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História The love awakens - Finn em coma


Escrita por: Space_Dust

Notas do Autor


Olá, pessoas maravilhosas.
Sejam bem vindos a meu mais recente trabalho. A quem acompanhou minha última fic com esse otp, "Lost in Space", essa aqui é bem diferente da primeira, bem maior e a história mais complexa.
Não prometo postar na mesma velocidade que postei a primeira, pois apesar de já ter sido terminada, os capítulos ainda estão sendo revisados.
Foi realmente um desafio escrever essa fic, eu queria muito uma história em primeira pessoa e fazia anos que não escrevia nesse formato, mas fiquei feliz com o resultado e espero que vocês gostem também.
Acho que a maioria já sabe, mas não custa reforçar: essa fic contém material homossexual, ou seja, há cenas de romance e de sexo entre homens. Quem não gosta, favor não ser mal educado, esse site tem um acervo enorme e fics de tudo quanto é tipo, então, apenas saia fora e procure algo que você curta.
É, isso, aproveitem a leitura! <3

Capítulo 1 - Finn em coma


Fanfic / Fanfiction The love awakens - Finn em coma

 - Todos os esquadrões, eu estou os vendo.

Uma onda de alívio percorreu todo meu corpo quando eu vi a Millennium Falcon saindo daquele planeta/ arma horrível. Aqueles jovens conseguiram um feito e tanto, se não fosse por eles,  aquele dia a Resistência iria encontrar o seu final. Eu estava realmente orgulhoso.

- Missão cumprida – falei aos comunicadores, dirigindo-me a todos novamente  – vamos para casa.

 Atrás de nós, o planeta que abrigava a imponente Starkiller explodia como um pequeno sol.

Meu corpo estava cheio de adrenalina, como costuma acontecer toda vez que estou nos céus, principalmente em missões como aquela. Conseguimos desestabilizar o núcleo daquele maldito planeta e agora era só sentar e assistir a explosão. Não que tivéssemos tempo de ficarmos sentados olhando, claro. Eu só vi um clarão gigantesco atrás de mim, já entrando no hiperespaço em minha X-wing.

E não é que o Finn e os amigos dele realmente conseguiram abaixar os escudos? Fiquei extremamente feliz por tudo ter dado certo, e principalmente por Finn ter cumprido o que prometeu. Eu me arrisquei ao colocá-lo para falar com a General, mas sinceramente, não achava que houvesse qualquer má intenção naquele rapaz, ele apenas era muito jovem, ele e seus amigos, exceto por Han Solo, é claro, mas não era como se ele não fosse tão jovem quanto eles.

- Beebee-ate, meu amigão, estamos voltando para D’Qar – falei dirigindo-me ao meu dróide e amigo – aposto que haverá uma grande comemoração por lá hoje. Lembra-se como foi a última?

[Eu lembro muito bem, já você não tenho tanta certeza].

 Eu sorri quando me lembrei da última comemoração que aconteceu na base, foi um pouco antes de partir em busca do mapa até Luke, comemorávamos algumas alianças que tínhamos conseguido, fiquei extremamente bêbado e, realmente, não me lembro muito bem do que aconteceu, mas lembro de como acordei.

 - Não sei do que você está falando, Beebee, o que tem de mais em dormir com alguém?

 BB-8 continuou me repreendendo e falando sobre como eu tinha um nome a zelar, que eu era o Líder Negro da Resistência, que eu era uma figura pública, nada que eu não soubesse. Mas o pessoal já estava muito acostumado comigo, fora que eu nunca misturava meu trabalho com a minha vida pessoal.

 No caminho de volta fiquei pensando que eu realmente precisava de uma comemoração, eu chegaria a base, tomaria um banho bem quente para relaxar um pouco os músculos. Claro que sempre tem a parte ruim de voltar de uma missão dessas, sempre alguns mortos pelos quais ficamos em luto, sempre alguns feridos que nunca sabemos em qual estado se encontram. E eu sou um piloto, vivia um dia por vez, nunca me permiti ficar estreitando laços, um dia eu poderia estar em casa e no outro explodindo no céu, nunca se sabe, mas essa foi a vida que escolhi e não sei fazer outra coisa.

- Acho que Finn e Rey vão gostar das comemorações – continuei enquanto BB-8 concordava animado, ele parece gostar muito dos dois, especialmente da garota – duvido que tenha esse tipo de coisa na Primeira Ordem, muito menos em Jakku... Céus! Como alguém consegue viver em Jakku?

Pousei em D’Qar e fui ovacionado, desci da X-wing e tirei meu capacete, ajeitando meus cabelos, uma pequena multidão veio em minha direção.

- Parabéns, Líder Negro – ouvi de alguma pessoa que apertava minha mão, mas eram tantas falando comigo ao mesmo tempo que não conseguia identificar direito quem era quem.

Eu sempre me impressiono em como as notícias correm rápido, eu mal havia pousado e a notícia de que eu acertei o tiro que destruiu a Starkiller já havia se espalhado. Não que isso seja um grande feito, eu apenas estava fazendo o meu trabalho. Além do que, nunca teria sido possível sem Finn, Han, Chewie e Rey. Eles fizeram alguma coisa que desestabilizou o núcleo, e apenas por isso meus tiros foram efetivos, e eu tentei explicar isso às pessoas que me rodeavam.

Mas afinal, eu sou Poe Dameron, herói de guerra, ex-piloto da Nova República que se juntou à Resistência. Eu sabia que tinham orgulho de me ter ali e não é que eu fosse acostumado à fama, mas também não gostava quando as pessoas não levavam o devido crédito pelos seus atos. E aqueles garotos foram incríveis.

Aquela guerra não era deles, eles não mereciam fazer parte dela, mesmo Finn que cresceu como um Stormtrooper, a guerra é cruel para jovens como eles. Eu sei que na luta contra o império Leia e Luke eram igualmente jovens, mas bem, se eu que sou mais velho as vezes não conseguia lidar muito bem com as cicatrizes deixadas por ela.

A Millennium Falcon pousou. Olhei na direção da lendária nave pronto para receber os nossos novos aliados e amigos, por algum motivo, a General Organa estava parada em frente a nave com um semblante triste, vê-la com aquele olhar sofrido me causou arrepios na espinha, diziam que ela era sensitiva à Força. Quando a porta se abriu eu entendi o porquê: Han Solo não voltara. A pior cena para mim foi ver Chewbacca carregando Finn em seus braços, afinal, fui eu que o arrastei para tudo isso.

Chewie o deixou com dois enfermeiros que o colocaram em um transporte, eu ouvi alguém falar

- Cuidado, ele está ferido.

Aquelas palavras me deixaram meio tonto, outra pessoa ali afirmou.

- Seu coração está batendo.

Sem nem sequer pensar fui atrás da pequena caravana que o levava. Por algum motivo a garota, Rey, ficou para trás. Preciso confessar que isso me incomodou um pouco. Eles não eram amigos? O que será que aconteceu lá embaixo?

Cheguei até a porta da ala médica, mas não me deixaram prosseguir, tive de ficar na sala de espera. Pobre Finn, tão jovem e já marcado pela guerra. Senti-me responsável por ele, ele realmente não merecia essa guerra. Ele era uma boa pessoa, só esperava que ficasse bem.

Eu sei que disse que pessoas como eu não devem criar laços, não é como se eu estivesse o fazendo, mas eu gostava bastante do Finn. Via nele um amigo, alguém que conquistou minha confiança e, devo admitir, que também o achava interessante e bonito... principalmente vestido com a jaqueta que um dia foi minha.  Eu me sentia na obrigação de olhar por ele, em primeiro lugar, ele estava lá por minha causa.

Esperei por cinco horas até que a Doutora Kalonia viesse me ver, eu estava cansado, ainda usava meu traje de vôo, mas era injusto com o rapaz que ninguém esperasse por notícias dele. Rey ainda não havia dado as caras, Chewie esperou um pouco comigo, mas eu o dispensei, ele estava demasiadamente triste pela perda de seu amigo de longa data.

- Comandante Dameron? – ouvi a voz de Kalonia que me atendeu tantas e tantas vezes.

- Oi doutora, como ele está? – perguntei, preocupado.

- Fora de risco – ela respondeu, mas parecia haver algo mais.

 - Mas... ?

 - Em coma induzido.

  Aquelas palavras me perfuraram... Pobre Finn!

  - Tudo indica que ele sairá em breve desse estado, ele já chegou a nós totalmente em choque, era extremamente necessário sedá-lo por completo por conta da cirurgia que teve de passar. O ferimento em suas costas foi muito grave, ele teve sorte de não ter acertado nenhuma vértebra, um milímetro de diferença e ele poderia perder o movimento das pernas, estamos fazendo o possível para que ele fique bem.

 - Não posso dizer que estou feliz, mas ao menos estou aliviado.

 - Deixei os med-dróides assistindo-o 24 horas. E... Poe?

 - Hm?

 - Os pertences dele estão para ser recolhidos, será que você pode ficar com eles? O coitado não tem ninguém.

 - Claro, doutora Kalonia. Deixe-me informado do estado dele.

 Ela assentiu.

 - Bom, se quiser vê-lo, ele ainda não pode ter contato com ninguém, mas você pode olhá-lo pelo vidro do quarto em que está. Amanhã já poderá receber visitas.

 Fui ao quarto indicado e, realmente, Finn estava deitado lá, os olhos fechados, a expressão neutra, quem o olhasse sem saber da sua situação diria que não parecia que ele sofrera injúrias tão sérias, mas era triste ver alguém tão jovem preso a uma cama. Ele precisava sair logo de lá.

 Ainda meio atordoado segui até meus aposentos. Eu estava esgotado, afinal saí direto de uma missão e não descansei e nem sequer comi. Ao chegar a porta do meu dormitório ouvi a típica voz robótica que sempre me recepcionava: “reconhecimento de voz”

 - Poe Dameron – respondi.

 A porta se abriu. Entrei no quarto já me despindo, normalmente eu tomo muito cuidado com meu traje de vôo, mas eu precisava desesperadamente de um banho, e fui deixando minhas roupas pelo chão a caminho do banheiro.

 Liguei o chuveiro e senti a água quente escorrendo pelo meu corpo e pelo meu rosto e pus-me a refletir. Nós realmente vencemos hoje, mas eu não sentia o gosto da vitória, na verdade o gosto que estava em minha boca era amargo, perdemos bons homens. Fiquei um bom tempo ali, até terminar meu banho, ainda pensativo.

Recolhi minhas roupas no chão, coloquei-as para lavar, organizei minhas coisas e segui até a pequena cozinha que compunha parte dos meus aposentos. Os alojamentos da resistência eram pequenos - como apartamentos - e para falar a verdade, eu não me importo com luxo, passo a maior parte do tempo nos céus de qualquer forma.

 Achei alguma comida ali, comida de verdade e não rações como eu andava comendo nos últimos dias, porém a engoli em seco. Voltei ao quarto decidido a dormir, até que vi a pequena bolsa com os pertences de Finn. Tudo o que ele tinha estava naquele pequeno saco. Eu resolvi olhar, não por curiosidade, jamais, mas poderia ter algo ali que ele quisesse assim que acordasse.

Havia apenas dois objetos que não eu não soube identificar, um pequeno cubo de cristal azul e uma pequena pirâmide vermelha, também de cristal, e roupas: uma calça, uma camiseta preta e a jaqueta que eu lhe dei com a parte das costas completamente destruída. Peguei a jaqueta em minhas mãos, triste, decidi que pediria para alguém consertar. Finn com certeza ficaria feliz em vê-la inteira de novo.

Ele só precisava acordar.


Notas Finais


Link para a capa do capítulo:
http://66.media.tumblr.com/a0a78322240f55d3712d375331db007a/tumblr_o1nhv20ZNW1t383e4o2_1280.png
Caso alguém saiba o nome dos autores das imagens me informem que vou creditar <3

No próximo capítulo Rey e Poe sairão em diferentes missões.


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