7. Como acabar com um “encontro” e se divertir.
Cansado de ver seus amigos saindo com as namoradas/os namorados e te deixando sozinho ou, pior ainda, de vela? Quando isso acontece, tem vontade de matar esse seu “amigo”? Calma, não é para tanto, temos outras opções e uma delas será contada aqui. Caso queira saber do que estou falando, esse capitulo é para você. Continue a leitura e saberá como estragar aquele encontro que tem de tudo para ser perfeito. (N.K: É melhor eu ganhar aumento por essa propaganda ridícula.) (N.A: Cala a boca e continua.)
Bem, essa não é a palavra certa de jeito nenhum. Eu e a Lennox não nos demos nem um pouco bem. Não havia um dia em que não discutíamos ou tentávamos nos matar e, quando essa tal de Fernanda chegou, tudo piorou ainda mais. Se a garota de cabelos castanhos ficasse ali por muito tempo, a coisa iria ficar ainda pior. Pelo jeito, ela e minha irritante colega de quarto não se davam muito bem e, quando elas se trombavam no caminho, Lennox parecia o cão e isso é um elogio. Ótimo jeito de começar o ano, não? Ao invés de fogos de artifícios e as 108 balaiadas, tivemos uma garota furiosa. A história de começar o ano novo com o pé direito não deu muito certo esse ano. E, para ajudar, ainda tinha que resolver meus problemas com a capuz Esse ano promete, viu?
Abri meus olhos pela manhã. Depois de tudo o que estava acontecendo, finalmente estava conseguindo me controlar novamente. Nada mais de fantasmas rondando minha cabeça e entrando em meus sonhos, nada mais de descontrole emocional, mas algo ainda me incomodava: Dormir no sofá. É verdade que eu já dormi em lugares muito piores, como árvores e até mesmo o chão duro e gelado, e que o sofá também era bem macio, no entanto, o fato de ter uma garota irritadinha que já chegou se achando a dona de tudo, pegando o quarto só para ela e ainda achando ter prioridades com a cama, não me descia. Só que, não podia me meter em mais confusões ou teria que sair da casa e então, seria uma presa fácil, traduzindo, teria que me dar um pouco melhor com ela, começando pela cama.
Por mais que quisesse continuar deitado, acabei levantando. Como sempre, Lennox ainda estava dormindo. Está bem, eu sei que a diferença de fuso-horário é muito grande e demora para se acostumar, mas, além de já fazer uma semana, também não é normal dormir o dia inteiro. Como sou uma pessoa muito legal e as “regras” não dizem absolutamente nada que não se pode fazer isso, abri a cortina e o sol entrou no local, fazendo a garota se virar de um lado para o outro, colocar o travesseiro na cara, cobrir o rosto com a coberta, até, finalmente desistir e acordar. Eu acho que eles programaram esse quarto pensando que a pessoa iria gostar de acordar junto com o sol e os pássaros, pena que não sabiam como existem pessoas preguiçosas nesse mundo.
- Seu desgraçado! Você vai ver... Vou te torturar devagar, te matar ainda mais lentamente, te esfaquear e jogar em um rio. – Ameaçou enquanto atirava os travesseiros em minha direção.
- De onde veio tanta maldade para corromper seu coraçãozinho? Bom dia para você também.
- Só se for para você. – Resmungou. – Já que é assim, vou te infernizar para o resto do dia para aprender a lição.
- Se fizer isso, amanhã te acordo ainda mais cedo.
- “Como ele morreu?” – Lennox imitou a voz de alguém. – “Ah, o coitado foi brincar com o perigo e acordou uma garota muito cedo. Ela se irritou e bem... Coisas ruins aconteceram.” Não, isso daria muito trabalho, acho melhor escrever em sua lápide mesmo. “Morto por acordar garota perigosa.” O que acha?
- Hoje você está de muito bom humor se contar que te acordei... O que está acontecendo? – Perguntei desconfiado.
- Nada, só um dia bom. Agora, chega de se meter e vai logo escovar esses dentes que dá para sentir seu bafo daqui.
- Olha quem fala. – Revirei os olhos.
Enquanto estava no banheiro, ouvi uma voz feminina que não era de Lennox.
- Para quem se odeia tanto, vocês parecem se dar muito bem, nem parecem inimigos.
- Sabia que eu não odeio-o, não é? Se somos inimigos ou não, não sei. Mas, não nos odiamos... Talvez ele me odeie, mas eu não, mesmo que esse Kyoya tenha me irritado muito ao me chamar de cadela antes mesmo de me conhecer e eu também preciso continuar irritando-o, isso faz parte de quem sou, talvez por isso vocês tenham essa impressão tão errada. Na verdade, talvez ele seja meu novo Nathan.
Quem era Nathan? Nunca ouvi falar desse cara... Não que eu estivesse curioso nem nada, era só que... Elas estavam falando de mim, não estavam?
- Nathan? Acho melhor não. Essa não é uma boa ideia... – Com certeza era a voz de Sam.
- Relaxa, não vai acontecer nada dessa vez. – Lennox garantiu.
- Enfim, concordo com o Kyoya, hoje está de muito bom humor para quem não acordou a hora que queria. Posso saber o motivo?
Então quer dizer que Sam havia me ouvido?
- Continua de olho em mim desde cedo? Já falei que sei me cuidar. E, nada demais. Agora, como tocou no assunto, hoje vou precisar que cuide das minhas coisas, está bem? Vou dar uma saída.
- Mal chegou e já arranjou um encontro? Dessa vez foi rápida. – Sam comentou.
- Não, isso não é um encontro. Vou apenas conhecer um pouco a cidade.
- E quem vai com você? – Percebi que Sam estava bem curiosa.
- Hmm... É... Ninguém. – Lennox respondeu não muito diretamente.
- Estou vendo esse ninguém. Aliás, vai mesmo me abandonar, sua melhor amiga, para sair com alguém que acabou de conhecer? – Posso dizer que senti uma pontada de incredibilidade nessa frase.
- Vai mesmo começar de novo? Só vou conhecer lugares novos.
Antes que percebessem o quanto estava demorando, resolvi sair logo do banheiro e fingir que não ouvi nada. Olhei para Sam fingindo estar surpreso por ela estar ali e ela corou. O quê? Por acaso eu estava sem roupa? Por que ela sempre corava quando me via?
- Vou terminar de me arrumar e já volto. – Lennox falou para Sam.
Passei do lado de Sam para chegar a cômoda e pegar minha corrente.
- Sei que você ouviu, Kyoya. Vai me ajudar a atrapalhar esse encontro, não vai? – Sam perguntou.
- Não me coloque nesse tipo de coisa. Ela é sua amiga, devia ficar feliz por ela. – Respondi tentando não me envolver nisso.
- Aposto que iria se divertir fazendo isso. Sim, ela é minha amiga, mas não posso deixa-la sair com qualquer um exatamente por isso. Já a vi sofrer demais por causa dessas paqueras. – Continuou tentando me convencer.
Esse é um lado da Sam que vocês não querem conhecer. Ela é muito fofa e tudo mais, mas também é bem ciumenta e, quando quer, pode ser assustadora.
Segui meu caminho até a porta sem olhar para ela, no entanto, quando estava saindo, me virei.
- Não me coloque nisso.
Ela apenas sorriu.
Quebra-Tempo
Estava na sala tentando descobrir qual programa estava passando na TV para todos estarem tão vidrados enquanto Yu me importunava, aquela peste havia se juntado a Lennox e havia ficado ainda pior do que antes. Depois de algum tempo tentando tirar ele do meu pé, percebi que a outra capetinha estava descendo as escadas e estava indo em direção ao Nile, mas tinha algo diferente nela. Suas roupas continuavam iguais, os sapatos também... Foi ai que percebi, seu cabelo estava solto. O pestinha que estava ao meu lado também olhava para ela.
- Não é justo que só o Nile possa se divertir. – Resmungou.
- Do que você está falando? – Perguntei.
- Ele vai sair com a Noxy sozinho. Parece que é alguma coisa de mostrar a cidade para ela, mas qualquer um podia fazer isso, além disso, não precisava ser sozinho. Por que só pode ser ele? – Yu perguntou fazendo bico.
- Por que você se importa tanto com isso?
- Porque ela é uma garota e é bonita. – Respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Então quer dizer que está com ciúmes? Acho que você é meio novo para isso. – Tentei segurar minha risada.
- Não ri! Você não acha ela bonita, Yoyo? Além disso, não sou tão novo assim, já tenho 11 anos! – Ele me encarou com olhar de cachorrinho.
É verdade que ela era bonitinha, mas não chegava aos pés de muitas por aí. Além disso, é claro que eu não podia admitir isso e, mesmo que fosse um pouco bonita, seus defeitos ultrapassavam todos os seus pontos positivos.
- Bonita? Acho que não. Ela é tábua, Yu. E você também é muito criança para ela, não dariam certo juntos. Tente encontrar alguém com mais ou menos sua idade. – Baguncei o cabelo dele. Quem diria que eu estaria dando conselhos amorosos para alguém?
- Tábua? – Ele parecia confuso.
- Você não sabe o que é isso? Sabe pelo menos o que são peitos? – Perguntei.
Ele assentiu dando uma leve corada.
- Garotas tábuas são garotas que seus peitos e, em alguns casos, a bunda, não são muito grandes. – Expliquei.
- A Lennox não é tabua. Ela tem muito mais que a Madoka e a Sam. E também, mesmo a Madoka sendo “tábua”, o Gingka continua gostando dela.
- Isso não deixa de ser verdade. – Dei uma risada. Fazia tempo que não me divertia ao conversar com alguém.
- Yoyo, você gosta da Noxy? – Ele perguntou sem mais nem menos.
- O que? Não! De onde você tirou isso?
- Vocês brigam toda hora e sempre estão juntos e sua cara tá vermelha.
- E o que brigar tem a ver? Se a gente briga é porque nos odiamos. E não, não ficamos toda hora juntos, na verdade, a gente tenta se livrar um do outro por quanto tempo der. E também não estou vermelho, isso é sua imaginação. – Respondi.
- Pode ser... Você não teria chance com ela mesmo. Arrogante, orgulhoso, ignorante, sério demais... Aposto que a Noxy não gosta disso, quem gostaria? Talvez só o Nile tenha alguma chance com ela, já que sou muito novo. – Yu suspirou.
- Ei, que história é essa de ficar falando dos meus defeitos? Você nem deve saber o que são essas palavras. Eu também tenho minhas qualidades, sabia? E, se eu quisesse, eu poderia fazer a Lennox se apaixonar por mim.
- Claro que conseguiria, assim como unicórnios mágicos vivem nessa terra. – Ironizou.
- Sério? Desde quando você usa ironia? Isso faz parte da minha personalidade, não tente copia-la. – Falei.
- Onde vocês vão? – Ouvi Gingka perguntar para a Lennox e o Nile.
- Lennox ainda não conhece muito bem a cidade. Vou mostrar alguns lugares para ela. – Foi Nile quem respondeu.
- É verdade. – Gingka parecia pensativo. – Sam também não conhece muito bem, não é mesmo? Então, vamos todos juntos. Quanto mais gente, mais iremos nos divertir. Depois, de noite podemos alugar barracas e acampar!
- Tem certeza de que isso é uma boa ideia? – Lennox perguntou.
- Sim, por quê? Você queria ir só com o Nile? – Gingka encarou-a.
- Não! Quer dizer, tantos bladers famosos não iria atrair muitos olhares? E eu também não queria incomodar. – Ela pensou rápido.
- Talvez um pouco de olhares... Mas não precisa se preocupar com isso e também aposto que eles não vão se incomodar. Então está decidido, todos iremos. Então está decidido, todos iremos. Ainda bem que a Sam me avisou, não queria perder essa chance. – Gingka comentou.
A azulada parecia com um pouquinho de raiva, enquanto cerrava seu punho e olhava para o chão desafiando-o a se meter em uma briga com ela. Não sei de quem eu tinha mais pena, da Sam que receberia umas boas broncas que seriam ouvidas até da China ou do pobre do chão que não havia feito nada e mesmo assim foi envolvido naquela história.
- Que tal uma batalha bey para ver quem é o mais forte, no BeyPark? – Gingka fazia seus planos, entusiasmado, sem perceber a briga entre Lennox e o chão.
E foi assim que o Gingka e a Sam acabaram com o “encontro” dos dois. O que era para ser um passeio entre duas pessoas, virou turismo com treze ou quatorze pessoas (ou animais, dependendo do jeito que se vê). Se quiserem acabar com o encontro de alguém, sem matar essa pessoa, é só marcar com seus amigos de saírem e ficarem o tempo inteiro atrás dos “pombinhos”. O bom é que você não ficará de vela. AVISO: Não deixe a pessoa que iria ter o encontro saber que foi você quem planejou isso ou levará uma bronca que o mundo inteiro poderá ouvir.
Nem mesmo eu consegui fugir dessa programação do Gingka. Ele arrastou todo mundo de um jeito ou de outro. De todos, sem contar com ele mesmo, Yu era o mais animado. Agora, se era porque finalmente iria sair ou porque não havia rolado o encontro entre a Lennox e o Nile, eu não sei. Na verdade, acho que foi pelos dois.
- Você não vai desistir de ficar com ela, não é? – Perguntei para ele.
- Acho que não. Yoyo, como que se faz filhos? E nem venha me dizer que as cegonhas que trazem porque não acredito nisso desde que tinha 7 anos.
- O que? Por que essa pergunta justo agora? Você quer fazer filhos com essa idade? – Perguntei sentindo minhas bochechas queimarem.
- Já perguntei isso para o Tsubasa mas ele falou que eu era muito novo para saber disso. Eu quero saber!
- Por que não pergunta isso para sua mãe?
- Eu... não sei onde ela está. – Ele não iria começar a chorar, não é? Por favor, não. – Você já tentou ter filhos, Yoyo?
- Yu, geralmente, as pessoas só fazem filhos quando ficam mais velhos, sabe? Quando tem mais responsabilidade e dinheiro... – Estava torcendo para não parecer um tomate. – Enfim, acho melhor perguntar isso para outra pessoa. Se eu for tentar te explicar isso, vai ser pior, vou te deixar mais confuso ainda.
Para minha sorte, Yu não perguntou mais nada.
Assim que Gingka, de alguma forma, conseguiu convencer o Ryuga a ir, saímos.
- Para onde vamos primeiro? – Yu perguntou alegre.
- Como a Madoka decidiu, vamos no shopping. – Gingka respondeu e no mesmo instante, reprovamos essa ideia.
- De jeito nenhum. – Me opus.
- Elas são garotas e só elas sabem o que querem. Se é para as duas conhecerem a cidade, vamos para esses lugares. Além disso, não vamos demorar. – Gingka respondeu.
- Vamos as compras! – Ouvi Madoka gritar.
- Devia ter ficado em casa. – Foi a vez de Ryuga reclamar.
- Vou ficar do lado de fora. – Falei.
- Não vai não. Depois fazemos nossas coisas, mas, por enquanto, vamos ter que acompanhar elas.
- Por que a gente ainda te deixa decidir as coisas? – Perguntei.
Essa foi uma das partes mais chatas do passeio, mas não foi tão ruim, tirando a Madoka, as outras não compraram muita coisa. Sam comprou um vestido vermelho e uma meia calça branca, Fernanda comprou um cachecol rosa e uma calça preta, Lennox comprou apenas um short curto igual ao que tinha só que na cor vinho. Já a Madoka, comprou a loja inteira praticamente e não estou exagerando.
Continuamos andando um pouco lá dentro. Uma hora ou outra, alguém nos parava para pedir autógrafos, mas até que não era tão ruim.
- Ei, Noxy. – Yu chamou-a.
- O quê? – Ela perguntou sorrindo.
- Você tem namorado? Foi o Yoyo que perguntou.
- Não me coloca no meio disso, sua peste! – Praticamente gritei.
- Bem, se for para o Yoyo, pode dizer que tenho. Mas, se for para outra pessoa, diga que não. – Lennox falou.
- Não o iluda, Lennox. Ele ainda é uma criança. – Falei.
- É para não iludi-lo ou para não te iludir? – Lennox perguntou.
- Estou falando sério. Ele ainda não sabe o que é ser rejeitado.
- Gingka, e vocês? Não vão se divertir também? Shoppings não são apenas para garotas... – Lennox comentou depois de algum tempo.
- Se divertir? Com o quê? – Ele perguntou.
- Bom, você gosta de hambúrguer, não é? Por que não compra alguns?
- Ótima ideia! – Os olhos dele brilharam. – Vocês vem ou não?
- Vou continuar olhando umas coisas que me interessei, mas não se preocupem comigo. – Ela sorriu.
- Yoyo, eu estou com fome, mas quero ficar com a Noxy... – Os olhos dele estavam com lágrimas.
- Acredite, você não vai perder nada, pode ir. – Respondi.
Mesmo em dúvida, a fome venceu e ele foi. Quase todos haviam ido, sobrando apenas eu, o Nile e o Demure, além das garotas. O Ryuga já havia sumido, mas, uma hora ou outra teria que aparecer, então não tinha problema.
Como não tínhamos nada para fazer, seguimos Lennox até uma loja de instrumentos. Cada um foi para um canto e eu acabei me encontrando novamente com a azulada na sessão de guitarras. Ela parecia estar interessada em uma toda preta com desenhos de galáxias.
- Você sabe tocar? – Perguntei.
Ela assentiu.
Aquela guitarra era realmente bonita e Lennox parecia disposta a compra-la, mas, pela sua cara, deduzi que era cara demais. Acabamos saindo da loja sem comprar nada, tirando algumas paletas. Quem diria que aquela capetinha tinha seis guitarras?
Assim que nos encontramos com os outros, fomos para a parte dos jogos e, vou ser sincero, até eu acabei me divertindo um pouco.
E, logo em seguida saímos e continuamos andando pela cidade, até chegar ao BeyPark, onde todos começaram a se animar um pouco mais, tirando Sam.
- Quem vai começar a batalhar? – Gingka perguntou animado.
- Eu e a Noxy! – Yu pediu.
- Está bem, aceito seu desafio. – Lennox sorriu.
- 3... – Yu começou.
- 2... – Lennox continuou.
- 1... – Yu parecia mais feliz do que o normal.
- Let it rip! – Ambos gritaram.
Libra ficou no meio esperando o bey de Lennox atacar, mas esse usou a borda do estádio para ter mais velocidade e atacar. Ela atacou sem dar tempo para o Libra recuperar o equilíbrio, mas não deu em nada.
- Meus ataques não funcionam? – Lennox parecia não acreditar depois de atacar tantas vezes e não surtir efeito.
- Meu Flame Libra não é apenas um bey de resistência. Você foi pega nas vibrações supersônicas criadas pelo Libra. Quer dizer que, como o bey não consegue se manter na areia, o poder de seus ataques diminuiu. – Yu falou.
- Entendo, então está usando isso contra mim? Sabe, eu não gosto muito de ter uma batalha demorada, então vamos terminar logo com isso. – Lennox sorriu.
- Mas já? Estava tão divertido! – Yu suspirou. – Tá bom, então. Jogada especial! Onda sônica.
- Ataque de frente Rock Tiger! Use sua velocidade! – Lennox gritou.
Espera... Rock Tiger!?
O estádio se transformou em areia, mas mesmo assim a garota não recuou e bateu de frente, seu bey não estava afundando.
- Parece que isso não é o suficiente, não é? – Yu parecia estar se divertindo. – Vamos ao real poder do Libra! Jogada especial: Libra, rajada infernal!
O estádio começou a se partir e o bey de Lennox girou mais devagar. A jogada especial de Yu estava drenando a força de Rock Tiger.
- Boa jogada, mas não é o suficiente para me fazer perder. – Lennox sorriu. – Jogada especial: Sun Burst!
Uma luz vermelha brilhante apareceu e nos cegou por um breve instante. Quando conseguimos enxergar novamente, Libra havia parado de girar e Tiger estava girando ainda mais rápido do que antes.
- Parabéns, Yu. Você foi um bom oponente. – Lennox deu a mão para ele e ajudou-o a se levantar.
- O que foi isso agora? – Perguntei.
- Um movimento especial. – A garota respondeu.
- Isso foi incrível! – Gingka disse.
- Rock Tiger 145 WB... Parece com o do Kyoya. - Madoka comentou verificando seu computador portátil.
- Talvez um pouco. – Lennox admitiu.
- Eu sou o próximo! – Gingka falou.
- Desculpa, Gingka, vou descansar um pouco, estou um pouco enferrujada. Qualquer hora nós batalhamos novamente.
- Saia da frente, Gingka. Irei batalhar com a novata. – Ryuga intrometeu-se e apontou para Sam.
- O-o quê? – Sam perguntou corada.
- Você mesmo. Anda, se apresse. – Falou como se fosse a autoridade.
- Ela não é uma blader. – Lennox respondeu.
- Se não é, por que possui um bey? – Ele não parecia muito paciente.
- Sam, você pegou-o de volta? Ficou maluca? – Lennox parecia irritada.
- Eu não podia deixa-lo lá!
- De qualquer jeito, ela não irá batalhar com você, Ryuga. Deixe-a em paz. – Encarou-o.
- A escolha é dela, não sua. Não se meta. – Lançou-lhe um olhar mortal.
- Não posso fazer isso, Ryuga. – Sam saiu correndo.
- Droga! Está vendo o que fez? – A raiva tomava conta do corpo de Lennox enquanto ela corria atrás de Sam.
- Alguém aí sabe o que está acontecendo? – Gingka perguntou parecendo confuso. – Devemos ir atrás delas?
- Tsc. Tudo isso por causa de um bey? – Ryuga não parecia se sentir culpado.
- Por que queria tanto batalhar com ela? – Perguntei desconfiado.
- Isso não te interessa, é coisa minha. Agora, acho melhor ir atrás de suas amiguinhas antes que elas se percam. Se eu estava com vontade de soca-lo? Não, imagina.
- Ele tem razão, Kyoya. – Gingka colocou sua mão sobre meu ombro. – Vamos procura-las antes que algo ruim aconteça.
Uma coisa que não te aconselho, é chamar aqueles seus “amigos” chatos para ir junto ou sua felicidade pode terminar em perseguição. Mas, se seguirem meus conselhos, terão um encontro destruído perfeito. 1° passo, como viram foi separar o casal chamando seus amigos. 2°: Ir em vários pontos turísticos e passe longe de lugares românticos. 3°: Batalhem, mas não deixem nenhum clima se formar ou será mais complicado. 4° Encontrem coisas divertidas para fazer, assim seu amigo não ficará tão bravo, a menos que tenha feito uma coisa que essa pessoa não gosta e ela ficar sabendo. 5° passo: Não deixe os pombinhos se aproximarem de jeito nenhum, então, não deixe que o Nile ache a Lennox primeiro ou rolará um clima.
Por sorte, encontrei-as primeiro. Sam estava agachada em um canto com a cara nos joelhos.
- Como é que eu conforto alguém quando estou brava com essa pessoa? – Lennox pensou alto.
- Por que...eu tenho isso, Lennox? Eu só... queria poder... batalhar normalmente. – Sam falou entre soluços.
- Nem sempre a vida é como a gente quer, Sam. Eu falei para você ter paciência, um dia encontraremos um jeito disso não acontecer. – Acho que Lennox estava tentando consola-la mas não estava indo muito bem.
- Ei. Eles estão procurando por vocês e parecem estar preocupados. Não acham melhor voltarem? – Me intrometi.
- Está bem, vai indo na frente, já vamos. – Podia jurar que Lennox havia revirado os olhos.
Por mim, eu iria sem problemas, não me dava bem com garotas chorando, eu sempre acabava piorando tudo, mas, se eu voltasse, o que aconteceria?
- Não posso voltar sem vocês. – Respondi.
- Dê o fora. Não precisamos de sua intromissão. – Lennox não demonstrava tanta compaixão.
- Ai estão vocês. Procuramos por todo canto! – Gingka estava ofegante. – Não se preocupem, o Ryuga não vai mais incomodar. Se não quiserem lutar, não tem problema.
Sam levantou a cara, enxugou as lágrimas e deu um sorriso.
- Me desculpem por isso. Não consegui me controlar...
Gingka sorriu de volta.
- Venham, já está escurecendo. Vamos alugar barracas!
- Barracas? Para quê? Nós já temos uma casa! – Reclamei.
- Vai, Yoyo, vai ser legal! – Yu tentou me convencer.
- Você nunca quis acampar? – Gingka me perguntou.
- Eu faço isso quase todo dia, acredite, acampar não é tudo isso. O lado bom é olhar as estrelas, do resto...
- Acho isso uma boa ideia. – Lennox comentou. – Eu aceito.
De algum jeito, eles conseguiram me convencer. O único que voltou para a casa foi Ryuga, mas Gingka nem tentou convence-lo a ficar, na verdade, acho que foi melhor.
Então, o último passo é esse. Vá acampar. AVISO: Não deixe as presas juntas, eles podem acabar com todo o seu plano. Faça-os se ocuparem com outras coisas e jamais deixe-os sozinho. E o que aprendemos com isso? Aí é por sua conta. Não me responsabilizo por amizades acabadas ou seja lá o que, tudo que quero é ganhar meu salário.
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