História The Last Hope - Destiel - Capítulo 2

Point Of View – Sam

- Cara, isso foi apenas um sonho. – Eu não sabia se estava tentando tranquilizar o Dean ou a mim mesmo, a ideia de olhos amarelos me deixava nervoso.

- Eu não sei Sam, parecia muito real. – Dean olhou para seu celular e seu cérebro parecia repassar o sonho em sua mente pra ter certeza que não deixou passar nada.

- Aonde Cas disse que seguia os rastros dos demônios?

Dean subiu algumas mensagens na conversa com Cas e pareceu sorrir com o canto da boca.

- Illinois. Foi o último lugar que ele disse.

- Ainda acho que não é nada Dean. O que acha de caçarmos alguma coisa enquanto Cas não volta?

Dean não pareceu gostar da ideia de deixar Cas de lado, mas concordou     com a cabeça.

Point Of View – Dean

Cas não atendia meus telefonemas, não retornavam mensagens e não dava nenhum sinal de vida. Ele tinha certa mania de sumir do mapa mas não por tanto tempo. Já faziam 7 dias e alguma coisa continuava me incomodando.

- O que você acha?

Sam falava sem parar de um caso mas meus pensamentos estavam em outro lugar. Decidi focar no que tínhamos agora.

- Pode repetir?

- Acho que é mais um caso de bruxas. Aqui diz que uma mulher foi encontr...

Sam pulou no banco e em segundos ele já estava com a arma em punho. Não entendi o que Sam estava fazendo até olhar um vulto preto no banco de trás pelo retrovisor. Girei o volante do carro num movimento desesperado e o Impala começou a rodopiar na pista, parou poucos centímetros de bater num poste do lado esquerdo da estrada.

- Olá rapazes.

Sam abaixou a arma e encostou no banco, recuperando o fôlego.

- Qual é Crowley, não sabe ligar antes de aparecer?

- É bom ver você também esquilo.

- O que você tá fazendo aqui? – Sam guardou a arma e se virou pra olhar Crowley, enquanto eu manobrava o carro e voltava a seguir estrada.

- Eu pensei em passar apenas pra dar um oi para vocês.

Olhei pra trás e ri com ironia.

- Você já deu oi, pode ir embora agora.

- Oh, que grosseiro alce. Pensei que vocês gostariam de saber o que aconteceu com seu anjo doméstico.

Sam me olhou e o clima ficou tenso. Crowley não contaria algo assim de bom grado, pela experiência ele provavelmente iria querer algo em troca, e algo tão valioso quanto sua informação.

- O que você ganha contando isso pra gente?

Crowley ajeitou-se no banco e deu um sorrisinho malicioso.

- Os demônios disseram que temos uma nova companhia e ela não está muito feliz com vocês.

- Isso não é novidade, aonde você quer chegar?

- Alguns demônios estão se virando contra mim, apoiando o que eles chamam de “O novo rei do inferno “– Crowley imitou uma vozinha irritante. Isso é ruim para os negócios.

- E o que nós temos a ver com isso?

Crowley riu como se a resposta fosse óbvia.

- Ele está com Castiel.

- Ele quem? – Sam parecia nervoso com a ideia de olhos amarelos.

Crowley deu de ombros.

- Não sei quem ele é, meus demônios estão trabalhando nisso. A única informação que consegui é onde ele está.

Sam me olhou e meu sonho estava começando a fazer sentido. Olhei pra trás e fiz uma pergunta, torcendo para que a resposta não fosse a que eu imaginava.

-  E onde ele está?

- Illinois.

Um calafrio percorreu meu corpo e eu olhei para Sam. Então meu sonho era realmente verdade. Então Cas não tinha só dado uma volta. Então... Cas estava realmente sendo torturado...

Point Of View – Sam

Dean bruscamente entrou a primeira direita, fez o retorno e acelerou no caminho contrário. Crowley não estava mais no banco de trás mas a tensão continuava ali.

- O que faremos agora?

- Primeiro vamos até Illinois, depois vamos caçar esse filho da mãe que está com o Cas.

Dean mantinha-se firme no volante e nas palavras, o que só me dava mais certeza de que ele também estava bastante receoso com o que encontraríamos em Illinois. Não contamos do sonho para Crowley e nem voltamos a tocar no assunto, Dean parecia sofrer internamente e, infelizmente, silenciosamente. O restante da viagem foi assim, Dean focado na estrada e eu focado em não pensar em olhos amarelos.

Chegamos em Illinois pela madrugada e, antes mesmo de entrar na cidade, paramos em um posto de gasolina para reabastecer e comer alguma coisa. Dean ficou do lado de fora para abastecer e eu entrei na loja de conveniências, que estava deserta exceto por mim e o homem no caixa. Acenei com a cabeça quando entrei e fui até as prateleiras escolher algumas coisas. O homem me seguiu com o olhar até eu virar na primeira prateleira porque depois ele começou a me seguir pela loja. Por estar de madrugada achei que ele poderia estar apenas com medo de roubarmos ele ou coisa parecida, mas ele carregava um sorriso malicioso no rosto e estava cada vez mais perto. Dali eu via Dean escorado no Impala esperando o tanque encher.

- Posso ajudar?

Sorri para ele e coloquei a mão dentro do casaco, aonde estava minha faca.

- Não obrigado, estou bem

- Você vai precisar de ajuda.

- Desculpe?

O homem era menor que eu, devia ter uns 40 anos. Seus olhos ficaram negros e ele começou a rir.

- Eu só preciso segurar você aqui por mais 10 minutos.

Num movimento rápido derrubei algumas garrafas que estavam do meu lado esquerdo numa tentativa de chamar atenção de Dean, porque se ele precisava me segurar aqui por 10 minutos, era porque algo mais estava vindo. O homem se afastou quando as garrafas caíram e eu o esfaqueei na barriga.

Dean apareceu assustado e com a arma em punho.

- O que aconteceu aqui?

- Demônio. – Apontei para o corpo abaixo de mim.  Precisamos dar o fora daqui, agora!

Entramos no Impala e seguimos para o hotel mais próximo.

- Como assim eles sabem que estamos aqui? – Dean estava furioso.

Eu não sabia o que responder e estava exausto, então depois de proteger todo o quarto eu deitei na cama.

- Amanhã pensaremos no que fazer, é melhor você descansar.