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História The Circus - Capítulo 1


Escrita por: AnaOli

Notas do Autor


Aproveitem a leitura e espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction The Circus - Capítulo 1

Bella:

Segunda – feira, um dia tão monótono! Acordo mais desanimada que o normal nesta manhã, depois de um final de semana de praia e festa, voltar à rotina é realmente um saco.

Depois de muito enrolar, levanto da cama e resolvo tomar um banho para afastar aquela energia negativa que me consumia logo pela manhã. Coloco minha roupa de sempre, prendo meu cabelo e faço uma maquiagem leve. Pego meu celular e percebo que já estou atrasada. Trabalho no jornal mais importante da cidade como jornalista de campo, ou seja, sou responsável por ver as notícias de perto, entrevistar pessoas, etc. Pego minha bolsa correndo e saio do quarto. Vou saindo apressada de casa, quando escuto alguém me chamando:

- Bella!

- Oi mãe! – paro no meio do caminho – O que foi? – pergunto.

- Não vai nem falar bom dia? – minha irmã Melissa diz.

- Desculpa gente, estou super atrasada! – digo ofegante – Bom dia mãe! Bom dia Mel!

- Não vai tomar café? – pergunta minha mãe.

- Não vai dar tempo. – corro até a mesa e pego uma maçã – Vou comendo no caminho. Tchau pra vocês!

- Não esquece da inauguração de hoje hein! – Melissa diz.

- Não vou esquecer. – grito já do lado de fora.

Na verdade, eu já tinha me esquecido completamente dessa inauguração. Minha irmã é dona de uma das grifes mais famosas no país e está inaugurando mais uma loja. Não sou fã desse tipo de eventos, onde as mulheres ficam conversando sobre várias futilidades enquanto os homens bebem e comem de graça. Mas o que não faço pela minha mãe e pela minha irmã, não é?

Pego meu carro e chego no jornal em menos de meia hora. Cumprimento todos e vou até minha mesa, começar a estudar as possíveis notícias do dia. Até que Marli, minha editora, me chama até a sala dela.

- Com licença – digo ao entrar e fechar a porta atrás de mim.

- Bom dia Isabella! – Marli diz séria, como sempre. Essa mulher tem sempre uma carranca na cara, nunca vi!

- Bom dia dona Marli! – digo ao me sentar em frente a ela.

- Então Isabella, te chamei, pois tenho uma proposta para lhe fazer.

- Pode falar! – digo animada.

- Estamos com a ideia de fazer uma edição teste de uma revista cultural, que viria junto ao jornal uma vez por semana. Essa revista falaria sobre música, teatro, atrações culturais, junto com entrevistas e algumas dicas.  Já contatei outras pessoas que, na minha visão, se identificariam com o trabalho e penso que uma dessas pessoas, seria você.

- Nossa, seria uma honra! – respondo animada.

- Antes de realmente tirar esse projeto do papel, conversei com os diretores da revista e da editora e pensamos em passar uma tarefa para decidirmos quem coordenaria o projeto, pois este seria quase independente do jornal. Dividimos as cinco pessoas que chamei para fazer parte e separamos entre diversas atrações que acontecerão este mês na cidade e na região. A tarefa de vocês será acompanhar de perto como funciona os bastidores dessa atração e apresentar uma matéria, quase como um documentário para nós.

- Ótimo, e qual seria minha atração? – pergunto confiante.

- Durante dois meses, teremos apresentações do Circo Adrenaline na região. A primeira apresentação será aqui na cidade, hoje à noite. Já liguei para os donos do circo e estes concordaram em te receber. Te esperarão hoje à noite, após a apresentação,  para uma primeira conversa.

- Hoje à noite? Não pode ser amanhã?

- Não posso desmarcar com eles, se não puder me avise, pois será uma a menos na disputa pela vaga.

- Claro que não, eu quero sim e darei um jeito de estar lá.

- Ótimo, lhe mandarei o endereço e o horário que deverá estar lá. Agora volte ao trabalho.

- Ok, obrigada dona Marli! – digo me retirando da sala.

Volto para minha mesa e fico trabalhando até de tarde, quando sou liberada para ir pra casa, pelo fato de ter que trabalhar à noite hoje. Chego em casa e encontro Melissa à beira de um ataque de nervos.

- Que bom que você chegou, preciso da sua ajuda! – ela diz assim que me vê.

- Infelizmente não vou poder te ajudar.

- Ué, mas você não saiu mais cedo?

-Sim ,mas logo vou ter que sair novamente.

- Vai aonde? – indaga Melissa – Não me diga que arrumou outro compromisso.

- Compromisso de trabalho Mel.

- É sempre uma desculpa diferente Bella! – Mel diz com raiva.

- Vou fazer de tudo para ir na inauguração Mel, prometo.

- Pois eu duvido. Mas quem sabe milagres aconteçam! – ela diz e eu começo a rir – Agora se me dá licença, tenho trabalho a fazer.

- Eu também. – digo e vou para o meu quarto.

Arrumo-me para ir ao tal circo e em meia hora, já estou em frente ao grande picadeiro. Entrego meu ingresso e entro em busca de um bom lugar. Aguardo por algum tempo, até que o espetáculo começa.

Nunca fui muito fã de circos, mas fico encantada com o espetáculo deste. É tudo muito bonito, colorido e animado. Qualquer um se encantaria. Depois de quase duas horas de apresentação, o espetáculo termina levando o público à loucura. Fico sentada na arquibancada esperando o movimento cessar para procurar os responsáveis pelo circo.

- Olá! – diz uma senhora simpática ao se aproximar de mim – Você deve ser Isabella, a jornalista que nos acompanhará neste tempo de apresentações aqui.

- Sim, sou eu mesma! – me levanto e cumprimento-a  – É um prazer, senhora...

- Catarina. O prazer é todo meu, Isabella.

- Pode me chamar só de Bella. – digo sorrindo e ela assente alegremente.

- Vamos lá pra trás? Assim podemos conversar melhor! – diz pegando em minha mão.

- Vamos sim. – me levanto e vou seguindo Catarina.

Vamos em direção ao backstage e chegamos até os trailers e casa dos artistas. Catarina me guia até o seu, que é o maior de todos. Entramos no local e me sento num pequeno sofá que há lá dentro.

- Aceita uma água, um refrigerante? – pergunta gentilmente.

- Não, muito obrigada. – respondo sorrindo e ela então se senta ao meu lado.

- Me diga Bella, o que lhe traz ao nosso querido e amado circo? – Catarina me pergunta.

-  Então dona Catarina, como minha chefe já deve ter lhe dito, vim para acompanhar vocês, conhecer a rotina, os espetáculos e tudo mais. Se vocês permitirem que tudo isso seja documentado, é claro.

- E onde sairia essa matéria? – pergunta a mulher.

- Sairá numa revista vinculada ao jornal,  que estamos produzindo.

- Ah sim. Mas no caso, nós poderíamos ver essa matéria antes de ser publicada?

- Claro que sim, eu mesma mostro pra vocês e qualquer coisa que não gostarem, é só me dizer.

- Se é assim, tudo bem. Aceitamos sua matéria. – Catarina pega em minha mão e eu sorrio.

- Muito obrigada! Pode ter certeza que vou respeitar o trabalho de vocês e não atrapalharei em nada. - digo

- Quando você quer começar?

- O mais rápido possível! – digo animada.

Nisso, a porta do trailer se abre e entram dois homens. Um mais velho e que parece ser o palhaço que vi na apresentação e o outro mais novo (muito bonito por sinal). Os dois entram rindo e quase não notam nossa presença.

- Oi querida! – diz o mais velho ao notar nossa presença, depositando um beijo em Catarina. – Quem é essa moça bonita? – pergunta ao me ver.

- É a jornalista que te falei que viria. – diz Catarina.

- Prazer, Bella. – me levanto, cumprimentando o senhor.

- Prazer é todo meu. Sou Guga, um dos proprietários do circo e marido dessa senhora aqui.

- E aquele educado ali é o Theo, meu filho mais novo. – diz a senhora.

Ele finalmente parece notar minha presença, passa o olhar pelo meu corpo inteiro (me deixando extremamente sem graça) e depois diz:

- Prazer! – com um sorriso cafajeste no rosto. (E que sorriso!)

- Prazer! – respondo totalmente sem graça.

- O Theo é um dos nossos melhores malabaristas. – diz Guga.

- Posso te mostrar meu malabarismo, se quiser. – Theo diz, num tom totalmente cafajeste. Meu Deus, esse cara é abusado assim mesmo?

- Ah, mas é claro que ela vai querer conhecer! – diz um rapaz, ao entrar no trailer, dando um tapinha cúmplice em Theo – Prazer, sou Rick.

- Prazer Rick! – respondo ainda assustada com a audácia do tal do Theo.

- Rick é nosso filho mais velho. – diz Catarina – Trabalha como trapezista aqui no circo. – ela dá uma pausa e olha para os filhos – E vocês dois, parem de deixar a moça sem graça.

Os homens riem, incluindo o pai.

- Tudo bem gente. – digo após as risadas – E Theo, se eu quiser conhecer seu malabarismo, te aviso. – digo séria.

- Olha! Ela é marrenta! – diz Theo, em um tom de deboche. Começo a ficar meio irritada.

Dou um sorriso cínico e os irmãos caem na risada.

- Não liga pra eles, são meio bobos, mas com o tempo você acostuma. – diz Catarina e eu sorrio sem graça.

- Acho que já vou indo então. – digo me levantando – Amanhã pela manhã eu volto então.

- Ok querida! – diz Catarina.

- Esperaremos você! – diz Guga.

- Só acho melhor você não vir com esse tipo de roupa. – diz o tal do Theo.

- Qual o problema com a minha roupa? – pergunto dando uma olhada em meu corpo.

- Bom, você está vindo para um circo e não para um desfile de moda.

-A roupa que eu ando, ainda é problema meu. – respondo de uma vez só.

- TOMA! –grita Guga, arrancando risada geral.

- Não liga para o Theo, se faz de bobo, mas você vai ver que no fundo é um amor de pessoa. –diz dona Catarina, enquanto vou me dirigindo para fora do trailer.

- Ah, mas não é o que parece! – digo e ela ri.

- Você vai ver!

Sorrio e dou um abraço nela. Despeço-me de todos, menos do tal do Theo e vou até meu carro. Como já está tarde e eu estou cansada, resolvo nem passar na inauguração da minha irmã. Vou direto pra casa e me jogo na cama, pensando no porque daquele cara ter me tratado daquele jeito.

- Tão bonito e tão idiota!

Acabo pegando no sono, embalada por esses pensamentos...

Theo:

- Theo, que papel ridículo que você fez com a moça. – diz minha mãe assim que a tal da Bella sai do trailer.

- O Theo ficou doidinho nela, por isso não controlou seus instintos. – diz Rick debochando e eu lhe dou um soco no braço.

- A senhora sabe que eu gosto de brincar com as pessoas, cresci num circo, isso é normal. – respondo dando de ombros.

- Normal, sei... Pois eu acho que essa moça aí não é do tipo das que você conquista a cada lugar que passamos – diz meu pai – Ela é séria, pode ir tirando seu cavalinho da chuva.

- Pois eu nem coloquei ele na chuva - respondo rindo – Achei a garota muito bonita mesmo, não vou negar. Mas muito atrevida e nariz em pé, gosto disso não.

- Hm, sei. – minha mãe diz e eu bufo.

- Ih ta bom, achem o que quiserem! – digo – Vou para o meu trailer, to cansado. Boa noite!

- Boa noite! – eles respondem em uníssono.

Vou para meu trailer e deito em minha cabeça.

- Garota metida a besta! – falo sozinho pensando na tal garota, que o que tem de bonita e gostosa, tem de metida.

Eu que não vou me enfiar numa furada dessa!

(...)

 


Notas Finais


Obrigada e volte sempre!


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