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História The Girl Who Screamed Wolf - Capítulo 1


Escrita por: SKOOKIE

Notas do Autor


Olá pessoinhas que estão lendo minha história!

Primeiramente queria agradecer por decidir ler sobre minha personagem e por ter se interessado pela história. Agora, sei que tudo isso está no começo de Lua Nova e só quero avisar que vou fazer vários saltos no tempo.

Exemplo: um dia pode virar semana, um mês em dois...

Deu para entender. Como a verdadeira participação de Athena só começa em eclipse eu queria dar umas voltinhas nisso tudo para mostrar o relacionamento com seu pai - que é normal nos padrões, o seu com Bella - que ainda será mostrado durante o "coma" vegetativo dela, e outros que virão por vir ao decorrer dos capítulos.

Para quem leu e se perguntou em qual forma estou me baseando, livros/filmes, saiba que é pelos dois. Porém posso misturar ou excluir uma cena e juntar com outra, depende do que vier a minha cabeça.

E eu não tenho um cronograma de postagem, já que tenho minhas aulas e tenho que estudar muito para não abaixar nada(aluna nota dez com orgulho aqui).

Mais uma vez, obrigado e até o próximo!

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fortes gotas de água cobriam as bochechas e rosto pálido de Athena, se comparando as Cataratas do Niágara. As pequenas mãos tateavam as árvores em volta de si, os galhos e pequenas folhas que formavam uma cortina verde apagado e laranja escuro em seus cabelos — ela estava perdida.

Passos de bebês eram dados em direções aleatórias na floresta local de Forks, Washington. Não se lembrava de quanto tempo estava naquele lugar, nem que horas eram; mas, sabia que estava perto de escurecer. E estar na floresta à noite não era a sua principal preocupação, e sim o monstro. Seus sentidos de perigo apitavam em sua mente a todo vapor com medo por ela, eles gritavam em sua mente: "deveria ter escutado seu pai. Se tivesse ouvido ele, não estaria aqui agora".

Athena nunca havia visto o monstro que residia na floresta, e a única coisa que conhecia dele era que tinha patas enormes. Nessas horas ela se obrigava a desligar, qualquer pensamento desesperado e pensar em soluções que a libertarão do cativeiro selvagem. Porém essa tarefa logo tornou-se impossível com sua consciência pensando em coisas como sua mãe, seu pai, sua irmã, Bella - principalmente Bella- uma das pessoas mais importantes para a pequena Swan. Tudo o que ela queria era sair viva e inteira, para logo cair nos braços de sua irmã. Mas sua visão de conforto foi desfeita na lembrança de que que ela não esta em Forks.

Suas orbes continuaram a jorrar em saudades, enquanto atravessava a floresta, cantarolando uma melodia calma para despistar o medo.

Hey Jude, dont make it bad. Take a sad song e make it better, suas lembranças voaram com a voz suave e baixa de Renée cantando para ela desde pequena, seu canto melódico quase comparada a leve brisa do verão do Arizona. Isso sempre a acalmava quando fazia trovões e não conseguia dormir, quando estava triste, quando Bella estava triste e ela cantava para deixá-la melhor. Eram lembranças felizes com sua mãe e irmã que a deixavam alegre.

Até o dia anual na escola de levar seu pai e mostrar o que ele faz; foi nesse dia que Athena, percebeu o quanto sentia falta de Charlie Swan e sua farda de policial. Lembrava-se de ter feito uma pequena birra para sua mãe deixá-la ir morar com ele, e Reneé, não podendo negar — afinal, ele era o pai dela e tinha direito de vê-lo.

Sua cantoria foi interrompida quando sentiu olhos a observando. Virando-se, Athena não viu ou ouviu nada de estranho, apenas o balançar e sussurro das folhas. A mais nova Swan virou seus calcanhares, com intuito de chegar em casa, todavia, sua caminhada foi cortada quando em vez de achar o apoio do chão, ela encontrou o ar e lama - muita lama -, para em seguida ser agraciada com a escuridão e suas pálpebras cerrando.

***

O corpo foi jogado de forma brusca da cama. Seus olhos giravam nas orbes, graças a luz forte impactante, seu tronco doía com o súbito contato com o chão frio; tudo estava confuso.

Essa havia sido — não conseguia se lembrar — há centésima vez que sonhava com aquele dia. E cada sonho distorcia os detalhes em coisas piores. Uma vez sua mente pregou-lhe a peça de que estava correndo de um monstro de semelhança ao enorme Pé Grande; porém todos se ligavam ao dia em que se perdera na floresta, e apenas tomou consciência das coisas quando acordou no Hospital com o Dr. Carlisle Cullen checando sua perna torcida e braço quebrado.

Suas mãos tatearam até a comoda, ainda não se incomodando de estar no chão e, logo, ela sentiu a superfície fria do metal do despertador. Uma hora para ir à escola — o que era uma boa notícia para a mais nova Swan. Afinal, era aniversário de sua irmã.

Levantando-se, finalmente, do piso, Athena se apressa até o banheiro. Era difícil morar em uma casa com três pessoas e apenas um chuveiro, uma vez ela teve que disputar pedra-papel-tesoura com Bella para ver quem usaria primeiro(Bella massacrou sua tesoura). Agora, ninguém iria interromper seu encontro com a água quente.

— Feliz Aniversário! — O pequeno grito de Athena assustou Bella ao ponto desta pular de medo. Seus braços rodearam Bella, mesmo pelo protesto da mesma. Uma coisa que todos sabiam era que Isabella Swan odiava estardalhaços em seu aniversário, e presentes — eram mais os presentes.

— Por favor, me diga que não comprou nada! — A irmã mais velha agarrou os braços em volta de sua cintura, e virou-se para Athena, deixando a mais nova abraçá-la direito. — Charlie acha que devo registrar todas as minhas memórias do último ano. — Ela mostrou sua câmera e álbum que ganhou de ambos os pais.

— Não — Athena soltou Bella, para sua alegria, já que estava sendo sufocada, e sentou-se na cama. — Você pediu para que não lhe desse nada. Então cumpri com meu acordo. Agora, será que o senhor Cullen irá respeitar?

Edward Cullen, um dos filhos adotivos do Dr. Cullen, era o namorado de Bella desde o tempo que chegou ali. Sua família pareciam modelos saídos das revistas e passarelas de Paris, o que era motivo para darem muita inveja em toda população de adolescentes que estudavam com eles. Para a sorte de Athena, eles eram muito simpáticos com ela; menos Rosalie — ela parecia um tanto quanto cautelosa ao seu redor.

A pequena Swan deu um último abraço a sua irmã, antes de sair do quarto e seguir na direção da porta da frente.

O tempo de Forks era algo que Athena amava e desprezava; a chuva quando caía era bonita e calmante para as noites de sono difíceis, menos quando haviam trovões com elas — os barulhos ensurdecedores eram assustadores até mesmo para uma garota de quinze anos. E o pouco sol era muito desapreciado pela Swan, ela adorava o sol no Arizona — quando morava lá — e sentia muita falta dele nos dias de hoje.

Atravessando o pequeno jardim da casa de seu pai, Athena caminhou calmamente até o outro lado da rua, e virando uma pequena cerca de madeira para o jardim bem cuidado da casa dos Frederiksen. Na varanda da casa estava sentado o sr. John Frederiksen, um senhor idoso, de setenta e poucos anos e uma saúde de ferro para estar sentado ali e não em sua cama.

— Bom dia, senhor Frederiksen — A garota curta cumprimentou alegremente. O sr. Fitz — como ela o apelidou por seu nome longo — balançou sua bengala com bolas de tênis na borda, presente da menina dita, e sorriu um gesto caloroso para ela. —Como está sendo seu dia até agora?

— O de sempre — ele murmurou, carrancudo. — Aqueles arruaceiros precisam parar de estragas minhas tulipas, ou então, vou acabar com eles igual ensinam no exército. — Suas mãos fecharam em torno da bengala, enquanto olhava para um de seus canteiro de flores amassadas.

— Senhor Fitz, — Athena começou, sentando no degrau da escada em frente a ele — sabe que são apenas crianças.

— Não eram crianças! — As bolas de tênis fizeram um som horroroso ao se atritarem com a madeira do chão. — Eram baderneiros! Um deles tinha piercing no rosto; se isso foi uma criança então me dê o telefone para chamar o Conselho Tutelar para os pais dele.

Toda conversa fez o ser mais jovem rir. Era sempre assim com senhor Fitz, ele ficaria irritado com os jovens despreocupados da rua, ficaria bravo por causa de suas flores e depois falaria com Athena sobre isso. Tudo em um círculo inquebrável, que havia começado no momento em que a Swan passou pela rua carregando sua compra de uma loja de antiguidades —um walkman.

A senhora da loja havia dito que ninguém o queria mais por ser um aparelho antigo na "Era das Inovações", graças a invenção do telefone e dos aparelhos de som portáveis. Pagando uma pechincha por ele, Athena saiu da loja feliz com sua compra e carregando uma caixa recheada de fitas k7 —em destaque a sua favorita que continha a música que amava quando criança, Hey Jude.

Desde então o ex-militar era uma das pessoas que Athena mais se importava. E a garota adorava ver ele colocar sua fachada de velho rabugento.

A pequena garota olhou para a casa em frente, sua casa, onde Bella andava gesticulando para ela entrar no carro.

— Até outra hora Fitz — com um aceno de cabeça, Athena correu para a caminhonete enferrujada de sua irmã.

***

O passeio de carro estava estranhamente silencioso, mesmo Bella não tendo muita coisa para se conversar, era mais taciturno que o normal. A vibração estranha no carro só abaixou quando Athena avistou o estacionamento da escola secundária de Forks.

— Tá tudo bem? — Bella, obviamente, estava muito distraída que se assustou com sua irmã ainda estar no carro.

— Por que eu não estaria? — Ela respondeu com outra pergunta, e isso é um sinal claro de que nada estava bem na mente de Bella.

— Esquece — Athena abriu a porta da caminhonete e bateu-a levemente, sabendo que sua irmã não queria estragar o carro. — Feliz aniversário mais uma vez.

E quase saltitando, de presa em parte, a Swan passou a caminhada até a escola, apenas parando para acenar para os dois irmãos Cullen que encontrou no caminho. Alice retornou seu aceno com muita vontade, sua mão pequena e pálida quase invisível ao céu, enquanto Edward apenas cumprimentou com a cabeça.

Era estranha a semelhança deles para crianças adotadas pelo jovem casal Cullen, Carlisle e Esme, eles tinham uma tez tão clara em comparação a sua irmã, que não foi tão apreciada pelo sol igual a Athena, seus olhos tinham o mesmo tom de dourado — uma cor peculiar para se ter, mais o que na família Cullen não era estranho?

Athena já conheceu mais de perto o resto da família, mais foi apenas uma coisa breve. Quando se acidentou na floresta e parou no hospital local, ela conheceu o patriarca, alguns dias depois conheceu Esme, uma mulher tão gentil quanto nova. Depois que Bella chegou na cidade ela brevemente conversou com os irmãos. A chegada de Bella mudou muita coisa em sua vida.

A quase um ano atrás, quando ela se livrou dos gesos em sua perna e braço, Athena achou que tudo estaria bem em sua vida. Seu pai estava do mesmo jeito que antes — apenas mais preocupado —, mais com muita surpresa nada foi normal para a jovem na escola; já que a cada passo que dava as pessoas a encarariam como se fosse uma doente mental que fugiu do hospício local. Mas, quem não ficaria assim após ouvir que uma garota disse que viu um monstro na floresta?

Athena queria nunca ter entrado na floresta em busca de uma aventura, ela sabia que algo de ruim iria acontecer se contasse para todos o que viu no chão enlameado, mas nada pode ser do jeito fácil para ela.

E desde que voltou seus colegas de sala não falavam mais com ela, não se dirigiam mais a ela, nem queriam comer junto a ela. Foi graças a Bella que ela teve pessoas ao redor para conversar — mesmo eles achando que ela era louca.

Atravessar o corredor era sempre esquisito, pessoas gritando com seus colegas, casais parados em armários demonstrando seu amor a todos; era um desafio passar por lá, você sendo considerada louca ou não. Mais o que deixou Athena feliz por passar pelo pandemônio de alunos era ver Angela Weber parada em seu armário.

— Adivinha quem tem uma matéria fresquinha saindo no jornal da escola? — Angela começou no momento em que Athena abriu o armário.

Athena fingiu pensar, enquanto colocava seus livros na mochila: — Você?

— Sim! — A jornalista saltou nas solas dos pés, o que surpreendeu a outra. Angela quase nunca demonstrava tanta felicidade assim com coisas pequenas, a matéria deve ser realmente ótima. — Na próxima edição: "Arte contra Música, quem vencerá essa batalha?".

— O que aconteceu?

— Eu posso ou não ter espiado uma verdadeira briga de gatos na secretária — ela sacou sua câmera. Em algumas fotos apareciam Dallar e Cindy Sheridan, duas irmãs que se responsabilizaram em cuidar dos clubes de Artes e Música, respectivamente; nas fotos as duas pareciam prestes a arrancar a garganta da outra na frente da secretária.

— Achei que as duas se amassem — a garota Swan soltou um suspiro vendo as fotografias. — Por que estavam brigando?

— Cindy descobriu que o clube de Dallar ganhava mais verba que o dela. — Na cabeça de Angela parecia que ela descobriu algum ponto de favoritismo na escola, e isso explicava o sorriso satisfatório em seu rosto angelical.

— Você acho uma mina que todos vão querer ler — Athena comentou parando em frente a sua sala. — Até mais tarde! — ela gritou para a garota extasiada de felicidade. Agora era só ela.

Aparentemente os adolescentes devem ter algum tipo de memória cognitiva, já que não importa quanto tempo passe eles nunca, nunca mesmo, esquecem um deslize de alguém. E isso foi comprovado para Athena quando alguns alunos olharam para ela, era apenas uma andança calma até a cadeira vazia na frente da classe.

Quando não se tem amigos ou coisa parecida em um lugar — sente a onde o responsável tem linha de visão total. Até o ano passado, Athena era conhecida como "aluna nota dez", sempre tirando as notas mais altas, nunca ficando de recuperação, mas para alguns isso era motivos para adicionar a lista de zoações.

Por todos essas razões ela mal esperava o intervalo.

***

— Eles já foram? — Charlie praticamente pulou do sofá quando Athena se fez presente na sala.

— Jesus! — A menina começou a rir, seu pai em algumas situações esquecia que Athena era muito quieta para o próprio bem. — Sua irmã e Edward?

Athena entendeu a pergunta como uma afirmação. Como hoje era o aniversário de Bella, a família Cullen deve ter achado ser uma ótima ideia dar uma festa em comemoração, o que Athena achou ser uma coisa agradável deles. Claro, ela foi convidada por Alice antes de sair da aula, porém achou que seria bom recusar. Era o tempo "ligação com os Cullens" de Bella, e não queria atrapalhar.

Apenas algumas semanas atrás Bella queria que a família de seu namorado conhecessem formalmente sua irmãzinha, e depois de Alice ter insistido tanto, ela concordou e adorou a extravagante família — e lógico—  seus livros antigos, que segundo eles era de coleções e relíquias da família. 

A garota deslizou seus olhos avelãs pela escada e na porta de seu quarto. Era algo simples para uma garota de sua idade, uma cama confortável, um armário no canto mais distante e um criado-mudo ao lado da cama, era pequeno e simples do jeito que Athena gostava. Todavia, a parte que ela tinha mais carinho era uma estante que conseguiu convencer Charlie a montar na parede ao lado da janela.

Aquele canto acomodava seus livros de gêneros diversificados, era lindo de uma forma que só Athena enxergava. Mais sua concentração foi tirada dos livros pela batida em sua porta aberta.

— Como foi a escola? — Seu pai se apoiou na abertura da porta. Isso era uma ocorrência normal para eles. Seu pai pararia alguns dias da semana em sua porta, ele conversaria sobre a escola e rezava aos céus para que Athena esteja bem.

— Foi normal — Athena suspirou. Ela estava fazendo muito isso hoje. — Tirei nota máxima em Matemática.

— ótimo garoto — seu sorriso foi mostrado por baixo do bigode grosso em seu rosto. Charlie olhou em volta do quarto, uma expressão cansada e pensativa em seu rosto. — Não durma tão tarde. — E com um aceno de mão, ele voltou para o andar de baixo para inspecionar se todas as janelas estavam trancadas.

Athena sorriu com carinho pelo pai que tem e, com uma última olhada na janela do quarto, ela apagou as luzes e colocou-se a dormir.

O que Athena não previa era que algo ruim aconteceria com sua irmã na próxima manhã, nem o que ocorreria com a excêntrica família Cullen, mais tudo isso mudaria o rumo dos Swans, e não seria para melhor.



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