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História The Key - Stranger Things - Capítulo 14


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


Bom gente, como vocês já devem saber, este é o penúltimo capítulo. O 15 vai demorar um pouco pra sair porque eu quero já ter o capítulo 1 da minha próxima fanfic pronto (vou postá-la ao mesmo tempo) Espero ver vocês por lá também, desde já muito obrigada por tudo e boa leitura à todos.

Não tive tempo de revisar, então ignorem as palavras estranhas ou os erros que acharem(se possível me avisem)

Sugestão de músicas para o acompanhamento do capítulo: Fly On, ou Always in my head, ambas do Coldplay.

Capítulo 14 - Capítulo 14


Eleven levou uma pequena porção de bolo até sua boca. Estava fascinada por todos os doces que haviam feito para sua festa.

Observava seus convidados, buscando gravar o rosto de cada um em sua mente, queria guardar tudo aquilo em sua memória para sempre, assim talvez, as lembranças dos maus tratos de seu pai, fossem substituídas.

Mike brincava com os balões junto à sua irmã Holly e os meninos.

A imagem do que acontecera mais cedo entre ela e Mike veio em sua mente. Ela beijou sua bochecha, por algum motivo estava inquieta em relação à isso, não entendia o porque e não tinha a mínima vontade de tentar explicar para alguém. Gostava de gravar cada detalhe dos seus movimentos, do mais simples ao mais destrambelhado, olhares, sorrisos e até o jeito que ele falava com ela.

Se por ventura acabasse voltado para o mundo invertido algum dia, teria mais lembranças dele para acalmá-la.

Joyce aproximou-se da garota, tinha um bonito sorriso nos lábios. Lembrava-se de não ter tido oportunidade de ter ido ver a menina, aproveitaria o momento para isso, além de tentar explicar para Eleven, o que para muitos já estava mais do que óbvio e que provavelmente, ela ainda não notara.

- Estava observando você. Vejo como olha para ele - Joyce suspirou admirada. Amores juvenis, eram tão adoráveis.

- Como?

- Sabe o que é amor? - Eleven balançou sua cabeca negativamente - Irei te falar algumas coisas e se você notar que se encaixa com alguém, é um grande indício de que você ama essa pessoa. Posso começar? - Eleven assentiu deixando o prato e os doces que segurava de lado.

- Amor é quando você sente que pertence à uma pessoa, não como propriedade e sim como se completassem. As dores dessa pessoa, se refletem em você, quando ele está mal, você conseqüentemente fica também. Há o desejo de proteger a todo tempo, para que esse mundo feio não possa ferir essa pessoa.

- O que mais?

- Algo como querer ficar perto dessa pessoa a todo o tempo, como se nunca fosse o suficiente. E, bom, há os gestos também.

- Gestos?

- Ações que você expressa com seu corpo. Como apertos de mão, abraços, beijos e esse tipo de coisa - Eleven sorriu.

- Entendi. Eu acho que amo alguém.

- Acha? Isso é ótimo.

- O que devo fazer?

- Quando sentir que é o momento certo, conte à esse alguém.

- Certo - Joyce afagou os rasos cabelos da menina.







Não demorou muito para que a festa chegasse ao fim. O primeiro dia de Eleven, havia sido realmente maravilhoso.

Agora após o café, logo de manhã, foi comunicada que faria uma visita à Terry Ives, ou melhor dizendo, sua mãe. Não era como se a coisa toda fosse animadora, sentia-se receosa com tudo que poderia vir a acontecer. Para sua sorte, Mike iria acompanha-lá, juntamente com Hopper, o que a deixava um pouco mais tranquila, mesmo que minimamente.

- Está bonita - Mike sorriu. Observando-a de cima para baixo, vermelho.

Ela vestia um lindo vestido rendado de cor vinho com alguns detalhes na cor preta e em rosa claro. Vestia bem em seu corpo, quase como uma luva.

- Obrigada.

- Como se sente?

- Não sei - Ela suspirou.

- Hopper disse que ela se chama Terry. Você tem uma família El, pelo menos uma mãe sim - Eleven permaneceu em silêncio, o observando - Estava pensando,  seria uma loucura caso ela quisesse te adotar, certo? Você moraria longe.

- Mike.

- Sim?

- Não quero ir.

- Conhecer sua mãe? - Eleven assentiu - Mas por que?

- Medo.

- Que ela leve você?

- Sim.

- Não leve tudo que lhe digo a sério - Ele tentou sorrir - Se ela fosse capaz de te adotar, Hopper não teria adotado. Não se preocupe, ok?

El se sentou, ainda com os olhos fixos no garoto, ele usava seu típico casaco verde, calça jeans azul e seu tênis comum. Era essa uma das outras coisas que gostava em observar nele, podia usar a mesma roupa todo dia, e ela sempre o acharia uma graça, como se ele estivesse a usando pela primeira vez.
Mike sentou-se ao lado dela, tomando sua mão para ele.

- Não se esqueça, estarei lá com você, todo momento.

- Obrigada - Tentou sorrir.

- El.

- Sim?

- Preciso que me prometa algo.

- O que?

- Acontessa o que acontecer, evite usar seus poderes o máximo que conseguir. Ainda mais agora que está fraca desse jeito - Ela o encarou confusa.

- Ok.

- É melhor irmos atrás de Hopper ou vamos nos atrasar - Ele levantou-se, estendendo-lhe a mão.

De mãos dadas com Mike, Eleven caminhou até a sala, onde Hopper os aguardava.

- Estão prontos?

- Sim - Disse Mike. Eleven apenas deu de ombros.

- Não se sente confortável? - Hopper questionou a El.

- Não sei.

- Não precisa se preocupar, não há nada demais - El permaneceu em silêncio.

Logo os três estavam enfiado dentro do automóvel de Hopper, seguindo para a casa de Terry. Pelo tempo que estavam lá, a casa realmente era longe. Mike passou a observar a mão de Eleven, a mesma mão que até pouco tempo então estava em processo de mutação. Agora sua mão já estava normal, um pouco pálida, mas normal. Ainda olhando para sua mão, Mike escorregou seus dedos para dentro dela. Eleven encarou suas mãos entrelaçadas. Ela levou a mão de Mike ate seus lábios, dando beijos suaves em cada um de seus 10 dedos.

- A cada dia que passa, você se torna ainda mais surpreendente - Ele sorriu, tentando disfarçar a vermelhidão de sua face. O olhar de Hopper observando-os, o deixava ainda mais tenso.

- Surpre...?

- Surpreendente. É algo ou alguém que te deixa surpreso sabe, quando faz algo que você não esperava que fosse acontecer.

- Entendi.

- Por que vem fazendo essas coisas ultimamente? Ontem, hoje... - Na verdade, Mike já sabia a resposta, mas precisava ouvir aquilo dela, caso contrário, não seria a mesma coisa.

- Não gosta? - Ela arqueou ambas as sobrancelhas, questionadora.

- Não disse que não gosto - Ele tentou sorrir, estava estranhamente nervoso - Você sabe, eu já lhe disse que gosto de você.

- Chegamos - Hopper anunciou cortando a fala de Eleven. Por um momento ela o olhou desapontada mas não tão tanto quanto Mike.

Eleven olhou a fachada da casa pela janela do carro. Não teve um dos melhores sentimentos pelo local, Mike pareceu notar.

- Não é tão ruim - Sorriu.

Hopper caminhava logo a frente, batendo algumas vezes contra a porta. A mesma mulher que o atendera anteriormente o atendeu. Por um momento ele teve a impressao de vê-la xingar baixo.

- Você de novo?

- Terry está?

- Na mesma situação de sempre - Ela bufou baixo, quase num suspiro.

- Preciso mostrar alguém para ela.

- Vou te dar 20 minutos. É o tempo que temos - Hopper até pensou em questioná-la do porque dela estabeler um limite de tempo, mas nem mesmo Eleven estava animada com aquela ideia, o melhor seria que a conversa fosse bem rápida mesmo.

O delegado virou-se para as crianças, gesticulando para que o seguissem, e foi o que fizeram. Ao ver o rosto da mulher a porta, Eleven parou, as duas se entreolharam num tipo de estranhamento.

- Tudo bem? - Mike perguntou sussurrando em seu ouvido. Ao ver que não obteve nenhuma resposta, puxou-a pelo pulso. Hopper observou a tudo, também questionando o que acabara de acontecer.

- Quem é essa garota?

- Jane - Hopper respondeu.

- Está maluco? - A mulher estava numa mistura de algo que parecia ser pavor e incerteza.

- Pode me explicar o que está acontecendo? Por que a presença dela, a incomoda? É sua sobrinha.

- Essa garota... não é minha sobrinha.

- E por que?

- Minha sobrinha está morta!

- Está enganada.

- Não, não estou - Ela elevou seu tom de voz, quase gritando.

- Ela foi levada pelo Brenner.

- Oh, essa história tosca não, por favor.

- É a mais pura verdade.

- Essa ladainha de Eleven foi levada pelo Dr. Brenner é uma auto defesa de Terry, isso não existe.

- Como sabe que o nome dela é Eleven? - Hopper a encarava de forma cortante, enquanto ela olhava a todos, atordoada.

- Eu... é...

- Se eu fosse você, falaria a verdade - Ela suspirou - Crianças, vão ver Terry, irei conversar um pouco com Becky - Mike assentiu, conduzindo El pela mão, retirando-a da sala.

- Comece.

- Foi eu quem pegou o bebê, que entreguei à Brenner.

- O que recebeu em troca?

- Dinheiro, o que mais ele poderia me dar? Tudo estava indo de água a baixo quando Terry resolveu denuncia-lo, ela estava começando a se lembrar que eu tinha sido a última a entrar no quarto quando a criança nasceu.

- E o que você fez? - Ela permaneceu em silêncio -

-  O que você fez? - Ele engrossou sua voz, tornando-a ainda mais amedrontadora.

- Venho sido paga para dopa-la, há praticamente 13 anos. Não tinha muita escolha, sou a única família de Terry, ou a dopava ou a matavam. No início, eu até ia ver a garota, claro, quando ela estava dormindo ou tão cansada a ponto te não lembrar nem o próprio nome, com o tempo, cortei esse laço.

- Como teve coragem de dopar sua própria irmã?

- Eu precisava de dinheiro, como acha que mantemos essa casa? Terry não tem nem condições de trabalhar e eu tenho de ficar perto dela, além do mais, não tive escolha - Hopper ficou em silêncio, a observando enquanto pensava.
Aquilo era demais para ele. Sabia que Becky não o queria em sua casa desde o início, mas aquela situação, era demais até mesmo para ele.

- O que vai fazer? Me prender?

- Mesmo que seja o certo a se fazer, não posso. Como você mesma disse, ela não tem mais ninguém - Becky ainda o encarava com certa indiferença, no entanto já era tarde demais para tentar corrigir seu erro, e ela tinha ciência disso.







- Acho que essa é sua mãe - Mike observou a figura feminina, paralisada sobre o sofá. Ela olhava para a TV, no entanto o aparelho estava desligado.

Eleven aproximou-se dela, ficando a sua frente. Havia pensado que seria algo bem mais emocionante, no entanto era como se estivesse na frente de uma repleta estranha.

- Oi - Eleven disse, porém a única coisa que a mulher fazia era encará-la.

- Hopper disse que isso é normal, ela não falar - Mike explicou - Tente sei lá, dizer seu nome.

- Eleven - Disse a mulher, mas nada surtia efeito.

- Não esse, o outro.

- Não.

- Eu entendo que não goste dele, mas é seu nome - Ele aproximou-se das duas, ficando ao lado de El - Eu o acho bonito. Jane.

- E Eleven?

- Todos os seus nomes são lindos - Sorriu acanhado. Mesmo naqueles tipos de situação, Mike continuava uma verdadeira gracinha - Vamos lá, apenas tente, ok? - Ela assentiu, virando-se novamente para a Terry.

- Jane, me chamo Jane - A mulher ainda a observava, no entanto seus dedos balançavam um contra o outro.

- Acho que está tentando fazer algo - Disse ele. A mão de Terry seguiu até a de Mike tocando-a de forma suave. Ele a encarou assustado, ela parecia ter lagrimas em seus olhos.

- Precisa de ajuda? - Mike perguntou tentando focar-se em Terry - Eu posso chamar Hopper, se quiser.

A mão de Terry agarrou a dele, num aperto fraco. Com movimentos sutis levou sua mão até a de El, fazendo com que ambas se chocassem. Os três encararam as próprias mãos, só Deus tinha ideia do que passava na cabeça de cada um naquele momento.

- Obrigada - Eleven disse suavamente. Mike não conseguia entender o que El quis dizer e o porque de estar agradecendo, porém não questionou, pelo menos até o momento em que viu sangue escorrer de seu nariz.

Ele a puxou pela mão ate o canto do quarto.

- O que você fez? Você me prometeu que não usaria mais os seus problemas.

- Mike

- Sim - Disse um pouco ríspido, estava levemente irritado.

- Ela falou comigo. Por aqui - Eleven apontou para sua própria cabeça, usando seu indicador.

- Falou com você? - El assentiu - E o que ela te disse?

- "Eu te amo" - Ambos encararam a Terry. Agora dormia, pegara no sono muito rapidamente.

- El.

- Sim?

- Era por isso, que eu via a sombra, não é? Você compartilhou isso com minha mente, igual acabou de fazer com sua mãe.

- Sim.

A volta para casa, havia sido tranquila. Não tinha sido "a visita dos sonhso" no entanto, pare Eleven havia tido seu grau de importância. Hopper ainda processava as informações que recebera. Nunca que ia imaginar, Becky trabalhando para o governo, e mais, dopando a própria irmã. Era de certa forma um pouco triste.

Tinha total ciência de que aquela seria provavelmente, a última vez que as veriam. Becky não confiava nem um pouco nele, e agora que fora descoberta, não pensaria duas vezes antes de fugir.

Depois de deixar Mike em casa e passar um tempo conversando com os pais de Wheeler, Hopper levou Eleven finalmente para casa. Era um pouco tarde, passava mais tempo do que imaginara papeando sobre como estava sendo cuidar de El, de como ela era, etc, essas coisas que pais gostam de saber sobre suas futuras noras.

Karen havia perguntado para ele o que pensava sobre o pequeno envolvimento dos dois. Hopper apenas disse que apoiava e que preferia não interferir. Gostava do garoto, além do que, era extremamente visível que os dois gostavam um do outro, seria maldade tentar atrapalha-los. Eleven era de certa forma, dependente dele, assim como ele era dela. O típico de laço, que doeria mais longe do que perto.

Ele acordou com risadas vindas da sala, pertenciam a Eleven. Olhou para o seu relógio de pulso. Marcavam 2:45 da madrugada.

Preocupado, ajeitou os seus poucos fios de cabelo, caminhando até a sala de estar. Ela olhava sorrindo para o nada, seus olhos fechavam pausadamente, quase no mesmo ritmo de sua respiração.

- Com quem está falando? - Ele aproximou-se dela, sentando ao seu lado.

- Com Mike.

- Ele está ai? - Ela assentiu.

A primeira coisa que Hopper fez, foi posicionar uma de suas mãos contra a testa da garota, afim de medir sua temperatura. Ardia em febre.

- Vou lhe dar algo para beber e depois irá se deitar, tudo bem?

- Mas e o Mike?

- Oh, é verdade, ele dormirá na sala.

Ele agora entendia o que estava acontecendo. Mesmo se passando um tempo desde que nenhum efeito catedral dos medicamentos se manifestou, hoje sua febre alta estava atacando, a ponto de fazê-la ter alucinações.

Caminhou até a cozinha, procurando por um de seus remédios na caixa de primeiros socorros, ao encontrar, levou-o até a menina.

- Não tem um gosto muito bom, mas irá fazer você melhorar.

- Melhorar?

- Sim, qualquer coisa, Mike beberá também - Ela abriu sua boca, esperando que Hopper lhe médicas se com uma espécie de aviãozinho. Ao beber, ela esboçou uma careta amarga.

- Agora vou lhe por na cama, ok? - Ela assentiu.

Após acomodá-la na cama, o delegado sentou-se ao seu lado, observando-a, enquanto lhe fazia cafuné em seus poucos fios de cabelo.

- Está gostando daqui?

- Sim.

- Eu também, sabia? Fico muito feliz por ter você por perto - Ela sorriu, fechando seus olhos lentamente, pegando no sono aos poucos.

Hopper permaneceu ao lado dela, até sentir que sua febre havia abaixado, após isso, caminhou até seu quarto, onde deitou-se e dormiu também.



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