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História Tentando - Confessei para ele


Escrita por: Cathykate

Capítulo 13 - Confessei para ele


Sentiu a garganta apertada, e lutou para manter a compostura.

Dane-se ele, pensou tremula. Por que devo me importar com sua opinião? Que ele ache que, infelizmente, não alcancei o seu padrão de sexualidade feminina? Se considerada indesejada por ele era até uma vantagem, pois assim não ia passar os próximos dias lutando para se livrar dele.

Engoliu em seco.

- Obrigada pelo aviso. E agora, talvez possa se retirar - Mas a voz dela tremeu e os olhos marejaram. Ai, não posso chorar na frente desse homem insensível, pensou, desesperada.

- Algum problema?

 A voz dele parecia distante. Thalia sacudiu a cabeça e se virou tentando controlar os soluços  que a sufocavam.

 Com a voz cansada ele disse.

- Ai, meu Deus- E depois ele a abraçou, segurando-a firmemente.

Ela tentou se afastar.

- Me deixe Nathaniel.

- Você agora está sendo absurda. Ele a obrigou a sentar na beira da cama e sentou-se também, oferecendo um lenço branco imaculado antes de puxá-la para mais perto, para que a cabeça dela descansasse em seu peito. Porém aos poucos os soluços e o choro foram sumindo.

- Me desculpe Nathaniel. Não sou tão sentimental assim.

- Por favor, me perdoe. Sinto-me culpado porque parece que  foi meu comentário sobre a sua inocência sexual que provocou isso. Porém não compreendo o por quê. Por que se sente ofendida por que achar que  ainda é virgem? Afinal, não  se apressar em mergulhar num relacionamento pesado é sinal de bom senso, especialmente hoje em dia.

Ela manteve os olhos baixos.

- Mas nem todos pensam assim.

- Ah já sei- ele disse suavemente- algum jovem imaturo se aborreceu porque você disse não.

- Não, nada disso. Aconteceu que ele prefere garotas mais experientes.

Meu Deus, ela pensou, não posso estar aqui falando sobre minha vida amorosa fracassada com Nathaniel Lonal. Se ele começar a rir, vai ser minha culpa.

- Então ele não vai procurar muito e você, meu bem, se salvou de grandes problemas. Parabéns.

- Mas eu o amava. Também não  pretendia  dizer isso.

- Bem, não se preocupe- Ele se levantou. – O primeiro amor é como sarampo... péssimo na hora, mas imunizado depois. E, um dia desses, você vai acordar sem entender o que viu nesse Casanova grosseiro.

 - Eu não gosto que fale assim dele.

- Humm...

- Você não o conhece.

- Concordo. Mas amanha muitas garotas vão acordar em camas erradas se arrependendo do que compartilharam com certos caras.

- Sei, mas isso não me consola.

- No começo não, entre tanto você vai ver depois.

- Lamento ter envolvido você em tudo isso. Prometo que isso não irá se repetir. E sei que você vai sair á noite, então não quero prendê-lo.

Com um sorriso malicioso, ele disse baixinho.

- Não se preocupe, não vai prender. – E vendo o roupão em cima da colcha, continuou: - Mas antes de ir, quero meu roupão de volta.

Thalia mordeu os lábios.

- Não é melhor lavá-lo antes?

- Não precisa. – Ele esticou a mão. – Não deve estar contaminado. E certamente conserva lembranças que saborearei cada vez que vestir.

Ele foi embora, deixando Thalia com o coração martelando consciente de que

 estava ruborizada de novo.

 

 

 

 

 

 



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