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História The Judge - Wrong hours, unexpected moments


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


Olá Camrenzinhas Õ/ dessa vez a gente demorou, é triste, a gente sabe kkkkkkkkkkkkk íamos publicar no sábado, mas eu e a BS tivemos um contratempo e eu estou dedicando essas ultimas semanas para o Enem, enfim.. Nos desculpem. Atualizaremos sempre que possível e se demorarmos novamente, são estas as razões. Nos desculpem se houver erros, esperamos que gostem do capítulo e aproveitem =)x

Capítulo 11 - Wrong hours, unexpected moments


Fanfic / Fanfiction The Judge - Wrong hours, unexpected moments


CAMILA'S POV 

Caminhei até a cozinha com a cabeça mais pesada do que filhote de elefante e latejando como se tivesse uma bomba dentro, explodindo a cada segundo. Peguei um comprimido na nécessaire de medicamentos, que ficavam no armário, e peguei um copo de água na geladeira antes de voltar lentamente para o quarto. Chequei as horas no relógio de cabeceira e o mesmo apontava 4:30 da manhã, o que significava que me restava ainda algumas boas horas de sono e tempo suficiente para que o remédio fizesse efeito até a hora de ir trabalhar. 

Horas depois, acordei com um som extremamente barulhento vindo do aparelho celular de Shawn, e o observei desligar rapidamente me olhando com cara de paisagem por ter me acordado. 

— Bom dia? Amor. — Respondeu um pouco sem graça e eu voltei a deitar a minha cabeça no travesseiro. 

— Bom dia. 

Após responder com uma voz nem um pouco simpática, voltei a fechar meus olhos e desejei, por um momento, continuar com o meu sono de onde parei, mas isso não foi possível, infelizmente. O celular do garoto começou a tocar novamente — lê-se gritar — e logo "Best Friend" da banda Foster The People foi ouvida, o que me deixou um pouco mais humorada. Eu amava aquela música. 

Mendes pegou o aparelho e, sem ao menos olhar o nome no visor, desligou a chamada e deixou o celular de lado, vasculhando alguma coisa em seu closet e mais uma vez me peguei pensando naquele mistério todo que ele fazia. Não era possível agora que todos os dias ele iria agir daquela forma estranha e eu, como sempre, iria ficar de tonta na história, sem saber de absolutamente nada. 

Quando o aparelho voltou a tocar pela terceira vez, eu o encarei séria esperando por alguma reação do garoto, mas ele não fez nada. Apenas me encarou de volta e antes que ele desse o primeiro passo para desligar o objeto, eu me pronunciei, umedecendo os lábios antes. 

— Agora você vai atender. — Estiquei o celular em sua direção e ele olhou do objeto para mim, dando de ombros e pegando. 

— Não é nada de importante, Camila. 

— Se não fosse, não estariam te enchendo o saco a essa hora da manhã. Vai, pode atender sem problema nenhum. 

— Mas... 

— Atende! — Ordenei e o vi arrastando um dedo pela tela de seu iPhone, atendendo momentaneamente. 

— Oi? Sou eu. — Enquanto ele falava, eu cruzei os braços debaixo dos seios e o encarei atentamente. — Sei... Então eu dou uma passada ai mais tarde. OK então... 

— Quem é? — Perguntei sem me importar se ele ainda estava na chamada e ele me encarou, pedindo licença para a pessoa do outro lado da linha. — Quem é? Eu quero saber. 

— Minha avó. Lembra, aquela que eu te falei... 

— Posso falar com ela? — Perguntei ouvindo um "quê" inaudível pronunciado por ele — A sua avó, eu quero falar com ela. 

— Mas não é nada demais. Eu quero poder apresentá-la a você, mas quero que isso seja pessoalmente, não por telefone. 

— Eu não me importo se o nosso primeiro contato será por telefone ou não, e acredito que ela também não se importa. 

— Em uma outra ocasião, amor. Por favor. — Respondeu voltando à chamada e eu atravessei a cama para alcançá-lo no mesmo momento em que ouvi a porta sendo aberta, mas não me importei com quem fosse. 

— Quero. Falar. Com. Ela. Me dá isso aqui... 

— Camila? Você, por um acaso, já viu que horas são sua filha da mãe? A gente tem que ir para o café!  — Lucy disse correndo atras de mim com um pano nas mãos e me acertando. Bufei irritada e desisti, olhando feio para a garota, e segui para a suite, realizando minha higiene matinal. 

Assim que terminei o banho, passei uma maquiagem básica, como fazia todos os dias, e decidi prender os meus cabelos que haviam crescido monstruosamente pra quem tinha cortado há três meses atrás. Coloquei um vestidinho simples, tomara que caia estampado com flores de diferentes cores e calcei meu All Star branco, colocando um brinco discreto antes de ser obrigada pela mamãe a comer nem que fosse uma fruta antes de sair. 

— Cara... Lucy você tem que me ajudar a descobrir o que o Shawn está tramando pelas minhas costas. Hoje eu peguei outra vez uma daquelas ligações e eu não gostei nada do jeito como ele agiu. — Paramos em uma sorveteria pequena pelo caminho e pedimos dois sorvetes, antes de chegar no trabalho. — Se você não tivesse me atrapalhado, eu tinha conseguido pegar, sua mula. 

— Mila, olha só amiga... Eu super achavava que ele pudesse estar te traindo, mas agora eu vejo que é só coisa da sua cabeça. 

— Coisa da minha cabeça? Meu Deus, onde foi parar a Lucy Vives de semana passada? — perguntei e ela me deu um tapinha no ombro. — É sério. 

— E eu também estou falando sério. — Pegou o sorvete da mão do vendedor e eu fiz o mesmo, pagando — obrigado. 

— Por que você decidiu mudar de ideia assim, de uma hora para a outra? 

— A única coisa que você pega são ligações. Não viu mais nada de diferente, isso só prova que pode ser coisa da sua cabeça. 

— Não, não é. Eu sei que não e se você não me ajudar, eu investigo com Ally. — Afirmei tomando a parte derretida do sorvete e quase o entornando em minha roupa. 

— Ally está fora. — Respondeu. 

— O quê? 

— Ally concorda comigo que isso só pode ser invenção da sua cabeça. É melhor deixar isso pra lá, Mila.E se forem assuntos pessoais dele? Da empresa do pai dele? — Perguntou parando no sinal, esperando o mesmo fechar para atravessar. 

— Assuntos esses que ele não tem nada que me esconder. Eu vou a fundo nisso sozinha, valeu mesmo por terem me abandonado, você e a Allysson. Grande melhores amigas que eu fui arrumar. — Revirei os olhos e atravessei com ela em meu encalço. 

— Você sabe que nos importamos muito com você, não sabe? 

— Oh, se sei. — Respondi irônica e ela me olhou de rabo de olho. — Melhores amigas fazem isso, não é mesmo? 

— Lindas ironias à essa hora da manhã, você não sabe como eu as amo. — Disse finalizando seu sorvete e jogando a casquinha no lixo, antes de se virar para sua bolsa e procurar pela chave que abriria o lugar. 

Aposto que se eu ligasse para Dinah, ela aceitaria na mesma hora, mas até que seria bom descobrir isso por iniciativa própria, só assim eu me sentiria boa agente do FBI. Falsa, mas me sentiria. 


LAUREN'S POV 

Desliguei o carro e fechei os vidros do mesmo, saindo e acionando o alarme assim que adentrei a garagem do meu antigo apartamento. Sim, antigo porque eu havia me mudado há poucos dias e ainda precisava pegar as últimas caixas de roupas — as que eu não abria mão de jeito nenhum — do meu antigo closet. 

A melhor parte de se mudar — depois da alegria de estar em um lugar totalmente novo e não mais na mesmice de sempre — , era, no meu caso, não precisar esquentar cabeça com móveis e decorações, já que a maioria dos imóveis que eu comprava, eram mobiliados perfeitamente ao meu gosto. Eu sempre tive conhecidos de confiança em vários ramos de diversas variedades de coisas que se possa imaginar, então nunca me via perdida ou em dúvida de que alguma coisa era realmente boa. Estava envolta de opiniões confiáveis e encontrar aquela maravilha em Manhattan foi, também, por conta destes. 

Ao entrar no elevador, apertei o botão do 23° andar e esperei até que o mesmo me levasse até lá, o que durou quase uma eternidade. Bocejei intediada e sai daquele cubículo, passando pela porta de Keana e indo direto para a de, agora, Vero. Parei por um momento antes de tocar a campainha e pensei duas importantes vezes antes de voltar e tocar a campainha de Issartel. Não demorou muito até que a mulher me atendesse, com uma fucking lingerie branca, e, ao perceber minha presença, mordeu seus lábios de uma forma sexy e eu rolei os olhos impaciente. Por que ela tinha que ser tão oferecida? 

— Jauregui. Você não tem idéia do quanto eu esperei ansiosa pela sua visitinha. — Keana falou e eu sorri de canto, satisfeita por ter ouvido aquilo. 

Eu gostava quando alguém me esperava de alguma forma, significava que elas me tinham na cabeça e isso era bom. 

— Não vai me convidar para entrar? — Perguntei e ela abriu caminho quase que imediatamente e eu entrei sem pronunciar mais nenhuma palavra. 

A garota fechou a porta atrás de si e eu a observei caminhar até a cozinha, a seguindo com segundas intenções em mente. 

— Por que será que essas coisas sempre acontecem na cozinha? — Perguntei e ela soltou uma risada nasalada. Cruzei meus braços encostada na parede e continuei a observando. 

— Que coisas? 

— Não se faça de idiota, Issartel, eu sei que disso você não tem nada. 

— Não precisa ser indelicada, chega a ser inconveniente. — Disse normalmente e eu descruzei os braços, acabando com qualquer distância que nos separava. 

— Mas você gosta. 

— O que? 

— Admite. — A abracei por trás e ela não pensou duas vezes antes de se virar, me agarrar pelo pescoço e morder levemente minha bochecha. — Eu sabia. 

Suas pernas rapidamente se cruzaram em minha cintura, enquanto eu cambaleava às cegas com ela para fora do cômodo. Sem saber o que me aguardava em minha frente, choquei suas costas na parede do corredor que nos trazia de volta à sala e a mesma desceu para facilitar nosso trajeto até o sofá. 

Keana me jogou no estofado e eu cai meio sem jeito, a observei subir lentamente em meu colo e a mesma me encarou sentando-se sobre minhas pernas. Olhando a mulher de onde eu estava me parecia um paraíso e eu poderia aprecia-la o dia inteiro ali, naquela mesma posição, se não estivesse com uma certa pressa de ir logo ao ponto, é claro. 

Senti seus lábios sugarem fortemente o meu pescoço, onde provavelmente deixaria uma marca gigantesca, enquanto eu apertava seus seios por cima do pano fino com tamanha urgência. Escorreguei uma das mãos até suas nádegas e as apertei com vontade, ouvindo um gemido de aprovação da garota, que mordiscou o local do chupão e eu sabia que iria sair dali repleta de hematomas se dependesse dela, mas apenas aproveitei a ocasião. 

Sua boca procurou pela minha e eu a beijei de imediato, sentindo suas mãos tirarem lentamente minha blusa, até que me vi invertendo nossas posições. Me coloquei entre suas pernas e abaixei até a altura perfeita de sua barriga, onde trilhei lentamente um caminho com a minha língua, ora pausando e a observando morder os próprios lábios — ela era boa nisso —, ora continuando até chegar à sua intimidade. 

— Continua Jauregui, não para agora. — Ordenou com a voz esganiçada e eu sorri de canto, passando um de meus dedos por cima de sua calcinha totalmente molhada. 

— Eu nem fiz nada e você já está encharcada, Issartel... — Pressionei ainda mais meus quatro dedos ainda por cima do pano, e ,em um movimento circular, esfreguei lentamente enquanto a mulher soltava vários palavrões diferentes. — Diga-me o que você quer. 

— Ande logo com isso, Lauren... 

Senti sua mão se fechar em volta do meu pulso e se movimentar com mais rapidez contra o seu sexo. Com a outra mão, a tirei e puxei o laço fino que unia as duas partes da lingerie a abrindo completamente e me dando uma visão privilegiada dos seus seios descobertos. 

Agora sim a brincadeira iria ficar boa. 

— Diga-me o que você quer que eu faça agora. — Pus-me por cima da mulher e brinquei com o bico de um dos seus seios enquanto a outra mão continuava firme em sua intimidade. — Não vai dizer? — Esperei por alguns segundos e a mesma continuava quieta, apenas aproveitando as carícias e gemendo baixo. — Ok, eu tenho tempo. 

Mordisquei seu seio mais próximo e brinquei com a lingua em seu mamilo, fazendo movimentos circulares e dando leves sugadas. Senti seu hálito doce ao encará-la e resolvi partir para a próxima tortura. Aquela era infalível. 

Com um dos dedos, coloquei sua pequena peça íntima de lado e pressionei apenas a metade de um dedo em sua intimidade, o tirando quase que imediatamente e repetindo esse ato por mais algumas vezes. 

— Laur... Eu não aguento mais... — Sussurrou ofegante ao pronunciar a frase quase inaudível. 

— Irei te torturar até que me diga o que quer que eu faça. — pressionei novamente a metade de um dedo e adicionei mais um, tirando rapidamente. 

— E-eu quero você em mim... Lauren. 

Todo resquício de sobriedade se esvaiu naquele instante e eu só senti suas mãos se entrelaçarem entre os fios dos meus cabelos. Aumentei a velocidade das estocadas e adicionei o terceiro dedo, a observando revirar os olhos e lacrimejar de satisfação. Conforme ia desfazendo a velocidade, eu estimulava ainda mais seu ponto de prazer com o polegar, ouvindo seus gemidos frenéticos de aprovação e sorri satisfeita, com a certeza que eu havia cumprido novamente o meu objetivo de levá-la ao céu e ao inferno em milésimos de segundos. 

— Você é muito gostosa, Issartel. — Falei a estimulando por mais alguns segundos até que ela chegasse ao seu ápice, completante satisfeita e implorando por mais oxigênio em seus pulmões. 

Desci até sua intimidade e retirei os dedos completamente molhados de dentro da mulher, os aproximei dos meus lábios e lambi como se fosse a coisa mais saborosa da face da terra, e realmente era naquele momento. Logo depois, aproximei meu rosto de seu sexo e me desfiz de quer resquício de seu liquido, voltando minha atenção para o seu ventre novamente. 

— Eu amo o seu gosto, Keana. — Depositei mais um beijo no local antes de me aproximar de seu rosto e lhe dar um selinho. 

Insatisfeita, Keana aprofundou ainda mais o beijo, pressionando tão forte seus lábios nos meus que, com o atrito, chegavam a doer. Suas mãos se aproximaram do fecho de minha calça jeans enquanto uma de suas mãos faziam um completo tour pelos meus seios cobertos apenas pelo sutiã. Me afastei da mulher em um movimento súbito e levantei de cima da mesma, voltando a vestir minha blusa que se encontrava estirada ao chão, completamente do avesso. 

— Ei, o que você está fazendo? — Olhou-me apreensiva e eu me aproximei de um espelho pregado em sua parede, alinhando corretamente as mechas dos meus cabelos. 

— Indo embora. — Caminhei até a porta principal da sala e a abri, ouvindo os passos rápidos de Keana atrás de mim sem nem se importar de estar praticamente nua. 

— Mas nós... 

— Fica para a próxima. — Pisquei um dos meus olhos e dei um selinho rápido na mulher, antes de tocar a campainha de Vero. 

Na verdade, tocar a campainha foi um ato galanteador de minha parte, enquanto Issartel ainda me observava. Já que eu tinha a chave, as tirei do bolso e destranquei a porta sem nenhuma dificuldade e entrei, encontrando Iglesias vindo da cozinha com Dereck em uma mão e uma mamadeira em outra. 

— Você está me saindo uma mamãe perfeita, olha só pra você. Parece que acabou de parir. — Brinquei fechando a porta atrás de mim e sentei-me no sofá, vendo ela fazer o mesmo. 

— E você, onde estava? Se chocou terrivelmente contra um caminhão? Teve um encontro agradável com um trator? Ou deu uns bons amassos em um tanque de guerra? — estalei a lingua desconsiderando suas palavras e ela voltou a falar, opinando. — Tá feio isso ai. — Apontou para os chupões. 

— Eu apenas dei uma passadinha na Issartel, nada demais. 

— Mas você não perde uma. É impressionante que uma raba te interesse mais do que uma visita à sua  melhor amiga, sinceramente, Lauren, você me decepcionou dessa vez. Amanhã mesmo vou dar de entrada com a papelada do nosso divórcio. — Veronica sentou-se no sofá com o cachorrinho nos braços —  Me sinto traída. 

— Ah vá se foder, Vero. Eu precisava... você sabe. — Fiz um movimento obsceno com as mãos e ela tampou os pequenos olhinhos do cãozinho, me olhando feio em seguida. — O quê? 

— Não admito que você use palavras de baixo calão na presença do Dereckzinho e nem faça essa mimica obscena ai, de fornicação. 

— Depois de velha, você virou uma infantil rabugenta? O branquinho é só um cachorro, ele fala cachorrês, pelo amor de Deus, Vero. Se poupe, nos poupe. — Respondi tentando soar séria, mas o tom de brincadeira saiu sem que eu me desse conta. 

Olhamos serias uma para a cara da outra e, de repente, fomos contagiadas por uma forte crise de risos que havia nos deixado sem ar. Isso sempre acontecia quando falávamos alguma merda ou faziamo-nos de infantil o bastante para deixar a situação engraçada. 

— Eu gosto disso. 

— Gosta do que, loucona? — Perguntei me recompondo e pegando o pequeno cachorrinho em minhas mãos, o enchendo de beijos. 

— De ficar com você e sermos idiotas juntas. Gosto de morrer de rir das nossas palhaçadas e das merdas que você fala. — Disse em um tom preocupante. 

— Agora é a parte que você fala que sempre foi apaixonada por mim? 

— Cala essa boca, convencimento ambulante. — Gargalhou. 

— Primeiro: você é idiota sozinha. Segundo: Você é a rainha em falar merdas e terceiro: Está tudo bem? — Franzi o cenho preocupada e ela me encarou com os olhos marejados, desta vez. — Vero... 

— Lauren, eu preciso te contar uma coisa... 

— Que coisa, idiota? Fala logo! — Me exaltei e encarei seu rosto, observando que ele ia ficando cada vez mais vermelho e mais vermelho, até que a mulher explodiu de rir outra vez, me deixando completamente fula. — Porra cara, você não fez isso. Veronica, vai se foder eternamente sua... nunca mais faça isso. 

— ... Você-precisava-ver-a-sua-reação... — Disse gargalhando ainda mais e pausando em cada palavra, buscando por ar. 

— Iglesias, você chorou! Eu realmente me preocupei caralho. 

— Te confesso que estou há um tempinho ensaiando esse número — Falou com as mãos na barriga, ainda ansiando por oxigênio — todo o esforço dos meus dias não foi em vão, bom saber... 

— E você fala isso como se fosse uma artista de circo, conseguindo completar seu "número" pela primeira vez? Como se fosse não, uma palhaça você já é. 

— Ai Lauren, foi mal, mas eu precisava rir. Estou a muito tempo sozinha aqui desde que cheguei. — Disse se recompondo e voltou a me encarar um pouco normal. — Aliás, cadê o Harold? 

Essa era a pergunta que eu sempre me fazia desde que ele havia deixado aquele mesmo apartamento, depois da nossa "pequena" discussão. 

Eu não sabia de Harry, essa era a realidade. Não havia visto nem nos ensaios, não havia recebido mais nenhuma ligação do menino e nem se quer o encontrava de repente na casa de Veronica ou de Normani, como eu havia rezado todos os dias para que acontecesse. O que eu mais queria era que ele voltasse a falar comigo e abrisse os olhos, quanto a Louis. Queria que ele entendesse que eu só queria o seu bem, não a sua infelicidade pondo-o contra Tomlinson. Queria que entendesse que o único que o afasta de Louis, é o próprio Louis com suas atitudes bestas e infantis. Aquilo fazia-o progredir cada vez menos, trazendo seus problemas de relacionamento para a sua vida profissional e afetando cada vez mais sua relação com as pessoas que queriam o seu bem, como eu. 

E aquilo era o que mais me chateava: Descontar suas frustrações emocionais em quem não tinha nada a ver com o assunto. 

— Sapatão, você está me ouvindo? 

— O que tem o Harry? — Cocei a cabeça e levantei-me indo até o quarto, que antes era meu. 

— Vocês discutiram outra vez, é isso? — Perguntou e eu concordei — Vocês são impossíveis, parecem aquelas crianças pequenas e encatarradas brigando por um pirulito... 

— Nunca gostei de pirulitos, não é atoa que gosto de menininhas. — Ri tirando uma das caixas da prateleira alta do closet. 

— Ah você entendeu. 

Ouvi a porta sendo aberta, mas não me dei o trabalho de me virar para ver quem era. 

— Ai está você, procurei pela casa toda... — A voz de Harry soou e eu virei em um movimento rápido, encarando o garoto e Normani atrás do mesmo. — Ah. 

— Vero, vem pra cá, preciso falar com você a sós. — A morena puxou o braço de Vero que fechou a porta em seguida, nos deixando sozinhos. 

A melhor parte de uma briga era a reconciliação, definitivamente, mas eu nunca me acostumaria com a sensação desagradável e o medo de retomar as pazes com alguém. Eu queria muito voltar a falar com o meu meu melhor amigo, mas o pouco de orgulho que ainda me restava me impedia de tomar qualquer iniciativa por conta própria. 

Respirei fundo e voltei minha atenção para as caixas e ouvi sua voz murmurar um palavrão baixo, antes de se pronunciar com a voz serena. 

— Laur? Por favor, me desculpa? 

Parei por um instante e engoli em seco, mantendo minha postura, com a caixa nas mãos. 

Harry tomando a iniciativa de se desculpar? Vai chover. 

— Eu não deveria ter dito aquelas coisas horriveis para você, você sabe que eu te amo, você é a minha melhor amiga. Estou sentindo a sua falta e você estava totalmente certa em tudo o que disse sobre o Louis. — Seus olhos marejaram, mas ele não deixou que uma lágrima sequer rolasse. — Eu já terminei tudo com ele, ele me magoou novamente com a história da Danielle... Ai, me perdoa, vai?! 

Coloquei o objeto no chão e me aproximei de Styles, o abraçando sem dizer nada, apenas para certificá-lo de que sempre esteve tudo bem e de que agora em diante iria ficar melhor. 

— Eu sei que você não queria ter dito aquelas palavras, falou por falar, está arrependido, isso não vai se repetir e blá blá blá. — Sorri me afastando e olhando em seus olhos. — Eu sempre vou estar aqui para você, curly. 

— Você é a melhor amiga e irmã do mundo, Laur. — Se aproximou de mim para me abraçar novamente e eu recusei, lhe dando um forte tapa no ombro. 

— Toma vergonha, seja homem e me ajude a por essas caixas no carro, ande. 

— Você continua uma grande exploradora de pessoas frágeis. — Revirou os olhos e pegou uma das caixas do chão. 

— Considere isso como um sim ao seu pedido de desculpas. — Eu disse, colocando uma segunda caixa em cima da primeira que ele segurava — segura mais uma — coloquei a terceira — E mais outra — Terminei com a quarta. 

— Isso está pesado, sua anta. 

— Ah é? Toma aí uma quinta por isso. — Coloquei mais outra e gargalhei, ouvindo-o xingar baixo. 



Harry havia me ajudado a por as caixas no carro, enquanto Vero fazia piadas do tipo " Cuidado com a estrada, pode ser que um tanque de guerra te atropele novamente", fazendo Normani rir. Qual era o problema daquela garota? Só sabia rir e concordar com as opiniões de Vero. 

Despedi-me dos meus melhores amigos — e Dereck — e entrei no carro, ligando-o em seguida e dando partida, voando pelas ruas silenciosas de New York. Antes de pegar a rota definitiva de onde eu morava, avistei um estabelecimento, provavelmente recém inaugurado, e estacionei o carro em uma calçada qualquer mesmo, já que eu não iria demorar nem cinco minutos. 

Acionei o alarme e coloquei meus óculos escuros, meu fiel disfarce contra os paparazzis, mas não adiantava lá grandes coisas, um exemplo era a quantidade de câmeras e fãs que haviam surgido no lugar no mesmo momento em que dei os meus primeiros passos. Andei de pressa, praticamente correndo para dentro do estabelecimento, a fim de pedir ajuda para um dos funcionários para que me escondessem até que o movimento diminuísse. 

Não percebi quando me choquei contra alguém e me virei prontamente para me desculpar, ouvindo sua prancheta cair no chão junto a uma caneta. 

— Perdão, por favor moça... — Parei por um segundo e a observei a garota abaixar para pegar os objetos. Eu já tinha me familiarizado tanto com aquela maravilha que ela tinha atrás que eu a reconheceria a quilômetros.


Notas Finais


Eee aiii ? Como estamooooos ???


=D



~RGBS


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