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História Tensão - Intersexual - Tensidade! - 13


Escrita por: CamrenTanner

Notas do Autor


Heeey pessoas, como estao? Espero que bem, e que possam ir la infernizar a IceQueen5h para mim, e comentem no perfil dela no Wattpad:

"ATUALIZAR Carry Your Home, NUNCA TE PEDI NADA!!!" e com a #VimPelaFicTensao! "

Ela vai ficar puta! 😂😂😂😂😂😂

Capítulo 13 - Tensidade! - 13


Só Um Pouquinho!

– Meu Deus, Chancho, será que você poderia ocupar só mais um pouquinho do espelho? – brincou Dinah, batendo com o quadril no de Camila na tentativa de ver o próprio reflexo. – Você está incrível. Agora deixe eu me ver.

Cabello passou os dedos pelos cabelos, tentando lhes dar um pouco mais de volume sem uma dose desnecessária de laquê.

– Você está no meu banheiro, Cheechee. Vá usar o seu.

Suspirando, Jane franziu a testa.

– Gosto mais do seu; então chegue para lá. Além do mais, sua amiga está esperando na sala, então deixe de ser grossa. Estarei pronta em um segundo, aí a gente pode se divertir até cair!

Rindo, Camila deu uma última olhadinha no espelho e saiu do banheiro. Pegou a roupa sobre a cama – uma saia preta curta de sarja e uma camisa vermelha de manga curta. Depois de se vestir, calçou sapatos pretos de salto e pediu a aprovação de Hansen. Brincalhona, Cabello deu uma voltinha.

– Você está super sexy – disse Jane.

Camila sorriu e foi para a sala de estar. Lovato deu um pulo do sofá com os olhos castanhos arregalados.

– Caramba, Camila, como você fica bonita depois de um banho!

Pondo as mãos na cintura, Cabello deu um sorrisinho torto.

– Vou tomar isso como um elogio.

– Mas é, Pequena Caipira. É um elogio. – Ela jogou os cabelos ruivos com uma mecha completamente branca sobre o ombro. – Até hoje só a vi naquele uniforme preto e branco horroroso que eles nos obrigam a usar.

– Bem, muito obrigada, Demi. Para outra garçonete que vive metida num uniforme preto e branco horroroso, você também não está nada mal. Eu nunca conseguiria usar meias-arrastão como essas.

Lovato pôs a perna sobre a mesinha de centro e abriu um sorriso malicioso.

– O que, essas velharias? Ora, se eu pudesse, viveria enfiada numa meia-arrastão de corpo inteiro. Bem, apesar de em geral eu não me importar com o que as pessoas pensam, a sociedade não consideraria isso muito apropriado, não é mesmo?

Cabello balançou a cabeça e riu.

– Acho que talvez você tenha razão.

Dinah veio do quarto, usando um vestido vermelho e sapatos de salto combinando. Os cabelos estavam presos acima dos ombros e o vestido se ajustava como uma luva ao corpo violão. Depois de dar uma voltinha para Camila e Demi, ela foi até a cozinha, pegou três copinhos e os encheu com uma boa dose de tequila.

– Vamos lá, senhoritas – gritou Jane. – Vamos tomar umas para esquentar.

As três se deliciaram com uma dose, animadas com a noitada de farra. Depois de virarem uma segunda dose, ouviram uma breve batida à porta. Zayn entrou.

– Por que você se dá ao trabalho de bater, Babaca? – perguntou Hansen, revirando os olhos. Cabello lhe deu uma cotovelada na barriga. Dinah arfou e se corrigiu: – Quero dizer, Zayn, é claro.

Ele lançou um sorriso gélido para Jane e então seus olhos passaram a Lovato. O olhar voltou a Camila com uma expressão confusa.

– O que você está fazendo? Achei que fosse sair comigo hoje...

Cabello atravessou a sala e passou os braços pelo pescoço dele.

– Não. Eu lhe avisei, outro dia mesmo, que teria uma noite só de meninas com a Demi e a Dinah.

Malik segurou os quadris dela de leve e se inclinou em direção ao seu ouvido, falando baixinho:

– Posso conversar com você no quarto, só um segundo? – Cabello assentiu e ele pegou a mão dela, conduzindo-a depressa. Fechou a porta do quarto e cruzou os braços. – Que porra é aquela lá fora? – sussurrou ele.

– Do que você está falando?

– Da maluca fantasiada de gótica, de blusa e saia de couro preta. Meu Deus, ela está usando uma merda de uma coleira com espetos, Camila. Tem piercings no lábio, no nariz, na sobrancelha e sabe-se lá onde mais.

Cabello gemeu, se deslocando em direção à porta, mas Malik a deteve, segurando-a pelo braço. Ela o encarou.

– Vai mesmo falar mal dela para mim? É uma garota legal, Zayn. Quem liga para a aparência dela?

– Se minha namorada vai sair com alguém, eu me importo com a aparência dessa pessoa. – Ele inclinou a cabeça e semicerrou os olhos. – Que tipo de atenção você acha que ela vai atrair com essa aparência?

Cabello puxou o braço com força.

– Não estou preocupada com o tipo de atenção que ela vai atrair – sussurrou, num tom acalorado. Ele passou as mãos pelos cabelos.

– Bem, que tipo de atenção acha que você vai atrair vestida desse jeito?

– Não vou ter esse tipo de conversa com você agora, Zayn. Não mesmo – avisou ela com uma voz grave e hostil, tentando passar por ele mais uma vez. Malik a agarrou pela cintura.

– Está bem, está bem. Sinto muito. Você está linda. – Ele aninhou o nariz no rosto de Camila enquanto pousava os braços dela no próprio ombro. – A qual boate vocês vão?

Cabello suspirou.

– Cielo.

– Na Doze West?

– É.

– Muito bem, vou ligar para uns caras do trabalho e sair para fazer alguma coisa com eles esta noite. – Ele a puxou e grudou os lábios nos dela. – Você fica me devendo uma.

Com a boca ainda colada à dele, ela falou:

– Eu avisei sobre esta noite.

Ele soltou um gemido grave enquanto sugava o lábio dela.

– Devo ter esquecido. Voltei a trabalhar até tarde por causa da conta nova, você sabe. – Deslizou as mãos pela cintura dela. – A que horas você volta?

– Não sei – respondeu Camila, se esquivando do abraço. – Mas tenho que ir, elas estão me esperando.

Ele a puxou para mais um beijo e depois a acompanhou até a cozinha. Cabello o apresentou rapidamente a Demi. Com o olhar, avisou a ele que não dissesse nada que pudesse envergonhar qualquer um dos dois. Zayn apenas sorriu, embora Camila percebesse que continuava contrariado.

Depois que as três juntaram o que levariam para a noite, ele as seguiu até lá fora, chamou um táxi e pagou a corrida. Antes que saíssem, porém, Malik enfiou a cabeça pela janela traseira.

– Não voltem muito tarde, está bem? Vamos almoçar com meus pais amanhã.

Cabello assentiu e ergueu o rosto para beijá-lo. Com isso, o motorista se afastou.

– Seu namorado é... simpático – comentou Lovato, os dedos percorrendo o teclado do celular com destreza. Jane riu, mas tentou disfarçar cobrindo a boca.

Obrigada, Demi – disse Camila, prolongando cada sílaba enquanto encarava Dinah. – Ele pode ser meio superprotetor de vez em quando, mas é um bom rapaz. – Enquanto Hansen ria – dessa vez sem tentar disfarçar –, Lovato praguejou:

– Ah, merda! Um amigão meu está dando uma festa na casa dele em Staten Island hoje à noite. – Ela continuou a trocar mensagens de texto freneticamente. – O apartamento dele é incrível e ele dá festas de matar. Vamos para lá em vez da boate.

– Eu topo qualquer coisa – disse Dinah, vasculhando a bolsa. Ela olhou para Cabello. – Tudo bem por você?

– Não estamos arrumadas demais para uma festa na casa de alguém?

Lovato sacou uma garrafinha de dentro da bolsa e tomou um gole. Fez que não com a cabeça.

– Não, pode acreditar. É uma festa do tipo vale-tudo. – Ela passou a garrafinha para Camila. – Beba, é minha especialidade. – Cabello a aceitou e cheirou o conteúdo.

– O que é?

– Tome logo um gole, Chancho – disse Jane, muito animada. – Você vive preocupada com o quanto bebeu.

– Eu já estou meio alta por causa daquelas doses de tequila e já tinha tomado um pouco de vinho enquanto me arrumava. – As duas a olharam de cara feia, esperando que provasse logo da garrafinha. – Está certo, tudo bem. – Ela deu uma última cheirada no líquido e bebeu um pouco. Começou a tossir e a piscar, tentando conter as lágrimas. – Que porra é isto? – Os olhos de Demi se iluminaram numa risada silenciosa.

– Aguardente caseira, querida.

– Agora, sim – disse Jane, ainda mais animada, estendendo a mão para a garrafinha. – Tomei esse troço uma vez quando estava no ensino médio. – Ela entornou uma boa dose, franzindo o rosto por causa do sabor, ao mesmo tempo que balançava a cabeça.

– Certo, então vamos à festa do meu amigo?

Cabello deu de ombros.

– Vamos nessa.

Forneceram as novas coordenadas ao motorista e, depois de meia hora, pararam diante de uma elegante casa de três andares em Staten Island. Hansen pagou a diferença ao taxista e as mulheres desceram, todas um pouco vacilantes por conta da aguardente. A música bombava pelas janelas fechadas, fazendo o chão vibrar. Soluçando, Camila riu, elas subiram as escadas e entraram na casa.

Havia várias torres de caixas de som em cada canto do primeiro andar, amplificando a música a ponto da Cabello não conseguir ouvir nem os próprios pensamentos. Passou os olhos pelo ambiente e se deu conta de que Lovato não estivera brincando. Sem dúvida era uma reunião "vale-tudo". Tinha desde gente vestindo roupa informal a trajes rebuscados, como se estivessem a caminho de uma formatura, além de garotas que não usavam quase nada: a multidão era uma mistura de todos os tipos de convidados.

De mãos dadas, Camila, Dinah e Demi serpentearam pela multidão de mais de cem pessoas, até que enfim encontraram o dono da festa, Jacob, amigo de Demi. Depois de cumprimentá-lo com um abraço, Demi berrou mais alto do que a música:

– Jakey, estas são Camila Cabello e Dinah Jane Hansen.

Sem dizer nada, ele ofereceu um sorriso largo e pegou cada uma delas no colo, abraçando-as como se as conhecesse havia anos. Uma vez que as colocou de volta no chão, Cabello e Jane caíram na gargalhada.

– Bem-vindas a mi casa, senhoritas! O álcool está na cozinha. Tem lap dances de graça com algumas das strippers mais gostosas de Nova York no escritório lá embaixo; uma mesa de sinuca nos fundos da casa; banheiros estrategicamente localizados em cada andar; e, se vocês decidirem perder a cabeça com alguém, tem um monte de quartos com camas king-size no segundo e no terceiro andar – listou ele de uma só vez.

– Caralho, que máximo! – exclamou Hansen. – Você tem strippers aqui?

Passando uma das mãos pelos cabelos cor de cenoura, ele deu um sorriso diabólico.

– Elas sempre vêm em massa às minhas festas.

Dinah buscou as mãos de Camila e de Demi.

– Meu organismo precisa de umas doses agora mesmo, garotas. – Ela se virou de volta para Jake e lhe deu uma piscadela: – Valeu, amigão.

Ele assentiu e se embrenhou outra vez pela multidão. As mulheres se esquivaram de diversos corpos dançantes, de um sujeito correndo de um lado para outro com uma cueca enfiada na cabeça enquanto uma garota com seios desnudos o perseguia, e de diversos casais no maior amasso.

Acabaram chegando à cozinha, onde um bar muito bem abastecido as aguardava. Depois de mais duas doses de tequila, as três foram para o quintal e se meteram numa partida de uma hora de "vira-copo". Cabello escolhera rum, então agora sua cabeça começava a ficar, no mínimo, agradavelmente turva. Voltando para dentro da casa com Jane ao seu lado, ela se recostou numa parede.

– Chancho – começou, com a voz arrastada –, eu estou legal...

– Eu sei que você é legal, Cheechee – devolveu a amiga, a voz pura animação, também arrastando as palavras. – Mas pare de se gabar.

Balançando a cabeça, Camila riu.

– Não, você não me deixou acabar de falar, sua vaca. – A cabeça despencou para um dos lados. – Eu estou tentando... – ela soluçou – lhe dizer que estou legal... – mais um soluço – de beber.

– Eu também, garota. – Dinah riu e guinchou feito um porco.

Cabello balançou a cabeça mais uma vez.

– Não, mas eu... – soluço – tenho quase certeza de que estou vendo coisas também. – Ela apontou para a porta com os olhos semicerrados. – Veja só. Aquelas duas pessoas que acabam de entrar... – soluço. – São a cara da Lauren e do Troy.

Jane deu uma gargalhada.

– Sua bobona, você não está vendo coisas. São mesmo a Lauren e o Troy.

Camila ficou com uma expressão confusa enquanto espiava as duas imagens indistintas caminhando diretamente para onde estavam.

– Você está brincando comigo, né? – Soluço. – Como é que eles iam saber – soluço – que a gente estava aqui?

Hansen mordeu o lábio enquanto oscilava de um lado para o outro.

– Como eu sei que você anda amiguinha da Lauren, resolvi ligar para o meu irmão. Eles estavam juntos. – Ela franziu a testa para Cabello, num gesto inocente. – Aí contei uma mentirinha para o Troy para fazer os dois virem até aqui.

Antes que Camila pudesse perguntar sobre a mentirinha, Jauregui e  o Hansen mais velho chegaram até elas, ambos com os rostos cheios de preocupação. Lauren pôs as mãos nos ombros da Cabello.

– Você está bem? – Os olhos varreram o corpo dela automaticamente, como se avaliassem se estava machucada. Camila a fitou com uma expressão perdida.

– Onde está ele, porra? – perguntou Troy a Dinah, cerrando as mãos.

– Vá com calma, maninho! – Jane riu. – Ele já foi posto para fora.

Os olhos de Troy passaram a Cabello. Ergueu-lhe o queixo e virou-lhe a cabeça de um lado para o outro.

– O cara machucou muito você?

Agora ela estava com as mãos de Lauren em seus ombros e os dedos de Troy sob seu queixo. Olhando para Dinah com ar confuso, deixou escapulir um soluço. Hansen agarrou o braço de Troy.

– Ele não a machucou. Ela só ia começar a dançar com o cara, mas ele foi ficando meio saliente. Como eu disse, o dono da festa o botou para fora.

Jauregui deu um passo atrás e tirou as mãos dos ombros de Camila.

– DJ, você disse que o cara deu um tapa nela.

Dinah enterrou o rosto dentro do copo.

– Eu disse? – Ela riu.

– Disse, Jane. Você fez parecer que ela havia apanhado e sido jogada no chão – vociferou Troy.

Lovato foi chegando aos tropeços e interrompeu o que estava prestes a se transformar numa discussão fraterna em público. Ela estudou Jauregui por um segundo.

– Ei, você é a mulher do restaurante. Aquela para quem mandei Camila dar o meu telefone.– Jauregui sorriu.

– É, acho que sou eu mesma.

Demi retribuiu o sorriso e desviou os olhos para Troy.

– E você quem é?

– Eu sou o irmão mais velho da exagerada aqui. – Ele apontou para Hansen e voltou a atenção para Demi. – E quem é você?

– Eu sou uma garota que curte muito garotos louros de óculos.

– Que simpático... eu me encaixo nessa descrição. E eu sou um cara que curte uma garota que diz o que pensa. Quer dançar?

Lovato pegou a mão de Troy, entrelaçando os dedos nos dele, e o conduziu até a sala de estar. Troy se virou para Lauren e fez sinal de positivo para a amiga. Jauregui riu.

Entããão... – disse Dinah, esticando a palavra ao máximo, um sorrisinho maroto brincando em seu rosto. – Vejo vocês mais tarde. – Ela sumiu em meio à multidão, a risada ecoando acima da música.

Jauregui se virou para Camila e notou o brilho vidrado e revelador em seus olhos.

– Bem, pelo visto você deve estar se sentindo ótima agora.

Cabello chegou mais perto dela e inclinou a cabeça para cima a fim de olhá-la.

– Alguma vez alguém já lhe disse que você é muito Secsy?

Secsy? – Jauregui riu. Não esperava aquela pergunta. – Você não quer dizer sexy?

– Não, tem secsy e tem sexy. E você, minha amiga, é secsy.

Jauregui ergueu uma das sobrancelhas, aquela voz rouca de operadora de telessexo a deixou imediatamente excitada.

– Hum e qual dos dois é melhor?

– Secsy.

– Bem, muito obrigada. Você é bastante secsy, se me permite dizer.

Cabello agarrou a mão dela e caminhou em direção à cozinha.

– Venha tomar uma dose comigo, Lauren.

– Você já não bebeu o bastante?

Camila parou de repente, e o peito de Lauren bateu nas suas costas. Cabello se virou subitamente e deu de cara com ela, que lhe agarrou a cintura para ajudá-la a se equilibrar.

– Alguma vez alguém já lhe disse que você tem os olhos verdes mais incríveis, lindos e secsy?

– Por que tantas perguntas, amiga? – quis saber Jauregui, se divertindo um bocado.

– Nós somos amigas e amigas fazem perguntas.

Com todo cuidado, Lauren ajeitou os cabelos de Camila atrás dos ombros e sorriu.

– Sim, já me disseram que tenho olhos bonitos.

– Não, eles não são só bonitos. – Ela soluçou. – Eles... – Fez uma pausa, umedecendo os lábios. – São olhos de alcova.

"No século XIX, alcova era o quarto dos prazeres, um espaço muitas vezes sem ventilação, nem iluminação: o ambiente mais privado da casa."(n/a: Por que fanfic, também é cultura!)

– Então eu sou secsy e tenho olhos de alcova, é?

Assentindo, Cabello entrelaçou as mãos nas dela outra vez e a arrastou até a cozinha. De pé diante de um estoque sensacional de bebidas alcoólicas, ela pegou um copo plástico vermelho da enorme pilha e o entregou a Lauren.

– Escolha seu veneno, mulher secsy de olhos de alcova.

Cruzando os braços, Jauregui a avaliou por um momento.

– Acho que vou segurar a onda com a bebida por enquanto.

Camila arregalou os olhos, o corpo oscilando.

–O quê? Não, você vai tomar uma dose comigo. – Ela roçou as pontas dos dedos no rosto de Lauren. – Por favorzinho...

Como se a forma fofa e infantil de ela lhe pedir aquilo não fosse o bastante, os dedos macios em seu rosto a fizeram questionar seu instinto de não beber com ela, considerando que Camila já estava bastante bêbada. Jauregui engoliu em seco.

– Só uma dose. – Cabello ficou radiante.

– Vamos lá, de volta à questão anterior. Escolha seu veneno.

– Escolho bourbon. – Lauren meneou a cabeça em direção a uma garrafa de George T. Stagg.

– Este? – perguntou Camila, empunhando a garrafa escolhida. Jauregui assentiu e lhe entregou o copo. Cabello começou a enchê-lo e não parou.

– Ei, espere aí, sua assassina! – Lauren riu e tomou o copo dela. Caminhando até a pia, despejou três quartos do conteúdo. – Isto deve bastar por enquanto.

Camila articulou a palavra chata e, mais uma vez, tomou a mão da Jauregui, rebocando-a para a sala com sua energia frenética.

– Dance comigo – pediu, rouca, encarando-a com um sorriso sedutor.

– Não, vou só dar uma relaxada aqui. – Lauren apontou para um sofá cheio de gente que parecia estar tão chapada quanto Cabello. – Vá em frente. Vou me recostar e assistir com o mais óbvio apreço feminino.

Desafiadora, Camila empinou o queixo.

– Pfft, você é quem sai perdendo, amigona.

Jauregui riu e ficou observando quando ela saiu rebolando por entre a multidão. Em algum momento Cabello acabou encontrando Troy e Demi no maior amasso. Lauren a viu olhando para ela. Os cabelos desgrenhados criavam uma tumultuosa cortina castanho-dourados que ia e vinha enquanto o corpo de Camila se movimentava, provocante, ao som da música. Jauregui precisou de todo o autocontrole que possuía para não se levantar e agarrá-la.

Mas sabia que dançar com ela bêbada daquele jeito, combinado ao seu próprio estado de excitação exacerbada, seria perigoso. Cabello sem dúvida estava dando um show para ela.

Encostou-se no peito de Demi e foi acariciando o próprio corpo com as mãos até chegar à cintura. Os olhos de Troy se arregalaram diante da performance, mas ele continuou atrás de Demi, roçando os quadris na bunda dela.

Os olhos de Camila encontraram os de Lauren e ela a chamou com um dos dedos. Jauregui semicerrou os olhos e inclinou a cabeça, fingindo-se confusa enquanto apontava para si, como quem perguntava se era com ela mesmo. Cabello assentiu. Jauregui articulou a palavra "não" e apontou para uma garota desmaiada ao seu lado. Embora não pudesse ouvi-la, Cabello riu, sorrindo de orelha a orelha, ao mesmo tempo que continuava a requebrar de encontro a Demi.

Lauren desviou a atenção de Camila quando a garota inconsciente ao seu lado se sentou de súbito e concluiu que a almofada na qual estava deitada era o lugar perfeito para vomitar.

Uma de suas amigas testemunhou a cena nojenta, arrastou a menina do sofá e a ajudou a chegar ao banheiro.

Colocando-se de pé, Jauregui atravessou a sala de estar, esquivando-se habilmente de vários bêbados que se seguravam uns aos outros de forma a permanecerem em pé.

Recostou-se na parede e varreu a multidão com os olhos à procura de Camila. Quando a encontrou, Troy e Demi não estavam mais com ela. No lugar deles havia um sujeito que ia deslizando as mãos até a cintura dela, os olhos a despi-la, a boca em sua orelha – não, espere – agora estava em seu pescoço. Lauren a avaliou brevemente e Cabello lhe pareceu satisfeita com o que estava acontecendo – embora Jauregui não estivesse. Uma onda de ciúme correu o corpo dela, e com apenas alguns passos chegou até Camila. Com os ombros aprumados, um músculo latejando na mandíbula e os olhos tomados de uma calma letal, Lauren atravessou o homem com um olhar furioso. Jauregui não disse uma única palavra, mas nem precisou, pois o bêbado logo compreendeu o que ela queria dizer e foi se afastando aos poucos, até sumir.

– Você veio dançar comigo – suspirou Cabello, a pele brilhando de suor. Sem avisar, ela deslizou as mãos pelos seios médios e durinhos de Lauren. Depois enlaçou o pescoço dela e puxou seu rosto para perto. – Gosto de dançar com pessoas secsy's.

Com os rostos a poucos centímetros de distância, um aumento súbito de calor regado à adrenalina correu pelas veias da Jauregui. Sua boca formigava de ansiedade enquanto fitava os lábios carnudos de Camila, recordando-se da sensação daquele beijo. Tentou – Deus sabe que tentou – manter as mãos longe dela, mas não conseguiu. Quando se deu conta, estava deslizando-as lentamente pela cintura da Cabello, demorando-se enquanto enroscava os polegares no cós da saia. Lauren a puxou, se refestelando ao sentir o suor dela em sua pele.

Foi a vez de Camila morder o lábio enquanto os olhos penetravam os da Jauregui com a mais pura e genuína luxúria. A música pulsante e o membro rijo de Lauren de encontro à sua barriga só a incitavam ainda mais. Um gemido suave lhe escapou dos lábios, mas ela não soube dizer se Jauregui percebeu.

Então ela se virou, arqueou as costas de encontro ao peito de Lauren e ergueu a cabeça. Mal chegava aos ombros dela. Muito devagar, Jauregui puxou os braços dela e os posicionou ao redordo próprio pescoço.

Enquanto os dedos de Camila se emaranhavam em seus cabelos, Lauren ia descendo as mãos pela curva dos cotovelos dela, roçando as laterais dos seios para, por fim, retornar à cintura.

Com seus corpos se movimentando em sincronia e 50 Cent cantando "Just A Lil Bit" ao fundo, Cabello sentiu o coração tropeçar quando os lábios da Jauregui roçaram sua orelha.

Agora ela queria se virar outra vez e ficar de frente para Lauren, ver aqueles lindos olhos e absorver cada centímetro daquele corpo delicioso, mas quando tentou fazê-lo, Jauregui a segurou no lugar. Ela a estava provocando e Cabello sabia disso. O toque dela ia deixando um rastro de calor cortante a cada centímetro da pele sensível. Fazia com que ela ansiasse por mais. A atenção de Lauren estava rapidamente se tornando um vício do qual ela achava que nunca iria se cansar. Camila poderia ter ficado naquela posição a noite toda, não fosse uma necessidade fisiológica.

Virando-se depressa, fitou-a no fundo dos olhos.

– Preciso ir ao banheiro. – As palavras saíram muito ofegantes.

– Eu a acompanho – respondeu Jauregui, secando o suor da própria testa.

– Não precisa.

Lauren sorriu de maneira quase inquisitiva.

– Não vou deixar você sair perambulando sozinha por este cenário caótico.

Brincalhona, Cabello flexionou o bíceps.

– Sério, eu sou durona.

– Bem, você é uma menina linda e durona, então eu me sentiria melhor tendo certeza de que não vai ser atacada a caminho de eliminar um pouco do álcool do organismo.

Cabello deu de ombros.

– Acho que você está certa.


Notas Finais


Desculpa corta o barato de vocês crianças, mas... Estou com pouco tempo e tive que corta o capitulo em duas partes, entao... Nos vemos segunda!

Até logo! :)


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