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História The Love Is Blind - The Dream


Escrita por: NollramFoster

Notas do Autor


Oi, aqui está mais um capítulo pra vocês, desculpem pela demora, mas estava com um maldito bloqueio criativo, mas aqui está e espero que gostem. 😘 🍸

Capítulo 21 - The Dream


P.O.V Andrew 

Chegamos no Shopping, o Rafael e o Eduardo andavam na frente conversando sobre algo que realmente não me enteressava, eu olhava para as vitrines e tudo me lembrava o Peter, nunca achei que ia sentir isso por uma pessoa, ainda mais pelo Peter, senti uma mão tocando meu ombro, era o Rafael, estava tão perdido em meus pensamentos que nem percebi sua aproximação.

—Está tudo bem? - Perguntou ele.

Sério? Não sabia que o Rafael era tão lerdo a esse ponto, como é que eu iria estar bem? Meu namorado está longe de mim e está preso em um maldito orfanato.

—Rafael, eu espero por Deus que essa sua pergunta seja retórica! - Disse com raiva. - Claro que não estou bem! 

—Desculpa, eu só estava querendo ajudar. - Disse ele se sentindo mal. - É que eu não sei oque fazer nessas situações, ainda mais com você, acho que o Peter foi a primeira pessoa por quem você se apaixonou de verdade.

Pensei no que ele havia falado, ele estava completamente certo, eu nunca me apaixonei por alguém de verdade, só pelo Peter, quer dizer, eu já tinha gostado de uma pessoa ou outra, mas amor de verdade, só pelo Peter, isso me fez sentir pior, a única pessoa que eu amei é tirada de mim.

—Sinto muito. - Disse o Rafael. 

—Tudo bem, é que acho que eu não deveria estar aqui, o Peter está lá sozinho, enquanto eu estou aqui curtindo no Shopping. - Disse. 

—A última coisa que você está fazendo é curtindo. - Disse o Eduardo do meu lado, esqueci que ele estava ali e quase levei um susto com àquela voz grave. - E não acho que você está errado em ficar desse jeito, se tivesse um namorado e ele estivesse longe de mim, eu também ia me sentir assim.

—Finalmente alguém que me entende. - Disse. - Obrigado Eduardo! Agora posso ir para casa?

—Não. - Respondeu o Eduardo. 

—Mas... Você disse que...

—Eu sei que eu disse que você está certo em ficar triste, mas também não está errado em ficar feliz, a sua tia não está tentando resolver as coisas? Então... 

—É, você está certo.

—Além disso, o Peter está em um lugar seguro, com outras pessoas, sozinho ele não está, e qualquer lugar é melhor do que a casa que ele morava com o pai.

—Como você sabe de tudo isso? - Perguntei curioso.

—O Rafael me contou. - Disse ele sorrindo. 

Olhei para o Rafael com raiva mais uma vez, ele não precisava contar a minha vida para todo mundo, a minha sorte é que o Eduardo é um garoto legal.

—Desculpa de novo. - Disse o Rafael. 

—Tudo bem. - Disse tentando disfarçar a minha raivinha dele. - Tá, já estamos no Shopping, e agora? Vamos ficar rodando aqui até cansar?

—Que tal irmos ao cinema? - Perguntou o Eduardo. - Quando estou triste gosto de ir lá, esquecer das coisas ruins e focar somente na história do filme.

—Boa idéia. - Disse o Rafael. - Pode ser Andrew?

—Claro. - Disse desanimado. 

O cinema foi o lugar do meu primeiro beijo com o Peter, não queria voltar para lá tão cedo, mas talvez o Eduardo está certo, focar na história do filme e esquecer um pouco da minha história talvez me ajude. 

Andamos até a escada rolante mais próxima, pois o cinema ficava no segundo andar, chegamos lá e começamos a ver os filmes que estavam em cartaz, optamos por uma comédia, ou melhor, o Rafael optou por uma comédia, de acordo com ele eu precisava rir um pouco, e ele não estava errado. Entramos na seção e sentamos nos nossos lugares, não demorou muito para o filme começar, até que ele era engraçadinho, mas eu não conseguia rir de jeito nenhum, e o Eduardo percebeu isso.

—Ei. - Disse ele baixinho no meu ouvido. - Tenta relaxar um pouco, lembra do que eu te disse, tenta focar na história do filme.

—Tá. Vou tentar. - Respondi igualmente baixo.

Voltei a assistir o filme, tentava apagar da minha cabeça o fato do Peter estar longe de mim, me concentrei na história do filme, ele era muito bom, depois de um tempo eu finalmente ri, rir é uma sensação tão boa.

—Não disse. - Disse o Eduardo sorrindo. 

—Obrigado. - Respondi. 

Quando o filme finalmente terminou, eu me sentia bem melhor, ainda estava triste, mas bem melhor, saímos do Shopping e fomos caminhando para casa, meu celular tocou, era meu pai, aí eu me lembrei que tinha pedido para ele me avisar caso a minha tia desse alguma notícia do Peter. 

—Alô! Pai! E aí? A tia Carmen conseguiu? Ela vai trazer o Peter pra casa? - Perguntei. 

Oi filho, ela passou aqui sim. - Disse ele calmamente. - Ela disse que foi tudo certo, ela já deu entrada no pedido de adoção, vai demorar um pouquinho, mas ela vai conseguir adotar o Peter. 

Não consegui conter um sorriso, meu coração estava quase pulando de alegria, acho que só ficaria  mais feliz quando o Peter voltasse.

Filho? Você está aí? - Perguntou meu pai do outro lado da linha. 

—Estou, estou. - Disse aliviado. - Só estou feliz e um pouquinho aliviado, já estou chegando.

Ok. Beijo. - Disse ele.

—Beijo. - Disse desligando o celular. 

—O quê aconteceu? - Perguntou o Rafael. 

—Minha tia vai conseguir adotar o Peter. - Disse sorrindo. - Ela vai trazer o Peter de volta. 

—Isso é ótimo! - Disse o Rafael me abraçando.

Cheguei na porta de casa e me despedi dos meninos, entrei em casa, meu pai não estava, subi para o meu quarto, deitei na cama, fechei os olhos e começei a imaginar como seria quando o Peter voltasse, acabei adormecendo.

...

Abri os olhos com a voz de alguém me chamando, era a voz do Peter, ele estava aqui, aqui em casa, me levantei em um pulo, desci as escadas correndo, quase tropecei, mas ainda assim não parei, cheguei na sala e lá estava ele na porta, estava morrendo de saudades daquele sorriso, daqueles olhos, meu coração começou a bater forte, corri até ele e o abracei, ele me abraçou de volta.

—Estava com saudade. - Disse ele, sentir a respiração dele no meu ouvido era tão bom.

—Eu também estava, promete que nunca mais vai sair de perto de mim. - Disse. 

—Prometo. - Respondeu ele. 

Depois de um tempo nos separamos, foi quando reparei em um menino no canto da sala, ele devia ter uns dez anos, ele parecia confuso com alguma coisa.

—Quem é ele? - Perguntei para Peter. 

—Ele quem? - Perguntou o Peter parecendo confuso. 

—Aquele menino. - Disse apontando para o canto da sala, o menino pareceu se assustar.

—Que menino? - Perguntou o Peter. - Andy, não tem ninguém ali.

Olhei para o Peter confuso, quando voltei a olhar para o canto da sala o menino já havia desaparecido. 

...

Abri os olhos, estava de volta na cama, Peter nunca tinha voltado para casa, a tristeza começou a voltar, mas aí me lembrei que não faltava muito para ele voltar, então relaxei um pouco. Olhei para o relógio, já era noite, peguei meu celular e liguei para o Rafael.

Alô? - Disse ele. -Andrew. Eu não vou poder falar agora, vou sair com a Emma, ela anda meio chateada, é alguma coisa importante? 

—Não, só queria alguém pra conversar. Mas tudo bem, manda um beijo pra Emma. - Respondi. 

Claro. Por quê você não fala com o Eduardo? Aposto que ele está sem nada pra fazer. 

Foi aí que me lembrei que o Eduardo se mudou para casa ao lado.

—Então tá, valeu. - Disse desligando o celular. 

Saí de casa e fui até a casa ao lado, bati na porta algumas vezes e um Eduardo sem camisa e completamente sujo de tinta atendeu. Tentei ao máximo não olhar para a barriga completamente sarada do Eduardo, tentei pensar no meu namorado, mas não consegui evitar, senti meu rosto queimar, fiquei corado.

—Andrew? O que foi? Algum problema? - Perguntou ele.

​—Não nenhum. Só queria conversar. - Respondi meio sem jeito.

​—Putz, eu estou meio ocupado agora, estava pintando o meu quarto, mas se você puder esperar só um pouquinho, só o tempo de um banho, eu ia adorar conversar. 

—Claro. - Respondi. 

Ele me deu espaço para entrar, entrei e me sentei na cadeira mais próxima.

​—Já volto. - Disse ele saindo.​

—Ah​ Peter... Se eu não te amasse... - Disse baixinho e rindo em seguida. 

 

 

P.O.V Peter

—Peter! Peter!

Abri os olhos e me deparei com o Gabriel.

—Peter! -  Chamava ele.

—O quê foi? - Disse me levantando. 

—Eu estava lendo...

—Novidade. - Disse rindo. 

—É sério. Eu estava lendo, mas acabei ficando com sono e dormi. Mas tive um sonho muito estranho. 

—Que sonho? - Perguntei. 

—Você estava abraçando um menino...

—Então não era tão ruin assim. - Disse rindo.

—Mas eu nunca tinha visto esse menino na minha vida. Ele parecia ter a sua idade e era meio...- Então ele começou a descrever o menino que ele tinha visto no sonho, era exatamente como o Andrew. 

—Qual era o nome desse menino? - Perguntei. 

—No sonho você chamou ele de Andy.

Arregalei os olhos, ele estava falando do Andrew, mas como ele podia sonhar com o Andrew sem nunca tê-lo visto?

—Andrew. - Disse baixo, mas não o suficiente para o Gabriel não me ouvir. 

—Andrew? Aquele menino que você falou que ama? - Perguntou ele.

—Sim, ele é meu namorado. 

—Mas eu nunca vi ele, então como eu sonhei com ele?

—Eu não sei. - Disse. - Mas vai ficar tudo bem, agora volta a dormir.

—E se eu sonhar com ele de novo?

—Só​... Diz a ele que eu o amo. - Respondi sorrindo. 

Gabriel riu e saiu voltando para seu quarto. Me deitei novamente e começei a pensar no Andrew e como ele me ajudou, fechei os olhos e voltei a dormir. 

 

 


Notas Finais


E é isso, foi o máximo que eu consegui fazer com esse maldito bloqueio, prometo que o próximo capítulo vai ser melhor. 😘 🍸


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