai? –– proferiu depressa. 

–– Vou. Parece que o Hope, Nam e o Yoongie já sabem. Eu vou chamá-los para irem comigo. 

–– Quer que a gente vá com vocês? 

–– Não precisa. 

–– Ok.  

–– Mesmo assim obrigado, hyungs!  
 

~~~~
  

Quando todos estavam distraídos, Jungkook chamou Yoongi, Hoseok e NamJoon e pediu para que o seguisse. Assim que entraram no quarto, o moreno fechou a porta e pôs a falar:   

–– Hyungs, por que nunca tentou denunciar?   

–– Hã? Do que tá falando? –– perguntou Hoseok. 

–– Por que nunca denunciou que Jimin é espancado?   

Yoongi suspirou fechando os olhos, se lembrando das vezes em que o ruivo o ligava dizendo que Min Ho tinha o batido.   

–– Eu não sei...  Mas como você sabe que ele é espancado pelo Choi? –– retorquiu NamJoon. 

–– Ele me contou. Quando estávamos no aeroporto vi suas marcas. Eu gravei ele falando sobre isso. –– suspirou –– Eu gostaria que você fosse comigo pra ser testemunha... Eu sei que é errado fazer uma coisa sem o consentimento da outra, mas se não fazermos nada ele vai continuar nessa tortura.   

–– Você tem razão, mas e se aquele homem descobrir que o denunciamos, ele vai pensar que foi Jimin, e, até mesmo sabendo que não foi ele, vai descontar no pobre garoto. –– Yoongi disse, todavia sabia que o mais novo estava certo.   

–– É por isso que ele e o irmão vão ficar aqui.   

–– E você acha que seja seguro? Porque já entraram no seu quarto pela janela. –– Hoseok falou coçando a nuca.   

–– Sim, mas... É, você tá certo. Tem alguma ideia de onde ele possa ficar, então?   

–– Você quer ficar perto dele né?! –– perguntou Yoongi rindo.   

De fato, JungKook não consegue enganar uma mosca. Ele queria ficar perto do ruivo, mas, mais que sua vontade, ele queria que o mais velho ficasse bem.   

–– Tudo bem, Jung. –– riu Hoseok. –– Eu só falei isso pra você tomar cuidado.  Qualquer coisa pode mandar o Jimin para casa do Jin, não acho que a "omma" iria deixar seus filhos nas mãos.   

–– Mas, e então, podemos ir amanhã? –– perguntou o mais velho entre os quatro.   

–– Sim. Eu vou esperar vocês amanhã na portaria as 17 horas.   

–– Não acha que se saímos nós quatro juntos o Jimin irá suspeitar? –– indagou NamJoon. 

–– Talvez...  

–– Então vamos eu e o Kookie. –– sugeriu Yoongi. 

–– Combinado.  
 

~~~~ 

19:47 
 

–– Jimin? 

–– Eu? 

–– Quando você di... –– antes que JungKook pudesse completar a frase, fora interrompido pela porta aberta rapidamente, revelando um Tae assustado. 

–– A Sook está ai. Provavelmente procurando por você! Precisamos esconder você! –– falou embolado. 

–– Aonde? –– perguntou o ruivo. 

–– No quarto do TaeTae. É o menos provável dela procurar. –– Jimin correu depressa para o quarto onde iria dormir, puxou as pressas o meio irmão o levanto para o quarto de Tae, esconderam-se no armário.  

Enquanto estavam escondidos podiam ouvir o murmúrio que vinha da sala. Os gritos da garota era, de longe, a coisa mais estressante.  

Depois de um tempo os gritos cessaram e o barulho da porta se fechando foi escutado. Os irmãos saíram do esconderijo.  

–– Menina nojenta. –– o castanho disse entrando e seu quarto –– Ela já foi embora. 

–– Obrigado. –– agradeceu e andou em direção ao JungKook, que se encontrava, agora, sentado na cama do amigo. –– O que queria me dizer, Kookie? 

–– N-nada, não... –– mentiu saindo do cômodo.  
 

~~~~

Dia seguinte, 18:14
 

–– Os rapazes tem certeza do que estavam falando? Isso é uma coisa muito grave.   

–– Eu tenho a absoluta certeza, delegado.   

–– Tudo bem. Eu irei analisar os fatos, e chamo-os o mais rápido possível. Quero que também traguem as fotos. –– disse estendeu sua mão para que apertassem e assim fez.   


  

–– O que você achou?   

–– Hum?   

–– Sobre o delegado. Acha que ele vai realmente acreditar na gente?   

–– Não sei. Mas espero que sim. –– suspirou. Olhando para frente. Dei "tchau" a Yoongi quando o mesmo foi para outro caminho.    

Chegou no prédio e subiu as escadas do mesmo. Abriu a porta do apartamento e deu de cara com Tae, Hobi e Kwang dormindo no sofá. Enquanto o casal estava dormindo abraçados havia Kwang entre os dois. "Fofos" pensou. E, de fato, eram bem fofos.    

Jeon pensou em como seria se Tae e Hoseok tivessem um filho e riu internamente com tal devaneio. "Eles provavelmente seriam uma família bonita." Devaneou novamente. Queria construir uma família também. Claro que não agora, talvez quando acabasse a faculdade e tivesse um trabalho bom.  

Andou até o seu quarto e deu de cara com Jimin, que estava sentado na beirada de sua cama. O mesmo estava o encarando, porém desviou seu olhar para o grande envelope que JungKook tinha nas mãos.  

O coração do mais novo congelou. Dava pra ver de longe o logotipo/símbolo da delegacia. Como explicaria que havia gravado a conversa deles? Seu rosto ficou pálido ao ver que o papel, que continha a senha do seu notebook, estava do lado do mesmo. "Será que ele mexeu no meu computador?" Pensou.    

–– Por que não me contou que havia gravado nossa conversa? Você realmente foi depor sem o meu consentimento? VOCÊ É LOUCO? –– gritou.    

–– Jimin, se acalma. Os meninos vão acabar acordando.    

–– COMO VOCÊ QUER QUE EU ME ACALME? NÃO É VOCÊ QUE ESTÁ EM PERIGO! POR QUE NÃO FEZ O QUE EU TE PEDI, IDIOTA?    

–– NÂO FALA ASSIM COMIGO! –– levantou o tom de voz irritado com o tom de voz que o mais velho usou –– EU TO TENTANDO TE AJUDAR E É ASSIM QUE ME TRATA? Isso foi pro seu próprio bem. Você iria viver assim até quando? Eu não vou pedir desculpa porque eu não me arrependo, e, além do mais, se eu te falasse que iria denunciar você nunca iria concordar...   

–– É claro que não. Não é apenas eu que estou envolvido nessa confusão.   

–– Eu sei. E é por isso que eu denunciei, não é só você que está nas garras dele.    

–– E se isso não der certo? E se Min Ho descobrir que você o denunciou?   

–– E se der certo? E se ele for preso?   

–– O nosso problema é que usamos muito "e se". E isso expressa uma coisa não tão provável de acontecer, ou seja não é tão provável que dê tão certo assim como você diz.   

–– Assim como não é tão provável dar errado quanto você diz. –– retrucou JungKook. –– E além do mais, foi você que começou com isso.   

–– Você não entende meu medo. Minha vida vai virar um inferno. Você acha que é só ficar aqui e já estou protegido o bastante? Quem tinha entrado no seu quarto foi Min Ho. –– disse aos nervos escutando o outro suspirar.   

–– Por favor, não fique bravo comigo, eu fiz pro seu bem, para que você possa ser feliz. –– suspirou –– Você não pode ser o brinquedo daquele babaca pro resto da vida. Nem você, seu irmão e sua mãe. E eu lhe garanto que você será feliz. Isso é tudo que eu mais quero na vida. –– Sentou ao lado de Jimin o abraçando, tentando o acalmar e mostrar que o protegerá. Isso, de alguma forma, fez o mais velho se sentir seguro.   

–– Eu te amo, coelhinho.    

Sorriu abertamente ao escutar seu apelido de infância. Antes que respondesse o garoto a sua frente. Foi surpreendido por Jimin, que tomou seus lábios, selando-os.    

Um beijo lento, com uma dança de línguas indecifrável, que demonstrava o amor recíproco que sentiam um pelo o outro. Sorrisos entre o beijo só o deixava mais gostoso. O ruivo encostou, devagar, o moreno na cama.    

Quando o ar fez falta separaram-se – mas claro que tinha que terminar com um Jimin, um tanto quanto safado, puxando o lábio inferior do moreno, em forma de provocação –– e sorriram um pro outro.    

–– Eu também te amo, baixinho. –– disse Jungkook recebendo um peteleco do mais velho na testa, que depois beijou o local, passando para os olhos e depois para as bochechas, canto da boca e por fim os lábios.    

E novamente estavam num beijo, porém esse beijo era mais necessitado e intenso. Com mordidas  chupões, com línguas se entrelaçando sensualmente e até mesmo, às vezes, saindo de suas bocas.  

Enquanto ainda estava no meio da carícia, Jimin adentrou suas mãos na camisa do garoto sob si. O atrito entre as mãos geladas de Jimin e o corpo quente de JungKook fora incrivelmente gostoso, fazendo o moreno dar um pequeno e abafado gemido. Levantava a camisa do garoto calmamente.   

Se afastaram rapidamente ao escutar a porta ser aberta. JungKook abaixou rapidamente a camisa, ajeitando-a. Jimin olhou mortalmente para os três garotos que entraram na porta.    

–– Por que está com a camisa amassada, JungKook hyung? –– perguntou Kwang com falsa inocência, fazendo as bochechas do ruivo e do moreno  ruborizassem.   

–– Kwang! –– Jimin chamou a atenção do garoto, porém o que ele queria ter feito mesmo era rir. Ao contrario do adolescente, TaeHyung e Hobi não faziam questão de segurar suas risadas escandalosas.  

–– Boa Ka! –– disse sem fôlego. 

–– Olha quem fala, Kim! Quase não dormi por conta dos gem... "barulhos" que vocês faziam! 

–– Concordo Kookie hyung. –– e claro que Kwang tinha que botar mais lenha na fogueira.   

–– Onde você aprende essa coisa senhorzinho? –– retorquiu Jimin incrédulo. 

–– Ué, eu não disse nada, quem falou foi o Kookie hyung, eu apenas concordei.  

–– Você tá deixando ele ficar muito na casa do Nam. 

–– A comida vai esfriar, pessoal. –– disse Hoseok.     

   

Enquanto comiam, o telefone toca, despertando Jeon de seus pensamentos, levantou-se rapidamente e correu para atender o telefone.   

–– Alô?   

"Alô, Jeon?"   

 –– Sou eu.   

"É o Lee Shin."   

–– Alguma novidade?   

"Sim, descobrimos mais coisas que podem incriminar Choi Min Ho. Começaremos as investigações, se possível, hoje mesmo."   

–– Obrigado, senhor.   

"Não agradeça, é meu dever. E, por favor, não me chame de senhor –– riu fraco –– não sou tão velho assim."   

–– Não. –– riu.    

"Pois então. Bem, agora tenho que desligar. Boa noite, Jeon!"   

–– Boa noite e mais uma vez obrigado sen... quer dizer, Shin.   
   

~~~~

23:47
 

–– Jimin?    

–– Hm? –– proferiu Jimin afagando o cabelo sedoso e negro de JungKook, que estava deitado em seu peito. Ambos estavam no quarto debaixo das cobertas, assistindo a um filme.   

–– Você me ama?   

–– Amo, Kookie.   

–– Então você só está com Sook só porque Choi te ameaça, não é?!   

–– Exatamente. –– sorriu doce pro garoto sobre si. –– Eu só tenho olhos por você. Meu coração é todo seu.   

–– Te amo.   

–– Também amo você, meu amor.   

–– Iremos passar por esse desafio juntos de cabeça erguida.   

–– Sim. Juntos. –– concordou o mais novo, que continha um sorriso de orelha a orelha. 

–– E nada irá nos separar. –– completou Jeon. Apagou o abajur e se ajeitaram melhor nas cobertas, abraçaram-se, dando um beijo pequeno e adormeceram, mas antes de se entregarem completamente ao sono, sorriram por saber que ficaram juntos.
 

Finalmente estariam juntos.  

Eles se amavam.  

E esse amor iria durar por bastante tempo.   

 

Deixe o céu cair (deixe o céu cair)

Quando desmoronar (quando desmoronar)

Estaremos de pé, orgulhosos (estaremos de pé, orgulhosos)

E iremos encarar a tudo juntos

Deixe o céu cair (deixe o céu cair)

Quando desmoronar (quando desmoronar)

Estaremos de pé, orgulhosos (estaremos de pé, orgulhosos)

E iremos encarar a tudo juntos

[...]

Onde você vai, eu vou

O que você vê, eu vejo

Sei que eu nunca seria eu mesma

Sem a segurança

De seus braços amorosos

Me mantendo longe do perigo

Coloque a sua mão na minha

E vamos permanecer de pé

(Skyfall, Adele) 



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