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História That Guy [Malec] - 9.


Escrita por: AngelV

Notas do Autor


Oi meus amores😊

Tô contente, tô feliz!

Aproveitem o cap😘

Capítulo 9 - 9.


Manhattan, Sábado, 20 de Dezembro

 

Alec arrastou-se para fora da cama, tonto de sono. Era dispensável dizer que suas últimas duas noites foram completamente alteradas e que dormir era coisa do passado. Magnus tinha ido embora quando ele o mandou embora, obviamente.

 

E, obediente como era, não tinha aparecido. Ou ligado. Ou mandado uma mensagem, bêbado. Ou um sinal de fumaça. Ou um buquê, Ou uma caixa de chocolates. Nada. Aquela era a segunda manhã que Alec tentava se convencer de que aquela tinha sido a coisa certa a se fazer. Que Magnus realmente era um babaca e se realmente o quisesse, teria lutado por ele.

 

- Bom dia – Alec murmurou para Izzy, e ela o encarou, por trás da xícara de café.

 

- Bom dia. Pelo menos não amanheceu tão horrivel hoje – ela sorriu, e Alec deu de ombros.

 

- Decidi que hoje não vou chorar. Só vou chorar mais tarde, vendo filmes mela-cueca. – Alec disse sarcástico com um meio sorriso.

 

- Você devia comprar uns filmes de ação. 

 

- Devia, não é? – Alec pegou uma maçã e começou a comer, encarando a irmã. - Acho que vou fazer isso depois de tomar café. Vou comprar filmes de ação. E de Terror. Gosto de sangue – disse, e Izzy gargalhou.

 

- Diz o cara que tem medo de agulhas. Mas acho uma boa ideia, maninho. Eu até vou contigo, preciso comprar outro presente de Natal para a mamãe.

 

- Argh. Natal! Ô, época infeliz.

 

- Diz o cara que ama o Natal.

 

- Quer parar de me encher o saco? – Alec disse, e Izzy riu.

 

- Ande, vá logo se trocar. E penteie esse cabelo, pelo amor de Deus.

 

- Por quê? Só vou fazer compras – Alec deu de ombros, e ela sorriu.

 

- Não quero você andando ao meu lado com essa cara, Alec.

 

- Pensei que você me amasse até no fundo do poço.

 

- Te amo, sim, mas desde que você esteja bonitinho. – Izzy disse, e Alec riu, fazendo uma careta.

 

- Você é uma irmã adorável, vou pentear meu cabelo como seu presente de Natal.

 

- Perfeito! Mas, como adicional, pode me dar uma bolsa.

 

- Vaca.

 

- Anda logo, estou aqui esperando.

...
 

Alec colocou um sobretudo preto e penteou o cabelo de qualquer jeito, colocando uma touca azul escura em cima já que o frio estava mesmo insuportável. Apareceu na sala depois de uns quinze minutos. Izzy sorriu.

 

- Está bem melhor.

 

- Pensei que fosse me chamar de lindo.

 

- Esse não é meu trabalho...

 

- Na verdade, esse não é trabalho de ninguém – Alec retrucou, emburrado, e Izzy rolou os olhos, com um sorrisinho na cara. – Tá rindo do quê?

 

- De nada. Vamos? – Izzy o arrastou, e assim que abriram a porta, deram de cara com um garoto.

 

Alec deu um passo para trás, por conta do susto, e o garoto continuou lá, parado como uma múmia. Alec encarou a irmã, procurando uma explicação, e ela estava com um sorriso idiota na cara.

 

- Bom dia. Quem é o Senhor Lightwood? – o garoto perguntou, e Izzy apontou para o irmão. – Eu tenho uma entrega para você.

 

- Uma entrega? Mas eu não pedi nad...

 

Alec não conseguiu terminar a frase. O garoto caminhou para o lado e sumiu, voltando dois segundos depois com um buquê – de cenouras – e um balão de hélio escrito “Congrats”. Ele lembrou na hora do filme “Sexo sem Compromisso” e teve uma crise de riso, sem entender nada. O garoto o entregou as cenouras, o balão e um cartão, deu tchau e saiu correndo, escadaria abaixo. Izzy continuava sorrindo, então Alec entregou as cenouras para ela e abriu o cartão, rasgando o envelope de qualquer jeito.

 

“Bom dia, Alec. Sei que tivemos uma briga e não fiquei confortável sobre como as coisas ficaram entre nós, então resolvi tentar me redimir por todas as coisas idiotas que fiz usando os filmes que vi em sua prateleira. Continuo achando que esses caras de filmes arruínam tudo para nós, homens de verdade, mas sei que preciso fazer alguma coisa que te surpreenda, senão você irá me mandar para o inferno. Não me mande para o inferno. Sei que não tenho o direito de pedir nada, mas por favor, continue seguindo as pistas dos cartões. Prometo que valerá a pena. E se no fim do dia você ainda me odiar, nós fingiremos que nada aconteceu. Fechado?”
 

Alec encarou Izzy com os olhos arregalados, e ela finalmente gargalhou. Arrancou uma cenoura do buquê e acertou a cabeça dela.

 

- Ai, cacete!

 

- Você sabia de tudo isso e não me contou! – Alec berrei, quase histérico, e ela gargalhou.

 

- Só fiquei sabendo no fim da tarde de ontem. Juro que ele fez tudo sozinho, eu apenas calei minha boca e assenti.

 

- Você é uma péssima irmã, Isabelle.

 

- Considere meu presente de natal, e não irei adicionar nada – ela riu. – Anda, leia atrás do cartão.

 

“Deixei um táxi o esperando na portaria do seu prédio. Ele te levará ao próximo lugar”

 

Alec sentiu que seu coração estava acelerado, e queria ligar para Magnus, falar com ele, qualquer coisa. Olhou para Izzy, que estava incentivando-o sem dizer nada, só com aquela cara de boba apaixonada.
 

- Devo ir?

 

- Você sabe a resposta.
 

...

O taxista estava esperando-o na porta do carro com um envelope na mão, um IPOD e um fone de ouvido enorme.

 

- Bom dia. Vamos lá? – O homem disse, entregando-lhe as coisas.

 

- Vamos lá para onde? 

 

- Isso eu não posso dizer, senhor. – sorriu.

 

Alec sentou na parte de trás do carro e abriu o envelope.

 

“Coloque a música para tocar”

 

Alec sorriu, escutando a introdução extremamente propícia para sua busca incansável por Magnus Bane, cantando ao som de Follow You Down. Balançou a cabeça, sentindo-se em um filme. Ele não sabia o que esperar em seguida, mas definitivamente estava louco para saber. Uma batida no vidro do carro, no meio da avenida, o fez dar um pulo. Encarou um motoqueiro batendo e fazendo sinais, e o taxista parou o carro no acostamento.

 

- Follow You Down! – Alec repetiu, dando um tapa na cabeça, e abriu a porta do carro. - Como perder um Homem em 10 dias. Curioso, eu perdi em três – comentou, e encarou o motoqueiro. Ele riu. – Quem é você? 

 

- Sou um amigo do Magnus. Tenho que te levar para outro lugar agora.

 

- Se fosse como no filme, seria o Magnus aqui.

 

- Se fosse o Magnus aqui, você morreria no próximo cruzamento – o rapaz debochou e Alec gargalhou. Então, ele estendeu alguns dólares para o taxista, exatamente como Ben, o Matthew McConaughey no filme: - Ele tem um novo transporte.
 

Alec subiu na garupa do cara desconhecido que atendia pelo nome de Ragnor e era um dos melhores amigos de infância de Magnus - por coincidência, ou não, também estava na despedida de solteiro. Fizeram um trajeto imenso em poucos minutos e Ragnor diminuiu a velocidade para parar em um semáforo, estendendo-lhe um novo envelope.

 

“Já, já nos encontraremos, mas antes você precisa dar a volta ao mundo.
 

- Volta ao mundo? – Alec arqueou uma sobrancelha, e Ragnor riu, mas não disse nada.
 

Alec entendeu dois minutos depois, quando entraram no Corona Park em Flushing Meadows, no Queens, e deram de cara com o movimento Unisphere.

 

- Noite de ano novo – Alec mordeu o lábio, e Ragnor sorriu.

 

- Garoto esperto.

 

Ragnor e ele deram a volta no monumento, assim como Zac Efron e Michelle Pfeiffer, e Alec riu alto, ficando tonto com a rapidez da “volta ao mundo”.  Ragnor parou a moto e Alec sorriu, pegando um outro envelope da mão dele.

 

- Seu amigo é completamente maluco.

 

- Concordo. Ele nunca foi assim, estou surpreso – Ragnor disse, e Alec sorriu, abrindo mais um envelope.

 

“Não perca seu trem”.
 

- Meu trem? – Alec franziu a testa, sem entender nada.

 

Ragnor fez um sinal com a cabeça para que ele subisse na moto, enquanto isso Alec repassava todos os possíveis filmes envolvendo trens, mas não chegava à conclusão alguma. Quando eles se aproximaram da Grand Central Station, no entanto, seu coração foi à boca.

 

- Ai. Meu. Deus.

 

- Você fica por aqui – Ragnor sorriu. – E eu vou indo.

 

- Mas... O que eu devo fazer?

 

- Ah, certo, tem mais um envelope – Ragnor rolou os olhos. – É bom você ser bom mesmo, porque essa história está me dando trabalho demais em pleno sábado.

 

- Também espero.

 

- Ouvi dizer que a Dulce de leite gosta de você.

 

- É mesmo?

 

- É, e se você conseguiu isso, suponho que todo mundo deva gostar de você, também – Ragnor sorriu. – Vejo você outro dia, Alec Lightwood. Comporte-se.
 

Alec caminhou com o envelope na mão, olhando para os lados o tempo inteiro. Aquela estação só lhe recordava exatamente um filme, apesar de vários se passarem ali, porque ele o tinha visto há poucos dias e a caixinha estava largada do lado do aparelho de DVD. Isso não teria passado despercebido por Magnus, teria?

 

Suba as escadas e encontre um bom lugar. Espere dar três da tarde.
 

- Ai, Jesus – Alec gemiu, subindo as escadas. Menos de cinco minutos.

 

Ficou olhando para os lados, para cima, procurando qualquer pessoa que pudesse parecer suspeita. Tentando encontrá-lo em meio à multidão de passageiros e turistas, mas nada. Quando o relógio marcou exatas três da tarde, um mundo de pessoas apareceu lá embaixo e Alec arregalei os olhos, quando a música Can’t Take My Eyes Off You, curiosamente, de 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você, começou a tocar, em meio ao que parecia um flash mob de bailarinos profissionais. Alec fixou os olhos neles, sem entender nada, tentando achar Magnus e lembrando da cena do filme Amizade Colorida, quando ouviu uma voz atrás de si.

 

You’re just too good to be true... - Magnus disse, e Alec levou a mão até a boca, fazendo-o rir.

 

Magnus estava lindo, com o mesmo casaco que usava quando apareceu pela primeira vez em sua porta, fugindo da velhinha que o ameaçou. Estava sorrindo, mas parecia tímido. Alec arregalou os olhos.

 

- Você fez isso? – apontou para o flash mob, e Magnus gargalhou, parecendo se soltar finalmente.

 

- Posso te contar um segredo? – Magnus disse, aproximando-se dele, e Alec assentiu. – Eu descobri esse flash mob pela internet. – Alec deixou o queixo cair e ele riu de novo.

 

- Viu? – Magnus apontou para um casal lá no meio. – Connor vai pedir a Laila em casamento.

 

- Você é um idiota! Achei que tivesse inventado isso aí – Alec deu um tapa no braço dele, e Magnus riu.

 

- Não conseguiria organizar um flash mob em um dia, Alec. Mas é válido dizer que tive que ver todos esses filmes em uma madrugada? Acho que mereço algum crédito – Magnus disse, e Alec sorriu de lado.

 

E então estávamos os dois, frente a frente, com um bando de bailarinos cantando Can’t Take My Eyes Off You para uma garota chamada Laila, e Alec só sabia sorrir. Magnus tinha visto todos aqueles filmes em uma madrugada, e tinha conseguido reproduzi-los! Quem diabos faria isso?

 

- Será que você poderia me ouvir agora que eu arrumei até um flash mob para você?

 

- Ele é da Laila.

 

- Shhhh – Magnus riu, aproximando o rosto do seu. – Desculpe por ter sido um idiota e fugido de você. Acho que combinado com o fator lousa, eu também estava meio assustado com o quanto estava afim de você em tão pouco tempo. E você sabe, nós, caras normais, fazemos esse tipo de loucura. – ele disse, e Alec riu.

 

- Loucura, conheço bem... – Alec respondeu, com um sorrisinho de lado, e Magnus sorriu.

 

- Eu sabia o seu endereço – Magnus disse, do nada, e Alec franziu a testa. 

 

- Como é? 

 

- Sim, eu sabia o seu endereço. Quando eu fui levá-lo no táxi, naquela noite na boate, você me disse o seu endereço inteirinho. Três vezes. E eu que repeti para o taxista – Magnus confessou, e Alec deixou o queixo cair.

 

- E por que você não me procurou, então? Meu Deus, teria sido tão mais fácil! – Alec disse, sem entender nada, e Magnus deu de ombros, meio corado, respondendo-lhe de um jeito óbvio. 

 

- Porque eu não sabia o que fazer, Alec – Magnus chacoalhou a cabeça, parecendo incrédulo consigo mesmo. – Eu queria muito te procurar, mas não fazia ideia se você sequer lembraria quem eu era, pra começo de conversa. E se você lembrasse, talvez fosse até pior, porque aí, sim, eu não saberia como lidar com você – ele disse, e Alec riu. – Eu estava encantado por você. Eu estou. Eu estava tentando me convencer a não estragar tudo antes de começar, você sabe. Então no dia seguinte eu estava no casamento quase o dia todo, tentando pensar em alguma coisa que eu pudesse fazer, como esbarrar com você na rua propositalmente-sem-querer, ou algo parecido... 

 

Alec riu para ideia. Se ele soubesse que eu tinha pensado exatamente a mesma coisa, pensou. Magnus o encarou, com um sorriso tímido. 

 

- Mas você apareceu antes que eu conseguisse fazer alguma coisa, no hospital. E desacordado, o que foi até bom porque eu pude pensar por um tempo e não agir como um completo babaca – ele riu. – Então resolvi que eu queria estar lá quando você acordasse, e se eu desse mais sorte ainda, você falaria o resto. 

 

Alec soltou o ar pela boca, com as borboletas voando no estômago, e ficaram em silêncio por alguns segundos. 

- Já que estamos sendo honestos... – Alec disse, com o rosto vermelho. – Devo confessar que eu fui o cara que você viu sair pela escada de incêndio e cair da árvore.

 

- Você o quê? – Magnus berrou, e depois caiu na gargalhada. – Você está brincando!

 

- Bem que eu queria... – Alec disse, e depois também riu alto. – Eu estava um pouco fora do controle.

 

Magnus ainda ria, e Alec arqueou uma sobrancelha, sem entender nada.

 

- O que foi?

 

- É até ridículo comentar, depois de tudo o que eu te fiz fazer no dia de hoje, mas você é realmente um caso sério, Alec Lightwood – Magnus disse, segurando-o pela cintura.

 

- Como assim?

 

- Você apareceu na minha vida, beijou meu primo, me caçou até o inferno, caiu de uma árvore, bateu a cabeça num poste, tivemos um encontro sensacional, brigamos, e agora eu estou na Grand Central, vendo um flash mob, fazendo um discurso para ter você de volta – Magnus riu. – Você transformou minha vida sem graça de ir do trabalho para casa em um desses filmes que você me fez ver. Em uma semana, o que provavelmente foi um recorde.

 

- Está arrependido de entrar no meu filme, Magnus Bane? – Alec sorriu, colocando as mãos na nuca dele.

 

- Estou arrependido de não ter entrado nele antes, Alec Lightwood – Magnus sorriu, e o puxou para beijá-lo.

 

Alec sabia que provavelmente Laila tinha dito sim ao Connor, e por isso todos começaram a aplaudir, mas tudo bem. Ele fingi que era para ele, para eles, e sorriu durante o beijo. Sua vida não era um filme, mas estava muito perto disso.
De uma comédia romântica cheia de desastres, de risos e lágrimas, mas ela era real. E ela era sua, a sua vida.

 

Alec lembrava que sua irmã sempre costumava ler livros em voz alta pela casa, era como se todos fossem obrigados a acompanhar os livros que ela lia, lembrava-se vagamente dela ter lido alguma merda sobre uma tal de Carrie Bradshaw que disse uma vez:  “Estou procurando por amor. Amor de verdade. Daqueles ridículos, inconvenientes, contagiosos, que um não consegue viver sem o outro”. Alec tinha encontrado o seu cara.

 

Seu Magnus Bane.

E algo lhe dizia que seriam felizes para sempre. 


Notas Finais


É isso gente!! Eu espero que vocês tenham gostado da short fic (que virou long, mas nem tanto. Ela deu o que tinha que dar😂) Eu agradeço a todos que comentaram e favoritaram😘💗

Pra quem ficou curioso a partir do momento que o Alec recebeu os envelopes

- Música que ele escuta no táxi
https://www.youtube.com/watch?v=27S0DHkTp-g

- Essa cena do filme (Como perder um homem em 10 dias) que o Alec descreve quando o Ragnor bate na porta do táxi
https://i.pinimg.com/736x/1b/af/6c/1baf6cacea50f03304d03e1b826f3602--ringo-starr-how-to-lose.jpg

- A volta ao mundo
https://www.visiteosusa.com.br/sites/default/files/styles/hero_m_1300x700/public/images/hero_media_image/2017-05/71ed7ca046e96e8ca0abf22aef46dd2f.jpeg?itok=YwIJX2L_

- Flash mob
https://www.youtube.com/watch?v=VUmuPNMJymA

Muitos beijos e até qualquer hora😘💗


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