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História The love awakens - O Caminho Jedi


Escrita por: Space_Dust

Notas do Autor


E ai, pessoal, como estão?
Gente, o que foi o Rogue One? Que filme foooooda! Ainda não estou acreditando naquele filme, foi incrível e me senti muito respeitada enquanto fã! Quem aí já viu?
Só posso dizer que estou inspiradíssima rsrsrs
Star Wars é um vício antigo, mas só tem aumentado!
Enfim, sem mais delongas, eis aqui um capítulo novinho para vocês.
Uma ótima leitura a todos!

Capítulo 12 - O Caminho Jedi


Fanfic / Fanfiction The love awakens - O Caminho Jedi

Finn partiu primeiro do que eu, havia uma pequena multidão em torno de sua nave assim como quando sua amiga – Rey – também partiu em busca de Luke Skywalker. Seu time já estava a postos quando chegamos, a General Organa também os esperava.

- Finn, boa sorte em sua jornada – ela declarou.

- Obrigado, General – ele respondeu.

- Que a força esteja com você.

Despedimo-nos e nos envolvemos em um abraço demorado, e nossos lábios se tocaram novamente, pela primeira vez eu não me importava que tivesse praticamente toda a Resistência nos olhando, eu não podia deixá-lo partir sem ao menos lhe dar um beijo.

- Mande lembranças ao meu pai – falei olhando em seus olhos.

- Mandarei – ele respondeu segurando em minhas mãos e falou baixinho em meu ouvido – mande lembranças à Rey.

- Deixa comigo.

Parecia que toda a multidão em nossa volta não existia e que éramos apenas nós dois ali.

- Eu te... – comecei, mas as palavras se engasgaram em minha garganta – eu te encontro em Yavin 4 assim que minha missão acabar.

- É esse o nosso combinado.

Trocamos um último beijo e em segundos ele não estava mais lá, eu nem tive tempo de ficar triste, logo em seguida a General me trouxe uma caixa que eu sabia conter os famigerados holocrons, saber que eu iria carregar artefatos de tamanha importância me dava calafrios e ao mesmo tempo me fazia sentir orgulho por saber que Leia confiava em mim a esse ponto.

- Que a força esteja com você, Poe.

Foi a única coisa que ela disse, eu apenas assenti com a cabeça e rumei a um velho cargueiro, BB-8 rolando atrás de mim. Eu não usava o uniforme da Resistência e parecia como um civil, se tudo corresse como o esperado logo estaria no planeta em que Rey e Luke Skywalker se encontravam.

---

- Pronto para ver sua amiga, Beebee-ate? – perguntei ao meu dróide que estava ao meu lado na nave.

Ele respondeu animadamente que sim, que esperava que estivesse tudo bem com ela. Perguntei a ele algumas coisas sobre a garota e ele me respondeu que ela havia o ajudado desde que o encontrou quando um Teedo havia o capturado e tentado roubar suas peças.

- Ela parece ser uma garota legal mesmo, amigão.

Ele bipou afirmativamente em resposta.

- Como imaginar que tinha uma pessoa sensitiva à força perdida em Jakku, não é?

[Aquele lugar é horrível para dróides] foi o que Beebee-ate respondeu.

- Para pessoas também, não é fácil para um humano ou um humanoide viver no deserto, Beebee.

Fiquei pensando na garota, eu a vi muito pouco, mas ela me pareceu tão confusa e perdida e, assim como Finn, foi arrastada sem motivo para aquela guerra. Guerra esta que estava tirando tudo de precioso que tínhamos. Eu vivia pela Resistência desde que a General me recrutou, eu acreditava na causa e acreditava que estava fazendo o que era certo, mas nós éramos cada vez menores e cada vez menos pessoas queriam se aliar a nós.

Talvez se soubessem que tínhamos um jedi ao nosso lado mais pessoas se uniriam à nossa causa, se soubessem que tínhamos um jedi e – talvez – sua padawan, com certeza as pessoas teriam mais esperança e se soubessem que o jedi em questão era ninguém menos que Luke Skywalker teríamos mais aliados do que poderíamos contar.

Mas ninguém poderia saber, ninguém poderia saber justamente porque a Primeira Ordem estava à procura de Skywalker e o motivo pelo qual o procuravam não era para exterminá-lo como todos imaginavam, e sim para ter acesso a conhecimento inesgotável, e sua fonte estava em minha nave, eu carregava esse conhecimento comigo.

Eu conhecia a Força, eu não sabia manipulá-la para ler mentes ou empunhar sabres de luz, mas eu sabia de sua existência e de sua importância, eu sentia sua energia quando estava em Yavin 4 e ficava por perto da árvore sensitiva à força* que meus pais plantaram há tantos e tantos anos atrás e que inclusive foi um presente de Luke Skywalker.

Eu tinha de acreditar nos jedis, Lor San Tekka havia me dito pouco antes de morrer que sem eles não havia equilíbrio na Força, por isso minha missão era tão importante. Imagino que o tal templo que Luke havia partido a procura guardava também inúmeros segredos e quem sabe os holocrons não revelassem ainda mais segredos? A única coisa que eu tinha certeza era que aquelas pedras não poderiam cair nas mãos da Primeira Ordem nunca mais.

O sistema para qual o mapa apontava não era um sistema conhecido e o planeta no qual Rey e Luke se encontravam sequer tinha nome, eram apenas alguns números, e era situado no Espaço Selvagem**. Não houve qualquer tipo de preocupação em minha viagem e consegui chegar ao meu destino sem grandes problemas, a força deveria estar operando a nosso favor de alguma forma.

Seguindo as coordenadas acabei pousando em uma ilha, parecia ser um tanto quanto primitiva, como se a civilização e suas tecnologias não tivessem nunca chego por lá. Eu soube que estava no lugar certo quando vi a Falcon e uma a-wing muito velha pousadas por lá. Respirei aliviado, mas também achei loucura da parte de Skywalker viajar em uma nave tão ultrapassada que nem sequer contava com suporte astromecânico.

Fiz um pouso tranquilo, não havia ninguém nos arredores da nave. A ilha era rochosa e montanhosa, haviam rústicas escadas que levavam até o topo. Não era possível subir usando uma nave tampouco um speeder, minha jornada teria de ser a pé mesmo.

Foi extremamente desgastante subir aquelas escadas, mas o ar daquele lugar era tão puro e límpido que minhas energias demoraram muito mais para se esvaírem do que se estivesse em algum lugar com atmosfera normal, haviam várias cabanas de pedra pelo caminho indicando que houve algum tipo de civilização ali um dia, teriam sido os primeiros jedis? Eles teriam buscado refúgio ali em busca de conhecimento sobre a Força? As perguntas para essas repostas talvez eu nunca soubesse e não era da minha alçada, eu já estava envolvido demais com a Força sem ao menos ser sensitivo.

Antes de chegar ao topo ouvi barulhos não reconheci e que chegando mais perto descobri serem barulhos de sabre de luz. Rey investia contra uma esfera flutuante, ela parecia estar extremamente concentrada e estava com os olhos vendados, o sabre de luz azul brilhava em suas mãos.

Aproximei-me devagar, eu não queria atrapalhar seu treinamento. Chewbacca estava sentado por perto observando, conversando com R2-D2. Eu fiquei um tempo observando a garota e pensando no peso que ela carregava em suas costas, o mesmo peso que Luke um dia carregou, até que senti um toque frio em ombro.

- Como está Kes? – foi a pergunta que ouvi, quando me virei para o lado estava Luke Skywalker, sua mão metálica pousada em meu ombro.

- Ah, olá, senhor Skywalker – disse – meu pai está bem, ainda cuida daquela árvore que o senhor lhe deu. General Organa me mandou até aqui.

- Achei que ela já tivesse mandado a garota – ele respondeu apontando para Rey.

- Bem, digamos que as coisas estão um tanto quanto complicadas.

Rey percebeu a conversa e seu olhar se virou em nossa direção, a cor de seu rosto de esvaiu quando ela me viu, ela havia me reconhecido imediatamente, abandonou o que estava fazendo correu em minha direção, abraçando-me.

- Senhor Dameron! – ela exclamou – o que houve? O que está fazendo aqui? Como está Finn?

 Esqueci de todas as outras perguntas quando ela mencionou o nome de Finn, contei a ela tudo o que havia acontecido e que ele estava bem e saudável. BB-8 rolou em sua direção dizendo a ela que Finn havia se recuperado, ele bipava feliz com sua presença.

- Fico feliz que ele esteja bem! – ela exclamou.

- Mas pode ser que ele não continue assim por muito tempo – falei olhando para ela e para Luke, nesse momento Chewbacca que ainda estava sentado no mesmo lugar esticou o pescoço prestando atenção em nossa conversa. Expliquei a eles que a Ordem estava atrás de Finn e toda a situação dos holocrons, Rey não entendeu sobre o que eu estava falando de início, mas a expressão de Luke mudou na hora.

- Eu já tive acesso a alguns holocrons jedi, mas nunca a um holocron sith, o último de que ouvi falar foi destruído em um ritual por um padawan e um sith** ainda na época do império – ele comentou – imagino o tamanho do esforço da Ordem para conseguí-los.

- Padawan na época do império? – perguntei, curioso – achei que o senhor fosse o único.

- Por muito tempo eu também achei – ele respondeu, pensativo – na minha busca pelos templos consegui acessar algumas informações. Houve um padawan que sobreviveu à ordem 66**** e passou a viver clandestinamente, ele se tornou um adulto e encontrou um garoto sensitivo à força e passou a treiná-lo, são os últimos jedis de que se tem registro e eles fizeram parte das primeiras células rebeldes. Leia chegou a conhecê-los.

Ele explicou para Rey o que eram os holocrons, como funcionavam e que costumava haver uma biblioteca em Coruscant cheia deles no passado, mas que haviam praticamente desaparecido depois da ascensão do Império, pois Palpatine havia os recolhido. Luke ficou um tempo pensativo.

- Não podemos mais nos esconder – ele declarou.

 - Mas é isso que venho te falando nos últimos meses – ela exclamou!

 Luke deu um meio sorriso.

 - Paciência, minha padawan, o tempo em que seremos necessários está próximo, posso sentir.

 Eu entreguei a caixa com os cristais para Luke, seus olhos ficaram vidrados no holocron sith, eu poderia ter certeza de que ele sentia algo vindo dali.

  - Isso precisava ser destruído – ele falava apontando para a pequena pirâmide – mas infelizmente precisamos do conhecimento nele contido.

   - Mas se apenas um sith pode abrí-lo não poderemos fazer o mesmo sem irmos para o lado negro ­– Rey comentou, o medo evidente em sua voz – é uma causa perdida.

    - Pensaremos em alguma coisa, Rey – ele respondeu.

            ----

Passamos a noite na ilha e tivemos uma refeição consistida de peixe, aparentemente era a única coisa que se comia naquela ilha, já que a vegetação era escassa e rasteira. Rey comia como se fosse a última refeição de sua vida, o que me lembrou um pouco de Finn, os dois eram parecidos em muitas coisas no fim das contas. Imaginei que ela deveria passar fome em Jakku e, não pela última vez, admirei-me do que o destino havia reservado a ela.

 - E como Finn está? – ela me perguntou quebrando o silêncio.

- Ele está bem – respondi – está em Yavin 4 com meu pai atualmente, até estabelecermos uma base adequada.

- Ele realmente continuou na Resistência então? – o tom da sua voz era de profunda admiração como se o que ela estava fazendo não fosse o suficientemente incrível.

- Sim, a General Organa gosta bastante dele, ele é importante para nós.

Ela riu, um riso sincero e genuíno.

- Fico tão feliz por ele! Em pensar que ele quis fugir...

- É, ele falou sobre isso mesmo...

- Mas ele voltou para me salvar, essa foi a maior prova de amizade que alguém me deu em toda a minha vida – ela falou e eu percebi uma profunda gratidão em suas palavras.

 - E ele salvou minha vida logo que nos conhecemos, só ele não enxerga o grande herói que ele é.

 - Eu não vejo a hora de encontrá-lo de novo e agradecer – ela disse.

 - Ele também quer vê-la logo – respondi.

- Acho que isso acontecerá em breve.

- Que a Força queira que sim – respondi.

Falar em Finn me deixava ansioso, nós não havíamos nos comunicado desde que partimos, em partes porque não houve tempo, eu ansiava por falar com ele e ouvir sua voz. E ouvir Rey falando dele só aumentava minhas saudades.

- Podemos tentar contatá-lo – sugeri – ele ficaria feliz em falar com você.

- Essa é uma ótima ideia – ela concordou – já estou cansada desse isolamento total.

- Difícil a vida de jedi? – perguntei, curioso.

- É só que... e não pedi por esses poderes, e ainda assim eu os tenho – ela desabafou – as vezes acho que não vou dar conta.

Luke entrou no meio da conversa, até então ele estava quieto saboreando sua refeição e olhando as estrelas.

- Você já lidou com tanta coisa, minha jovem – sua voz era tranquila e compreensiva – vá falar com seu amigo, tire o peso que está em seu peito.

Eu liguei os comunicadores, pouco tempo depois o holograma de Finn apareceu em meu pulso, senti meu coração acelerar ao vê-lo ali, tão perto e tão longe.

- Olá, Finn – eu disse – olha quem quer falar com você!

 Seu rosto se inundou de um sorriso lindo e tudo que eu queria era estar ao seu lado para beijá-lo.

 - Olá, Poe – ele fez uma pausa e gargalhou – Rey! Que ótimo que você está bem! Eu estive tão preocupado.

 - Preocupado, você? Quando eu parti você estava em coma! Quer mesmo falar sobre preocupação? – a voz da garota era um misto de alegria e emoção algumas lágrimas escorriam pelos seus olhos.

 - Ei, não chora! – ele disse – eu estou bem e estou inteiro e agora eu realmente sou importante na Resistência. E como está toda essa coisa de Jedi?

 - Eu estou levando bem, acho – ela disse – me desculpe por ter partido antes de você acordar.

 - Que isso, Rey. Você precisava partir! – ele exclamou – a esperança da galáxia está com você.

 - Ei, Finn – intervi – não pressione sua amiga assim.

 Ela riu, ele riu e nós rimos.

 - Espero vê-lo em breve – ela disse.

 - Eu também.

 Me afastei um pouco dos outros ainda com o comunicador ligado, apenas de ouvir a voz de Finn eu conseguia me aquietar um pouco.

 - Estou com saudades – admiti.

 - Eu também estou, Poe – ele dizia.

  - E como está o velho homem? – perguntei.

  - Está bem, ele me mostrou várias coisas da sua infância e gosta de contar histórias de guerra. Ele foi bem receptivo comigo, fiquei um tanto assustado com a ideia dele saber que já fui um stormtrooper****, mas está tudo bem, na verdade ele ficou bem impressionado quando eu contei sobre minha fuga.

- Tenho certeza que ficou.  Acho que vamos partir em breve, Finn. Eu vou passar em Yavin 4 para te ver como prometi.

- Não vejo a hora de te ver de novo – ele respondeu.

Eu quase tocava o seu holograma, queria que aquela missão acabasse logo para que pudesse ter Finn em meus braços mais uma vez.

- Eu também, Finn – respondi carinhosamente – mas não vai demorar, Skywalker e Rey farão algo que tem a ver com o caminho jedi.

- Alguma novidade sobre a base nova? – ele perguntou.

- Até onde sei, não.

- Bom, logo saberemos – ele suspirou – até breve, Poe. Cuide-se.

 - Até breve então, parceiro.


Notas Finais


* Esses eventos são relatados na HQ Shattered Empire
** Espaço selvagem, ou Wild Space, é a fronteira da Sociedade Galática que separa as regiões conhecidas/mapeadas das regiões não conhecidas. O Espaço Selvagem é conhecido por suas anomalias espaciais e, por isso, considera-se demasiadamente perigoso viajar por ele.
*** Em Star Wars: Rebels, Erza Brigder e Darth Maul iniciam um ritual de junção dos holocrons sith e jedi que os daria um vislumbre sobre o futuro e sobre o que quer que desejassem saber, porém o ritual foi interrompido e os holocrons destruídos.
**** Luke se refere a Kanan Jarrus, de Star Wars: Rebels e do quadrinho Kanan: O Último Padawan
***** Kes Dameron foi um sargento da Aliança Rebelde, por isso Finn sentiu medo que ele soubesse de seu passado.


Link para a capa do capítulo: https://66.media.tumblr.com/b9190e26ff18502fa1820785ab3dfa90/tumblr_o2g8occRUZ1r0ef1po1_500.jpg


Bom, gente, recentemente eu escrevi uma fic com o ship Kylo Ren x Armitage Hux (Kylux) e gostaria muuuito de saber a opinião de vocês sobre ela porque amei escrevê-la, vou deixar o link aqui -> https://spiritfanfics.com/historia/entre-o-odio-e-o-desejo-7391817


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