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História The Best Damn Things - Give Your Heart a Break


Escrita por: foursel

Notas do Autor


OIOI MEUS ANJINHOS espero que tenham gostado do último capítulo, esse talvez seja um pequeno choque pra algumas pessoas. Indico que escutem a música "The Night We Met" de Lord Huron, é da trilha sonora de 13 Reasons Why/Os 13 Porquês, enquanto leem. Enfim, é isso então aproveitem a leitura e voilà...

Capítulo 8 - Give Your Heart a Break


P.O.V. Mario

Duas semanas se passaram desde a noite na casa dos Guerra, e para quem estava curioso pra saber se as coisas mudariam ou continuariam as mesmas, naquela dia Maju e Margarida saíram do banheiro quietas e ficaram um pouco distantes a noite toda, quando achavam que ninguém estava olhando trocavam olhares, que interpretei como algo positivo. Na escola por outro lado, as duas agiram como se não tivesse acontecido nada mas eu tinha quase certeza que algo tinha sim acontecido. Já Paulo e Alicia que realmente achamos que confessariam um romance começaram a brigar logo após o café da manhã, mostrando que nada tinha mudado mesmo. Por algum motivo Bibi e Kokimoto pareciam brigados e mal trocaram olhares durante essa semana, toda vez que lhe perguntavam algo eles diziam que não era nada mas ontem eles brigaram na frente da sala inteira durante a aula de biologia, ninguém entendeu nada, só xingamentos. Como tinha sido na última aula e logo que o sinal tocou os dois sumiram, hoje provavelmente arrancariam dos dois o que aconteceu.

Cheguei à escola um pouco cedo, pelo que vi de nossa turma apenas Paulo e Kokimoto tinham chego, pensei em me aproximar mas Koki parecia contar algo para Paulo e eu não sabia se deveria me meter. Fui em direção aos banheiros e escutei uma garota no banheiro das meninas, ela parecia tossir muito como se fosse vomitar, me preocupei pensando que a tal garota poderia passar mal. Olhei para os dois lados vendo se alguém notaria eu entrando no banheiro feminino, ninguém a vista. Entrei e vi um par de tênis saindo de uma das cabines, cheguei perto vendo a garota ajoelhada no chão e me choquei ao ver que a mesma forçava seu indicador na garganta para vomitar e o fazendo em seguida. Derrubei a mochila de meu ombro e a garota se assustou se virando para mim, no momento que vi seu rosto meu coração se apertou e senti meu estômago revirar.

— Marcelina? – disse a vendo se levantar se limpando.

— Mario, olha não é que você tá pensando.

— Não…

— Eu só comi algo estragado – me interrompeu sem me olhar e indo lavar as mãos.

— Não, Marce.

— Não estava me fazendo bem, sabe? Então eu decidi vir aqui e…

— Não, Marcelina! – disse a virando pra mim e segurando seus ombros. – Não faz isso, não mente pra mim. – sua cabeça estava abaixada mas ainda pude ver lágrimas escorrendo por suas bochechas.

— Desculpa, eu… – começou a soluçar.

— Há quanto tempo você faz isso?

— Dois anos. – conseguiu dizer.

— Marce, eu não vou brigar com você, não vou sair correndo contando pro seu irmão ou seus pais e não vou te fazer prometer nunca mais fazer isso porque eu imagino o quão difícil isso deve ser pra você.

— Obrigada. – me abraçou.

— Consegue me dizer por quê?

— Você já sabe.

— Não, Marce, eu não sei. – sai de seu abraço e levantei seu queixo delicadamente a fazendo olhar para mim. – Você é a garota mais bonita que eu conheço, sempre foi. Não consigo achar sentido nisso tudo…

— Não faz isso. – sussurrou. – Eu não consigo olhar meu corpo sem me sentir mal, eu sei que nunca fui mais gordinha como a Laura mas eu também nunca me achei muito magra. Minha insatisfação com meu corpo era constante e quando eu comia muito me sentia culpada, comecei a comer menos e quando como mais do que deveria, recorro aos vômitos. Para mim é bem fácil, meus pais saem para trabalhar, meu irmão sempre vai para a casa de um de vocês ou para a pista de skate, eu ficava sozinha e dizia a eles que depois me virava com a comida. – contou.

— Você é tão linda, por dentro e por fora. Como pode não amar a si mesma? – perguntei vendo seus olhos marejados.

— Eu não consigo. – ela voltou a soluçar e a abracei, dessa vez mais forte do que antes.

E nesse momento me senti culpado, por dois anos ela esteve fazendo esse tipo de coisa, sofrendo com uma doença grave e ninguém, nem mesmo eu, fui capaz de reparar. A sensação de impotência predominou sobre mim, mas eu não deixaria aquilo me afetar, a partir daquele momento eu não lutaria para tentar fazê-la me amar mas para fazer com que ela conseguisse amar a si mesma e ver o quão incrível ela era.

Antes de termos tempo de nos soltar duas meninas com aparência de uns doze anos entraram no banheiro, nos viram, se olharam e deram risadinhas, as olhei bravo e cada uma entrou em uma cabine calada. Pedi pra conversar com Marce depois, a esperei limpar os borrados do rosto e retocar sua maquiagem para sairmos, e fomos cada um para um canto, eu fui até os meninos e ela até as meninas fingindo um sorriso e as saudando.

Quando cheguei nos meninos apenas Adriano me cumprimentou, enquanto os outros continuaram a escutar a história de Kokimoto. Pelo que entendi ele acabou vendo Bibi conversar pelo Whatsapp com um garoto do terceiro ano enquanto estávamos na casa dos Guerra, o garoto dava em cima dela e a mesma aceitava suas cantadas e retribuía, Koki teve um surto de ciúmes e os dois brigaram. O japonês achava que tinha o direito de não gostar daquilo e Bibi, com razão, ficou furiosa dizendo que eles eram apenas amigos e que ele não tinha o direito de se meter na vida dela.

Do outro lado do pátio o assunto parecia ser o mesmo, Bibi gesticulava bastante e Valéria aplaudia tudo que ela falava. Uma vez ou outra elas olhavam em nossa direção fulminando Koki com os olhos, mas logo apareceu um garoto no meio delas e começou a conversar com Bibi, mudando completamente o humor de todas. Agora elas davam sorrisos maliciosos e gargalhavam, faziam perguntas que pareciam envergonhar a ruivinha e o garoto apenas dava risadas negando com a cabeça. Olhei para o lado e meus amigos observavam também, Daniel tentava dar uma lição de moral em Koki dizendo que se ele a quisesse deveria demonstrar em vez de ficar de braços cruzados esperando sei lá o que, Jaime era o único que concordava com Koki enquanto Paulo não se pronunciou a respeito, apenas escutava e observava, como se a mente dele estivesse em outro lugar.

O sinal tocou e todos se encaminharam em direção a sala, quando tentei dar o primeiro passo senti que algo me prendia, olhei pra trás vendo Paulo segurando minha mochila e a de Koki com um sorriso maldoso no rosto. O fitamos em dúvida e ele fez sinal para o seguir para um canto, assim o fizemos.

— Meus caros, gafanhotos. Depois de muito tempo de meditação e concentração, eu tenho uma ideia que vai nos divertir muito. – disse tirando a mala da zoeira de seu esconderijo, atrás de algumas plantas.


Notas Finais


ESPERO QUE TENHAM GOSTADO E NÃO ME MATEM AMORES SZSZSZ
Não se esqueçam de comentar!
Obrigada por dedicar a minha fanfic um pouquinho do seu dia, aproveite bastante o que vos resta dele e até o próximo capítulo.


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