— Jasper se você acelerar esse carro ninguém vai reclamar não. — Robert diz enquanto olha pela janela. — Na verdade iremos agradecer muito.
— É o máximo que essa coisa consegue atingir. — ele responde. — Alguma coisa com a Lucy e os outros, Jeff?
— O pneu do carro deles furou, mas não estão sendo perseguidos, parece que a Anna se livrou da outra moto.
— Ela os matou? — Sarah pergunta em um berro.
— Pelo amor de Deus! — grito já irritado. — Eu voto por abrir a porta do carro e jogar a Sarah pra fora.
— Fica calma Sarah. — Jasper pede. — Eu vou tirar a gente daqui.
A moto continua a nos perseguir. — Estamos sendo seguidos desde que saímos do aeroporto, Anna conseguiu derrubar a outra moto, porém essa continua atrás da gente. — Temos que dar um jeito de escapar deles antes que o pior aconteça.
— Para o carro. — Jéssica fala.
— Parar? Enlouqueceu. — Jasper fala.
— Falo sério. — ela insiste. — Se parar o carro de repente eles vão bater na gente, e teremos mais tempo pra fugir.
— E se batendo na gente eles morrem? — Robbie pergunta. — Ou sei lá, dar algo errado e acontecer algo com a gente.
— Alguém aqui tem uma arma? Alguém tem outra solução? É tudo o que podemos fazer, esse carro vai morrer daqui a pouco.
— Pior que ela tem razão. — concordo. — Esse carro não vai aguentar muito tempo.
— O que eu faço? — Jasper pergunta confuso.
— Para o carro! — Jéssica grita.
O carro então freia. Um forte baque acontece quando a moto bate em nossa traseira. — Eu realmente queria que fosse só isso. — Nosso carro simplesmente começa a rodopiar na pista.
— Jasper! — Sarah grita em pânico.
— Perdi o controle!
Não consigo ver mais nada nítido. Vejo coisas subindo e descendo, vejo Robert ser jogado para frente, voando para fora do carro. Vejo Sarah sendo jogada de um lado para o outro. — O carro está capotando. — Tudo fica escuro de repente.
— Jeff...
Max?
— Jeff!
É o Max? — Abro os olhos com dificuldade e só então percebo estar de cabeça para baixo, preso ao cinto de segurança. — O carro está virado.
— Jeff!
Olho para o lado esquerdo e vejo Jasper. Sua testa esta cortada. Olho para o outro lado e não vejo nem Sarah, nem Robert, nem mesmo Jéssica.
— Eu vou soltar seu cinto. — ele fala. — Protege a cabeça.
Coloco as mãos na cabeça no exato momento em que caio. Me arrasto para fora do carro e com sua ajuda fico de pé. — Minhas pernas estão bambas. Meu braço esquerdo está doendo e cortado. Fora isso eu estou perfeitamente bem.
— O que aconteceu? — pergunto assustado. — Onde estão todos?
— Aqui! — Jéssica grita lá longe.
— O que aconteceu?
Jasper corre até ela. — Eu não consigo correr, minhas pernas não me respondem direito. — Agora não... Por favor. — Ando o mais rápido que consigo, quando finalmente vejo Robert jogado no chão com sangue na cabeça e desacordado.
— Robert!
— Ele está vivo. — Sarah vem até mim, e me ajuda a me aproximar. — Ele precisa de atendimento rápido.
— Alguém chama uma ambulância. — peço.
Me jogo no chão e me arrasto até ele. Há um pequeno corte em sua testa, menor até que a do Jasper, porém ele foi jogado para fora do carro, temo que ele tenha batido a cabeça e acontecido algo pior.
— Hey! Idiota... Acorda! — peço. — Robert acorda! — grito.
— Jeff para. — Jéssica me puxa. — Fazer isso não vai adiantar nada.
A rua está deserta, não passa uma alma viva. — Precisamos de ajuda ou o Robert vai morrer.
— Sua irmã. — Jasper fala.
— O que tem ela?
— A Jenny e o Matthew estão com o aplicativo do Patrick. — Jéssica fala. — Eles podem nos ajudar.
Pego meu celular do bolso e ligo para Jenny.
— Alguém já ligou pra ambulância? — Sarah pergunta já exaltada.
— Jenny! — a chamo quando atende. — Preciso que use o aplicativo do Patrick.
— Aconteceu alguma coisa? — ela pergunta.
— Apenas faça. — peço. — Veja onde estamos, e encontre um hospital mais próximo.
— O que aconteceu?
— Jenny! — grito.
— Desculpa, espera.
Espero que de tempo.
— Jeff. — ela volta a falar. — Vocês estão fora da cidade. Por que estão longe dos outros?
— Jenny eu juro que te respondo tudo, agora me diz, onde tem um hospital por perto.
— Não está perto, é quase do outro lado da cidade, mas a cidade é pequena então...
— Você pode guiar a gente até lá?
— Claro.
Entrego meu celular a Jasper Me levanto e olho para os lados.
— O que vai fazer? — Jéssica pergunta me seguindo.
Vou em direção à moto jogada no meio da pista. Vejo os homens caídos desacordados no chão; — Será que estão vivos?
— Jeff quer me ouvir.
— O que você quer Jéssica? — digo irritado. — Meu amigo está jogado no chão, quase morrendo, eu não vou deixar ele morrer.
— E o que vai fazer? Pegar essa moto e sair com ele amarrado em si mesmo?
— Exatamente. — falo pegando a moto.
— Você não pode pilotar ainda, os médicos disseram que...
— Foda-se os médicos. — grito a encarando. — Você mais do que ninguém deveria saber que eu faria isso por um amigo, já que eu fui capaz de parar em uma cadeira de rodas para salvar a sua miserável vida!
— Eu sou sua mãe, você tem que me ouvir.
— Mãe? Desculpa. Eu não tenho mais uma mãe desde que Matthew e eu assinamos aqueles papeis, eu não tenho mais uma mãe desde o momento em que você voltou para a cidade no ano passado só com o intuído de destruir minha vida por eu ser gay.
Levo um tapa repentino no rosto.
— E mesmo em uma situação como essa você não consegue deixar seu orgulho de lado, não é? — digo empurrando a moto. — Você morreu pra mim no momento em que tentou me matar por eu ter me apaixonado pelo Maximilian.
— Eu nunca quis te matar.
— Claro que não Jéssica, usar o Spencer sabendo que ele viria atrás de mim, você é uma gênia... Você nunca pensou em mim, ou na Jenny, nem mesmo no Matthew, eu simplesmente não entendo e nem quero entender os motivos que te levou a usar o Spencer, eu só quero que você suma da minha vida de uma vez por todas.
— Eu estou aqui para redimir isso.
— Para redimir um mal que você ajudou a criar. — falo. — Talvez você não tenha mudado, eu ainda vejo você como a pior pessoa do mundo. E isso não vai mudar só porque você está aqui agora.
Deixo-a para trás e me junto aos demais. — Sou o único aqui habilitado para pilotar uma moto, então nem houve discussão quanto a isso. — Sarah foi até o carro e cortou os cintos de segurança. Subi na moto e logo Jasper e Jéssica colocam Robert atrás de mim. Sarah o amarra junto a mim com o cinto.
— Tem certeza disso? — Sarah pergunta. — Nenhum dos dois está bem.
— Eu não vou perder mais ninguém. — afirmo. — Sarah, Jasper, tentem contato com a Lucy, eles não devem estar muito longe, liguem para o Matthew, ele pode ajudar vocês.
— E você? — Jasper questiona preocupado.
— Eu vou para o hospital com o Robert, quando eu tiver certeza que ele vai ficar bem eu encontro com vocês, eu prometo... Vai dar tudo certo.
Ligo a moto e acelerado. A última coisa que os ouço falar é: “E o que vamos fazer quanto a eles?” foi Jasper perguntando referente aos capangas da G.T.
..........
É realmente muito difícil pilotar nessas condições. O Robert é pesado, e minhas pernas não estão cem por cento. — Mas não vou deixar ele morrer, eu me recuso.
— Jenny, ainda está ai? — chamo.
Estou usando os fones de ouvido como microfone no celular.
— Sim. — ela responde. — Dá pra explicar agora o que aconteceu?
— Fomos emboscados assim que chegamos, nos separamos, fomos perseguidos, nosso carro capotou o Robert se machucou e é isso.
— Droga. — ela pragueja. — Certo... Vira sua próxima esquerda, em seguida siga direto até eu avisar.
Quando foi que minha vida se tornou tão complicada assim?
— Jeff. — Jenny continua a falar. — Está tudo bem?
— Eu estou com medo de perder ele também. — admito. — Eu já perdi o amor do Max, estou perdendo o Nicholas... Eu não posso perder o Robert também.
— Fica tranquilo, você vai conseguir chegar a tempo no hospital.
— De onde você está vendo da para ver os outros?
— Sarah, Jasper e Jéssica estão ainda no lugar de onde você saiu. — ela fala. — Lucy e Anna estão um pouco afastadas de onde estão Leonard, Suzy e Patrick. O que eu faço?
— Isso é só um rastreador... Mas...
— Jeff tem outra luz piscando aqui, mas não tem nome. — Jenny diz assustada.
O Max? Não, ele está na reabilitação, então quem?
— Acabei de receber uma mensagem. — ela fala. — Jeff é a Michelle, o Patrick colocou um rastreador nas coisas dela.
— Eu estou mandando uma imagem para os outros, mas Jeff...
— Deixa eu adivinhar. — falo. — Eu sou o mais próximo.
— Não inventa de fazer as coisas, sozinho. Me promete.
— Jenny eu preciso desligar, nos falamos depois.
Não posso prometer algo assim a ela. Se eu tenho a chance de encarar a Michelle primeiro que todo mundo eu vou fazer. — Ela torturou o Max a vida inteira sem que ele nem notasse, fez de mim e dos meus amigos meros fantoches, e está abusando da doença do Nicholas para me ferir. — Eu definitivamente não vou ficar parado esperando que...
— Res... Respi... Respirar.
— Hã?
Freio à moto rapidamente. Desamarro o cinto que prende o Robert a mim e antes que ele pudesse cair para trás, o puxo para junto de mim novamente.
— Robbie? — chamo saindo de cima da moto. — Hey... Está bem?
Ele abre um sorriso forçado e olha em volta. — Ele está vivo.
— Que susto em?
— Que susto em? É tudo que tem a dizer?
O coloco no chão e nos sentamos um ao lado do outro.
— Você quase me matou do coração. — grito irritado.
— Desculpa. — ele pede ainda fraco. — Foi louco cara... Eu voei pela janela do carro, achei que eu fosse morrer. — ele sorri, porém lagrimas caem de seus olhos. — Eu achei que eu fosse morrer.
Sinto um nó na garganta. — Eu não vou chorar por ele... Eu me recuso. Eu não quero chorar. Merda. — O puxo para um abraço. O que o deixa espantado.
— Eu precisei quase morrer para você me abraçar? — ele pergunta sorrindo.
— Seu idiota. — resmungo ainda o abraçando. — Não se atreva a fazer isso comigo, você não. Eu já perdi muita coisa, e vou perder mais coisas ainda, mas eu me recuso a perder você também.
— Jeff...
— Eu amo você, você é meu melhor amigo, eu não quero que me assuste assim de novo.
Lagrimas caem dos meus olhos no momento em que ele retribui meu abraço. — Droga o que está havendo comigo? Quando me tornei tão emotivo?
— Eu achei que fosse morrer sem ouvir isso. — ele diz sorrindo.
— Tá chega... Agora me solta.
— Não, só mais um pouco.
— Robert me solta! — o empurro. — Tenho que te levar ao hospital.
— Pra que?
— Como pra que? Você voou do carro, sua cabeça está sangrando, temos que ver se não quebrou nada.
Ele então se levanta e da um pulo.
— Viu? Inteiro. Como diz a Lucy, vaso ruim não quebra.
— Você é inacreditável. — murmuro.
Tiro meu casaco e minha camisa. — Está frio.
— Jeff eu sei que disse que me ama, mas eu não quero fazer sexo com você.
— Não seja idiota.
Rasgo minha camisa com as mãos, até que fica um pedaço mais fino, amarro-o na testa de Robert, servindo como uma atadura. — Visto meu casaco.
— Achei que fosse me estuprar. — ele murmura.
— Que cara é essa? — sorrio. — Até parece desapontado por eu não fazer isso.
Meu celular toca de repente.
— O que aconteceu? Você parou. — Jenny fala assim que atendo.
— O Robert acordou. — respondo. — Ele está bem.
— Graças a Deus. — ele fala, aliviada. — Jeff eu vou ter que desligar o Patrick está ligando.
Desligo o celular e vejo Robert encarando o cinto que estava nos unindo.
— E se eu caísse?
— Você não caiu.
— Tá, mas e se eu caísse?
— Não vamos pensar nisso. — digo subindo na moto.
— Vai me largar aqui?
— Eu não vou voltar para encontrar com os outros. A Michelle está por perto, o que significa que a Samantha e o J.K também estão, eu não posso deixar ela fazer mal aos dois.
— Nós viemos pra cá com esse intuito, não é? Por que está me deixando pra trás?
— Você se machucou, poderia ter morrido.
— E você também, qual é Jeff, não é como se fosse a primeira vez, eu já levei um tiro e nem por isso deixei de ajudar vocês, de nos ajudar.
— Você tem certeza que não quer esperar os outros?
— Samantha e o J.K não têm tanto tempo assim, tem?
— Eu juro que se desmaiar eu te largo no meio da rua. — resmungo.
Robert sorri e sobe na moto. — Espero chegar a tempo até o dois.
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POV NARRADOR
Já é inicio de tarde. A mansão dos K.P Jones está menos movimentada do que o de costume. — Matthew, Jenny e o mordomo Sr. Snow, são os únicos na casa.
Matthew e Jenny estão no escritório do ator, cada um, com um notebook mostrando a mesma coisa: um mapa da cidade de Fredericksburg, Texas. E há dez pontinhos vermelhos espalhados, dois deles estão em movimento, são eles, Jeff e Robert. Outros três pontos estão parados a um bom tempo, esses são, Sarah, Jasper e Jéssica. Os outros cinco pontos estão agora em movimento, se aproximando do lugar onde Sarah e os outros estão.
— Eu não estou entendendo isso direito. — Matthew diz confuso. — Por que o Jeff e o Robert estão sozinhos? Será que aconteceu alguma coisa?
Jenny não contou ao Matthew sobre o acidente ocorrido com seu irmão. — Até porque eles estão bem, e outra, Matthew já não era a favor do plano inicialmente, sabendo de algo assim certamente acionaria a polícia, o que faria todo o plano ir por água abaixo.
— Eles devem ter se separado para procurar informação. — ela diz.
O telefone de Matthew toca, ele mostra para a filha que é da agencia, e ele rapidamente sai do escritório a deixando, sozinha.
— Patrick está me ouvindo? — Jenny chama olhando sorrateira para a porta.
— Sim. — ele responde.
O notebook de Jenny está conectado online com o celular do Patrick. — Não pergunte como. — Ou seja, tudo que um vê e faz, o outro vê, e também podem se comunicar.
— Você tem certeza que esse outro ponto é a Michelle?
— Absoluta. — ele confirma. — Ela foi a única pessoa além de nós que eu coloquei o rastreador. Por quê?
— O Jeff e o Robert estão indo na direção dela.
— Sozinhos?
— Sim. — Jenny responde assustada. — O que eu faço?
Repentinamente todos os pontos vermelhos da tela somem.
— Jenny o que fez?
— Eu... Nada. — ela responde confusa. — Sumiu tudo.
A jovem se espanta quando de repente todos os cantos do mapa acendem em uma luz vermelha.
— Você está vendo isso? — Jenny pergunta.
— Está sendo hackeada. — ele observa. — Presta bastante atenção, provavelmente é o pessoal para quem a Anna trabalha, eles não devem estar nada contentes que estamos agindo por conta própria.
— Patrick o que eu faço?
— Ainda tem aquele pen drive que te dei? Pega ele e conecta no computador, rápido.
— Espera! Eu vou pegar.
Jenny corre para fora do escritório e vê Matthew distraído ao celular. Sobe as escadas apressada e ao chegar a seu quarto procura em todos os lugares onde possa ter guardado o pen drive do Patrick.
— Jenny? — Matthew a chama. — Algum problema?
— Não pai. — ela mente. — Já vou descer.
As luzes repentinamente apagam. A jovem corre até o interruptor, mas nada da luz ligar. — Ao correr até a janela ela percebe que todo o condomínio está às escuras.
— Isso não foi um blecaute. — ela observa. — Aquele pessoal, eles tem todo esse poder?
— Jenny.
A menina continua a procurar o pen drive, até que finalmente o encontra. Corre com ele para baixo, e assim que entra no escritório, Matthew a segue.
— Estamos sem energia. — ele observa. — Não temos como falar com eles agora.
— Me dá um segundo pai.
Jenny conecta o pen drive no notebook, toda a tela fica preta com milhares e milhares de letras brancas descendo e subindo. — Jenny parece torcer para que isso seja obra do Patrick.
— Não estamos sem internet? — Matthew questiona confuso.
A menina mostra ao pai que seu notebook está ligado a um modem pré-pago.
— O Patrick pensou em tudo. — ela fala.
— Esse menino é assustador.
— Pai me faz um favor, vá lá fora e vê se tem luz em algum lugar.
Prontamente ele o faz.
— Patrick consegue me ouvir? — Jenny o chama.
— Muito mal. — ele responde. — O que aconteceu?
— O grupo que trabalha com a Anna está tentando me impedir de ajudar vocês. — ela fala. — Por que eles não querem que eu ajude?
— Eles provavelmente acham que estamos fazendo algo errado, o que não é totalmente mentira, mas enfim...
— Eu coloquei o pen drive, o mapa voltou, mas todos os pontos sumiram.
— O sinal está muito fraco para chegar até mim, você vai ter que fazer isso sozinha.
— Onde está agora?
— Acabamos de pegar a Sarah, e os outros. — ele conta. — Está um pouco apertado aqui. Consegue localizar o Jeff?
— Não. Mas o outro ponto ainda está aqui. — ela diz. — A Michelle.
— Onde ela está?
De repente todos os pontos vermelhos reacendem todos os dez.
— Jenny?
Ela tenta entender o que está vendo, pois sua tela começa a piscar.
— Esta parada em um ponto. — ela fala. — E todos vocês estão chegando perto.
— Seja mais especifica.
— O Jeff já está lá, entre em contato com ele, eu vou perder a conexão.
E então o notebook simplesmente desliga.
— Por favor, Jeff... Não faça nenhuma besteira.
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POV JEFF
Robert e eu descemos da moto assim que chegamos a uma área mais movimentada. — A última informação que consegui da Jenny nos trouxe a esse lugar, mas tem alguns minutos que não consigo falar com ela.
— E agora? — Robert questiona. — Como vamos encontrar eles aqui?
— Ainda está com as fotos?
Robert tira do bolso dois papeis, são as fotos de Samantha e J.K.
— Vamos nos separar, perguntar por ai, alguém tem que ter visto os dois.
E assim nos separamos.
Procuro por todos os lugares. Farmácia, igreja, mercearias. Mas nada, é como se os dois nunca tivessem sequer passado por aqui.
Saio de dentro de um bar no exato momento em que vejo Robert sendo expulso de um bordel. — Vejo alguém no segundo andar o espiando.
— Qual o problema? — pergunto me aproximando.
— Nada de menores. — o homem alto que o expulsou fala.
Aquela mulher lá em cima não para de olha pra gente. — Isso está me incomodando.
— E sou Jeff Johnson. — falo.
— Bom pra você. — o homem diz dando de costas.
— Sério? — Robbie pergunta em sussurros. — Você nem é tão famoso assim
— Não é isso. — digo. — Meu nome é Jeff Johnson! — ínsito agora mais sério.
A mulher some de repente. — O homem volta até a gente e me empurra.
— Nada de crianças! — ele insiste.
Estou começando a ficar irritado.
— Olha! Nós não queremos confusão. — Robert fala indo até ele.
O homem simplesmente soca Robert na barriga, o fazendo cair de joelhos no chão.
— Por que sempre eu que apanho? — ele geme em dor.
— Relaxa cara! — grito. — Não queremos confusão.
— Jeff Johnson! — uma voz feminina me chama.
Me levanto e olho por trás do muro em forma de homem. — Tá que eu sou alto, mas ele consegue ser maior que eu. — É a mesma mulher que estava nos olhando lá de cima. Ela é branca, baixa, seus cabelos são bem pretos, assim como seus olhos. Usa uma camiseta branca e uma bermuda curta.
— Conhece o garoto? — o homem pergunta.
— Se ele realmente for quem diz ser. — ela fala.
— Ele é o Jeff. — Robert afirma.
O homem ameaça bater nele novamente, porém Robert se joga para trás.
— Bate nele também. — ele aponta pra mim. — Credo. Já me jogaram pra fora de um carro, eu quase morri, agora tenho que apanhar também? Fala sério. Vou tatuar um alvo na minha testa.
— Pode provar ser quem diz ser? — a mulher vem até mim e me ajuda a levantar.
Pego minha carteira no bolso de trás e mostro a ela minha habilitação.
— Deixe os meninos entrar, eles são amigos do King. — a mulher fala.
— Quem é King? — Robert pergunta ainda emburrado.
Entramos junto a ela e a seguimos. Passamos por um corredor cheio de portas. — Posso imaginar o que está se passando atrás delas.
— O que o retardado está fazendo? — o homem questiona.
Vejo então Robert espiando uma das portas.
— Idiota. — forço um grito. — O que acha que está fazendo?
Ele corre sorrindo.
— Fiquei curioso, nunca estive em um lugar desses antes.
Dou um tapa em sua cabeça e o puxo para que ande em minha frente. — Esse King que ela mencionou só pode ser o J.K. — King era como ele era chamado na Gangue dos Trilhos, por causa do seu nome, Jimmy Kingsley. — A mulher abre uma das portas e assim que entra o homem nos empurra para dentro e fecha a porta.
— Isso não é um sequestro, é? — Robert pergunta assustado. — Outro sequestro não, isso já está ficando chato.
— Seu amigo é muito falante. — a mulher fala se deitando na cama de forma provocante. — Essa língua nervosa só serve pra isso?
— Jeff ela está me seduzindo? — ele me pergunta em sussurros. — Está funcionando.
— Não viemos aqui pra isso. — falo. — Como sabe meu nome? — pergunto agora a ela.
— Seu amiguinho é um cliente meu. — ela sorri. — Pode me chamar de Pérola se quiser.
— Não perguntei seu nome.
— Que rude. — ela sorri. — Isso me excita.
— Não tenho tempo para as suas gracinhas, eu preciso saber onde o J.K e a Samantha estão, e você vai me dizer.
— Ou então...? — Pérola me provoca. — Não me parece que está em condições de exigir alguma coisa.
— Deu pra mim.
Viro de costas e ameaço a sair, porém Robert me impede.
— Não temos escolha, temos? — ele pergunta. — Você mesmo disse que a Michelle está por perto, se ela encontrar os dois antes da gente já era. — ele fala em sussurros.
— Quer mesmo ceder a ela?
— Ela nem disse o quer ainda.
— Jura?
Aponto para cama e ele abre a boca quando vê a mulher só de roupas intimas.
— Eu sou comprometido. — ele me empurra. — Você faz.
— Faz você. — agora eu o empurro. — Eu também sou comprometido. E com um homem.
— Gay? — a mulher grita de repente. — Que tudo! Eu quero os dois.
— Não! — gritamos juntos.
Puxo Robert para porta.
— Faz tempo que eu não transo com uma mulher, você faz isso sempre, vai lá e faz seu trabalho e consegue a informação que a gente precisa, enquanto isso eu espero vocês lá fora.
— E a Thammy?
— Ela não vai saber.
— Mas eu vou. — ele afirma. — Desculpa, mas eu não posso fazer isso.
Pérola se levanta, vai até o frigobar e tira de lá uma garrafa de bebida.
— Vamos fazer um jogo então. — ela propõe. — Quem perder vai fazer o que eu quiser em troca da informação.
— Sério que temos que fazer isso? Vidas estão em jogo.
— Acha que eu me importo? Já viu onde eu vivo?
Ela bate na cama nos chamando.
— Vamos, não vai demorar nada.
Eu não consigo acreditar que vou ter que me sujeitar a algo assim. — Robert e eu nos sentamos desconfortáveis na cama. Enquanto Pérola abre a garrafa sorridente.
— Qual é o jogo? — Robert pergunta curioso.
Pérola pega três copos e os enche da bebida. — O jogo proposto por ela em si não era difícil, o grande problema é que o Robert optou por conhecimentos gerais, e ela optou por ser conhecimentos gerais sobre essa cidade. Adivinha quem se deu bem?
Depois de alguns minutos bebendo e bebendo, já não consigo distinguir o certo do errado, e juro que estou vendo dois do Robert ao meu lado.
— Estamos prontos? — ela pergunta.
— Pra que? — pergunto soluçando.
Ela sorri e se levanta. — Ela não parece bêbada. — Ergue as mãos e faz com que Robert e eu a sigamos até o banheiro. — Abro um sorriso quando a vejo tirar as únicas peças de roupa restante e entrar no chuveiro.
— O que estão esperando? — Pérola questiona.
Robert dá de ombros, e rapidamente começa a tirar sua roupa. Faço o mesmo, e quando me dou conta já estamos os três nus dentro do minúsculo Box do chuveiro. — Minutos atrás eu era completamente contra isso, não é? Por que mesmo? — Robert começa a encarar os seios da mulher, enquanto eu fico apenas parado. — Não pergunte, eu acho que estou bloqueado. — Me assusto ao ver sangue escorrendo pelo corpo do Robert, e só então vejo a água limpando seu ferimento na testa.
— Não me olha desse jeito. — ele fala. — Eu não vou chupar você.
Pérola nos pega pelo braço e nos trás de volta a cama. — Agora Robert enfim ameaça beijar a mulher, enquanto ela tenta me tocar.
— Eu sabia que sua língua nervosa servia para outras coisas. — ela fala em gemido.
— Cala a boca. — resmungo.
Ela me empurra e sorri para mim, e então foca em Robert. Se senta direito na cama, o puxa pela cabeça e o beija. — Por que estou de fora? — Empurro Robert, e a beijo. Ele volta, e acabamos que nos beijamos os três ao mesmo tempo.
— Os dois agora. — ela pede.
— Nem pensar. — Robert protesta.
— Não, isso não vai rolar.
— Okay! — ela diz se deitando. — Eu acho que o Jimmy vai continuar muito bem escondido.
Merda! — Encaro Robert que balança a cabeça em negação. — Eu vou me arrepender disso depois, eu tenho certeza que vou. — Puxo-o para junto de mim e o beijo. — Sinto uma mão tocar em meu pênis, olho espantado, e percebo que Pérola está nos masturbando. — Robbie permanece com o olho aberto me encarando, e não retribui o beijo.
— Tá chega! — ele me afasta. — Para de ficar batendo o pinto dele em mim, isso é estranho.
Repentinamente um tiro!
— Okay isso foi broxante. — Pérola fala. — Acabou a festa meninos.
Robert e eu pulamos rápido da cama, nos vestimos e ficamos encarando a porta esperando alguma coisa acontecer.
— O que foi isso? — Robbie pergunta. — Isso é normal por aqui?
— Ficaria mais tranquilo se eu dissesse que sou casada? E que possivelmente é meu marido ciumento?
— Está brincando, não é? — digo.
— Pode ser que sim... Pode ser que...
Agarro-a pelo pescoço e a bato contra a parede. — Já perdi a paciência.
— Chega de graça. — murmuro em seu ouvido. — Me diz onde encontrar o J.K, ou juro que te estrangulo aqui mesmo.
— Calminha, garotão. — Robert me afasta dela. — Não é assim que as coisas...
Pérola de repente chuta Robert o fazendo cambalear até a cama.
— Por que sempre eu?
— Vadia!
E então outro tiro.
— Vocês não têm muito tempo. — ela afirma.
Pérola corre para dentro do banheiro e volta com uma carta.
— Ele disse que cedo ou tarde alguém apareceria procurando por ele, e que se fosse você era para entregar isso.
— Não poderia ter nos poupado o sacrifício?
— Não foi sacrifício, você estava gostando.
— Robert vem.
Saímos do quarto, e vemos as outras garotas de programa correndo assustadas. — Seja lá o que for que está acontecendo aqui, não é da nossa conta.
— Como a gente sai daqui? — ele pergunta.
— Segue as meninas.
E assim fazemos. — Por fim conseguimos sair.
..........
Estamos agora em uma lanchonete. — Parece que Pérola não estava mentindo, foi realmente seu marido que invadiu o lugar. E pelo que entendi, ele regularmente faz essa cena, mas ninguém nunca sai ferido.
— Robert nós...
Me assusto ao ver ele me encarar com os olhos arregalados.
— Isso não aconteceu? Beleza? — ele diz com a cara pálida.
— Está levando isso muito a sério. — sorrio abrindo a carta do J.K.
— E você não está? Você me beijou! A última vez que beijou um cara se apaixonou por ele e terminou com um vibrador enfiado na bunda.
Agora eu o encaro. — Isso foi completamente desnecessário de se dizer.
— Eu não vou me apaixonar por você. — afirmo. — Eu tenho que parar de contar tudo pra você. — murmuro.
— Sei.
Às vezes eu acho que o Robert tem um parafuso a menos.
— O que tem na carta?
— Só um endereço. — respondo. — Vamos, temos que ir antes que escureça e antes que a Michelle os encontre.
Ouço algo quebrar, olho assustado para trás e vejo uma pessoa de costas. — Não consigo ver direito se é homem ou mulher, está usando um capuz.
— Vamos sair daqui.
Saímos da lanchonete e começamos a caminhar até a moto. — Posso jurar que vi aquela pessoa que estava na lanchonete sair ao mesmo tempo em que a gente.
..........
Quase vinte minutos o tempo que levou para chegarmos a esse lugar. — Já está de noite, e está bastante frio. — Tem uma casa no meio do nada. — Literalmente no meio do nada.
Descemos da moto assim que a estaciono em frente a casa.
— Por que diabos alguém moraria em um lugar desses? — Robert pergunta com o olhar estranho.
— Talvez seja porque eles estão fugindo.
— Fugindo de que? O Leonard não tirou as acusações contra a Gangue dos Trilhos?
— Deixa quieto Robert.
A porta de entrada da casa de repente abre. — É ela. Seus cabelos vermelhos expressivos. Está usando uma bermuda curta, e um casaco jeans.
— Samantha. — chamo.
Ela me encara assustada, porém pula os degraus de entrada, corre e me abraça. — Não lembrava que éramos íntimos a esse ponto.
— É bom finalmente ver um rosto familiar nesse fim de mundo. — ela fala.
— Não tenho boas noticias. — falo. — Podemos entrar?
Samantha finalmente nota o Robert, que agora a encara com desprezo. — Samantha tentou matar o Robert na época da invasão da mansão Miller. — Entramos na casa junto com Samantha. — É uma casa bem grande para duas pessoas, e ainda mais para uma casa no meio do nada, sem absolutamente nada em volta.
— Jeff?
Olho em direção à sala de estar e o vejo, J.K. Continua o mesmo, seu cavanhaque, e seu enorme casaco de pele. Ele me abraça e me chama para a sala.
— Robert? — o chamo.
— Eu vou ligar para os outros, dizendo que os encontramos. — ele diz saindo da casa.
Samantha e J.K me encaram assim que sento no sofá.
— Dizer que nos encontraram. — Samantha repete. — O que está acontecendo?
— Achei que a história da Gangue dos Trilhos tinha acabado. — J.K diz confuso.
— E acabou. — afirmo. — Isso é outra coisa, não envolve você J.K, isso é com a Samantha.
— Não entendi.
— Você se lembra do motivo do Max e eu termos salvo sua vida no ano passado não é?
— Porque a Jéssica colocou na cabeça de vocês que eu sabia quem era a G.T. — ela responde. — Eu não sabia quem era aquele tal de Spencer.
— Não era ele. — conto. — A G.T é outra pessoa.
— Como assim?
— E ela está vindo atrás de você;
Ela começa a andar de um lado para o outro, agitada.
— Mas eu já disse milhões de vezes, eu não sei quem é a G.T, por que isso?
— Eu também não estou entendo direito, já que quem disse que você sabia era é a Jéssica, e na época a Jéssica estava falando sobre o Spencer.
— Então... A G.T está vindo atrás da Samantha por mera especulação? — J.K deduz.
— É provável. — afirmo.
— Isso só pode ser brincadeira.
— E o que esta fazendo aqui? — ele pergunta. — Veio ajudar?
— Viemos parar a G.T de uma vez por todas.
— Viemos? Quem mais está com você além do mauricinho? E por que estão machucados?
— Sofremos uma emboscada, vindo pra cá. — conto. — E os outros estão aqui, a Lucy, e os outros mais os pais dela e a Jéssica.
— A Jéssica? — Samantha pergunta espantada. — Não era dela que a gente devia fugir?
Ouço o ronco do motor de um carro. — Tem algo estranho. — Robert de repente entra correndo.
— Eles estão aqui, mas tem mais alguém. — ele fala.
Saímos os três da casa. Vejo o primeiro carro parar, logo Suzy, Sarah, Jéssica e Leonard correm para dentro da casa. Patrick, Lucy, Jasper e Anna vêm logo em seguida.
— Que isso? É uma excursão? — J.K debocha.
— Fecha a porta! — Suzy grita histérica.
Tranco a porta assim que Anna passa. — O que está havendo? — Repentinamente tiros e mais tiros.
— Se protejam! — Anna grita. — Tem alguma arma na casa?
— Vem comigo.
O seguimos até o porão da casa, onde encontramos várias armas.
— Meu Deus. — Suzy grita assustada. — Você é terrorista! Temos que salvar ele mesmo?
— Não sou eu que tenho que ser salvo. — J.K fala. — É ela.
Leonard se assusta ao reconhecer Samantha. — Samantha foi a pessoa que o sequestrou, e que o torturou na mansão Miller.
— Isso só pode ser brincadeira. — ele bufa.
— Pai. — Lucy vai até ele. — Temos que deixar nossas diferenças de lado, você não é o único que quer colocar uma bala na cabeça da Samantha.
— Não é mesmo. — Robert murmura.
— Mas precisamos dela, se quisermos pegar a Michelle. — ela afirma.
— O que eu faço? — Leonard pergunta.
J.K joga uma pistola para ele, que quase derruba.
— Tente não morrer. — o antigo membro da Gangue dos Trilhos fala.
Me junto a eles e também pego uma arma, assim como Samantha e Anna.
— Vão bancar as garotinhas e ficar escondidos aqui? — ele provoca Patrick, Jasper e Robbie.
— Meu namorado não vai encostar em uma arma. — Sarah grita.
— Eu já tive ação demais pra um dia só, e do jeito que eu carrego o azar comigo é bem capaz de eu ser o primeiro a morrer, então eu dispenso. — Robert fala se sentando ao lado de Patrick.
— Os bárbaros podem ir lutar. — Patrick fala.
— Covardes. — Samantha bufa.
Leonard encara a pistola assustado.
— Você não tem que fazer isso, pai. — Lucy fala. — Por favor.
— Ouça sua filha. — Suzy pede. — Não faz isso.
— Eu vim ajudar, não é? Eu vou ajudar a tirar esse tormento das costas da minha filha. — Leonard afirma.
Leonard, Anna, Samantha, J.K e eu somos os únicos a sair do porão. — Já não ouço mais tiros.
— Será que já foram? — pergunto.
— Obvio que não. — Anna afirma. — E muito provavelmente estão nos esperando.
J.K e Anna se posicionam na janela, e confirmam que ainda estão do lado de fora. Aproximadamente três homens armados. — Puxo Leonard para perto da cozinha e o coloco abaixado perto de outra janela.
— Sabe como usar isso? — pergunto.
— Você sabe?
Destravo sua arma e entrego a ele.
— Mira e atira. — falo. — Obrigado por estar ajudando.
De repente um tiro. — Percebo que foi Anna, e foi certeiro, um dos homens do lado de fora cai morto.
— Ela matou o homem. — Leonard sussurra em pânico.
— Fica calmo. — peço.
Me curvo e corro para perto de J.K.
— Como nos velhos tempos, em. — ele parece animado.
— Só que eu nunca tive que matar ninguém. — falo um pouco nervoso.
Durante todo o tempo que estive na Gangue dos Trilhos eu fiz diversos trabalhos, muitos dos quais me levariam preso, eu roubei a mão armada, roubei carros, invadi casas, e ajudei em torturas. — Eu não me orgulho do meu passado, e afirmo que tudo o que fiz foi para que minha irmã pudesse sobreviver, e eu fui salvo daquele mundo, quando conheci o Max. Ele me mostrou que há outro caminho, e é esse caminho que quero seguir. — Eu não sou um assassino, mas se para garantir um futuro para todos nós eu precisar... — Pego a arma e miro para fora. — Minhas mãos estão tremendo.
— Não faz isso. — J.K pede.
— O que?
Ele assume meu lugar, e atira, matando o homem. — Eu sou incapaz de matar alguém? — A porta da casa de repente é arrombada. Anna, J.K e Samantha tentam atirar, mas já estão sem balas.
— Parado! — grito apontando a arma. — Ou eu juro que atiro.
— Jeff. — J.K murmura.
Posso vê-lo movimentar os dedos como se estivesse em câmera lenta. — E então um tiro...
— Não! — Samantha grita assustada.
O homem cai morto no chão, revelando atrás de si Leonard tremendo com a arma apontada. — Foi ele? Ele me salvou.
— Está tudo bem. — Anna vai até ele. — Está tudo bem, acabou.
— Eu o matei... Eu o matei. — ele repete em pânico.
— Você não tinha escolha. — Anna afirma. — Você é um herói.
— Herói? — lagrimas caem de seus olhos. — Eu tirei a vida de alguém.
J.K abre a porta do porão e todos saem, e se espantam ao ver o corpo do homem no chão.
— Jeff? — Jéssica vem até mim. — Que cara é essa?
Eu ia ser morto?
— Leonard? — Suzy o chama. — O que aconteceu?
— Jeff? — Lucy vem até mim.
— Vai ficar com seu pai. — peço.
— O que aconteceu?
— Ele matou alguém pra salvar minha vida. — digo ainda perplexo.
Lucy olha chocada para o pai e corre até ele.
— Nós temos que sair daqui. — Anna fala. — Michelle sabe que estamos aqui, temos que ir para outro lugar e focar em nosso plano.
— Tem um lugar que podemos ir. — Samantha afirma.
..........
Jéssica e Sarah ajudaram Anna a limpar tudo, para deixar sem nenhum vestígio de sangue. Enquanto J.K e eu colocamos os corpos dos homens dentro do porta-malas de um dos carros. — Logo saímos, no primeiro carro foram Leonard, Suzy, Patrick, Anna e Lucy. No segundo, Jasper, Sarah, Jéssica, Samantha e J.K.
— Tudo bem? — Robert pergunta subindo na moto.
— Sim. — minto. — Vamos dar o fora daqui.
É covardia eu admitir agora que estou com medo? — Eu já estive na mira de revolver antes, então por que esse medo de repente? — Talvez eu saiba a resposta, talvez o meu medo seja de não ser capaz de voltar para casa, não ser capaz de voltar para o Nick ou o Max. — Não posso fraquejar.
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