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História The Beginning - Coroas Para Reis


Escrita por: Sargent e philtatos

Notas do Autor


☀️ CAPITÚLO ATUALIZADO ☀️
Olá, semideuses! ♥♥
Estamos mt felizes hoje!! Esperamos que gosrem desse cap cheio de glicose!!!! 😉

(Créditos da imagem ao autor)

Capítulo 13 - Coroas Para Reis


Fanfic / Fanfiction The Beginning - Coroas Para Reis

POV NICO

- Bom dia, colega de quarto. – Hazel disse, um dia havia se passado desde toda a balburdia que rolou no refeitório.

- Bom dia, colega de quarto. – Respondi enquanto acordava sonolento, passei as mãos pelo cabelo e encontrei o que parecia ser chantilly. Levei aos lábios só para ter certeza. Definitivamente chantilly. Ainda bem.

- Hazel, tem chantilly no meu cabelo e eu tenho muito medo de perguntar o motivo. - Resmunguei.

Ela, que estava em pé ao lado da minha cama, se sentou com as pernas cruzadas e uma vasilha na mão. Os cabelos claros formavam um emaranhado fofo ao redor do roto. Tinha chantilly lá também. 

- Não comemos o bolo todo, nem os doces. Acho que todo mundo estava muito ocupado enchendo a cara. É possível que eu tenha deixado cair em você quando vim te acordar, mas não confirmo nada. - Explicou-se.

- Você bebeu? – Perguntei e me sentei na cama em seguida, peguei um docinho azul na bandeja que estava em suas mãos e o devorei em um piscar de olhos. Sally Jackson deveria virar a deusa da culinária ou alguma coisa assim, a mulher é incrível.

- Não muito. – Hazel deu de ombros. – Só quis provar. Frank acha que vou morrer de cirrose se tomar uma dose de vodca.

Ela deu uma garfada no bolo, abocanhou e depois de alguns instantes tirou uma ponta de flecha da boca. Ela não pareceu se incomodar e eu me perguntei com qual frequência as pessoas no Júpiter comiam coisas alvejadas por armas. 

- Frank é um cara legal. Eu até gosto dele, é um bom exemplo para você. Hades também gosta.

- Hades gosta de mexicanos mortos tocando instrumentos, ele tem gosto duvidoso. – Pontou enfaticamente e franziu o cenho como se ponderasse algo. – O pior é que eu acho que você também gosta. - Jogou as mãos para o alto, quase derrubando a bandeja de seu colo como se eu e Hades não tivéssemos jeito mesmo. Achei ofensivo. Mexicanos mortos sabem como fazer um bom som. - Mas quer saber? Will parece ser um cara incrível.

- Ele é. – Suspirei. Meu relacionamento com Will era real e forte, era uma âncora. Depois de Bianca, jamais cheguei a pensar que teria algo assim. Pessoas nas quais me agarrar quando tudo ficava confuso, mas ali estavam todos eles. Will, Hazel, Reyna, todos os 7 da profecia, Quíron... e a lista só parece crescer.

- Me fale sobre ele. – Ela pediu com a boca cheia de doces. Will me mataria quando descobrisse que eu estava comendo bolo e doces no café da manhã.

- Ele é bem diferente de mim. É engraçado e talentoso. As vezes ele canta para mim. Eu estive entre deuses, monstros, mortais e semideuses, Hazel, e nunca me senti como me sinto com ele. - Suspirei totalmente boiola. - E ele até disse que me ama. -  Confidenciei a ultima parte em forma de sussurro, um pouco desajeitado ao dizer as palavras.

Ela sorriu docemente com uma mistura de alegria e reconhecimento. Hazel sabia exatamente sobre o que eu estava falando, porque ela parecia se sentir da mesma forma em relação a Frank.

- E você o ama? - Perguntou, extremamente animada com a nossa conversa.

- Amo. – Ri baixinho. – Eu amo tanto ele, Hazel. Não é como se um pedaço meu estivesse faltando quando ele não está por perto. Toda vez que estamos juntos, ele me mostra o quanto eu sou completo. Eu me vejo pelos olhos dele. - Parei por um instante, me sentindo afetado por toda a carga que minhas próximas palavras traziam a mim. - Eu sou tão bom... tão melhor pelos olhos dele.

- É incrível, não é? Se sentir assim, eu digo.

- É assustador. – Rimos juntos com as bocas manchadas de azul e branco.

Terminamos de comer e nos arrumamos para ir para o café da manhã. Nossos namorados, arqueiros ultra preocupados, não poderiam sonhar que já estávamos cheios de besteiras.

Will reclamou por eu estar comendo tão pouco no que ele dizia ser uma das refeições mais importantes do dia, mas se esqueceu das reclamações quando demos as mãos por baixo da mesa. Não tínhamos nada a esconder de ninguém, mas éramos diferentes, nosso amor era mais íntimo, mais delicado. Afeto em público ainda era um problema para mim e Will o resolvia da maneira como ele sempre fazia tudo. Com amor.

Percy tinha a cabeça sonolenta apoiada no ombro de Annabeth, que tinha a cara enfiada em um notebook, uma das mãos digitando e a outra fazendo carinho no rosto do filho de Poseidon.

Jason estava tendo o que eu nomeei de "overdose de ressaca parte 2", apagado na mesa com os óculos tortos e babando um pouco, enquanto Piper tentava descobrir quantas waffles conseguia empilhar na cabeça dele. Levando em conta o cabeção daquele cara eu apostava que seriam muitos.

Hazel tinha um cotovelo apoiado na mesa e olhava desconfiadamente para os alimentos saudáveis distribuídos pela mesa ao passo que Frank tirava todo o glitter e doces em geral que haviam ficado cabelo dela depois de nossa aventura ao acordar. A quantidade foi chocante.

Reyna acariciava a cabeça de um dos seus cachorros de metal enquanto conversava com Thalia, que entalhava uma flecha. Lascas de madeira voavam para os alimentos mas ninguém parecia se importar. Se nenhum monstro matasse aqueles semideuses, as comidas os matariam.

- Ei, Lorde das Trevas. Vamos para algum lugar, terminei seu livro e estou louco para falar sobre as partes que eu gostei. – Ele sussurrou no meu ouvido e mesmo com o gesto totalmente despropositado de malícia eu me arrepiei.

Eu sabia que A Canção de Aquiles tinha cenas muito fortes, o livro é repleto de desespero, paixão, dor e sacrifício em prol do dever. As transições entre as cenas são de tirar o fôlego e o final é de acaber com qualquer um, então eu estava louco para saber o que Will tinha achado. 

Resolvemos ir para o meu chalé já que teríamos mais privacidade, mesmo que Hazel o dividisse comigo enquanto estivesse no Acampamento Meio Sangue, eu sabia que ela pretendia dar uma volta com Frank pelos campos de morango. O quarto de Will era sempre muito barulhento, seus irmão sempre parecia brotar das profundezas do Tártaro apenas para o atormentar.

Assim que entramos em meu quarto, fomos para a cama, Will sentou com as costas apoiadas na cabeceira e as pernas abertas, em uma pose extremamente convidativa e sinalizando que eu deveria me acomodar ali. Não pensei muito, e em questão de segundos já me encontrava embalado em seu abraço aconchegante.

Seus dedos habilidosos massageavam minha barriga e o nariz sorrateiro serpenteava por meu pescoço, causando arrepios gostosos e o costumeiro frio na barriga. Apesar de tudo o que já aconteceu entre nós e do estágio de relacionamento onde nos encontramos agora, aquela sensação gostosa e até mesmo assustadora que destroçava minhas entranhas todas as vezes que Will demonstrava o mais brando gesto de carinho a mim, nunca me deixava, estava sempre ali a espreito, proto para se alimentar da minha sanidade e tomar em deleite todo o meu fôlego.

- Você não deveria estar me falando sobre o que achou do livro? - Perguntei me pressionando um tanto mais contra seu peitoral apenas para me sentir totalmente embebido em seu calor.

- Eu só quero poder aproveitar um pouco mais a sensação de te ter assim, tão derretido em meus braços. - Sussurrou em meu ouvido e arrastou o nariz por minha clavícula até depositar um beijo carinhoso em meu ombro.

- Você é quentinho, confortável. Passei tanto tempo envolvido pelo frio, que sim, qualquer toque seu é capaz de reduzir a uma pocinha de Nico derretido. - Confidenciei também em sussurros, apesar de não haver a necessidade  os dois sozinho já que apenas nós dois ocupávamos aquele espaço.

Ele sorriu contra a pele de meu ombro e apertou um pouco mais os braços ao meu redor.

- Eu queria ter sido capaz de aquecer todos os seus dias gelados Nico. Se eu pudesse faria com que os raios do Sol queimassem todos os seus momentos de dor, de perca e de solidão. Sem me importar nem um pouco com o preço que eu teria que pagar por isso.

- Esses momentos foram o que me fizeram estar onde estou hoje, Will, aqui, neste momento, preso em seu abraço. - Virei o rosto para encarar o azul profundo de seus lindos olhos. - Mesmo que uma pontada de dor, angústia e até mesmo desespero se aposse de mim a simples menção ou pensamento de um daqueles episódios, ter você aqui e agora, me esquentando e compartilhando comigo seu amor, me aquece em proporções inomináveis e isso já me basta. 

- Eu te amo. - Sua mão se moveu até alcançar meu rosto, a mão quentinha acariciou minha bochecha, logo em seguida sendo substituída pela calidez de seus lábios. - Te amo com cada célula que compõe o meu ser, Nico. - E então seus lábios estavam nos meus, os tomando com ardência, depositando naquele ósculo cada gota de sua paixão por mim.

- Eu te amo tanto. - Consegui dizer ao que o beijo chegou a fim, me virei de frente para ele e o abracei, e então, com minha cabeça afundada no vão entre seu pescoço e ombro, minha primeiras lágrimas começaram a deslizar por meu rosto. - Por favor, nunca me deixe Will.

- Eu sempre vou estar aqui com você Nico, em nem um momento duvide disso.

- Senhor di Angelo, o senhor Solace se encontra? – De repente a voz grossa e inesperada tomou o lugar da minha resposta. Eu e Will nos afastamos e nos encaramos assustados, pensando se havíamos nos metido em encrenca mais uma vez.

- S-sim, Quíron, só um momento. – Me levantei da cama passando as mãos por minhas bochechas tentando disfarçar meu choro anterior e parecer no mínimo apresentável.

Will depositou mais um beijo em minha bochecha e logo após um selinho casto em meus lábios.

- Não chore, meu bem. - Depositou mais um selo em minha testa e então foi até a porta, assim que a abriu, deu de cara com a expressão serena de Quíron. Bom, se ele não estava com uma carranca descomunal no rosto, significava que eles não estavam ferrados como achavam.

Não escutei sobre o que eles conversavam, mas em poucos instantes Will voltou para dentro.

- Tenho que ir, Lorde das Trevas. Podemos nos encontrar na colina atrás do campo de morangos daqui a alguns minutos? - Perguntou.

Afirmei com a cabeça e com um pouco de vergonha, que não fazia ideia de onde vinha, o abracei mais uma vez e depositei um beijo em sua bochecha bronzeada e salpicada por claras sardinhas.

- Te vejo lá, Raio de Sol. - E com mais um olhar repleto de carinho em minha direção ele deixou o quarto.

Suspirei com pesar, queria que aquele momento tivesse durado um pouco mais, os braços de Will em volta de meu corpo já faziam falta e então um mal pressentimento enviou um calafrio assombroso por minha espinha. Mas afastei  a sensação ruim logo em seguida, não queria me prender em uma coisa que podia não significar nada, devia ser só a sensação de vazio que as vezes me tomava quando eu me afastava de Will.

Não queria parecer dependente dele, mas só de tê-lo fora de meu campo de visão a saudade já se alastrava por meu peito, após a primeira vez que ele disse com todas as letras que me amava, uma carência estranha por sua companhia se instalou em mim. Então não deixaria que minhas paranoias influenciassem em minha felicidade. Logo me aprontei e deixei o chalé, indo em direção a colina.

POV WILL

A única coisa que eu mais queria enquanto saía da Casa Grande e caminhava a passos rápidos em sentido à colina onde Nico provavelmente já me esperava, era o doce e gentil beijo da morte. Totalmente desnecessário fazer com que eu me separasse do meu fantasminha enquanto ele ainda mal controlava as lágrimas que deixavam seus olhos escuros e tristonhos. Era demais pedir por mais dez minutos com ele, caramba? Eu estava tão frustrado que poderia simplesmente cair no meio da colina e ficar lá até virar uma árvore. Deu certo para Thalia.

Não foi muito difícil encontrá-lo quando meus passos já se aproximavam do cume da colina, ele estava sentado no meio das várias flores silvestres que haviam ali no topo, e parecia se entreter em matar pétala por pétala com escuridão até destruir a flor inteira. Adorável.

Antes de chegar ali eu havia desviado um pouco meu caminho para passar no Chalé de Apolo, lá fui até o canteiro secreto que eu estava cultivando há algum tempo e ao confirmar que as flores negras já estavam em seu estágio perfeito de florescimento as colhi com cuidado. Nico sorriu quando assim que percebeu minha presença e não muito depois seus olhos se arregalaram amavelmente ao notar o que eu carregava comigo.

- É o seu presente de aniversário. - Seus olhos negros ainda me encaravam efusivamente. - Está incompleto, claro, não tive tempo de terminar. Se importa se eu fizer agora?

- Vamos lá, Solace, mostre o que sabe fazer. - Ele disse todo feliz ao que eu começava a trabalhar, e logo perguntou: - O que Quíron queria?

- Um semideus novo chegou essa manhã, machucado após ser atacado por um monstro. Quíron me quer na missão. Vai ser coisa simples, não precisa se preocupar, vou como ajuda médica. Acho que alguns dos 7 também vão.

Ele me olhou desconfiado por um momento e depois relaxou, dada a vida que tínhamos, infelizmente não podíamos viver em paz por muito tempo. Me sentei com ele e comecei a trançar os caules das flores. Não levou muito tempo para Nico perceber o que eu estava fazendo.

Contemplativo, ele logo tratou de colher algumas das flores silvestres coloridas que ainda estavam vivas ao nosso redor e me pediu para ensiná-lo a fazer uma também. Rimos dos palavrões que ele soltava a cada erro que ele cometia ao entrelaça-las enquanto fazíamos. Quando terminamos, e os dois círculos floridos estavam prontas, coloquei o arco que eu havia feito em sua cabeça, repousando as flores negras sobre os fios também negros de seus cabelos.

Os cachos soltos envolviam as pétalas e o sol batia contra o rosto leitoso, realçando cada traço de sua perfeição, fazendo com que meu coração disparasse instantaneamente em meu peito.

- Todo rei tem uma coroa. – Disse eu. Então, com um sorriso arteiro o Rei Fantasma colocou a coroa de flores silvestres coloridas na minha cabeça.

- Você também, rei Will.

- Eu gostei de como isso soa. Eu serei o rei do quê?

- Do que você quiser. É só desejar. - Deu de ombros.

- Quero ser o rei do seu coração.

Nico gargalhou alto com minha cafonice, ele nos jogou no chão que agora não estava assim tão florido com um abraço, me beijou apaixonadamente e depois sussurrou:

- Que piegas Rei Solace. Mas não há necessidade de desejar o que já tem.

Ficamos abraçados em meio às flores pelo resto da manhã, cantando músicas baixinho no ouvido um do outro. Conversamos por meio de sussurros no ouvido um do outro. E enquanto estávamos ali, envoltos daquela calma e do carinho que compartilhávamos um pelo outro o mundo era nosso. Éramos os reis de tudo.

Então falamos sobre A Canção de Aquiles aos murmúrios.

- É uma história realmente linda. Você já viu os dois nos Elíseos, né? – Perguntei enfiando o nariz nos cabelos dele. Eles eram muito cheirosos.

- Uhum. Eles ficam correndo como duas crianças o tempo todo ou então Aquiles toca lira enquanto tem Pátroclo deitado confortavelmente em seu colo. Eles se amam tanto, Raio de Sol. Lembro que na primeira vez que os vi, desejei ser amado daquele jeito por alguém.

- Não deseje o que já tem. – Repeti o que ele havia me dito instantes atrás, imitando o tom de voz preguiçoso dele.

- Não use minhas palavras contra mim, seu idiota. - Me deu um leve tapa no ombro. - Já falei que te amo hoje?

- Já. Mas eu quero ouvir de novo. - Felei enquanto massageava meu ombro dramaticamente.

- Eu te amo, Will Solace.

- Eu te amo, Nico di Angelo.

Então uma luz cegante e artificial saiu dos arbustos densos ao nosso redor direto em nossos rostos.

- Droga, Jason. Eu falei para desligar o flash! – Ouvi o sussurro de uma Piper irritada sair da mesma direção que a luz estranha.

- Eu achei que estava desligado. Frank deveria ter desligado. – Jason tentava se safar ao jogar a culpa no amigo.

- Não deveria não. A câmera é sua. – Frank argumentou revoltado com a cara de pau do amigo.

- Olha, não sei se vocês perceberam, mas acho que eles já sabem da gente. – Disse Reyna, quase gritando o sussurro.

- Claro que não perceberam. Desculpa se vocês são amadores, mas eu sou o mestre do disfarce. – Percy, por algum motivo além da minha compreensão, falava com sotaque britânico.

Ouve uma comoção e o arbusto começou a balançar ao som de "Amador é você", "Hazel, é na minha cara que você está pisando", "Jason, acho que tem um esquilo na sua cara", "Thalia, cale a boca" e vários xingamentos. A comoção aumentou e o arbusto simplesmente se abriu, cuspindo vários semideuses. Percy e Jason usavam bigodes. Thalia usava camuflagem de guerra. Reyna tinha uma lança.

Nico e eu, abraçados no chão, estávamos sem fala. Olhávamos atônitos para a cena tentando entender o que diabos estava acontecendo.

Mas eu sinceramente já tentava me acostumar a não me surpreender com nada que partisse deles. 

- O arbusto era maior do que parecia. – Frank disse envergonhado enquanto coçava a nuca.

- É melhor explicar antes que eles saiam do choque. Nico pode surtar. – Thalia disse e recebeu um aceno de aprovação de Reyna.

- Certo, eu vim chamar vocês para o Chalé 1, estávamos pensando em continuar a festa. – Piper disse. – Ver vocês fofinhos assim e chamar o resto do pessoal foi consequência.

- Nem estamos aqui a tanto tempo assim. – Frank gaguejou.

- Fiz uma aposta com Annabeth sobre quem tirava a melhor foto. – Jason disse pensativo.

- E eu claramente ganhei. – Disse Annabeth depois de pular de uma árvore. – Meus 10 dracmas, Grace. 

Depois disso tudo ficou meio confuso. Nico e eu fomos arrastados até o Chalé 1, onde tive que ensinar todo mundo a fazer coroas de flores pois aparentemente aquele havia se tornado um acessório necessário para que quisesse participar da festa. Liberei Nico para almoçar os doces e bolos que haviam por ali, já que ele tinha se alimentado bem pela manhã. 

Comemos e bebemos usando coroas de flores que variavam em diversas cores. Por algum motivo, havia uma pequena adaga na coroa de Reyna. Frank em algum momento se metamorfoseou e passou um bom tempo em forma de abelha na coroa de Hazel.

- Estamos aqui hoje, reunidos perante a estátua feia do meu pai. – Thalia apontou com uma garrafa de bebida para a estátua imponente do Deus do Olimpo que ornamentava a sala. – Para cumprirmos o ritual sagrado de todo aniversário com adolescentes irresponsáveis. Verdade ou Desafio!

Ela gritou a última parte e todos gritaram com ela. Eu não sabia exatamente o que fazer então gritei também. Nico concordou depois de um pouco de resistência. Para minha surpresa, ele não havia ficado bravo com o pessoal por nos espionar, só pediu que apagassem as fotos. Quando ele se virou, pedi a Annabeth e Jeson para que me passassem logo aquelas preciosas imagens.

Sentamos em círculo com uma garrafa de whisky no meio. O jogo ocorreu sem polêmicas, apenas confissões dos momentos mais vergonhosos ou pior: o momento que você percebeu que amava seu(a) namorado(a). Agradeci a todos os deuses por não terem feito essa pergunta para mim e Nico. Os desafios eram coisas ridículas. Colocar a mão na boca de Seymour (a cabeça de leopardo empalhada da Casa Grande). Roubar morangos e jogá-los nos filhos de Deméter. Roubar armas do Chalé de Ares. Esconder a chave de fenda de Harley, o pequeno filho de Hefesto.

Pensando bem, os desafios eram potencialmente suicidas. O último foi o mais perigoso de todos, mas para a pessoa que perguntava.

- Vocês me ouviram. – Disse Nico, os olhos brilhando. – Reyna, eu te desafio a dar um beijo em Thalia.

Thalia parou por um momento, talvez pensando se aquilo a tiraria das Caçadoras de Ártemis. Reyna era uma garota então Thalia deu de ombros e confirmou com a cabeça, mesmo que soubesse que ainda assim, aquilo era errado.

Elas seguraram a nuca uma da outra e se beijaram. Eu pensei ter visto uma língua quando elas se separaram. Todo mundo soltou a respiração que estava prendendo quando Ártemis não apareceu do nada para acabar com a raça de e Thalia, e então elas riram. A tarde se passou assim, cheia de bobagens.

Começou a escurecer e fui encarregado de distribuir mais bebidas nos copos vermelhos e entregá-las para eles. Mais e mais.

Não deixei Nico beber muito pois aquilo podia fazer mal ao seu organismo ainda frágil e no final da noite, todos estavam bêbados demais para sair do Chalé, menos Hazel, que acabou ficando para cuidar daqueles desmiolados, incluindo Frank. E por fim, meu plano havia dado certo e o Chalé de Hades ficaria vazio.

Chamei Nico para o canto e disse:

- A gente podia aproveitar um pouco mais dessa noite, o que acha?

Ele começou a sorrir mas logo fomos interrompidos por Hazel.

- Ei, Nico, se importa se eu levar o Frank para dormir no Chalé de Hades? Não quero que ele durma por aqui nesse estado e o Chalé de Ares vai estar o próprio Tártaro quando eles se tocarem de que roubado e escondemos suas armas. – E simples assim, a irmã dele destruiu meus planos.

- Claro que não, vai lá. – Nico disse, confiante como se não tivesse problema. Ela concordou e saiu para buscar um Frank semiconsciente.

- Olha... Eu não sei se você sabe, mas não podemos transar no Chalé de Apolo. Superpopulação por lá. – Eu já imaginava que teria que dar um jeito de me aliviar sozinho quando Nico falou:

- Tenha um pouco de fé, Raio de Sol. Os Chalés não são os únicos lugares em que podemos transar, sabia?

Ele me colocou nos ombros e me carregou quase correndo para onde quer que ele estivesse me levando. Estávamos fazendo de tudo para não rir muito alto e nos entregar, mas eu sabia que estaríamos gemendo muito em breve.


Notas Finais


Sim, isso msm que vcs leram, próximo cap tem mais LEMON para vcs, em um lugar... Esperem e vejam na próxima segunda kkkk Beijos ♥♥♥
Não nos matem, amamos vcs ❤


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