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História The Key - Stranger Things - Capítulo 08


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


Yep eu consegui terminar o capítulo 8 bem rápido *^*
Este esta um pouco maior do que os dois últimos que postei o/

No fim da tarde irei tentar revisar todos os capítulos então, depois se virem algo diferente, não se assustem :v

Capítulo 8 - Capítulo 08


- Como ela está? - Perguntou Hopper.

- Ainda está dormindo. - O homem respondeu.

- O que pretendem fazer para melhorar o estado dela? Está toda ferida e há também o problema em sua mão. - Disse Clarke.

- Ela ficará sob observação. Temos alguns homens no laboratório pesquisando sobre o que é aquilo e buscando um modo rápido e eficiente para fazê-la voltar ao normal.

- Quanto tempo isso vai levar? - Hopper arqueou uma de suas sobrancelhas.

- Aproximadamente 12 horas. Até lá, ela ficará tomando medicamentos através de alguns tubos.

- E esses medicamentos são pra...?

- Conter a mutação, ativar as células responsáveis pela pele para que se regenere, esse tipo de coisa.

- Quanto tempo ela vai ficar aqui?

- Até estar totalmente saudável, de 2 à 3 meses.

- Tudo isso?

- Acredite, isso ainda é rápido vendo a real situação dessa menina - Hopper suspirou.

- É muito tempo.

- Pode tentar levá-la até um hospital comum se quiser, o tempo em que ela permanecerá por lá será triplicado. Ao invés de 3 será 6. - Hopper bufou contrariado.

Dustin e Lucas estavam sentados um pouco mais atrás. Comiam alguns pães doces que Clarke comprara para eles poderem tomar café.

- El está acabada - Disse Dustin ignorando o fato de estar com a boca cheia.

- Sim, cheia de feridas, quase nem parece com ela - Lucas falou.

- O que acha que Mike pensa à respeito?

- Não faço a mínima ideia.









Eleven acordou conectada à tubos e cabos em seu antigo quarto. Estava prestes a gritar para chamar por socorro, mas acabara por notar Mike sentado à uma cadeira no pé da cama com seu corpo sobre os seus pés. Estava dormindo.

Ela olhou para os lados, verificando se encontrava alguma câmera, seu pai ou até mesmo a sombra que prometera lhe seguir para onde quer que fosse. Vendo que não havia sinal de nenhum dos três, tentou sentar-se. Mesmo estando com fios plugados a si, puxou seus pés lentamente para não acordar à Mike, aproximando seu rosto ao dele, observando-o de perto.

Olhou novamente a sua volta, para garantir que estava realmente segura.

Usou seu dedo indicador para tocar um ponto fixo de forma suave, o lábio inferior de Mike. Estava intrigada, lembrara-se da noite em que foi sugada para o mundo invertido. Naquele dia mais cedo, Mike havia lhe dado um beijo. Ela não entendia muito de beijos, só sabia que se chamavam assim por conta de uma curta explicação que lhe deram anteriormente. Lembrava que de primeira havia achado a coisa toda muito nojenta mas não sentiu nenhuma repulsa quando Mike a beijou, pelo contrário, havia gostado.

Mike abriu os olhos, fazendo com que ela se encolhesse instintivamente, assustanda.

- O que está fazendo El? - Disse sonolento, ainda deitado.

- Nada.

- Tem certeza que não era nada? - Ela assentiu - Hm, está com fome?

- Sim.

- Vou procurar alguma coisa pra você comer, com sorte acho waffles. Pode esperar um pouco? - Eleven assentiu enquanto o assistia levantar-se pausadamente, bocejando. Ele sorriu para ela antes de ir, como se fosse um até logo.

Eleven se pôs a observar seu antigo quarto com atenção. O desenho que fizera de quando seu pai mandara matar um gato, ainda estava preso à parede, logo atrás de si.

Um arrepio frio subiu por sua espinha, deixando-a tensa.

- Ainda não esqueci de você. - El passou a olhar para os lados assustada, procurando quem estava falando com ela.

- Sabe que no fundo, essa não é você. Tem que se libertar - Ao comprovar que estava realmente sozinha, iniciou uma série de gritos agudos.

Vários homens armados entraram apressados no quarto, inclusive Clarke, Hopper e as crianças. Mike abriu caminho entre eles correndo até ela.

- O que aconteceu? Está tudo bem? - Ele se inclinou para ela, exugando suas lágrimas.

Todos no quarto estavam desconcertados, naquele quarto não havia janela, era impossível alguém ter entrado.

- Foi a sombra de novo? - Mike perguntou, preocupado. Eleven assentiu -  Te machucou?

- Falando.

- O que essa sombra te disse? - Clarke se aproximou da menina, agachando-se para ficar à sua altura. Eleven olhou-o, chorando.

- Pode confiar nele El. - Disse Mike, tentado tranquilizá-la.

- Sozinha, matar - Eleven reprimiu um soluço.

- Disse que ia matar você? - Ela balançou a cabeça negativamente, apontou para si mesa e em seguida, com os dedos, simbolizou uma arma, apontou-a para Mike seguindo para o professor.

- Tenho que conversar com você - Clarke virou-se para um dos homens responsáveis por cuidar de Eleven. O homem assentiu.

- Vamos - Hopper anunciou chamando a atenção de todos para que deixassem o quarto.

Ao se verem fora do local, Clarke começou:

- As toxinas alteraram os sentidos dessa garota, está abalada mentalmente.

- Como assim professor? - Dustin perguntou.

- Essa sombra que ela diz estar perseguindo ela, é seu sub-consciente. É como se um espírito negativo estivesse tentando tirar sua inocência, transformando-a numa pessoa ruim.

- Não consegui entender ainda - Lucas deu um meio sorriso.

- Quando uma pessoa vira um monstro, não é de uma hora pra outra. A mudança acontece primeiro por dentro, um monstro poderia ainda ser um monstro mas se em sua mente, ele fosse uma pessoa boa, apenas aparentaria ser um. No caso dessa garota, o que essa suposta sombra está fazendo é isso. Está tentando convencer a menina de que ela é alguém ruim e que sua única saída e viver sozinha e matando para se alimentar.

- Parece com os desenhos animados quando aparecem o anjo bom e o ruim, certo? - Dustin perguntou, fazendo todos o olharem, ele continuou: - Como se em um lado tivesse a El boa, e a El ruim.

- É basicamente isso - Clarke sorriu.

- O que podemos fazer? - Disse Hopper.

- Precisamos de um psicólogo pra tentar convencê-la de que é tudo vindo de sua mente, que não é real.

- Isso vai ser complicado - Lucas sorriu.

- Por que?

- Eleven é muito reservada. Mal sabe se comunicar, e mesmo assim ela não fala abertamente com ninguém.

- Até fala, mas com o Mike. - Dustin o corrigiu.

- Falando nele, se a sombra é o consciente de El, como Mike pode ver a sombra? - Perguntou Lucas.

- Boa pergunta - Disse Hopper - Tem alguma ideia do porque, Clarke?

- Até o momento não mas irei pensar sobre isso em um outro momento.









- Está mais calma? - Mike tentou sorrir.

- Sim.

- Eu sei que você não vai me matar. Como disse antes, ignore o que essa sombra dizer pra você, ok? - Eleven assentiu - Sei que é assustador pra você se imaginar fazendo as coisas que essa coisa diz que você irá fazer mas não precisa ter medo.

- Certo.

El ainda estava encolhida sobre sua cama, apesar de haver muitos fios e tubos plugados à ela, não chegava a ser um problema em relação a se movimentar.

Mike notara que apesar de tudo, Eleven evitava olhar ou mexer sua mão direita, a mão esverdeada e gosmenta. Pigarreou buscando mudar de assunto.

- Não tive tempo para achar algo para você comer porque assim que ouvi você gritar, corri de volta para cá - Ele levantou-se calmamente - Agora sim irei buscar algo para você se alimentar, tudo bem?

- Não - Eleven puxou-o pela mão, impedindo sua saída.

- Não vou demorar, prometo. - Ele tentou sorrir.

- Não.

- Não quer ficar sozinha? - Ela assentiu. No fim ele a entendia, ainda estava assustada - Vou ver se há alguém no corredor para pedir que te traga algo, pode ser?

- Sim.

Mike balançou sua cabeça em corcodância observando-a soltar sua mão. Após isso, caminhou até a porta procurando por alguém.

Havia um homem passando com alguns equipamentos em mãos, estava entretido no que fazia.

- Ei, o senhor pode me ajudar? - Disse Mike tentando chamar a atenção do homem.

- O que quer? - Perguntou soando um pouco seco.

- Pode trazer algo para ela comer? - Gesticulou para o quarto.

- Não pode ir pegar você mesmo?

- Ela não quer ficar sozinha. Por favor, é só trazer algumas coisas - O homem bufou, quase num suspiro.

- Ok. Já irei guardar isso aqui e trarei a comida. - Mike sorriu.

- Obrigado - O homem apenas dera de ombros e se foi.

Mike voltou para o quarto, sentando-se novamente ao lado de El.

- Pronto, ele foi buscar - Ela sorriu.

- Obrigada.

- Logo-logo, você estará curada e vamos voltar para o porão. Quem sabe minha mãe consegue te matricular na mesma escola que estudo? Vai ser divertido.

- Não quero ir para a escola.

- Por que não?

- Pessoas me olham diferente.

- É normal que isso aconteça. Até comigo que estudo desde cedo lá passo por olhares de indiferença.

- Verdade?

- Sim, ser um nerd como eles dizem, é difícil. Até de cara de sapo eles me chamam - Ela riu - É engraçado?

- Sim.

-  Acha que pareço um sapo?

- Não - Sorriu.

- Que bom - Ele também sorriu.











Hopper entrou no quarto procurando por Joyce. Tanto ela quanto Will estavam dormindo.

Aproximou-se de Joyce, tocando seu ombro suavemente na intenção de acordá-lá.

- Hop? - Ela bocejou, feliz por saber que ele estava de volta.

- Como foi?

- No diagnóstico dizia que Will tinha uma espécie de verme dentro dele, e esse bicho estava colocando ovos em seu organismo - Hopper a encarou enojado.

- E conseguiram dar um jeito?

- Sim, tiveram de operar.

- Operar?

- Foram quase 5 horas de cirurgia, quer dizer, 5 horas de agonia.

- Como assim?

- Não permitiram minha entrada na sala de operação, só vieram me dar notícias depois que tudo acabou.

- Os funcionários daqui são bem difíceis de aturar mesmo - Ele suspirou.

- Difíceis? São insuportáveis. A única coisa de bom, foi que pelo menos ajudaram o meu filho.

- Então deu tudo certo?

- Aparentemente ocorreu tudo bem sim. Até agora ele não vomitou nada. Está recebendo medicamentos através daqueles tubos para exterminar qualquer rastro que tenha ficado do inseto, o problema é que esses remédios o deixam sonolento.

- Me perdoe por não estar aqui com você no momento da operação.

- Oh, não precisa pedir perdão - Ela sorriu - Falando nisso, encontraram a garota?

- Sim.

- Como ela está?

- Toda machucada, sua mão sofreu mutação e para completar parece que adquiriu um trauma também.

- Trauma?

- Diz estar ouvindo uma voz, que a manda matar, esse tipo de coisa. Está muito assustada.

- É normal que esteja. Irei tirar um tempo para vê-la em breve.

- Pode ser uma boa, no incidente com o Will ela pareceu gostar de você.

- É uma boa garota. - Sorriu.

- Fico realmente aliviado em termos conseguido trazê-la de volta evitando uma catástrofe temporal.

- Não precisa mentir pra mim, Hop. Tinha algo mais além de evitar uma tragédia, não tinha? - Hopper suspirou.

- Até tinha, mas é algo que prefiro não comentar.

- Tudo bem - Ela sorriu - Pretende levá-lá para ver Terry?

- Posso até levá-la porém do jeito que Terry está, é impossível que lhe dêem a guarda da menina.

- Mas há a tia também.

- Não seja ingênua Joyce. Aquela mulher estava a ponto de nos expulsar naquele dia, duvido muito que queira cuidar da garota, ainda mais ela estando daquela forma.

- O que fazemos então?

- Vamos esperar que ela se recupere primeiro, cada coisa ao seu tempo.

- Tudo bem.










Jonathan arqueou sua sobrancelha ao encontrar Nancy sentada na entrada de sua casa. A garota estava atordoada.

- Que bom que você chegou - Ela sorriu.

- Hm, você tem ideia de que isso é realmente muito estranho, não é? - Ele desceu de seu carro, a encarando.

- É, eu sei.

- Então...?

- Meio que discuti com Steve.

- Você veio até aqui para me falar sobre sua D.R com Steve? - Perguntou descrente.

- Não tenho mais com quem conversar. Me sinto cada vez mais sozinha.

- Com o tempo você se acostuma.

- Como pode dizer isso? É meio impossível alguém se acostumar com uma situação dessas.

- Nancy, eu vivi minha vida sozinho. As únicas pessoas que tenho são minha mãe e Will. Não se queixe tanto, sei o quão difícil está sendo superar a perda de Barb, no entanto dramatizar a sua vida não trará ela de volta.

- Foi uma perda de tempo ter vindo aqui - Ela se levantou pegando sua bolsa em mãos, pronta para partir.

- Está vendo? Está fugindo, você sempre acaba fugindo. Por que não tenta terminar as discussões quando dá início à elas?

- Não estou fugindo!

- Então o que está fazendo?

- Ao contrário de você ou do Steve, eu evito piorar toda a situação para não me magoar e magoar, outras pessoas. Como agora, estamos discutindo!

- Não estamos discutindo, estamos conversando.

- Isso é uma conversa para você?

- À partir do momento em que um está respondendo o outro sim. - Nancy bufou - Agora, me diga, o que realmente veio fazer aqui. Você não viria até aqui, simplesmente me dizer que teve uma D.R com Steve.

- Eu gosto de conversar com você, apesar de você ser um grosso - Revirou os olhos -   Conversar com você é diferente, eu não sei dizer o porque.

- Isso foi inesperado.

- Foi uma baboseira, já estou arrependida de ter dito. - Jonathan sorriu.

- Se você diz...









Karen estava dormindo no sofá da sala, próxima ao telefone. Acordou com o barulho do aparelho.

- Alô?

- Boa noite senhora Wheeler, aqui quem fala é o Clarke. Professor de seu filho.

- Ele está bem?

- Sim, ocorreu tudo bem. Eu iria levá-lo de volta para casa mas ele disse que preferia passar o restante da noite ao lado da garota. Então para não deixa-lá preocupada, resolvi lhe notificar.

- Posso falar com ele?

- No momento ele já está dormindo, mas a senhora pode vir para cá buscá-lo amanhã.

- Tem certeza que meu filho está bem, correto?

- Absoluta, tomamos todos os cuidados para que ele não fosse infectado ou algo do tipo - Ele pode ouvi-la suspirar, aliviada.

- E a garota?

- Ficará internada em observação até estar totalmente saudável.

- Está ferida?

- É, ela chegou a conseguir alguns ferimentos em sua pele e um pequeno problema com a mão mas não chega a ser nada alarmante.

- Menos mal.

- Bom senhora, tenho que desligar.

- Fale ao Mike para tomar cuidado e que amanhã estarei ai.

- Pode deixar. Tenha uma boa noite.

- Igualmente.

Clarke virou-se para Hopper, lhe entregando o telefone.

- E então?

- Disse à ela que estava dormindo.

- Fez bem. Do jeito que Karen é, poderia resolver vir aqui a essa hora, verificar se ele realmente está aqui.










Depois de ter comido bastante, Eleven deitou-se, ouvindo algumas histórias que Mike lhe contava sobre a escola, como na vez em que os meninos e eles construíram um vulcão para a feira de ciências ou de como estavam ansiosos para a chegada do rádio-amador de professor Clarke.

Apesar de não gostar de pensar em frequentar uma escola, ele a fazia ter curiosidade em saber como seria se ela estudasse também.

- Mike.

- Sim?

- Ainda vamos para o baile da neve?

- Não sei, a escola suspendeu as aulas depois do ocorrido com o Demogorgon, então o baile ficou para o mês que vem, no entanto disseram que você só ficará boa em 3 meses.

- Entendi.

- Mas não se preocupe, farei de tudo pra cumprir minha promessa - Eleven sorriu - Que tal dormir um pouco? Você teve um dia cansativo.

- Certo - Ele puxou a coberta, a ajeitando nela.

- Boa noite, El.

- Boa noite, Mike.


Notas Finais


(!) Este capítulo foi atualizado (!)


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