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História That Guy [Malec] - 8.


Escrita por: AngelV

Notas do Autor


Oi amores! Como vocês estão?

Ia ter capítulo hoje? Não. (Tive um tempinho e resolvi postar logo🤣)

Aproveitem😊

Capítulo 8 - 8.


Manhattan, Quinta-Feira, 18 de Dezembro


 

Alec sentia que aquela tinha sido uma das piores semanas da sua vida. Pior ainda do que quando sua mãe resolveu mudar de casa, quando tinha treze anos, e ele não seria mais vizinho do meu primeiro amor, Jake Hill. Até porque ele continuou estudando na mesma classe que Jake, e acabaram se beijando, eventualmente, e Alec descobriu dias depois que ele era um idiota... Uma outra péssima semana, deveria acrescentar. Mas não, nada se comparava àquela.

 

Os dias se arrastaram ridiculamente. Ele devia ter engordado uns dois quilos devido a todo sorvete e chocolate, mas não contabilizou nada. Alec só queria chegar todos os dias do trabalho, se jogar dentro de um pijama, reclamar do fim de ano mais infeliz dos últimos tempos, assistir qualquer merda na TV, e xingar Magnus.

 

Alec não esperava se envolver tanto e tão rápido, mas Magnus realmente parecia diferente, e foi como um soco na cara concluir que não, ele era como todos os outros caras com quem Alec já havia se envolvido. Talvez nem tivesse visto a maldita lousa – que ele tinha quebrado e jogado na rua, aliás. Talvez Magnus fosse mesmo um babaca que só queria transar. Talvez.

 

- Argh, alguém tira esse filho da puta da minha cabeça – Alec xingou, e Izzy suspirou saindo do quarto.

 

- Venha comigo para a festa, eu já falei. Vai ser divertido, prometo! E se você ainda quiser muito bater em alguém, eu te apresento um novo estagiário que está infernizando a vida de todos lá no trabalho – ela disse, fazendo o irmão rir. Alec observou-a com seu vestido vermelho rodado, o cabelo preso em um coque, toda linda e perfumada. 

 

- Você está maravilhosa. Por favor, faça alguma coisa e volte para cá namorando o Simon.

 

- É mais fácil você esquecer o Magnus babaca do que eu fazer isso – ela deu de ombros. – Vamos, por favor! Vai te fazer bem.

 

- Eu não quero, maninha, de verdade. Não estou com clima para isso, e preciso terminar de desenhar uns armários para o escritorio do meu novo cliente. É sério.

 

- Sei...

 

- É, sim, pode olhar meu cronograma. Vou pedir comida e trabalhar. Prometo nem passar perto da Netflix.

 

- Devo confiscar o controle da Tv e todos os computadores e trancá-los no meu quarto, por precaução?

 

- Pode ser uma boa ideia. Mantenha as tentações longe, sabe como é que é – Alec disse e Izzy riu, literalmente trancando quase tudo lá dentro. – Ei! Eu estava brincando!

 

- Eu não. Olha, vou lá, porque é festa de fim de ano, você sabe. Mas logo, logo estou de volta. Me guarde um pouco de comida, e quero ver esses armários desenhados quando voltar.

 

- Sim, mamãe – Alec brincou, e Izzy o mostrou o dedo do meio, abrindo a porta. – Arrasa, irmãnzinha!

 

- Vou tentar!

 

...
 

Os armários de cozinha realmente o mantiveram entretido por algum tempo, a comida Mexicana estava boa e ele estava com um objetivo: terminar aquilo o quanto antes se enfiar embaixo do edredom e dormir umas boas oito horas, coisa que ele não costumava fazer nunca, por pura falta de planejamento. Quando a campainha tocou, arqueou uma sobrancelha, tentando lembrar se Izzy tinha ou não levado sua chave.

 

- Não guardei comida pra você, não – Alec abriu a porta, falando, e quase deu um pulo ao ver Magnus. Magnus não estava sorrindo, embora Alec estivesse, enquanto pensava que era Izzy. Magnus estava com as mãos nos bolsos e com a expressão séria, parecia cansado e mesmo assim estava indiscutivelmente lindo, aquele desgraçado. Estava de óculos de grau, o qual Alec ainda nunca tinha o visto usar, e isso só o deixou mais sexy.

 

Alec estava se odiando completamente. Não por estar de moletom e com o cabelo todo bagunçado. Não por ter aberto a porta rindo. Apenas, simplesmente, por estar com o coração mais acelerado que um rap, com as palmas das mãos geladas e a ponto de respirar alto demais.

 

- Olá, Alec – Magnus arriscou, e Alec continuou com a mão na maçaneta da porta, atônito.

 

- Olá – Alec respondeu, simplesmente, e Magnus mordeu o lábio, parecendo desconfortável.

 

- Será que podemos conversar?

 

- Sobre?

 

Magnus riu, olhando para os pés, meio desconsertado, depois voltou a encara-lo.

 

- Por favor, não torne isso mais difícil do que já é.

 

De repente, Alec sentiu seu coração voltou a acelerar, mas de raiva. Uma semana. Uma semana inteira se lamentando por esse cara. E agora ele queria conversar, sendo que ele tinha lhe dado quinhentas chances?

 

- Desculpe, eu estou ocupado – Alec disse, empurrando a porta, mas Magnus a segurou. Encarando-o, parecendo realmente se sentir culpado.

 

- Eu sei que não tenho direito nenhum de aparecer aqui depois de ter sumido – Magnus tomou fôlego, e começou a despejar, ali mesmo com a porta entreaberta, sem que Alec o convidasse para entrar ou quisesse ouvir alguma coisa. – Mas eu surtei, está bem? Eu... Eu sei que é errado, eu não devia ter visto, mas...

 

- Você viu a lousa no meu quarto.

 

- Sim – Magnus assentiu, tirando a mão da porta. – Eu... Eu nem sei o que eu pensei. Só sei que fiquei muito assustado, na hora, achando que sei lá...

 

- Que eu fosse louco? – Alec riu, irônico. – Pode falar, Magnus. É isso o que você pensou.

 

- Alexander, eu...

 

- Alec.

 

- Alec – Magnus respirou fundo. – Tente entender o meu lado. Até agora eu não sei do que se trata aquilo, mas resolvi vir aqui assim mesmo, porque qualquer explicação que você possa me dar provavelmente não vai diminuir o quanto eu senti sua falta esses dias.

 

Alec deu um passo para trás, com a cabeça rodando. Meu Deus, pensou. Ele não deixaria. Alec simplesmente se recusava a deixar que Magnus brincasse com seus sentimentos assim, daquele jeito. Alec gostava dele, como o idiota que era, mas estava furioso.

 

- Você sentiu minha falta? – Alec soltou uma risada, completamente falsa. – Que engraçado. Me parece que quando alguém sente falta de alguém, essa pessoa atende telefonemas, responde mensagens, não foge como um idiota filho da puta – gritou, irado. – Você simplesmente fugiu, Magnus! Como acha que isso me fez sentir? Não que você mereça saber, mas aquele quadro idiota foi usado quando eu estava procurando você, depois do dia da balada. Sei que não é certo, mas pelo menos eu fiz alguma coisa. E você? – Alec sorriu, irônico. – Você disse com todas as letras que ficou encantado comigo, mas não fez absolutamente nada para me encontrar. Se eu não tivesse caçado você daquele jeito, nós sequer teríamos nos reencontrado.

 

O silêncio tomou conta da sala, e só aí Alec reparou que já estavam dentro de casa. Magnus pareceu chocado demais com a informação, piscou algumas vezes, e então caminhou até Alec, segurando-o pelos braços. Alec desvencilhou-se dele, de forma rude demais, e Magnus pareceu envergonhado.

 

- Me desculpe, Alexander... Alec – ele corrigiu, rapidamente. – Eu até imaginei que poderia ter sido isso, mas tente entender, por favor... Meu último relacionamento sério foi uma loucura, e por um instante pensei que tivesse me metendo em outra...

 

- Você está me comparando com àquele maluco do seu ex que brigou comigo na porta do hospital? – Alec quase gritou.

 

- Não, claro que não, eu nunca faria isso! Meu Deus, sou um idiota – Magnus colocou a mão na cabeça, depois respirou fundo e o encarou. – Eu sei que eu não devia ter sumido. Sei que devia ter conversado, e sei que fiz tudo errado. E está me matando saber que eu possivelmente estraguei tudo. Caralho, eu pirei! – Magnus disse, e Alec se encolheu, meio assustado com o palavrão vindo dele. – Eu... Eu meti os pés pelas mãos, mas nunca vou me perdoar se a gente não se entender. 

 

- Magnus...

 

- Deixe-me terminar. Eu sei que sou horrível nisso. Sei que levei tudo muito a sério e talvez tenha até exagerado, mandado flores sem precisar, agido de alguma forma que provavelmente te fez pensar que eu sou um idiota. E eu sumi depois que a gente foi pra cama, o que com certeza te deu uma ideia completamente errada. Eu... Por favor, me perdoe.

 

Alec secou uma lágrima que ia cair antes que ele o fizesse, e negou com a cabeça.

 

- Nada do que você fez tinha sido errado, Magnus. E isso é o pior de tudo. Eu pensei que você era diferente, mas você se mostrou tão idiota quanto os outros que já passaram na minha vida, senão mais... Porque o que eu fiz pode ter sido babaquice, mas eu teria assumido todos os meus erros se você tivesse me enfrentado, naquele dia – Alec disse, com a voz sumindo. – Eu achei que estava vivendo um sonho, queda foi tão grande que eu não sei se consigo me recuperar.

 

- Alec...

 

- Eu não preciso de um cara que foge de mim, que me evita. Preciso de um cara que lute por mim – Alec disse, depois indicou a porta com a cabeça. - Vá embora. Você não tem o direito de chegar aqui e me confundir. Não tem. 

 

- Alec... por favor – Magnus suplicou, chegando perto de onde Alec estava, afastando de sua testa uma mecha de cabelo que cobria seus olhos e com um suspiro passou o nariz no dele. Alec colocou a mão no peito dele e o afastou, com o mínimo de força que tinha, e abriu a porta.

 

- Por favor, Magnus.

 

Magnus olhou para os pés, parecendo derrotado, e Alec não o encarou enquanto ele saía, sem dizer uma palavra. Fechou a porta, e uma pequena parte de si esperou, ridiculamente, que Magnus voltasse. Não sabia exatamente por quê. Magnus não voltou, como sua razão sempre soube, Alec deixou uma lágrima solitária correr pelo seu rosto, tentando entender o que diabos tinha acabado de acontecer.


Notas Finais


Que sofrência gente 😂😂 e pensar que tudo começou tão engraçado💔

Espero que tenham gostado do cap.
Até qualquer hora😘💗


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