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  3. Missão Suícida

História The Clash 3 - The Acceptance, The Force and Goodbye - Missão Suícida


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Olá! Trazendo mais um capitulo, as coisas começam a esquentar, e nossos amigos estão cada vez mais perto da G.T, como as coisas vão ser daqui para frente...

Capitulo Narrado pelo Jeff

Capítulo 29 - Missão Suícida


 

— Jasper se você acelerar esse carro ninguém vai reclamar não. — Robert diz enquanto olha pela janela. — Na verdade iremos agradecer muito.

— É o máximo que essa coisa consegue atingir. — ele responde. — Alguma coisa com a Lucy e os outros, Jeff?

— O pneu do carro deles furou, mas não estão sendo perseguidos, parece que a Anna se livrou da outra moto.

— Ela os matou? — Sarah pergunta em um berro.

— Pelo amor de Deus! — grito já irritado. — Eu voto por abrir a porta do carro e jogar a Sarah pra fora.

— Fica calma Sarah. — Jasper pede. — Eu vou tirar a gente daqui.

 

   A moto continua a nos perseguir. — Estamos sendo seguidos desde que saímos do aeroporto, Anna conseguiu derrubar a outra moto, porém essa continua atrás da gente. — Temos que dar um jeito de escapar deles antes que o pior aconteça.

 

— Para o carro. — Jéssica fala.

— Parar? Enlouqueceu. — Jasper fala.

— Falo sério. — ela insiste. — Se parar o carro de repente eles vão bater na gente, e teremos mais tempo pra fugir.

— E se batendo na gente eles morrem? — Robbie pergunta. — Ou sei lá, dar algo errado e acontecer algo com a gente.

— Alguém aqui tem uma arma? Alguém tem outra solução? É tudo o que podemos fazer, esse carro vai morrer daqui a pouco.

— Pior que ela tem razão. — concordo. — Esse carro não vai aguentar muito tempo.

— O que eu faço? — Jasper pergunta confuso.

— Para o carro! — Jéssica grita.

 

   O carro então freia. Um forte baque acontece quando a moto bate em nossa traseira. — Eu realmente queria que fosse só isso. — Nosso carro simplesmente começa a rodopiar na pista.

 

— Jasper! — Sarah grita em pânico.

— Perdi o controle!

 

   Não consigo ver mais nada nítido. Vejo coisas subindo e descendo, vejo Robert ser jogado para frente, voando para fora do carro. Vejo Sarah sendo jogada de um lado para o outro. — O carro está capotando. — Tudo fica escuro de repente.

 

— Jeff...

 

   Max?

 

— Jeff!

 

   É o Max? — Abro os olhos com dificuldade e só então percebo estar de cabeça para baixo, preso ao cinto de segurança. — O carro está virado.

 

— Jeff!

 

   Olho para o lado esquerdo e vejo Jasper. Sua testa esta cortada. Olho para o outro lado e não vejo nem Sarah, nem Robert, nem mesmo Jéssica.

 

— Eu vou soltar seu cinto. — ele fala. — Protege a cabeça.

 

   Coloco as mãos na cabeça no exato momento em que caio. Me arrasto para fora do carro e com sua ajuda fico de pé. — Minhas pernas estão bambas. Meu braço esquerdo está doendo e cortado. Fora isso eu estou perfeitamente bem.

 

— O que aconteceu? — pergunto assustado. — Onde estão todos?

— Aqui! — Jéssica grita lá longe.

— O que aconteceu?

 

   Jasper corre até ela. — Eu não consigo correr, minhas pernas não me respondem direito. — Agora não... Por favor. — Ando o mais rápido que consigo, quando finalmente vejo Robert jogado no chão com sangue na cabeça e desacordado.

 

— Robert!

— Ele está vivo. — Sarah vem até mim, e me ajuda a me aproximar. — Ele precisa de atendimento rápido.

— Alguém chama uma ambulância. — peço.

 

   Me jogo no chão e me arrasto até ele. Há um pequeno corte em sua testa, menor até que a do Jasper, porém ele foi jogado para fora do carro, temo que ele tenha batido a cabeça e acontecido algo pior.

 

— Hey! Idiota... Acorda! — peço. — Robert acorda! — grito.

— Jeff para. — Jéssica me puxa. — Fazer isso não vai adiantar nada.

 

   A rua está deserta, não passa uma alma viva. — Precisamos de ajuda ou o Robert vai morrer.

 

— Sua irmã. — Jasper fala.

— O que tem ela?

— A Jenny e o Matthew estão com o aplicativo do Patrick. — Jéssica fala. — Eles podem nos ajudar.

 

   Pego meu celular do bolso e ligo para Jenny.

 

— Alguém já ligou pra ambulância? — Sarah pergunta já exaltada.

— Jenny! — a chamo quando atende. — Preciso que use o aplicativo do Patrick.

— Aconteceu alguma coisa? — ela pergunta.

— Apenas faça. — peço. — Veja onde estamos, e encontre um hospital mais próximo.

— O que aconteceu?

— Jenny! — grito.

— Desculpa, espera.

 

   Espero que de tempo.

 

— Jeff. — ela volta a falar. — Vocês estão fora da cidade. Por que estão longe dos outros?

— Jenny eu juro que te respondo tudo, agora me diz, onde tem um hospital por perto.

— Não está perto, é quase do outro lado da cidade, mas a cidade é pequena então...

— Você pode guiar a gente até lá?

— Claro.

 

   Entrego meu celular a Jasper Me levanto e olho para os lados.

 

— O que vai fazer? — Jéssica pergunta me seguindo.

 

   Vou em direção à moto jogada no meio da pista. Vejo os homens caídos desacordados no chão; — Será que estão vivos?

 

— Jeff quer me ouvir.

— O que você quer Jéssica? — digo irritado. — Meu amigo está jogado no chão, quase morrendo, eu não vou deixar ele morrer.

— E o que vai fazer? Pegar essa moto e sair com ele amarrado em si mesmo?

— Exatamente. — falo pegando a moto.

— Você não pode pilotar ainda, os médicos disseram que...

— Foda-se os médicos. — grito a encarando. — Você mais do que ninguém deveria saber que eu faria isso por um amigo, já que eu fui capaz de parar em uma cadeira de rodas para salvar a sua miserável vida!

— Eu sou sua mãe, você tem que me ouvir.

— Mãe? Desculpa. Eu não tenho mais uma mãe desde que Matthew e eu assinamos aqueles papeis, eu não tenho mais uma mãe desde o momento em que você voltou para a cidade no ano passado só com o intuído de destruir minha vida por eu ser gay.

 

   Levo um tapa repentino no rosto.

 

— E mesmo em uma situação como essa você não consegue deixar seu orgulho de lado, não é? — digo empurrando a moto. — Você morreu pra mim no momento em que tentou me matar por eu ter me apaixonado pelo Maximilian.

— Eu nunca quis te matar.

— Claro que não Jéssica, usar o Spencer sabendo que ele viria atrás de mim, você é uma gênia... Você nunca pensou em mim, ou na Jenny, nem mesmo no Matthew, eu simplesmente não entendo e nem quero entender os motivos que te levou a usar o Spencer, eu só quero que você suma da minha vida de uma vez por todas.

— Eu estou aqui para redimir isso.

— Para redimir um mal que você ajudou a criar. — falo. — Talvez você não tenha mudado, eu ainda vejo você como a pior pessoa do mundo. E isso não vai mudar só porque você está aqui agora.

 

   Deixo-a para trás e me junto aos demais. — Sou o único aqui habilitado para pilotar uma moto, então nem houve discussão quanto a isso. — Sarah foi até o carro e cortou os cintos de segurança. Subi na moto e logo Jasper e Jéssica colocam Robert atrás de mim. Sarah o amarra junto a mim com o cinto.

 

— Tem certeza disso? — Sarah pergunta. — Nenhum dos dois está bem.

— Eu não vou perder mais ninguém. — afirmo. — Sarah, Jasper, tentem contato com a Lucy, eles não devem estar muito longe, liguem para o Matthew, ele pode ajudar vocês.

— E você? — Jasper questiona preocupado.

— Eu vou para o hospital com o Robert, quando eu tiver certeza que ele vai ficar bem eu encontro com vocês, eu prometo... Vai dar tudo certo.

 

   Ligo a moto e acelerado. A última coisa que os ouço falar é: “E o que vamos fazer quanto a eles?” foi Jasper perguntando referente aos capangas da G.T.

 

..........

 

   É realmente muito difícil pilotar nessas condições. O Robert é pesado, e minhas pernas não estão cem por cento. — Mas não vou deixar ele morrer, eu me recuso.

 

— Jenny, ainda está ai? — chamo.

 

   Estou usando os fones de ouvido como microfone no celular.

 

— Sim. — ela responde. — Dá pra explicar agora o que aconteceu?

— Fomos emboscados assim que chegamos, nos separamos, fomos perseguidos, nosso carro capotou o Robert se machucou e é isso.

— Droga. — ela pragueja. — Certo... Vira sua próxima esquerda, em seguida siga direto até eu avisar.

 

   Quando foi que minha vida se tornou tão complicada assim?

 

— Jeff. — Jenny continua a falar. — Está tudo bem?

— Eu estou com medo de perder ele também. — admito. — Eu já perdi o amor do Max, estou perdendo o Nicholas... Eu não posso perder o Robert também.

— Fica tranquilo, você vai conseguir chegar a tempo no hospital.

— De onde você está vendo da para ver os outros?

— Sarah, Jasper e Jéssica estão ainda no lugar de onde você saiu. — ela fala. — Lucy e Anna estão um pouco afastadas de onde estão Leonard, Suzy e Patrick. O que eu faço?

— Isso é só um rastreador... Mas...

— Jeff tem outra luz piscando aqui, mas não tem nome. — Jenny diz assustada.

 

   O Max? Não, ele está na reabilitação, então quem?

 

— Acabei de receber uma mensagem. — ela fala. — Jeff é a Michelle, o Patrick colocou um rastreador nas coisas dela.

— Eu estou mandando uma imagem para os outros, mas Jeff...

— Deixa eu adivinhar. — falo. — Eu sou o mais próximo.

— Não inventa de fazer as coisas, sozinho. Me promete.

— Jenny eu preciso desligar, nos falamos depois.

 

   Não posso prometer algo assim a ela. Se eu tenho a chance de encarar a Michelle primeiro que todo mundo eu vou fazer. — Ela torturou o Max a vida inteira sem que ele nem notasse, fez de mim e dos meus amigos meros fantoches, e está abusando da doença do Nicholas para me ferir. — Eu definitivamente não vou ficar parado esperando que...

 

— Res... Respi... Respirar.

— Hã?

 

   Freio à moto rapidamente. Desamarro o cinto que prende o Robert a mim e antes que ele pudesse cair para trás, o puxo para junto de mim novamente.

 

— Robbie? — chamo saindo de cima da moto. — Hey... Está bem?

 

   Ele abre um sorriso forçado e olha em volta. — Ele está vivo.

 

— Que susto em?

— Que susto em? É tudo que tem a dizer?

 

   O coloco no chão e nos sentamos um ao lado do outro.

 

— Você quase me matou do coração. — grito irritado.

— Desculpa. — ele pede ainda fraco. — Foi louco cara... Eu voei pela janela do carro, achei que eu fosse morrer. — ele sorri, porém lagrimas caem de seus olhos. — Eu achei que eu fosse morrer.

 

   Sinto um nó na garganta. — Eu não vou chorar por ele... Eu me recuso. Eu não quero chorar. Merda. — O puxo para um abraço. O que o deixa espantado.

 

— Eu precisei quase morrer para você me abraçar? — ele pergunta sorrindo.

— Seu idiota. — resmungo ainda o abraçando. — Não se atreva a fazer isso comigo, você não. Eu já perdi muita coisa, e vou perder mais coisas ainda, mas eu me recuso a perder você também.

— Jeff...

— Eu amo você, você é meu melhor amigo, eu não quero que me assuste assim de novo.

 

   Lagrimas caem dos meus olhos no momento em que ele retribui meu abraço. — Droga o que está havendo comigo? Quando me tornei tão emotivo?

 

— Eu achei que fosse morrer sem ouvir isso. — ele diz sorrindo.

— Tá chega... Agora me solta.

— Não, só mais um pouco.

— Robert me solta! — o empurro. — Tenho que te levar ao hospital.

— Pra que?

— Como pra que? Você voou do carro, sua cabeça está sangrando, temos que ver se não quebrou nada.

 

   Ele então se levanta e da um pulo.

 

— Viu? Inteiro. Como diz a Lucy, vaso ruim não quebra.

— Você é inacreditável. — murmuro.

 

   Tiro meu casaco e minha camisa. — Está frio.

 

— Jeff eu sei que disse que me ama, mas eu não quero fazer sexo com você.

— Não seja idiota.

 

   Rasgo minha camisa com as mãos, até que fica um pedaço mais fino, amarro-o na testa de Robert, servindo como uma atadura. — Visto meu casaco.

 

— Achei que fosse me estuprar. — ele murmura.

— Que cara é essa? — sorrio. — Até parece desapontado por eu não fazer isso.

 

   Meu celular toca de repente.

 

— O que aconteceu? Você parou. — Jenny fala assim que atendo.

— O Robert acordou. — respondo. — Ele está bem.

— Graças a Deus. — ele fala, aliviada. — Jeff eu vou ter que desligar o Patrick está ligando.

 

   Desligo o celular e vejo Robert encarando o cinto que estava nos unindo.

 

— E se eu caísse?

— Você não caiu.

— Tá, mas e se eu caísse?

— Não vamos pensar nisso. — digo subindo na moto.

— Vai me largar aqui?

— Eu não vou voltar para encontrar com os outros. A Michelle está por perto, o que significa que a Samantha e o J.K também estão, eu não posso deixar ela fazer mal aos dois.

— Nós viemos pra cá com esse intuito, não é? Por que está me deixando pra trás?

— Você se machucou, poderia ter morrido.

— E você também, qual é Jeff, não é como se fosse a primeira vez, eu já levei um tiro e nem por isso deixei de ajudar vocês, de nos ajudar.

— Você tem certeza que não quer esperar os outros?

— Samantha e o J.K não têm tanto tempo assim, tem?

— Eu juro que se desmaiar eu te largo no meio da rua. — resmungo.

 

   Robert sorri e sobe na moto. — Espero chegar a tempo até o dois.

 

 

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POV NARRADOR

 

   Já é inicio de tarde. A mansão dos K.P Jones está menos movimentada do que o de costume. — Matthew, Jenny e o mordomo Sr. Snow, são os únicos na casa.

 

   Matthew e Jenny estão no escritório do ator, cada um, com um notebook mostrando a mesma coisa: um mapa da cidade de Fredericksburg, Texas. E há dez pontinhos vermelhos espalhados, dois deles estão em movimento, são eles, Jeff e Robert. Outros três pontos estão parados a um bom tempo, esses são, Sarah, Jasper e Jéssica. Os outros cinco pontos estão agora em movimento, se aproximando do lugar onde Sarah e os outros estão.

 

— Eu não estou entendendo isso direito. — Matthew diz confuso. — Por que o Jeff e o Robert estão sozinhos? Será que aconteceu alguma coisa?

 

   Jenny não contou ao Matthew sobre o acidente ocorrido com seu irmão. — Até porque eles estão bem, e outra, Matthew já não era a favor do plano inicialmente, sabendo de algo assim certamente acionaria a polícia, o que faria todo o plano ir por água abaixo.

 

— Eles devem ter se separado para procurar informação. — ela diz.

 

   O telefone de Matthew toca, ele mostra para a filha que é da agencia, e ele rapidamente sai do escritório a deixando, sozinha.

 

— Patrick está me ouvindo? — Jenny chama olhando sorrateira para a porta.

— Sim. — ele responde.

 

   O notebook de Jenny está conectado online com o celular do Patrick. — Não pergunte como. — Ou seja, tudo que um vê e faz, o outro vê, e também podem se comunicar.

 

— Você tem certeza que esse outro ponto é a Michelle?

— Absoluta. — ele confirma. — Ela foi a única pessoa além de nós que eu coloquei o rastreador. Por quê?

— O Jeff e o Robert estão indo na direção dela.

— Sozinhos?

— Sim. — Jenny responde assustada. — O que eu faço?

 

   Repentinamente todos os pontos vermelhos da tela somem.

 

— Jenny o que fez?

— Eu... Nada. — ela responde confusa. — Sumiu tudo.

 

   A jovem se espanta quando de repente todos os cantos do mapa acendem em uma luz vermelha.

 

— Você está vendo isso? — Jenny pergunta.

— Está sendo hackeada. — ele observa. — Presta bastante atenção, provavelmente é o pessoal para quem a Anna trabalha, eles não devem estar nada contentes que estamos agindo por conta própria.

— Patrick o que eu faço?

— Ainda tem aquele pen drive que te dei? Pega ele e conecta no computador, rápido.

— Espera! Eu vou pegar.

 

   Jenny corre para fora do escritório e vê Matthew distraído ao celular. Sobe as escadas apressada e ao chegar a seu quarto procura em todos os lugares onde possa ter guardado o pen drive do Patrick.

 

— Jenny? — Matthew a chama. — Algum problema?

— Não pai. — ela mente. — Já vou descer.

 

   As luzes repentinamente apagam. A jovem corre até o interruptor, mas nada da luz ligar. — Ao correr até a janela ela percebe que todo o condomínio está às escuras.

 

— Isso não foi um blecaute. — ela observa. — Aquele pessoal, eles tem todo esse poder?

— Jenny.

 

   A menina continua a procurar o pen drive, até que finalmente o encontra. Corre com ele para baixo, e assim que entra no escritório, Matthew a segue.

 

— Estamos sem energia. — ele observa. — Não temos como falar com eles agora.

— Me dá um segundo pai.

 

   Jenny conecta o pen drive no notebook, toda a tela fica preta com milhares e milhares de letras brancas descendo e subindo. — Jenny parece torcer para que isso seja obra do Patrick.

 

— Não estamos sem internet? — Matthew questiona confuso.

 

   A menina mostra ao pai que seu notebook está ligado a um modem pré-pago.

 

— O Patrick pensou em tudo. — ela fala.

— Esse menino é assustador.

— Pai me faz um favor, vá lá fora e vê se tem luz em algum lugar.

 

   Prontamente ele o faz.

 

— Patrick consegue me ouvir? — Jenny o chama.

— Muito mal. — ele responde. — O que aconteceu?

— O grupo que trabalha com a Anna está tentando me impedir de ajudar vocês. — ela fala. — Por que eles não querem que eu ajude?

— Eles provavelmente acham que estamos fazendo algo errado, o que não é totalmente mentira, mas enfim...

— Eu coloquei o pen drive, o mapa voltou, mas todos os pontos sumiram.

— O sinal está muito fraco para chegar até mim, você vai ter que fazer isso sozinha.

— Onde está agora?

— Acabamos de pegar a Sarah, e os outros. — ele conta. — Está um pouco apertado aqui. Consegue localizar o Jeff?

— Não. Mas o outro ponto ainda está aqui. — ela diz. — A Michelle.

— Onde ela está?

 

   De repente todos os pontos vermelhos reacendem todos os dez.

 

— Jenny?

 

   Ela tenta entender o que está vendo, pois sua tela começa a piscar.

 

— Esta parada em um ponto. — ela fala. — E todos vocês estão chegando perto.

— Seja mais especifica.

— O Jeff já está lá, entre em contato com ele, eu vou perder a conexão.

 

   E então o notebook simplesmente desliga.

 

— Por favor, Jeff... Não faça nenhuma besteira.

 

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POV JEFF

 

   Robert e eu descemos da moto assim que chegamos a uma área mais movimentada. — A última informação que consegui da Jenny nos trouxe a esse lugar, mas tem alguns minutos que não consigo falar com ela.

 

— E agora? — Robert questiona. — Como vamos encontrar eles aqui?

— Ainda está com as fotos?

 

   Robert tira do bolso dois papeis, são as fotos de Samantha e J.K.

 

— Vamos nos separar, perguntar por ai, alguém tem que ter visto os dois.

 

   E assim nos separamos.

 

   Procuro por todos os lugares. Farmácia, igreja, mercearias. Mas nada, é como se os dois nunca tivessem sequer passado por aqui.

 

   Saio de dentro de um bar no exato momento em que vejo Robert sendo expulso de um bordel. — Vejo alguém no segundo andar o espiando.

 

— Qual o problema? — pergunto me aproximando.

— Nada de menores. — o homem alto que o expulsou fala.

 

   Aquela mulher lá em cima não para de olha pra gente. — Isso está me incomodando.

 

— E sou Jeff Johnson. — falo.

— Bom pra você. — o homem diz dando de costas.

— Sério? — Robbie pergunta em sussurros. — Você nem é tão famoso assim

— Não é isso. — digo. — Meu nome é Jeff Johnson! — ínsito agora mais sério.

 

   A mulher some de repente. — O homem volta até a gente e me empurra.

 

— Nada de crianças! — ele insiste.

 

   Estou começando a ficar irritado.

 

— Olha! Nós não queremos confusão. — Robert fala indo até ele.

 

   O homem simplesmente soca Robert na barriga, o fazendo cair de joelhos no chão.

 

— Por que sempre eu que apanho? — ele geme em dor.

— Relaxa cara! — grito. — Não queremos confusão.

— Jeff Johnson! — uma voz feminina me chama.

 

   Me levanto e olho por trás do muro em forma de homem. — Tá que eu sou alto, mas ele consegue ser maior que eu. — É a mesma mulher que estava nos olhando lá de cima. Ela é branca, baixa, seus cabelos são bem pretos, assim como seus olhos. Usa uma camiseta branca e uma bermuda curta.

 

— Conhece o garoto? — o homem pergunta.

— Se ele realmente for quem diz ser. — ela fala.

— Ele é o Jeff. — Robert afirma.

 

   O homem ameaça bater nele novamente, porém Robert se joga para trás.

 

— Bate nele também. — ele aponta pra mim. — Credo. Já me jogaram pra fora de um carro, eu quase morri, agora tenho que apanhar também? Fala sério. Vou tatuar um alvo na minha testa.

— Pode provar ser quem diz ser? — a mulher vem até mim e me ajuda a levantar.

 

   Pego minha carteira no bolso de trás e mostro a ela minha habilitação.

 

— Deixe os meninos entrar, eles são amigos do King. — a mulher fala.

— Quem é King? — Robert pergunta ainda emburrado.

 

   Entramos junto a ela e a seguimos. Passamos por um corredor cheio de portas. — Posso imaginar o que está se passando atrás delas.

 

— O que o retardado está fazendo? — o homem questiona.

 

   Vejo então Robert espiando uma das portas.

 

— Idiota. — forço um grito. — O que acha que está fazendo?

 

   Ele corre sorrindo.

 

— Fiquei curioso, nunca estive em um lugar desses antes.

 

   Dou um tapa em sua cabeça e o puxo para que ande em minha frente. — Esse King que ela mencionou só pode ser o J.K. — King era como ele era chamado na Gangue dos Trilhos, por causa do seu nome, Jimmy Kingsley. — A mulher abre uma das portas e assim que entra o homem nos empurra para dentro e fecha a porta.

 

— Isso não é um sequestro, é? — Robert pergunta assustado. — Outro sequestro não, isso já está ficando chato.

— Seu amigo é muito falante. — a mulher fala se deitando na cama de forma provocante. — Essa língua nervosa só serve pra isso?

— Jeff ela está me seduzindo? — ele me pergunta em sussurros. — Está funcionando.

— Não viemos aqui pra isso. — falo. — Como sabe meu nome? — pergunto agora a ela.

— Seu amiguinho é um cliente meu. — ela sorri. — Pode me chamar de Pérola se quiser.

— Não perguntei seu nome.

— Que rude. — ela sorri. — Isso me excita.

— Não tenho tempo para as suas gracinhas, eu preciso saber onde o J.K e a Samantha estão, e você vai me dizer.

— Ou então...? — Pérola me provoca. — Não me parece que está em condições de exigir alguma coisa.

— Deu pra mim.

 

   Viro de costas e ameaço a sair, porém Robert me impede.

 

— Não temos escolha, temos? — ele pergunta. — Você mesmo disse que a Michelle está por perto, se ela encontrar os dois antes da gente já era. — ele fala em sussurros.

— Quer mesmo ceder a ela?

— Ela nem disse o quer ainda.

— Jura?

 

   Aponto para cama e ele abre a boca quando vê a mulher só de roupas intimas.

 

— Eu sou comprometido. — ele me empurra. — Você faz.

— Faz você. — agora eu o empurro. — Eu também sou comprometido. E com um homem.

— Gay? — a mulher grita de repente. — Que tudo! Eu quero os dois.

— Não! — gritamos juntos.

 

   Puxo Robert para porta.

 

— Faz tempo que eu não transo com uma mulher, você faz isso sempre, vai lá e faz seu trabalho e consegue a informação que a gente precisa, enquanto isso eu espero vocês lá fora.

— E a Thammy?

— Ela não vai saber.

— Mas eu vou. — ele afirma. — Desculpa, mas eu não posso fazer isso.

 

   Pérola se levanta, vai até o frigobar e tira de lá uma garrafa de bebida.

 

— Vamos fazer um jogo então. — ela propõe. — Quem perder vai fazer o que eu quiser em troca da informação.

— Sério que temos que fazer isso? Vidas estão em jogo.

— Acha que eu me importo? Já viu onde eu vivo?

 

   Ela bate na cama nos chamando.

 

— Vamos, não vai demorar nada.

 

   Eu não consigo acreditar que vou ter que me sujeitar a algo assim. — Robert e eu nos sentamos desconfortáveis na cama. Enquanto Pérola abre a garrafa sorridente.

 

— Qual é o jogo? — Robert pergunta curioso.

 

   Pérola pega três copos e os enche da bebida. — O jogo proposto por ela em si não era difícil, o grande problema é que o Robert optou por conhecimentos gerais, e ela optou por ser conhecimentos gerais sobre essa cidade. Adivinha quem se deu bem?

 

   Depois de alguns minutos bebendo e bebendo, já não consigo distinguir o certo do errado, e juro que estou vendo dois do Robert ao meu lado.

 

— Estamos prontos? — ela pergunta.

— Pra que? — pergunto soluçando.

 

   Ela sorri e se levanta. — Ela não parece bêbada. — Ergue as mãos e faz com que Robert e eu a sigamos até o banheiro. — Abro um sorriso quando a vejo tirar as únicas peças de roupa restante e entrar no chuveiro.

 

— O que estão esperando? — Pérola questiona.

 

   Robert dá de ombros, e rapidamente começa a tirar sua roupa. Faço o mesmo, e quando me dou conta já estamos os três nus dentro do minúsculo Box do chuveiro. — Minutos atrás eu era completamente contra isso, não é? Por que mesmo? — Robert começa a encarar os seios da mulher, enquanto eu fico apenas parado. — Não pergunte, eu acho que estou bloqueado. — Me assusto ao ver sangue escorrendo pelo corpo do Robert, e só então vejo a água limpando seu ferimento na testa.

 

— Não me olha desse jeito. — ele fala. — Eu não vou chupar você.

 

   Pérola nos pega pelo braço e nos trás de volta a cama. — Agora Robert enfim ameaça beijar a mulher, enquanto ela tenta me tocar.

 

— Eu sabia que sua língua nervosa servia para outras coisas. — ela fala em gemido.

— Cala a boca. — resmungo.

 

   Ela me empurra e sorri para mim, e então foca em Robert. Se senta direito na cama, o puxa pela cabeça e o beija. — Por que estou de fora? — Empurro Robert, e a beijo. Ele volta, e acabamos que nos beijamos os três ao mesmo tempo.

 

— Os dois agora. — ela pede.

— Nem pensar. — Robert protesta.

— Não, isso não vai rolar.

— Okay! — ela diz se deitando. — Eu acho que o Jimmy vai continuar muito bem escondido.

 

   Merda! — Encaro Robert que balança a cabeça em negação. — Eu vou me arrepender disso depois, eu tenho certeza que vou. — Puxo-o para junto de mim e o beijo. — Sinto uma mão tocar em meu pênis, olho espantado, e percebo que Pérola está nos masturbando. — Robbie permanece com o olho aberto me encarando, e não retribui o beijo.

 

— Tá chega! — ele me afasta. — Para de ficar batendo o pinto dele em mim, isso é estranho.

 

   Repentinamente um tiro!

 

— Okay isso foi broxante. — Pérola fala. — Acabou a festa meninos.

 

   Robert e eu pulamos rápido da cama, nos vestimos e ficamos encarando a porta esperando alguma coisa acontecer.

 

— O que foi isso? — Robbie pergunta. — Isso é normal por aqui?

— Ficaria mais tranquilo se eu dissesse que sou casada? E que possivelmente é meu marido ciumento?

— Está brincando, não é? — digo.

— Pode ser que sim... Pode ser que...

 

   Agarro-a pelo pescoço e a bato contra a parede. — Já perdi a paciência.

 

— Chega de graça. — murmuro em seu ouvido. — Me diz onde encontrar o J.K, ou juro que te estrangulo aqui mesmo.

— Calminha, garotão. — Robert me afasta dela. — Não é assim que as coisas...

 

   Pérola de repente chuta Robert o fazendo cambalear até a cama.

 

— Por que sempre eu?

— Vadia!

 

   E então outro tiro.

 

— Vocês não têm muito tempo. — ela afirma.

 

   Pérola corre para dentro do banheiro e volta com uma carta.

 

— Ele disse que cedo ou tarde alguém apareceria procurando por ele, e que se fosse você era para entregar isso.

— Não poderia ter nos poupado o sacrifício?

— Não foi sacrifício, você estava gostando.

— Robert vem.

 

   Saímos do quarto, e vemos as outras garotas de programa correndo assustadas. — Seja lá o que for que está acontecendo aqui, não é da nossa conta.

 

— Como a gente sai daqui? — ele pergunta.

— Segue as meninas.

 

   E assim fazemos. — Por fim conseguimos sair.

 

..........

 

   Estamos agora em uma lanchonete. — Parece que Pérola não estava mentindo, foi realmente seu marido que invadiu o lugar. E pelo que entendi, ele regularmente faz essa cena, mas ninguém nunca sai ferido.

 

— Robert nós...

 

   Me assusto ao ver ele me encarar com os olhos arregalados.

 

— Isso não aconteceu? Beleza? — ele diz com a cara pálida.

— Está levando isso muito a sério. — sorrio abrindo a carta do J.K.

— E você não está? Você me beijou! A última vez que beijou um cara se apaixonou por ele e terminou com um vibrador enfiado na bunda.

 

   Agora eu o encaro. — Isso foi completamente desnecessário de se dizer.

 

— Eu não vou me apaixonar por você. — afirmo. — Eu tenho que parar de contar tudo pra você. — murmuro.

— Sei.

 

   Às vezes eu acho que o Robert tem um parafuso a menos.

 

— O que tem na carta?

— Só um endereço. — respondo. — Vamos, temos que ir antes que escureça e antes que a Michelle os encontre.

 

   Ouço algo quebrar, olho assustado para trás e vejo uma pessoa de costas. — Não consigo ver direito se é homem ou mulher, está usando um capuz.

 

— Vamos sair daqui.

 

   Saímos da lanchonete e começamos a caminhar até a moto. — Posso jurar que vi aquela pessoa que estava na lanchonete sair ao mesmo tempo em que a gente.

 

..........

 

   Quase vinte minutos o tempo que levou para chegarmos a esse lugar. — Já está de noite, e está bastante frio. — Tem uma casa no meio do nada. — Literalmente no meio do nada.

 

   Descemos da moto assim que a estaciono em frente a casa.

 

— Por que diabos alguém moraria em um lugar desses? — Robert pergunta com o olhar estranho.

— Talvez seja porque eles estão fugindo.

— Fugindo de que? O Leonard não tirou as acusações contra a Gangue dos Trilhos?

— Deixa quieto Robert.

 

   A porta de entrada da casa de repente abre. — É ela. Seus cabelos vermelhos expressivos. Está usando uma bermuda curta, e um casaco jeans.

 

— Samantha. — chamo.

 

   Ela me encara assustada, porém pula os degraus de entrada, corre e me abraça. — Não lembrava que éramos íntimos a esse ponto.

 

— É bom finalmente ver um rosto familiar nesse fim de mundo. — ela fala.

— Não tenho boas noticias. — falo. — Podemos entrar?

 

   Samantha finalmente nota o Robert, que agora a encara com desprezo. — Samantha tentou matar o Robert na época da invasão da mansão Miller. — Entramos na casa junto com Samantha. — É uma casa bem grande para duas pessoas, e ainda mais para uma casa no meio do nada, sem absolutamente nada em volta.

 

— Jeff?

 

   Olho em direção à sala de estar e o vejo, J.K. Continua o mesmo, seu cavanhaque, e seu enorme casaco de pele. Ele me abraça e me chama para a sala.

 

— Robert? — o chamo.

— Eu vou ligar para os outros, dizendo que os encontramos. — ele diz saindo da casa.

 

   Samantha e J.K me encaram assim que sento no sofá.

 

— Dizer que nos encontraram. — Samantha repete. — O que está acontecendo?

— Achei que a história da Gangue dos Trilhos tinha acabado. — J.K diz confuso.

— E acabou. — afirmo. — Isso é outra coisa, não envolve você J.K, isso é com a Samantha.

— Não entendi.

— Você se lembra do motivo do Max e eu termos salvo sua vida no ano passado não é?

— Porque a Jéssica colocou na cabeça de vocês que eu sabia quem era a G.T. — ela responde. — Eu não sabia quem era aquele tal de Spencer.

— Não era ele. — conto. — A G.T é outra pessoa.

— Como assim?

— E ela está vindo atrás de você;

 

   Ela começa a andar de um lado para o outro, agitada.

 

— Mas eu já disse milhões de vezes, eu não sei quem é a G.T, por que isso?

— Eu também não estou entendo direito, já que quem disse que você sabia era é a Jéssica, e na época a Jéssica estava falando sobre o Spencer.

— Então... A G.T está vindo atrás da Samantha por mera especulação? — J.K deduz.

— É provável. — afirmo.

— Isso só pode ser brincadeira.

— E o que esta fazendo aqui? — ele pergunta. — Veio ajudar?

— Viemos parar a G.T de uma vez por todas.

— Viemos? Quem mais está com você além do mauricinho? E por que estão machucados?

— Sofremos uma emboscada, vindo pra cá. — conto. — E os outros estão aqui, a Lucy, e os outros mais os pais dela e a Jéssica.

— A Jéssica? — Samantha pergunta espantada. — Não era dela que a gente devia fugir?

 

   Ouço o ronco do motor de um carro. — Tem algo estranho. — Robert de repente entra correndo.

 

— Eles estão aqui, mas tem mais alguém.  — ele fala.

 

   Saímos os três da casa. Vejo o primeiro carro parar, logo Suzy, Sarah, Jéssica e Leonard correm para dentro da casa. Patrick, Lucy, Jasper e Anna vêm logo em seguida.

 

— Que isso? É uma excursão? — J.K debocha.

— Fecha a porta! — Suzy grita histérica.

 

   Tranco a porta assim que Anna passa. — O que está havendo? — Repentinamente tiros e mais tiros.

 

— Se protejam! — Anna grita. — Tem alguma arma na casa?

— Vem comigo.

 

   O seguimos até o porão da casa, onde encontramos várias armas.

 

— Meu Deus. — Suzy grita assustada. — Você é terrorista! Temos que salvar ele mesmo?

— Não sou eu que tenho que ser salvo. — J.K fala. — É ela.

 

   Leonard se assusta ao reconhecer Samantha. — Samantha foi a pessoa que o sequestrou, e que o torturou na mansão Miller.

 

— Isso só pode ser brincadeira. — ele bufa.

— Pai. — Lucy vai até ele. — Temos que deixar nossas diferenças de lado, você não é o único que quer colocar uma bala na cabeça da Samantha.

— Não é mesmo. — Robert murmura.

— Mas precisamos dela, se quisermos pegar a Michelle. — ela afirma.

— O que eu faço? — Leonard pergunta.

 

   J.K joga uma pistola para ele, que quase derruba.

 

— Tente não morrer. — o antigo membro da Gangue dos Trilhos fala.

 

   Me junto a eles e também pego uma arma, assim como Samantha e Anna.

 

— Vão bancar as garotinhas e ficar escondidos aqui? — ele provoca Patrick, Jasper e Robbie.

— Meu namorado não vai encostar em uma arma. — Sarah grita.

— Eu já tive ação demais pra um dia só, e do jeito que eu carrego o azar comigo é bem capaz de eu ser o primeiro a morrer, então eu dispenso. — Robert fala se sentando ao lado de Patrick.

— Os bárbaros podem ir lutar. — Patrick fala.

— Covardes. — Samantha bufa.

 

   Leonard encara a pistola assustado.

 

— Você não tem que fazer isso, pai. — Lucy fala. — Por favor.

— Ouça sua filha. — Suzy pede. — Não faz isso.

— Eu vim ajudar, não é? Eu vou ajudar a tirar esse tormento das costas da minha filha. — Leonard afirma.

 

   Leonard, Anna, Samantha, J.K e eu somos os únicos a sair do porão. — Já não ouço mais tiros.

 

— Será que já foram? — pergunto.

— Obvio que não. — Anna afirma. — E muito provavelmente estão nos esperando.

 

   J.K e Anna se posicionam na janela, e confirmam que ainda estão do lado de fora. Aproximadamente três homens armados. — Puxo Leonard para perto da cozinha e o coloco abaixado perto de outra janela.

 

— Sabe como usar isso? — pergunto.

— Você sabe?

 

   Destravo sua arma e entrego a ele.

 

— Mira e atira. — falo. — Obrigado por estar ajudando.

 

   De repente um tiro. — Percebo que foi Anna, e foi certeiro, um dos homens do lado de fora cai morto.

 

— Ela matou o homem. — Leonard sussurra em pânico.

— Fica calmo. — peço.

 

   Me curvo e corro para perto de J.K.

 

— Como nos velhos tempos, em. — ele parece animado.

— Só que eu nunca tive que matar ninguém. — falo um pouco nervoso.

 

   Durante todo o tempo que estive na Gangue dos Trilhos eu fiz diversos trabalhos, muitos dos quais me levariam preso, eu roubei a mão armada, roubei carros, invadi casas, e ajudei em torturas. — Eu não me orgulho do meu passado, e afirmo que tudo o que fiz foi para que minha irmã pudesse sobreviver, e eu fui salvo daquele mundo, quando conheci o Max. Ele me mostrou que há outro caminho, e é esse caminho que quero seguir. — Eu não sou um assassino, mas se para garantir um futuro para todos nós eu precisar... — Pego a arma e miro para fora. — Minhas mãos estão tremendo.

 

— Não faz isso. — J.K pede.

— O que?

 

   Ele assume meu lugar, e atira, matando o homem. — Eu sou incapaz de matar alguém? — A porta da casa de repente é arrombada. Anna, J.K e Samantha tentam atirar, mas já estão sem balas.

 

— Parado! — grito apontando a arma. — Ou eu juro que atiro.

— Jeff. — J.K murmura.

 

   Posso vê-lo movimentar os dedos como se estivesse em câmera lenta. — E então um tiro...

 

— Não! — Samantha grita assustada.

 

   O homem cai morto no chão, revelando atrás de si Leonard tremendo com a arma apontada. — Foi ele? Ele me salvou.

 

— Está tudo bem. — Anna vai até ele. — Está tudo bem, acabou.

— Eu o matei... Eu o matei. — ele repete em pânico.

— Você não tinha escolha. — Anna afirma. — Você é um herói.

— Herói? — lagrimas caem de seus olhos. — Eu tirei a vida de alguém.

 

   J.K abre a porta do porão e todos saem, e se espantam ao ver o corpo do homem no chão.

 

— Jeff? — Jéssica vem até mim. — Que cara é essa?

 

   Eu ia ser morto?

 

— Leonard? — Suzy o chama. — O que aconteceu?

— Jeff? — Lucy vem até mim.

— Vai ficar com seu pai. — peço.

— O que aconteceu?

— Ele matou alguém pra salvar minha vida. — digo ainda perplexo.

 

   Lucy olha chocada para o pai e corre até ele.

 

— Nós temos que sair daqui. — Anna fala. — Michelle sabe que estamos aqui, temos que ir para outro lugar e focar em nosso plano.

— Tem um lugar que podemos ir. — Samantha afirma.

 

..........

 

   Jéssica e Sarah ajudaram Anna a limpar tudo, para deixar sem nenhum vestígio de sangue. Enquanto J.K e eu colocamos os corpos dos homens dentro do porta-malas de um dos carros. — Logo saímos, no primeiro carro foram Leonard, Suzy, Patrick, Anna e Lucy. No segundo, Jasper, Sarah, Jéssica, Samantha e J.K.

 

— Tudo bem? — Robert pergunta subindo na moto.

— Sim. — minto. — Vamos dar o fora daqui.

 

   É covardia eu admitir agora que estou com medo? — Eu já estive na mira de revolver antes, então por que esse medo de repente? — Talvez eu saiba a resposta, talvez o meu medo seja de não ser capaz de voltar para casa, não ser capaz de voltar para o Nick ou o Max. — Não posso fraquejar.


Notas Finais


Por enquanto é isso... Logo estarei de volta


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