— Qual dos três jogou essa porcaria na minha cabeça? – Disse a menina de cabelo rosa subindo as escadas, e do seu lado a morena que fascinou Naruto.
— Foi ele! – Falou Gaara apontando o dedo para Sasuke, que em sequência lança um olhar de fuzilar o amigo.
— Você é um idiota, vou quebrar sua cara por ter jogado isso em mim. –Comentou a garota se posicionando na frente de Sasuke.
— Não joguei nada, foi um acidente, será que pode pelo menos se acalmar garota. – Aproximou mais da garota mantendo um posição firme.
Naruto não prestava atenção na discussão do amigo e da garota de cabelo rosa, ele só tinha olhos para ela, observava cada ponto dela, seus cabelos longos e preto azulado, seus olhos de um tom branco, era mais linda de perto, e tudo ficava intenso. Ela também o encarava, e ambos permaneceram se olhando sem tomar qualquer posição em relação ao outro,
Aquela sensação que envolvia Naruto o prendia na imensidão do olhar e beleza dela, mas tudo de bom que acontecia ali foi interrompido, quando a garota de cabelo rosa pegou a garrafa de bebida que estava na mão de Gaara e lançou o liquido na cara de Sasuke, chamando a atenção de todos que estavam em volta.
— Ficou maluca? – Perguntou Sasuke com a cara e roupa totalmente ensopadas.
— Você mereceu garoto, dá próxima vez olha bem o lugar onde vai cometer um acidente, ou quem pode acabar prejudicado é você.
Sasuke aproxima da garota, e puxa seu braço, o que a faz ficar cara a cara com ele, e bem próximos.
— Escuta bem menina, isso não vai ficar assim é melhor desejar não me encontrar de novo, por que se isso acontecer, você vai se ver comigo. – Soltou o braço da menina e se afastou.
Sasuke realmente pareceu assustador falando aquelas palavras, para a garota a ameaça não surgiu efeito, ela se afasta de Sasuke, puxa o braço da amiga e vai se saindo, mas quem realmente conhecia Sasuke como Naruto e Gaara, sabia que o amigo não falou da boca para fora, e como todo Uchiha, ele cumpriria sua ameaça se encontrasse a garota de novo.
Antes que a garota de cabelo rosa e a morena pudessem descer as escadas, Naruto as acompanha e para na frente da morena. Ele não sabia por que tinha feito aquilo, quando viu suas pernas já tinha se movimentado. Naruto nunca tinha ficado nervoso de tá na frente de uma mulher, muito menos ficar sem palavras, podia permanecer o tempo todo observando a beleza da menina, mas queria algo mais, então buscou alguma coisa para dizer, e não acreditou no que disse.
— Seus cabelos são pretos e lindos. – Colocou a mão na boca se martirizando por dizer algo tão sem lógica.
— Obrigada. – Falou a menina em um tom calma e com um sorriso.
— Ok, chega de papo furado, todo mundo sabe a cor do cabelo dela, minha amiga não é pro seu tipo, e estamos com pressa, licença.
Naruto nem esperou por resposta, e a menina de cabelo rosa saiu puxando a amiga, que antes de sair deu uma última olhada nele. Sem poder fazer nada, Naruto voltou para os amigos indignando.
HINATA saiu com Sakura da boate e entrou no carro da amiga, ficou realmente frustrada com tudo que tinha acontecido, primeiro sua amiga leva um banho de bebida, depois tem que ver a mesma revidar, e quando finalmente o menino dos olhos azuis e lindo vem falar, Sakura acaba com tudo. Hinata entendia a amiga, não era fácil levar um banho em plena boate, resolveu não comentar nada sobre suas frustrações, ultimamente Sakura não estava tendo bons momentos, afinal, o motivo dela está ali com a amiga era justamente ajuda-lá a superar a traição do noivo Sasori.
Hinata conheceu Sakura em New York, ela fazia o mesmo curso de medicina que Ino, sua irmã mais velha, e não demorou muito as três já eram melhores amigas. Sakura morava em Tóquio, e só estava em New York para fazer o curso, ela não terminou e voltou para seu país. Assim que soube que Hinata e Ino estavam morando em Tóquio, não se desgrudaram mais.
Já tinha passado horas, e tudo que Hinata queria era chegar em casa, tomar um banho e dormir. Sakura dirigia sem dizer nada e o silêncio invadia o carro. Aproveitando o silêncio, Hinata começou a pensar nele, ela se perguntava a todo tempo se o veria de novo, seus olhos azuis tão lindos, seu cabelo loiro, o jeito como falou, o jeito que olhou para ela, isso tudo tirava Hinata da realidade, só que ao mesmo tempo a trazia de volta, pois sabia que as chances de encontra ele de novo seriam mínimas.
Todos os seus pensamentos foram interrompidos, e quando Hinata se deu conta, Sakura tinha acabado de estacionar de frente da sua casa, e antes de descer queria saber se amiga estava bem.
— Sakura, como você tá?
— Não estou legal, poxa, queria me divertir e tentar esquecer o Sasori, ai vem àquele idiota e joga bebida em mim, acabando com minha noite.
— Sinto muito amiga, queria que fosse diferente, mas sobre a bebida, pode ter sido um acidente.
— Acidente? Creio que não, o garoto é um idiota.
— Mas olhando pelo outro lado Sakura, ele até que é bonitinho.
— É, isso eu tenho que admitir Hina, ele é bonitinho. – Falou não aguentando e caindo na gargalhada com a amiga. – Hina, fala pra Ino porca, que assim que ela acordar amanhã, me liga.
— Pode deixar, eu dou seu recado, agora eu tenho que ir, se cuida e não fica deprimida.
— Vou tentar.
— Ok. – Deu um beijo no rosto de Sakura e saiu do carro.
Hinata sobe as escadas e antes de ir para seu quarto entra no quarto da irmã, queria verificar se ela estaria bem.
— Hinata?
— Hey, acordada há essa hora, como tá?
— Lógico, estava te esperando, quero que me conte tudo, como foi?
— Não foi legal Ino, um garoto jogou bebida em Sakura, teve a maior confusão.
— Até imagino o barraco que a testuda fez, queria tanto ter ido, eu ajudaria ela a quebrar a cara do idiota.
— Ino, não exagera, você não aguenta quebrar nem um comprimido na boca. – Sorriu com a careta da irmã. – Me diz como tá se sentindo?
— Estou bem, papai me deu um comprimido, que não precisei quebrar, engoli inteiro, mas e você, algum gatinho, an?
— O..q-q-ue? Não, na verdade teve um menino, mas não deu e.. ah, não importa, vou dormir.
— Hina? Volta aqui já!.
— Beijos, antes que eu esqueça, Sakura pediu que ligasse para ela, fui. – E saiu batendo a porta atrás de si, deixando a irmã aos gritos.
A luz do dia já invadia o quarto de Hinata, vai despertando aos poucos, levanta da cama toma um banho quente, veste um vestido branco simples de alça, prende os longos cabelos preto, e desce. Assim que chega à cozinha, encontra Ino e seu pai em uma conversa que parecia animada.
— Bom dia meu anjo. – Disse o pai sorrindo ao ver a filha se aproximando.
— Bom dia pai.
— Como foi à noite na boate?
— Foi normal, papai. – Sentou ao lado da irmã, que devorava uma maça.
— Hina não gosta de dar muitos detalhes pai, diferente de mim, que amo os detalhes. – Falou Ino, olhando para a irmã com um ar zombeteiro. – Pai quando vamos encontra nosso irmão? Você disse que seria logo.
— Se tudo der certo Ino, amanhã para o jantar.
— O que? amanhã? Como?
— Vou ligar hoje para a mãe dele, avisar que estou morando em Tóquio, e que pretendo ver meu filho, vou convidá-los para um jantar, me apresento e apresento vocês.
— Acha que ele vai aceitar pai? – Disse Ino, engolindo a maça.
— Não sei filha, tenho que admitir que estou ansioso e com medo, mas espero que sim. – Sorriu sem jeito, o homem alto, loiro, e dos olhos azui.
Dando um beijo na testa das filhas, o homem loiro se retirou da cozinha.
— Acha que ele vai gostar de nós Ino? – Perguntou Hinata um tanto aflita.
— Claro que sim Hina, é nosso irmão, é mais velho, com certeza tem os meus olhos azuis, o meu cabelo loiro, vai ser um máximo. E tem uma coisa interessante, eu tenho dezoito, você tem dezessete e ele dezenove.
— E o que é interessante nisso, Ino?
— O papai tem uma escadinha de filhos.
Hinata não conteve o sorriso e as duas caíram na gargalhada.
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