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História The good, the bad and the dirty. - EXTRA Drunk in our tears.


Escrita por: nnigma

Notas do Autor


Mais um extra! ♥
Talvez o último, talvez não. Esse foi com certeza o que eu mais gostei de escrever até agora, apesar de tudo.
Me baseei um pouco na letra de Lost Stars, do cover do Jungkook.
Quem prestar atenção, vai ver também que eu juntei mil cenários de todos eles nos MVs, troquei e fiz uma bagunça com o "real" para colocar aqui na fic, haha.
Agredeço aos que estão aqui. ♥

História não revisada, sorry. I'm a lazy bastard.
Nick.

Capítulo 3 - EXTRA Drunk in our tears.


Jungkook e seus dois amigos andavam sem rumo pelas ruas do bairro em que moravam.

A maioria dos becos e ruas eram escuros, mas qualquer um que passava por eles poderia que estavam visivelmente bêbados. Pelo menos os outros dois, já que o moreno tentava não abusar muito das bebidas, gostava de manter sua sanidade mental acima de tudo – mas também não dispensou as duas garrafas de cerveja que bebeu.

Às vezes cantavam, conversavam alto, começavam a gritar enquanto passavam na frente de algumas casas.

Um típico “passeio noturno” dos Wild & Free.

 

Era domingo, 22:45.

 

Hoseok e Taehyung andavam tranquilos pela rua, um rindo baixo no pescoço do outro enquanto conversavam sobre o filme que acabaram de ver nos cinemas.

Estavam com os braços enlaçados um no outro e cada um com um copo de milk-shake na mão.

O de Hoseok de morango e de Taehyung napolitano, sempre.

 

“É claro que o lado do Capitão América era o melhor, por favor né... Eles tinham o Homem-Formiga!” Hoseok disse em um ar de superioridade.

“QUE?!” Taehyung rebateu, parando a caminhada por alguns segundos, totalmente perplexo com o que ouvira. “Você tem problema, né? Quem é Homem-Formiga perto do Homem-Aranha?”

Hoseok apenas enviou ao namorado uma cara de desprezo. “Eu não acredito que namoro com alguém que gosta do Aranha, sério mesmo... Isso é quase que contra a minha religião.”

Ambos voltavam a caminhar então, rindo e se empurrando em implicância.

“Ok... Senão o Homem-Aranha, o Stark naquela batalha final, com certeza.”

“Stark? Amor... Bucky, né? Não vou nem falar nada?” Hoseok disse com um riso arrastado.

“Bucky? Ele acabou a luta sem um braço e você ainda prefe-“

 

Hoseok e Taehyung foram interrompidos por uma risada alta e o som de vidro estilhaçando no chão, provavelmente uma garrafa sendo jogada na rua ou qualquer coisa do tipo.

Voltando a prestar um pouco mais de atenção no caminho que seguiam, conseguiram ver três rapazes altos e um tanto quanto ameaçadores vindo em suas direções.

Hoseok identificou aqueles casacos que eles vestiam. Lembrava-se quando Yoongi começou a andar com uns caras que usavam esse mesmo casaco e depois se afastou, dizendo que era encrenca.

Reconheceu também o rapaz que estava no meio deles. Estava escuro e há muito tempo não o via, mas podia jurar que era Jungkook, o ex namorado de seu amigo. E lembrando-se da história que foi contada a si, sobre o fim do namoro, só poderia ser ele mesmo.

Taehyung vinha de outro bairro, estavam por ali pois ele iria dormir na casa de Hoseok então provavelmente não tinha a mínima ideia de quem eram, por isso enganchou mais forte o braço de seu namorado e o puxou para atravessar a rua consigo.

Entretanto, já era tarde demais.

 

“Yá!” Um dos homens daquela gangue gritou, chamando a atenção dos dois jovens. “Será que só tem bicha nessa cidade agora?”

Escutaram risadas acompanhando aquele comentário e ficavam mais altas. Eles estavam atravessando a rua também.

“Ainda bem que existe gente como nós, para fazer o favor de acabar com esses viados...” O outro homem adicionou e Hoseok e Taehyung estavam quase petrificados.

Tentaram correr, mas de alguma forma aqueles caras foram mais rápidos.

 

Um deles puxou Taehyung pela camisa e não pensou duas vezes em deixar um soco certeiro em seu maxilar, fazendo o rapaz cair de joelhos no mesmo instante. Antes que ele pudesse se levantar novamente e reagir, o outro já estava sobre seu corpo, deixando mais incontáveis socos pelo rosto.

Hoseok apenas gritava, pedindo para que parasse, pedindo por ajuda, já que alguém o segurava pelos braços, o impedindo de fazer qualquer coisa. Quase como que quisesse que apenas assistisse seu namorado sendo espancado logo em frente de si.

 

E então havia Jungkook.

O rapaz estava parado no meio da rua, há dois ou três metros de distância de seu “colega” que batia, sem nenhuma razão em um dos rapaz.

Tinha certeza de que conhecia aquele que estava sendo segurado, mas não se lembrava de onde.

 

Olhava para os lados, a princípio tentado se certificar de que ninguém estava vindo. Avisaria caso alguém fosse aparecer e então tivessem que sair dali para não terem nenhum problema.

Internamente, tentava fazer de conta que não fazia parte do que acontecia.

Não era ele batendo em ninguém.

Não era ele xingando ninguém.

Então não tinha culpa.

 

Certo?!

 

Em dado momento, sua respiração foi ficando mais pesada e sentia as batidas de seu coração acelerando.

Tentava não olhar a briga, mas quando o fez, o coração praticamente parou.

 

O rapaz deitado no chão já não reagia mais aos ataques.

O rapaz sendo segurado chorava desesperado, se debatendo para ser solto.

 

De alguma forma, se viu naquele ali.

Se viu parado, há um pouco menos de dois anos, querendo fazer algo por seu namorado mas simplesmente não podendo.

Entretanto, não chorou. Não tentou ajudar, não fez nada. Simplesmente continuou parado.

 

Jungkook sentiu sua visão ficar escura por alguns instantes e só conseguia respirar pela boca, descompassadamente conforme o desespero crescia dentro de si.

 

Apenas se deu conta do que fazia quando já estava lá.

Ainda tinha sua garrafa de cerveja em mãos e bateu com a mesma contra a cabeça do “amigo” que atacava o rapaz no chão, não colocando controle algum em sua força.

O homem cambaleou um pouco e encarou Jungkook incrédulo, mas o moreno conseguiu sentir o ódio que foi jogado para cima de si.

O outro nem conseguiu tentar nada.

 

Jungkook quebrou sua garrafa no poste de luz ao seu lado e então golpeou o homem.

Uma. Duas. Três.

Quinze vezes.

Conseguiu contar cada uma das quinze vezes em que sua garrafa quebrada era enfiada no abdômen alheio. Conseguia sentir o sangue sujando suas mãos, sua roupa. O homem tinha uma mão segurando sua jaqueta e a outra sobre o próprio ferimento quando Jungkook parou, visão totalmente turva pelas lágrimas que caiam.

Os dígitos alheios, cobertos de sangue seguraram seu rosto, como se quisesse ainda fazer algo contra si, mas as forças se esvaiam conforme o sangue fazia o mesmo.

Logo o tal homem estava de joelhos no chão. Tão logo deitado.

 

Hoseok havia sido solto já que aquele que o prendia, chocado com a cena, simplesmente saiu correndo. Talvez apenas para fugir, talvez para pedir ajuda, ninguém se importava.

O rapaz de fios totalmente negros e lisos correu até seu namorado, ajoelhando-se ao seu lado.

Taehyung tinha o rosto praticamente desfigurado pelos golpes. Estava inchado, machucado, com sangue. Hoseok ainda chorava, tentando reproduzir falhas palavras para ele ficar calmo, que chamariam ajuda, que ele ficaria bem.

Sentia que o outro respirava com dificuldade e tentava deixar seu desespero não tomar tanta conta de si.

 

Jungkook estava parado em pé, logo ao lado do homem que agonizava no chão, engasgando em seu próprio sangue.

Ele mesmo estava em choque. Só agora se dava conta do que tinha feito e largou a garrafa no chão, encarando as próprias mãos. Estavam banhadas de sangue. Sua camiseta branca também e provavelmente seu rosto também.

 

Odiava sangue.

Ficou um pouco tonto, sentindo as coisas ao seu redor girarem um pouco.

Mas um grito o trouxe à si novamente. Era um pedido de ajuda, vinha do rapaz ajoelhado ao lado do namorado.

 

Correu até eles e viu como estavam assustados.

Hoseok hesitou deixa-lo se aproximar, mas algo no olhar alheio dizia que não faria mal.

 

“Vocês moram aqui perto?” Jungkook disse um pouco desolado ainda, tentando pensar em algo.

“Eu... Eu moro, duas quadras daqui, mas a gente tem que chamar alguma ambulância, alguém, caralho será que não tem ninguém nessa porra de cidade para vir aqui ajudar?” Hoseok olhava ao redor, não via uma alma viva sequer por perto.

 

“Não espere pela ajuda de ninguém por aqui, é melhor vocês irem para casa!”

 

 Hoseok pegou o namorado pelo braço, tentando erguê-lo. Não era das pessoas mais fortes, mas sabia que teria que ser agora.

Entretanto, Jungkook os ajudou. Cada um sustentava um braço de Taehyung em cima dos ombros e em passos apressados – na medida do possível, já que o rapaz entre ambos estava praticamente desacordado – conseguiram chegar no pequeno prédio em que Hoseok morava.

A dificuldade maior foi para subir a pequena escadaria até o terceiro andar mas assim que estavam dentro do apartamento, deitaram Taehyung contra a cama com cuidado.

Hoseok já procurava remédios, gazes, quaisquer coisas que pudesse achar para cuidar de seu namorado.

 

“Tenta fazer o possível para não ter que ir ao hospital ainda hoje ou amanhã...” O olhar de Jungkook estava totalmente perdido e novamente ele não conseguia conter as lágrimas.

“O que você vai fazer? Se sair por aí e te acharem vão matar você também.”

Também.

 

Antes de saírem do local, Jungkook deu uma última olhada no homem quem golpeava até alguns instantes. Seu peitoral antes subia e descia freneticamente. Agora estava parado.

 

Não respondeu nada.

Simplesmente saiu pela porta. Havia um espelho no corredor e conseguiu ver seu estado.

Era pior do que imaginava. Sua camiseta estava com marca de sangue, seu rosto com marcas de dedos ensanguentados e suas mãos principalmente, cobertas pela cor rubra. Tentou se limpar na própria jaqueta mais foi inútil.

Desceu as escadas o mais rápido possível e assim que saiu na rua deserta, se viu perdido.

 

Jungkook não tinha onde morar, por assim dizer. Vivia dormindo na casa de amigos, se virando como podia, gastando todo seu salário com roupas caras ao invés de arrumar algum lugar para morar de fato e fazer algo de útil.

Não tinha mais a casa dos pais para correr e se abrigar. Não tinha nem pais mais.

Não poderia ir até seus “amigos” pois a esse momento provavelmente eles já estavam caçando sua cabeça por aí. E sem não estivessem, logo estariam.

 

Havia apenas um lugar para onde ir.

Não deveria ir para lá. Não podia. Mas não tinha escolhas.

 

Suas pernas ameaçaram falhar diversas vezes conforme corria na direção que conhecia tão bem. Seu casaco estava fechado, assim não conseguiriam ver o contraste em sua camiseta e não olhava para trás em nenhum momento. Assim foi por todas aquelas treze quadras.

 

Pulou a cerca de trás do motel, e assim que achou um tambor de lixo, tirou a jaqueta que vestia no mesmo instante, jogando-a lá dentro. Caçou nos bolsos um isqueiro e acendendo-o, colocou fogo na jaqueta. Não queria deixar rastros. Além de querer de se livrar daquilo que só tinha trazido coisas ruins à sua vida.

 

Quando chegou no trailer, subiu a pequena escada de madeira com pressa e não se deu o trabalho de procurar chave reserva, manipular a fechadura ou qualquer coisa do tipo. Apenas batia repetidamente na porta, punhos fechados.

“Yoongi? Yoongi?!”

 

O loiro estava deitado em sua cama, assistindo um filme de terror qualquer no notebook.

Se assustou um pouco com as batidas na porta, mas reconheceu aquela voz.

Seus olhos apenas rolaram e um suspiro pesado saiu. Iria ignorar. Sim, estava cansado de Jungkook aparecendo na sua casa quando queria, mostrando que ainda tinha algum efeito sobre si. Isso tinha que mudar em algum ponto, e seria hoje.

Tentou aumentar apenas o volume do filme e ignorar as batidas.

 

Mas quanto mais ignorava, mais desesperadas elas ficavam.

Conseguia, por impressão ou não, ouvir alguém chorando e sentiu um aperto instantâneo em seu coração.

Odiou-se quando levantou da cama. Odiou-se quando foi até a porta.

 

Entretanto, ao abri-la, simplesmente não soube o que fazer.

Sim, era Jungkook em sua porta. Mas totalmente diferente de qualquer outra vez.

Ele estava coberto de sangue.

 

Se assustou, procurou por ferimentos, tentou não pensar que aquele sangue todo podia ser sinal de que ele estava morrendo mas o mais novo logo adentrou o trailer, andando de um lado para o outro.

 

“O que... O que aconteceu?” Yoongi ousou perguntar, tentando fazer o moreno parar de andar.

Mas ele parecia totalmente transtornado.

“Eles vão vir atrás de mim... Eles vão me matar, hyung... Eu... Eu matei uma pessoa.”

 

Se o resto das palavras não fosse tão chocante, com certeza Yoongi teria provocado-o por ter referido a si como hyung, algo que nunca acontecia, mas seus olhos rasgados se arregalaram no mesmo instante.

 

“O que? Você matou quem, Jungkook?”

“Um deles! Meu deus, eu matei alguém... Eu não queria! Mas... Eles iam matar aquele menino!”

 

Yoongi a esse ponto tentava arrumar qualquer tipo de razão, de explicação para o que acontecia. Mas pelo que estava entendendo, Jungkook havia matado um dos Wild & Free.

E se a polícia não fosse atrás dele. Eles iriam.

O moreno tremia observando as próprias mãos, tentando pensar em uma saída mas só o desespero tomava-lhe por completo a mente.

 

“Você precisa sair daqui, precisa sair da cidade.” Yoongi comentou o óbvio.

“Eu não tenho para onde ir! Eu não tenho dinheiro, eu... Eles vão me matar, meu deus.”

 

“Jungkook!” O loiro chamou a atenção alheia, colocando-se em sua frente. Segurou seu rosto, tentando fazer o maior prestar atenção em si e se acalmar um pouco. Ele mesmo estava um pouco nervoso com a situação, imaginava que o outro estava mil vezes pior, mas tinham que pensar juntos. “Vai tomar um banho, eu vou pensar em alguma coisa.”

A respiração do moreno estava mais uma vez descompassada, mas ele assentiu, indo ao banheiro. Se livrou das roupas sujas e lavava-se mil vezes, tentando se livrar do sangue, que parecia não sair por completo. Parecia se fundir à sua pele. Como uma marca que nunca iria embora.

 

Yoongi saiu pela porta, olhando bem em volta para ter certeza de que não existia ninguém por perto. Sabia que ninguém daquela maldita gangue sabia do envolvimento deles no passado mas caso isso fosse minimamente desconfiado, era questão de tempo até aparecerem ali.

Juntou tudo o que tinha do lado de fora, inclusive a pequena escada de madeira e colocou tudo para dentro. Desfez toda a “gambiarra” de sempre para conseguir luz e água diretamente da rua, sem precisar usar da caixa d’água.

 

Voltando para dentro, tentou guardar o que estava mais solto, louças dentro dos armários, objetos mais leves e então Jungook saiu do banheiro.

Ele mesmo foi até o local do quarto e pegou algumas roupas do mais velho para vestir, não entendendo muito quando o viu arrumando tudo.

“O que você vai fazer?”

Yoongi o olhou rapidamente. “Vamos sair daqui.”

 

“Não... Não, você não vai sair daqui, quem tem que se resolver com isso sou eu-“

“Olha só, não é hora de você tomar as coisas nas suas mãos, porque você nunca fez isso... Se você não quisesse ajuda, não teria vindo para cá e não adianta falar agora que o problema é seu porque já me envolveu no meio então só cala a boca e deixa eu fazer o que dá!” Yoongi disse tudo de uma vez só, encarando seriamente o mais velho.

 

Jungkook ficou quieto.

Não tinha o que dizer.

 

Ajudou a ajeitar o que dava ali dentro e Yoongi colocou um casaco antes de trancar tudo ali atrás e sair para a parte da frente. Jungkook já estava sentado lá, simplesmente olhando pela janela. Não conseguia mais esboçar reação alguma.

 

Quando deu partida e saiu dali, o primeiro lugar onde o loiro parou foi em um posto para abastecer e então tratou de seguir a rodovia que sairia da cidade.

 

Pelas próximas duas horas, nenhum dos dois se olhou. Ou pelo menos disse algo.

O silêncio era enlouquecedor.

Como sempre, Yoongi não conseguia resistir contra ele.

 

“Hey...” Enviou um olhar ao mais jovem, tentando não perder o foco na estrada escura. “Desculpa pelo que eu falei mais cedo... Fui meio grosso.”

Jungkook poderia dizer estar surpreso por não se lembrar de ter ouvido o menor se desculpando por algo alguma vez, mas seu olhar continuou focando o nada. “Você estava certo.”

“Eu sei... Não estou me desculpando pelo que eu disse, só pela forma que eu disse...” Um riso baixo e nervoso escapou pelos lábios rachados do motorista, mas ele suspirou novamente. “Posso perguntar o que aconteceu?”

 

Não. Ele sabia que não podia, que não era a hora. Mas como sempre, não era das pessoas mais delicadas do mundo. Jungkook não se importava com isso, porém.

 

“Começaram a atacar um casal na rua, um... Um começou a bater em um dos meninos e o outro ficou segurando o namorado dele... Eu fui separar mas... Acabei perdendo o controle.”

Novamente o silêncio estava no ar e as lágrimas de Jungkook caiam por suas bochechas.

Yoongi poderia ter dito que o avisou, que aquele grupo não valia a pena e que uma hora ou outra algo de ruim poderia acontecer, novamente, mas apesar de tudo, sabia que não era isso que o moreno precisava ouvir.

Passou a mão pelo porta-luvas, procurando algo por ali e então entregou a Jungkook um pequeno frasco de remédios, pegando dentre os bancos sua garrafa d’água também.

“Toma isso, vai fazer você se sentir melhor e dormir um pouco.”

Jungkook não pensou duas vezes antes de aceitar o calmante. Em menos de meia hora já estava dormindo e Yoongi ficou sozinho com seus pensamentos novamente.

 

 

6:17.

Jungkook acordou com uma dor de cabeça enorme, talvez te dando ficar sentindo-a bater leve contra o vidro do carro conforme seguiam pela estrada.

Não era mais a sinalização e luzes de outros carros que via em sua frente, mas sim o por do sol.

E o mar.

 

Ajeitou seu corpo no banco duro e notou que Yoongi não estava ali.

Por algum motivo, um medo súbito tomou seu interior. Como se alguém tivesse tirado ele de si e feito alguma coisa. E novamente não esteve lá para ajuda-lo.

Assim que desceu do carro, procurou por todos os lados. A praia era linda, sim. E o sol que começava a nascer também, mas tentava procurar por todos os lados algum sinal do loiro. Porém estava sozinho naquela praia deserta.

Jungkook passou a mão pelos fios castanhos, juntava fôlego para gritar o nome do loiro quando ouviu sua voz.

“Eu estou aqui.”

 

A voz vinha do alto do trailer e no mesmo instante os olhos redondos do maior de voltaram para lá. Yoongi estava sentado na beirada, as pernas penduradas sobre uma das janelas.

Conseguiu voltar a respirar.

 

Jungkook deu a volta no trailer e subiu pela pequena escada lateral de metal que existia ali, andando com cuidado no teto do trailer para então acomodar-se ao seu lado.

Não tinham muito o que dizer um para o outro.

Mas parecia que os raios de sol faziam, aos poucos, o trabalho por si.

 

“O que a gente vai fazer?” Jungkook foi o primeiro a perguntar, encarando o horizonte.

 

“Eu não sei...” Yoongi comentou em meio a um riso divertido. Apesar de tudo, não tinha ideia do que iriam fazer.

 

“Mas vai ficar tudo bem, ok?” Ele adicionou por fim, hesitando um pouco em levar uma das mãos aos fios castanhos do mais jovem.

Afagou levemente a área, até Jungkook estar com a lateral do rosto deitada na curva de seu pescoço, aspirando leve o aroma natural de sua pele.

 

“Algum dia você vai me desculpar?”

Yoongi soltou um pequeno suspiro.

“Eu disse que você tinha que se desculpar, lembra?”

 

Dessa vez, Jungkook quem hesitou. “Eu só tenho você.”

 

“E eu vou estar aqui.” O loiro deixou um pequeno aperto no ombro alheio, tentando reconforta-lo um pouco mais. “Sempre...”

 

 

“Because the dawn right before the sun rises is the darkest.”

 

“Are we lost stars trying to light up the dark?”


Notas Finais


O que acharam? Espero que tenham gostado e obrigado a todo mundo que está lendo. ♥
Como sempre, comentários, críticas e sugestões são sempre bem vindos!

See ya.
Nick.


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