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História The love awakens - Batalha em Yavin 4


Escrita por: Space_Dust

Notas do Autor


E aai, pessoas, tudo bem?
Então, esse é o último capítulo dessa história (não vou marcar como terminada porque ainda tem o epílogo)
Gostaria muito de agradecer a todos que a acompanharam, comentaram, e sempre me apoiaram. Vocês são uns lindos e pode ter certeza que escrevo para cada um de vocês.
Espero ver mais fics stormpilot por aqui hein.

Capítulo 20 - Batalha em Yavin 4


Fanfic / Fanfiction The love awakens - Batalha em Yavin 4

Não sei dizer quanto tempo passamos dentro dos alojamentos, sei que em algum momento retornamos ao Quartel General, Leia Organa estava séria e impassível como ela sempre ficava ao ter de lidar com algum tipo de crise. Nós, da Resistência, muitas vezes acabávamos por nos mover pela emoção, mas a General era a pessoa que nos trazia a razão.

Finn e os outros contaram que a Primeira Ordem sabia a localização das bases espalhadas pela galáxia, arrancada à força deles por meio dos mais violentos métodos de tortura, mas a informação mais importante, a que foi vendida depois que eles escaparam, era a localização da princesa de Alderaan, Yavin 4. Era irônico que Leia tivesse de lutar mais uma vez naquela lua, aquele lugar que foi palco de uma sangrenta batalha no passado, onde a queda do Império se iniciou.

Eu esperava que a queda da Ordem também começasse por ali, solicitamos que nossos homens espalhados pelas orlas da Galáxia fossem para Yavin 4, guarnecemos nossas naves, nossas armas, colocamos nossos melhores soldados no chão. Sabíamos que planejariam uma invasão magistral. Fomos uma pedra no sapato de Snoke por tempo demais e, principalmente depois de Starkiller, ele devia nos querer mortos.

Preparar a base em modo de defesa foi exaustivo, deixamos todos os caças prontos para irem ao ar, deixamos todas as blasters, vibrolâminas e outros tipos de armas a disposição dos nossos soldados. E esperamos. Eu sabia que o maior motivo para que nos atacassem seria para tentar resgatar os holocrons, e pensei que se todos nós morrêssemos, mas Luke e Rey pudessem ser capazes de derrotar o famigerado Líder Supremo, então estaria tudo bem.

Ao fim do dia, nosso céu límpido foi preenchido com a imagem dos mais diversos Star Destroyers. Era hora de lutar.

- Então é isso – Finn disse, aproximando-se de mim e me dando um longo beijo – cuide-se, Poe. A gente se vê ao fim dessa batalha.

- Por favor, Finn – eu pedi – não faça nenhuma loucura.

- Peço o mesmo a você – ele disse com o semblante triste – quando tudo isso terminar, finalmente teremos um pouco de paz, não?

- Teremos todo o tempo do mundo – eu respondi.

- Eu te amo – ele disse, já saindo e se juntando aos soldados.

- Não mais do que eu – respondi.

Subi aos céus, BB-8 ao meu lado e senti o peso de minha amada X-wing em minhas mãos, segurei o manche como se minha vida dependesse daquilo e – de alguma forma – dependia mesmo.

- Todos os esquadrões – eu disse no canal aberto de comunicação – preparar para decolar.

- Entendido, Líder Negro – ouvi a voz de Jéssika Pava.

- Entendido, Líder Negro – ouvi a voz de Iolo Arana.

- Entendido, Líder Negro – ouvi a voz de Ello Atsy.

 Todos os esquadrões estavam sob o meu comando, havia confiança em suas vozes quando me respondiam, a responsabilidade por aquilo era grande demais, e, ainda assim, sentia-me pronto para o que quer que viesse a acontecer. Decolamos e atingimos a órbita de Yavin, incontáveis naves cercavam a pequena lua que um dia chamei de lar.

- Vamos abater o máximo de TIE Fighters que pudermos – ordenei -  precisamos pensar em algo para incapacitar os Star Destroyers.

 - Incapacitar os Destroyers? – Karé perguntou – isso é impossível, Dameron.

 Eu sabia ser verdade, mesmo quando fugi com Finn, não conseguimos incapacitar a imponente nave totalmente, senti as palavras de Karé como um soco na boca de meu estômago, ela tinha razão. Claro que tinha.

 TIE figheters, fragatas, cruzadores e todo o tipo de nave surgiam a nossa frente. Todas as naves da Resistência também estavam no ar, não somente os caças, o que tornava difícil distinguir qual nave pertencia a quem. Meus olhos treinados de piloto não me deixavam me enganar, mas eu sabia que qualquer erro poderia ser fatal.

 Continuamos por um tempo tentando evitar que eles adentrassem Yavin 4, mas eles eram muitos, e eram muito mais que nós, embora fôssemos mais determinados de certo modo, não conseguimos impedir que adentrassem aquele lugar.

  - Precisamos de apoio no chão – ouvi a voz do Major Ematt no canal aberto – Kylo Ren está aqui.

  - Esquadrões – pedi, tenso – vamos descer. Executar a manobra E33, evite ao máximo as colisões.

  E nós descemos, Yavin estava uma bagunça, parecia um formigueiro. Stortroopers para todos os lados, soldados da Resistência se misturando em meio a soldados da Primeira Ordem. Tiros lasers de todas as cores possíveis cruzando o ar, e dor, e destruição, e fogo.

  Meu primeiro impulso foi procurar por Finn, mas era impossível distinguir o que estava acontecendo lá embaixo. E eu tinha uma missão, precisava acobertar Ematt e Leia, eles eram demasiados preciosos para que os perdêssemos. Leia era a revolução, ela era a Resistência e eu sabia que sem ela, nós ruiríamos.

  Direcionei minha x-wing as coordenadas emitidas por Ematt, concentrei-me ao máximo, suor escorria por minha testa, todos os músculos de meu corpo estavam tensionados e em alerta. Um gosto de sangue invadiu meu paladar, sinal de que em meio a minha concentração, havia mordido meu lábio com força demais.

  - Negro dois, negro três – disse aos comunicadores –  acompanhem-me, vamos limpar o caminho para nossos líderes.

  - Entendido, Líder negro – ouvi Pava responder e suspirei aliviado ao perceber que sua voz não tremulava, pois a minha já não passava mais tanta confiança.

  - Entendido, Poe – Snap disse, e eu sabia que ele sentia o mesmo que eu.

  Ziguezagueamos em torno de Leia e de Ematt, TIE Fighters em nosso encalço, Snap fez uma manobra inversa para derrubá-los enquanto eu e Jess atirávamos insistentemente nos stormtroopers que cercavam a general e o major.

  - Relatório da situação – pedi.

  - Caminho limpo, senhor – ouvi Jess – estamos prontos para bater em reti...

  O que Jess ia dizer eu nunca soube, nunca fui capaz de prever qual piadinha ela iria fazer ou ouvir sua risada debochada. A transmissão foi cortada e em seguida ouvi o barulho de uma explosão. A explosão de sua nave. Senti o gosto da bile em minha garganta, meus olhos queimavam, mas as lágrimas não desciam. Esteja preparado para perdas, lembrei das palavras de Luke e meu coração ficou pequeno.

  - JESS – gritei inutilmente – responda, Pava... por favor... por favor.... por favor...

Mas a resposta nunca veio.

Por um momento, achei que não seria capaz de continuar, Jess era apenas uma criança comparada a mim, com tanta vida pela frente, e agora ela havia se explodido no ar. Perdi a concentração, perdi tudo, minha vontade era de pousar a nave e fugir dali. Pensei no juramento que fiz quando me juntei à marinha da Nova República, pensei no juramento que refiz quando me juntei à Resistência e tratei de me recompor, afinal, eu havia jurado proteger a galáxia.

- Líder Negro? – ouvi a voz de Snap, também ofegante.

- Vamos continuar escoltando a general – eu disse – não podemos deixar que Kylo Ren se aproxime dela.

- Acho que isso não vai acontecer – ouvi Karé dizendo – olhe para os céus, Poe.

Cruzando o ar eu vi nada mais nada menos que a Millennium Falcon e senti toda a esperança que aquela nave evocava, não consegui me sentir aliviado, mas comecei a pensar mais claramente, por um momento apenas, sufoquei o luto e a dor. Rey e Luke haviam voltado de sua missão, e eu esperava do fundo do meu coração que o que quer que eles tivessem feito no tal templo pudesse trazer a vitória a nós.

O que aconteceu em seguida eu não sei dizer, principalmente porque eu era um mero piloto dando cobertura nos céus enquanto os grandes heróis estavam lá embaixo lutando, usando a Força a seu favor. Rezei a Força mais uma vez em minha vida e só pedi que aquilo acabasse.

Outras explosões irromperam pelos comunicadores. Meus amigos, meus irmãos de guerra e de armada morriam em meus ouvidos e eu não podia fazer nada.... Jess, L’ulo, Atsy, pessoas com quem eu dividi minhas refeições, pessoas que dividiram os céus comigo e que viveram comigo por tanto tempo. Eu estava arrasado, cansado, continuei lutando apenas porque muitas outras vidas que eu amava poderiam se esvair a qualquer momento. Eu havia sido avisado, eu deveria estar preparado para perdas, mas não estava. Nós nunca estamos.

Depois do que pareceram horas, as naves da Primeira Ordem começaram a recuar, desci correndo, sentindo as lágrimas que não vinham me sufocar, vi toda a destruição em minha terra natal e todos os semblantes tristes de pessoas que perderam entes amados. O corpo de Kylo Ren jazia morto no chão, mas aquilo ainda não tinha chego ao fim, ainda faltava Snoke.

Encontrei Rey que estava com uma expressão de completo choque diante de todas aquelas mortes, eu sabia que ela devia ter sentido uma por uma dada sua ligação com a Força. Apertei seu ombro em um sinal de compreensão e continuei andando em busca de Finn.

Ele estava vivo, mais machucado do que antes, mas vivo. Corri até sua direção, o suor e a fuligem fazia parte de nossos corpos, nós sabíamos que a guerra não havia sido vencida ainda, mas vencemos aquela batalha, ainda que a um custo muito alto. Beijei-o e encostei minha cabeça em seu ombro, deixando todas as lágrimas escorrerem, até parecer que não havia mais nada que meus olhos pudessem derramar.

- Todas aquelas pessoas estavam sob o meu comando, Finn – eu disse com a voz embargada – e agora estão mortas.

- Não é sua culpa, Poe – ele disse.

Realmente, nós havíamos vencido, e Kylo Ren – uma ameaça a toda a galáxia – já não estava mais entre nós. Mas sempre que eu olhava no rosto de cada uma das pessoas que eu conhecia e amava via a tristeza em seus olhos. E era isso que era guerra.

Nós nos reergueríamos e nos reconstruiríamos de novo, havia uma causa a ser defendida, havia uma galáxia a ser salva da tirania e do fascismo, pessoas contavam conosco. Era doloroso e era triste, mas deveríamos estar preparados.

- E agora? – Finn perguntou, encarando o vazio, estávamos sentados em meio a toda a destruição, poucas pessoas ousavam falar alguma coisa. O silêncio era o nosso luto.

- Agora a gente segue em frente, Finn – eu disse, entrelaçando suas mãos as minhas, buscando o conforto que somente ele poderia me dar naquele momento – isso ainda não acabou. Pelo menos por mais um tempo, precisaremos ser heróis.


Notas Finais


Boooom, gente, é isso! >.<
Espero que tenham gostado e fiquem ligados que logo mais tem o epílogo.
Pensei muuuuito em como seria o final e fiquei satisfeita com o resultado, não queria algo muito meloso (rsrs), afinal há uma guerra para ser lutada! E ai, o que acharam?
Até breve, lindos e - mais uma vez - muito obrigada por tudo!


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